Navegando por Autor "Xavier, Rosa Malena Fagundes"
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- ItemA importância do acompanhamento farmacêutico no controle do Diabetes Mellitus Tipo I: uma revisão integrativa(Universidade do Estado da Bahia, 2023-12-11) Teixeira, Bruna Lima; Oliveira, Polyanna Carôzo de; Xavier, Rosa Malena Fagundes; Bendicho, Maria Teresita Del Nino Jesus FernandezO diabetes mellitus tipo 1 (DM1) é um transtorno endócrino caracterizado por hiperglicemia devido à destruição de células beta, geralmente levando a deficiência absoluta de insulina. Trata-se de uma doença de grande relevância, principalmente porque o não tratamento ou o seu agravamento podem levar a desfechos graves como a morte e a complicações macro e microvasculares, oculares, renais e neurológicas. Logo, esse trabalho tem como objetivo a realização de uma revisão integrativa sobre a importância do acompanhamento farmacêutico no controle da Diabetes Mellitus tipo I, utilizando como busca de artigos as bases de dados: Scientific Electronic Library Online (SciELO), National Library of Medicine (PubMed/Medline), Science Direct e o Portal de periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), publicados no período de 2012 a 2022. Após a busca nas bases de dados, foram encontrados 121 estudos, dos quais, após aplicação dos critérios e leitura, 8 estudos foram incluídos. Os estudos contêm uma distribuição anual variada, destacando a liderança do Brasil em publicações sobre DM1. A maioria dos artigos aborda tanto DM1 quanto DM2, ressaltando a importância de estudos focados no tratamento específico do DM1. A presença do farmacêutico na equipe multiprofissional é mencionada em quase 50% dos estudos, com ênfase na atuação mais pronunciada em pacientes com DM2. Foi observado que o controle glicêmico após orientações farmacêuticas não é conclusivo e demanda um período mais longo de observação, mas evidências sugerem melhorias no controle glicêmico e na adesão em pacientes com DM2. A atuação da equipe multiprofissional, embora fundamental, nem sempre menciona o farmacêutico, apesar de sua crescente integração globalmente e impacto positivo no controle glicêmico. Por fim, embora haja uma lacuna de estudos específicos sobre DM1, o acompanhamento do farmacêutico se mostra promissora na melhora do controle glicêmico, educação do paciente e suporte à equipe multidisciplinar de saúde.
- ItemAcompanhamento farmacoterapêutico a gestantes de alto risco em uso de anticogulantes: uma revisão integrativa(Universidade do Estado da Bahia, 2023-12-15) Lima, Larissa de Albuquerque; Xavier, Rosa Malena Fagundes; Almeida, Lais Cardoso; Borges, Emily Maria Torres de MagalhãesO tromboembolismo venoso (TEV) acontece quando um coágulo se forma na circulação sanguínea, prejudicando o fluxo de sangue nas veias pelo organismo. Essa doença é muito comum e, quando não tratada corretamente, pode agravar e até levar à morte, e é a principal causa evitável de óbito hospitalar. Apresenta um alto índice de mortalidade, sendo que aproximadamente 34% dos pacientes acometidos morrem subitamente ou em poucas horas após a primeira manifestação, ou seja, antes mesmo de receberem qualquer tipo de tratamento. Durante a gravidez, o corpo está exposto a grandes alterações hemodinâmicas e hemostáticas que resultam num estado pró-coagulante. Gestantes apresentam risco quatro vezes maior de apresentar TEV quando comparadas a não grávidas da mesma faixa etária. Objetivo: Analisar o acompanhamento farmacoterapêutico das gestantes de alto risco em uso de anticoagulantes para o tratamento e profilaxia do tromboembolismo venoso. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa. As buscas pelos dados foram nas seguintes bases de dados: Periódico CAPES, Lilacs (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), SciELO (Scientific Electronic Library Online), Sciencedirect e PubMed arquivo digital produzido pela National Library of Medicine na área das Biociências. Resultados: A junção das publicações de todos os bancos de dados, com o uso das palavras-chave e descritores, traduzidos para o inglês, com o corte temporal de 2019 a 2023, deu um total de 152 estudos, após adicionar os critérios de inclusão e exclusão, foram submetidos a leitura do texto na íntegra de 19 publicações e sendo selecionado para o presente estudo 9 artigos. Os anticoagulantes mais seguros para o uso durante a gestação e a amamentação são as Heparinas de baixo peso molecular, e a heparina não fracionada. O antagonista da vitamina k apresenta uma restrição do seu uso por apresentar risco ao feto, porém pode ser usado durante a amamentação. As pacientes que tiveram o acompanhamento com o grupo de farmacêuticos, apresentou os melhores resultados em adesão ao uso do medicamento, melhora no controle do açúcar e apresentou redução de complicações durante a gestação e para os recém-nascidos. Considerações finais: A presente revisão evidenciou as alterações fisiológicas que ocorrem durante a gestação e como essas alterações podem se tornar o princípio do desenvolvimento do tromboembolismo venoso. Foi possível identificar uma das funções do farmacêutico na área da assistência farmacêutica no momento da orientação e acompanhamento da gestante em alto risco, trazendo maiores informações. E durante esse acompanhamento gerar confiança nessa paciente podendo sim, ajudar na adesão, como visto no estudo, evitando um retorno ou admissão na emergência devido complicações como sangramentos excessivos e outras complicações.
- ItemAcompanhamento farmacoterapêutico de pacientes com queixa de insônia em um ambulatório de saúde mental: projeto piloto(Universidade do Estado da Bahia, 2023-09-29) Silva, Lidinete Mangabeira da; Alves, Izabel Almeida; Barreto, Joslene Lacerda; Xavier, Rosa Malena Fagundes; Junior, Genario Oliveira SantosIntrodução: O acompanhamento farmacoterapêutico (AF) na saúde mental pode resultar em benefícios importantes aos pacientes. No entanto, a participação do farmacêutico clínico nesse âmbito é pouco discutida na literatura. Frequentemente a adição de novos medicamentos são realizados a fim de tratar queixas trazidas pelos pacientes, como ocorre com a queixa de insônia, onde comumente são inseridos benzodiazepínicos na farmacoterapia. No entanto, as ações de educação em saúde são capazes de promover a melhoria da qualidade do sono desses pacientes. Objetivos: Realizar AF e monitoramento da qualidade do sono centrado no cuidado farmacêutico. Materiais e Métodos: O estudo foi realizado no ambulatório Centro de Saúde Mental Aristides Novis, em Salvador, no período de novembro/2021 e dezembro/2022. Está descrito em formato multipaper contendo três artigos. No primeiro artigo foram descritas as etapas de implantação do serviço a partir do design seguindo o modelo proposto por Brown desenvolvidas nas etapas de inspiração, ideação e implementação. No segundo artigo, foram discutidos os resultados dos instrumentos de avaliação como ferramentas cruciais para a avaliação da evolução do paciente durante o AF. No terceiro artigo, foi feita uma revisão integrativa para discutir sobre a atuação do farmacêutico clínico na desprecrição de psicotrópicos em idosos. Resultados e Discussão: Na etapa do design inspiração e ideação foram identificados o perfil do paciente a ser acompanhado, o fluxo de acesso ao serviço, o papel da equipe multiprofissional no encaminhamento de pacientes ao farmacêutico, e as ferramentas a serem utilizadas durante o AF bem como o seu fluxo de realização do serviço. Na etapa de implementação foram selecionados 16 pacientes, com média de 5,19 (± 2.43) por paciente com intervalo médio de 30 a 40 dias, foram realizadas 44 consultas. Com uso dos instrumentos de avaliação PSQI, GAD-7 e PHQ-9, foi verificado que mesmo em tratamento para a queixa de insônia em prontuário, e em associação às terapias para condições psiquiátricas diagnosticadas previamente, 68,75% dos pacientes apresentavam distúrbio do sono, sintomas depressivos moderados ou graves 61,53% e ansiedade grave 35,7%. Foi verificada correlação significativa entre PSQI e horas de sono (p=0,003). Foram realizadas 83 intervenções farmacêuticas, dentre elas 13 (15%) solicitações de desprescrição de medicamentos. Conclusão: O uso do DT foi importante para a estruturação do serviço e elaboração do fluxo de acesso dos pacientes, bem como da utilização das ferramentas no AF para a avaliação da qualidade do sono. Foi verificado que todos os pacientes necessitavam de melhoria da qualidade do sono, tendo em vista a importância do sono na saúde mental. Ainda, a partir da realização deste trabalho, pôde ser afirmado que o farmacêutico é capaz de ações de cuidado farmacêutico otimizar a terapia dos pacientes a partir da investigação da queixa de insônia.
- ItemAnálise comparativa entre varfarina e os anticoagulantes orais diretos em pacientes idosos: uma revisão integrativa.(Universidade do Estado da Bahia, 0018-12-24) Santana, Naila Ersia Jesus; Xavier, Rosa Malena Fagundes; Bendicho, Maria Teresita Del Nino Jesus Fernandez; Oliveira, Jamile Rocha deIntrodução: O uso de anticoagulantes orais têm aumentado principalmente com o envelhecimento da população e com a frequência de eventos tromboembólicos. O envelhecimento gera necessidades específicas na área da saúde, uma vez que os pacientes com este perfil costumam ter inúmeras comorbidades e, consequentemente, fazem uso de diversos medicamentos. O anticoagulante oral amplamente utilizado no mundo, é a varfarina. No entanto, apresenta inúmeras interações medicamentosas e alimentares e demanda por um monitoramento laboratorial para acompanhamento e ajuste de doses, conferindo a esse medicamento um perfil de segurança complexo. Estas condições levaram ao desenvolvimento de novas moléculas buscando maior segurança ao paciente. Por isso surgiram os novos anticoagulantes orais de ação direta, tendo como foco sítios mais específicos da cascata de coagulação, como o inibidor direto da trombina (dabigatrana) e os inibidores do fator Xa (rivaroxabana, apixabana, edoxabana). Objetivos: Revisar o uso dos anticoagulantes orais diretos comparando seus benefícios e malefícios com a varfarina na terapia de pacientes idosos. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa. As buscas pelos dados foram nas seguintes bases de dados: Scientific Electronic Library Online (SciELO), National Library of Medicine (PubMed/Medline), Biblioteca Virtual da Saúde (BVS) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Sociedade Brasileira de Cardiologia (ABC Cardiol). Resultados: Durante a construção da pesquisa obteve-se um total de 177 artigos, destes, conforme identificação e exclusão das duplicatas restaram 162, quando aplicados os critérios de inclusão e exclusão restaram 74. Após a leitura do título e resumos obteve-se um total de 49, destes 40 foram lidos na por completo analisando na íntegra, observando as variáveis para a realização deste trabalho, sendo uso concomitante de outros medicamentos, número de comorbidades, história prévia de sangramento e seus tipos. Apenas 20 apresentavam as características citadas e após a análise final quanto aos critérios de exclusão oito foram aceitos para a escrita do presente trabalho. a. A terapia anticoagulante é amplamente utilizada principalmente em pacientes idosos, para tratar as condições tromboembólicas. Essa faixa etária apresenta desafios específicos devido a presença de comorbidades e uso de polifarmácia além das alterações fisiológicas. Os dados obtidos por meio desta revisão denotaram uma baixa incidência de sangramento quando comparada às duas classes em questão. Considerações finais: As evidências disponíveis que compuseram esta revisão reforçam a robusta capacidade dos anticoagulantes orais diretos em apresentar uma baixa incidência de risco de sangramento. Sendo assim, a escolha pelo anticoagulantes ideal deve ser individualizada, observando as características dos usuários, como presença de comorbidades e uso de medicamentos concomitantes, função renal e peso.
- ItemAssociação entre o uso de citrato de cafeína e alterações nos parâmetros do estado nutricional de prematuros internados na unidade de terapia intensiva neonatal de um hospital filantrópico em Salvador, Bahia, Brasil.(Universidade do Estado da Bahia, 2024-08-08) Mendonça, Carla Regina Lima; Xavier, Rosa Malena Fagundes; Gonçalves, Maria da Conceição RodriguesIntrodução: No Brasil, a prematuridade é a primeira causa de morte antes do primeiro ano de vida. Dentre as complicações mais comuns tem-se a síndrome do desconforto respiratório e apneia. A cafeína tem sido o medicamento mais prescrito para o controle da apneia da prematuridade, contudo alguns estudos apontam como desvantagens seu efeito catabólico e seu efeito osteopênico que poderiam influenciar no ganho de peso e crescimento de curto prazo, comprometendo o estado nutricional. Objetivo: O estudo tem como objetivo avaliar a associação entre o uso de cafeína e a alteração de parâmetros do estado nutricional de prematuros. Materiais e Métodos: Coorte retrospectiva de prematuros ≤34 semanas de idade gestacional que foram admitidos na uti neonatal com indicação de uso de citrato de cafeína. Foram estratificados em dois grupos de acordo com as doses diárias de manutenção igual a 5mg/kg/dia (grupo1) e ≥ 5,1 mg/Kg/dia até 10mg/Kg/dia (grupo 2) e avaliados quanto a alterações dos parâmetros do estado nutricional, utilizando como ferramentas as curvas de crescimento, cálculo da velocidade de ganho de peso, diferença de z score, dias para recuperação do peso e marcadores da dinâmica óssea: fosfatase alcalina, cálcio sérico e fósforo. A avaliação da terapia nutricional foi realizada através da ingestão diária da nutrição parenteral e enteral durante o período de tratamento com a cafeína. A ocorrência das morbidades neonatais, as variáveis perinatais e clínicas e as variáveis nutricionais foram comparadas entre os grupos. Resultados: Foram incluídas no estudo 52 crianças. A velocidade de ganho de peso (VGP) apresentou tendência de menor ganho no grupo no grupo 2 (p = 0,11), tendência de maior declínio no escore Z tanto de escore Z de Peso/Idade (p = 0,12) quanto de Z score Perímetro Cefálico/Idade (p = 0,09). Houve uma tendência não significativa para um maior declínio no Z score P/I entre a alta e o peso ao nascer no grupo 2 (p = 0,09). A enterocolite necrosante (ECN) apresentou maior prevalência no grupo 2 (0% versus 18,2%, p = 0,03). Conclusão: Os grupos avaliados com tratamento por citrato de cafeína, nas duas doses utilizadas, não apresentaram diferença significativa entre eles, os diversos indicadores do estado nutricional analisados. Contudo existe uma relevância clínica nos achados, uma vez que no grupo de maior dose houve maior tendência de declínio dos indicadores nutricionais P/I e PC/I no período de tratamento com a cafeína e pior desempenho para recuperação do P/I na alta.
- ItemAvaliação do Uso de Soro Antibotrópico e Pré-Soroterapia por Indivíduos Atendidos em um Hospital Terciário do Nordeste do Brasil(Universidade do Estado da Bahia, 2023-07-25) Santos, Jader Fernando Ribeiro dos; Xavier, Rosa Malena Fagundes; Albuquerque , Polianna Lemos Moura Moreira; Teles, André Lacerda Braga; Silva Júnior, Geraldo Bezerra daIntrodução - O acidente ofídico é um problema global de saúde que afeta principalmente moradores e trabalhadores rurais de baixa renda. No Brasil, o acidente botrópico é o mais comum, com cerca de 20 mil casos por ano. Os Centros de Assistência Toxicológica fornecem soro antibotrópico para o tratamento, contudo podem causar reações adversas nos pacientes, como reações febris e anafilaxia. A pré-soroterapia, que consiste na administração de glicocorticoide, anti-histamínico e/ou adrenalina, pode ser utilizada para reduzir essas reações, embora sua efetividade ainda seja debatida e nem todos os serviços de saúde a adotem. Ademais, a dose do soro antibotrópico é fixada de acordo com a classificação de gravidade. Desde 2014, devido a modificações nos laboratórios farmacêuticos oficiais, o Ministério da Saúde recomendou o racionamento de doses com uso de doses fixas. Objetivo - Avaliar o uso de soro antibotrópico e pré-soroterapia por pacientes atendidos por acidente botrópico num hospital de referência do Nordeste do Brasil. Materiais e Métodos - Estudo transversal, descritivo e analítico, com base nos registros de atendimentos de 2019 no Hospital Instituto Dr. José Frota, em Fortaleza, Ceará. Foram incluídos pacientes com diagnóstico de acidente botrópico, excluindo casos sem dados completos ou sem uso de soro. A gravidade foi classificada conforme critérios do Ministério da Saúde. Os dados foram tabulados no Microsoft Excel e no SPSS com análise estatística. Foram realizados testes de normalidade e testes de hipótese para análise das variáveis. Resultados – O estudo incluiu 186 casos, sendo a maioria do sexo masculino (154 casos, 82,2%), de idade entre 19 e 59 anos (115 casos, 61,8%). A maioria dos pacientes era de áreas rurais (177 casos, 95,1%) e os acidentes ocorreram principalmente em áreas externas (131 casos, 70,4%), com maior frequência entre os meses de maio e setembro, atingindo o pico em junho. Sobressaiu os casos leve (97 casos, 52,2%). Como desfecho, 131 casos, 70,4%, saíram curados. Os exames laboratoriais apresentaram valores médios dentro dos limites de referência. No entanto, o tempo de protrombina e o tempo de tromboplastina ativada mostraram-se prolongados em 97,1% e 85,7% dos casos, respectivamente. A pré-medicação foi utilizada por 152 pacientes (87,1%). O esquema preferido foi a combinação de hidrocortisona, prometazina e ranitidina (93 casos, 50,0%). Os pacientes utilizaram de 1 a 12 ampolas no tratamento inicial, de 2 a 8 na complementação, já a média total de ampolas, somando tratamento inicial e complementação, foi de 2 a 12. A média de ampolas para o tratamento inicial foi de 5,17 (± 2,52), sendo que 22 pacientes (12,9%) precisaram de doses complementares, com média de 5,86 (± 1,95) ampolas. No tratamento final, a média foi de 5,84 (± 3,06) ampolas. Conclusão – Os homens em idade ativa, trabalhadores rurais, foram os mais afetados pelos acidentes botrópicos. O soro antibotrópico desempenha um papel fundamental na resolução dos envenenamentos, sendo essencial que esteja disponível para aqueles mais vulneráveis a esses acidentes. A pré-soroterapia é frequentemente utilizada, mas há variação nos esquemas adotados. Estudos adicionais são necessários para avaliar se há melhora nos desfechos clínicos dos pacientes que sofreram acidentes botrópicos.
- ItemCaracterização do tratamento farmacológico na vida real de pessoas com DPOC atendidas num ambulatório de pneumologia do SUS(2022-03-25) Almeida, Victor Durier Cavalcanti de; Camelier, Fernanda Warken Rosa; Xavier, Rosa Malena Fagundes; Gazzotti, Mariana RodriguesO presente estudo tem como objetivo caracterizar o perfil do tratamento farmacológico na Vida Real em pacientes atendidos num ambulatório público de pneumologia em Salvador-BA, comparando com o que é preconizado pela Sociedade Brasileira de Pneumologia (SBPT). Foi realizado um estudo descritivo. Buscou-se avaliar prontuários de indivíduos portadores de DPOC segundo a classificação da SBPT no Laboratório de Fisiologia do Exercício / DCV / UNEB. Foram preenchidas fichas de coleta de acordo com dados de prontuários, coleta de dados secundários. A investigação teve como finalidade analisar os fatores que limitam o acesso do tratamento ideal preconizado pela SBPT. Os dados foram transcritos para planilha do programa Excel e aplicado cálculos estatísticos para posterior interpretação e descrição. O impacto clínico da DPOC e o grau de dispneia dos indivíduos, que foram avaliados por meio do COPD Assessment Test (CAT) e da escala de dispneia Medical Research Council (MRC), respectivamente. Para a análise foi utilizado o banco de dados realizado no software Excel e utilizado o software SPSS. Os dados discutidos foram apresentados em média desvio padrão e frequência absoluta e relativa, quando conveniente, e elaborado um quadro comparativo entre o tratamento realizado entre o paciente e o indicado pela SBPT. Um p< 0,05 foi considerado estatisticamente significante. Foram avaliados pacientes buscando caracterizar o perfil do tratamento farmacológico que ocorre atualmente em portadores de DPOC no SUS comparando com o que é preconizado pela SBPT e o tratamento farmacológico para portadores de DPOC pelo protocolo de dispensação do Estado da Bahia. Foram encontrados dados que mostraram que 65,3% dos pacientes tinham acesso gratuito a medicamentos através do programa estadual de medicamentos da DPOC pelo SUS; 62 (37,13%) foram classificados como tendo uma prescrição inadequada de acordo com a SBPT, todos os pacientes classificados como DPOC leve tiveram prescrição inadequada, Dos 51 pacientes classificados moderados, 26 (50,9%) tiveram prescrição inadequada, dos 73 pacientes DPOC Grave, 25 (34,2%) apresentaram prescrição inadequada. A única variável preditora significativamente com a prescrição de corticoide inalado (CI) foi a inserção do paciente em um programa de acesso a medicamentos de forma gratuita. Concluímos que os broncodilatadores de longa duração são subutilizados no tratamento da DPOC no contexto do SUS (Bahia), em contrapartida, há um sobretratamento dos CI.
- ItemCuidados farmacêuticos acerca do uso de múltiplos medicamentos em pacientes idosos oncológicos: uma revisão integrativa(Universidade do Estado da Bahia, 2024-12-18) Santos, Bianca Nacimento da Silva; Xavier, Rosa Malena Fagundes; Bendicho, Maria Teresita Del Nino Jesus Fernandez; Santos, Marlane Marna Santos eIntrodução: O envelhecimento da população traz consigo uma série de questões desafiadoras para a saúde pública, uma vez que o paciente idoso é acometido por múltiplas comorbidades e pela ineficiência dos mecanismos de reparo celular que predispõe o surgimento de neoplasias. A prevalência da polifarmácia na oncologia geriátrica tem como consequência a presença de eventos adversos, riscos de hospitalizações, complicações e piora na sobrevida global. Objetivo: Revisar como os cuidados farmacêuticos podem aprimorar a segurança e a eficácia do tratamento em pacientes idosos oncológicos que fazem uso de múltiplos medicamentos. Materiais e métodos: Trata-se de uma revisão integrativa, onde buscou-se sintetizar os resultados de pesquisas publicadas no período de 2018 a 2024, utilizando as diferentes bases de dados: Medline/PubMed, Science Direct, Biblioteca Virtual em Saúde e SCOPUS. Resultados: Foram identificados 1.855 artigos, após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, leitura dos títulos e resumos restaram 231 artigos, destes 42 foram selecionados para leitura na íntegra e 10 foram incluídos para compor esta revisão com base nas variáveis propostas para a elaboração deste trabalho. Em relação ao sexo, nota-se a predominância do sexo masculino, em média 81,9% representados. Os tipos de câncer mais prevalentes foram mama 87,73%, colorretal 79,16% e pulmão 78,74%. Já entre as doenças de concomitantes, hipertensão 50% e diabetes 23% foram as mais documentadas. Em 100% dos artigos foram observados a prevalência da polifarmácia e no que se refere aos MPI os mais utilizados foram os inibidores da bomba de prótons 72,7% e benzodiazepínicos 47%. Conclusão: Os estudos clínicos confirmaram a necessidade de prever riscos potenciais, por meio de uma abordagem personalizada para os pacientes que fazem uso a longo prazo de múltiplos medicamentos. A inserção do farmacêutico clínico na oncologia geriátrica é essencial para garantir um serviço de saúde seguro e de qualidade ao paciente oncológico.
- ItemEficácia da estimulação transcraniana por corrente contínua associada a antidepressivos no tratamento de pessoas com transtorno depressivo maior: uma revisão sistemática(Universidade do Estado da Bahia, 2024-02-05) Silva , Roberto Menezes da; Maciel, Roberto Rodrigues Bandeira Tosta; Xavier, Rosa Malena Fagundes; Comper, Maria Luiza CairesIntrodução: A estimulação transcraniana por corrente contínua (tDCS) é uma técnica de neuromodulação de baixa intensidade que pode produzir uma resposta clinicamente significativa em pacientes com transtorno depressivo maior (TDM). Parece ser uma estratégia adicional útil a terapia com antidepressivos para potencializar a melhora do sono, sintomas psicomotores e qualidade de vida de pessoas com TDM. Objetivo: Investigar se a tDCS combinado com o antidepressivo é eficaz na melhora do sono, sintomas psicomotores e qualidade de vida de pessoas com TDM. Materiais e Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática, com busca realizada nas bases de dados Embase, SCOPUS, Medline/PubMed e Science Direct. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados que investigaram a eficácia da tDCS associado a antidepressivos em comparação com antidepressivos associados ou não ao placebo. Os desfechos analisados foram sono, sintomas psicomotores e qualidade de vida das pessoas com TDM. A ferramenta Revised Cochrane risk-of-bias tool for randomized trials 2.0 foi aplicada para avaliação do risco de viés. Resultados: Foram analisados três ensaios clínicos randomizados, totalizando 211 participantes, com risco de viés variando entre baixo e incerto. Houve melhora significativa favorável ao tDCS associado a antidepressivos nos sinais eletroencefalográficos no sono REM, porém não houve diferença significativa nos sintomas psicomotores e qualidade de vida. Conclusão: Há evidências iniciais com baixo risco de viés de que a tDCS associada ao medicamento antidepressivo é eficaz na mudança nos sinais eletroencefalográficos durante o sono REM, porém não é eficaz no tratamento de sintomas psicomotores e qualidade de vida de pessoas com TDM.
- ItemEventos adversos associados ao uso de medicamentos nas tentativas de suicídio: uma revisão integrativa(Universidade do Estado da Bahia, 2024-12-18) Oliveira, Amanda Serapião de; Xavier, Rosa Malena Fagundes; Correia, Cíntia Mesquista; Santos, Marlane Marna Santos eO suicídio é um problema global de saúde pública, representando uma das principais causas de morte em todo o mundo. Além de mortes, há tentativas de suicídio que deixam profundas sequelas físicas, psicológicas e sociais. Diversos métodos, tais como: enforcamento, uso de arma de fogo, automutilação e envenenamento, podem ser empregados por pessoas com ideação suicida. A escolha do método utilizado nas tentativas de suicídio é um fator crucial, pois influencia diretamente os tipos e a gravidade dos eventos adversos. Nesse sentido, este estudo busca caracterizar os eventos adversos mais prevalentes em casos de tentativas de suicídio a nível global. Trata-se de uma revisão integrativa. A busca foi realizada em cinco bases de dados eletrônicas, considerando artigos publicados entre os anos 2013 e 2023, disponibilizados online e na íntegra. Na seleção de dados, os critérios de inclusão foram publicações em português, inglês ou espanhol e que continham no título, resumo ou palavras-chave os descritores utilizados. Foram excluídos cartas ao editor, artigos em duplicidade, resumos e anais de congressos, capítulos de livro, relatos de caso e revisão de revisões. As combinações de descritores e palavras-chave resultaram em 1.962 artigos na amostra inicial. Após aplicação dos critérios estabelecidos, 9 artigos foram considerados aptos para serem incluídos nesta revisão integrativa. Dentre os principais achados indicaram que os medicamentos do sistema nervoso central, especialmente benzodiazepínicos, antidepressivos e analgésicos, foram os mais frequentemente associados às tentativas de suicídio, refletindo sua ampla disponibilidade e prescrição para pacientes com transtornos psiquiátricos. Quantos aos eventos adversos, devido a heterogeneidade de metodologias, o curso clínico adverso foi bastante distinto, variaram de condições leves, como distúrbios gastrointestinais, a complicações graves, incluindo pneumonite por aspiração, insuficiência multiorgânica e óbitos. A análise destacou pontos de relevância para atuação do farmacêutico em mitigar os riscos associados às tentativas de suicídio com medicamentos.
- ItemFarmacovigilância de novos medicamentos: uma revisão integrativa(Universidade do Estado da Bahia, 0024-07-12) Neves, Lilian Pereira; Xavier, Rosa Malena Fagundes; Dorta, Daniela Caputo; Silva, Vagner Cardoso daIntrodução: A pesquisa clínica é aplicada em um processo formal e sistemático para que ocorra o avanço da saúde, onde assegura efeitos farmacológicos e avalia a segurança de novos medicamentos. Com a realização de ensaios clínicos de fases I, II, III e IV, dado que a fase IV é a farmacovigilância, sistema responsável por identificar e avaliar reações adversas relacionadas à utilização medicamentos, através de notificações realizadas nos sistemas nacionais de notificações para a vigilância sanitária. Objetivo: Discutir farmacovigilância de novos medicamentos, com ênfase na segurança dos produtos na pós-comercialização. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa. As buscas pelos dados foram nas seguintes bases de dados:Scientific Electronic Library Online (SciELO), Medscape, National Library of Medicine (PubMed/Medline), Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Resultados: A junção das publicações de todos os bancos de dados, com o uso das palavras-chave e descritores, traduzidos para o inglês, com o corte temporal de 2019 a 2023, deu um total de 158 estudos, após adicionar os critérios de inclusão e exclusão, foram submetidos a leitura do texto na íntegra de 23 publicações e sendo selecionado para o presente estudo 10 artigos. A farmacovigilância é responsável por realizar o monitoramento de medicamentos comercializados, a fim de detectar, avaliar e prevenir reações adversas e garantir a segurança dos usuários, resultando em tratamentos mais eficazes, tendo a tecnologia cada dia mais coautora, com a utilização da inteligência artificial revolucionando a atuação da farmacovigilância e contribuindo para o trabalho do profissional farmacêutico que tem papel crucial na saúde. O farmacêutico atua desde o desenvolvimento do fármaco até a dispensação, sendo o último profissional a ter contato com paciente antes que ele faça a utilização do medicamento, portanto é também o profissional responsável por identificar, notificar e prevenir eventos adversos. Considerações finais: Os farmacêuticos estão assumindo um papel cada vez mais crucial no cenário de saúde atual. Além das responsabilidades tradicionais, eles agora desempenham papéis essenciais em áreas como pesquisa clínica, monitoramento de medicamentos e adoção de tecnologias avançadas. Esta mudança destaca a necessidade de formação contínua e educação profissional para enfrentar os desafios emergentes na medicina.
- ItemFarmacovigilância: fatores associados ao conhecimento, atuação, dificuldades e ampliação da Farmacovigilância nas farmácias comunitárias em Salvador - Ba.(2023-03-24) Santos, Nathalia Cordeiro dos; Maciel, Roberto Rodrigues Bandeira Tosta; Xavier, Rosa Malena Fagundes; Bendicho, Maria Teresita Del Nino Jesus Fernandez; Souza, Marcio Costa deA farmacovigilância é definida como a ciência e atividades relativas à identificação, avaliação, compreensão e prevenção de efeitos adversos ou quaisquer problemas relacionados ao uso de medicamentos. A ANVISA em 2005 introduziu o projeto “Farmácias Notificadoras” para assegurar a promoção da saúde da população a partir da intensificação da farmacovigilância e da monitoração dos produtos farmacêuticos adquiridos pela população nestes estabelecimentos de saúde. Objetivo: Identificar os fatores associados à atuação, dificuldades e ampliação da Farmacovigilância nas Farmácias Comunitárias em Salvador-Bahia. Materiais e Método: Trata-se de um estudo observacional, quantitativo. Participaram do estudo, 60 Farmacêuticos que trabalhavam nas Farmácias Comunitárias de Salvador-Bahia, com ou sem o programa Farmácias Notificadoras. Para cada farmácia selecionada para a pesquisa, um farmacêutico recebeu o convite para participar voluntariamente, respondendo o questionário. A coleta dos dados realizada com os farmacêuticos foi realizada pelo pesquisador responsável por meio de questionário em Escala Likert (conhecimento, atitude e prática) com perguntas respondidas em três níveis. A compilação dos dados foi realizada em um banco de dados criado em Excel. Resultados: Nota-se que em conhecimento houve predominância de nível 2 para o conceito de farmacovigilância (2: 76,7%: 46), para as atividades exercidas (2: 0,86) e conceitos comuns de PRM, RAM (2: 76,7%: 46). Quanto a Atitude, é notável que para os farmacêuticos existe um desconhecimento da prática (2: 100%: 60) e dificuldade em visualizar a prática (2: 46,7%: 28). E quanto à prática não houve nenhuma notificação, seja por parte do Projeto (0: 100%: 60), seja pelo exercício legal do profissional farmacêutico (0: 100%: 60). Considerações Finais: Os dados demonstraram a necessidade de fomentar ações que proporcionem formações a respeito de farmacovigilância aos profissionais farmacêuticos em farmácias comunitárias para que os frutos desta prática continuem a favorecer o uso racional de medicamento frente ao processo de medicalização da sociedade. Além disso, estimula o exercício legal do farmacêutico.
- ItemImplementação do acompanhamento farmacoterapêutico em um ambulatório de psiquiatria(Universidade do Estado da Bahia, 2023-09-22) Lima, Camila da Silva; Alves, Izabel Almeida; Xavier, Rosa Malena Fagundes; Santos, Pablo de MouraIntrodução: Estima-se que 1 bilhão de pessoas possua algum tipo de transtorno mental, entretanto a área da saúde mental ainda é considerada negligenciada e os pacientes enfrentam desafios na terapia psicotrópica, o que eleva a taxa de não adesão. Assim, é prioritário que estes pacientes estejam em acompanhamento, nesse sentido, expandir a assistência é uma necessidade emergente. Objetivo: desenvolver e testar um modelo de prática do Acompanhamento Farmacoterapêutico voltado para pacientes psiquiátricos. Materiais e Métodos: o estudo foi elaborado no formato de 4 artigos. Trata-se de um desenho de serviço, desenvolvido entre setembro de 2021 e dezembro de 2022, realizado em um ambulatório da rede pública de saúde da cidade de Salvador, Brasil. O primeiro artigo utilizou as bases do design de serviços com o desenvolvimento das etapas de mapeamento, criação e implementação, adaptadas de Schneider e Stickdorn. Foram utilizados recursos como entrevistas, mapeamento de processos e observações. No segundo artigo, os dados das consultas realizadas no período foram utilizados para avaliar a contribuição do telemonitoramento, como parte fundamental do desenvolvimento do cuidado farmacêutico. No terceiro artigo foram utilizados ferramentas e conceitos da ciência da implementação para conduzir um estudo de eficácia e implementação híbrido tipo 1 e avaliar o serviço piloto antes e depois da intervenção. E no quarto artigo foi descrito um relato de caso de uma paciente com esquizofrenia. Resultados: na etapa de mapeamento foram identificadas necessidades de educação em saúde, triagem de condições clínicas, atendimentos com menor intervalo de tempo entre as consultas e acompanhamento da farmacoterapia. Na criação do serviço foi idealizada a estruturação do modelo de prática, incluindo a abordagem para avaliação antropométrica e escalométrica (ansiedade e depressão) e a integração do serviço de telemonitoramento. Na fase de implementação, foi realizado um piloto, totalizando 135 consultas, média de 5,0±3,7 por pessoa, triando 33,3% dos pacientes com obesidade e 70,4% dos pacientes com sintomas de depressão moderada a grave. Foram realizadas 612 intervenções farmacêuticas, com média de 4,5 por atendimento, sendo a educação em saúde a mais frequente (43,5%). Os resultados clínicos mostraram maior adesão à medicação com pontuação média do MAT [inicial 4,44±0,681 e final 5,22±0,572, (p=0,020)] e redução da gravidade dos sintomas de depressão e ansiedade, PHQ-9 [inicial 13,9±5,22 e final 11,6±5,19, (p=0,181)] e GAD-7 [inicial 12,4±4,40 e final 7,0±4,76, (p=0,004)], respectivamente. Conclusão: Por meio deste estudo, foi desenhado um modelo de prática e realizado um teste piloto com triagem de condições de saúde, realização de intervenções farmacêuticas e avaliação positiva de parâmetros clínicos, pós-intervenção. A estruturação do acompanhamento farmacoterapêutico com base no desenho do serviço mostrou-se necessária para o manejo dos pacientes psiquiátricos e relevante para a ampliação do acesso à assistência pública, sendo possível a reprodutibilidade em outros ambulatórios psiquiátricos.
- ItemPerfil clínico e epidemiológico de pacientes oncológicos internados para o tratamento de trombose em um hospital de Salvador, Bahia, Brasil(Universidade do Estado da Bahia, 2024-08-26) Oliveira, Jamile Rocha de; Xavier, Rosa Malena Fagundes; Bendicho, Maria Teresita Del Nino Jesus Fernandez; Silva Junior, Geraldo Bezerra daIntrodução: O câncer, além de impactar diretamente a vida dos pacientes, aumenta significativamente o risco de complicações tromboembólicas, como a trombose venosa profunda e o tromboembolismo pulmonar. Compreender o perfil clínico e epidemiológico desses pacientes é fundamental para otimizar a prevenção, o diagnóstico e o tratamento, visando melhorar os resultados e a qualidade de vida. Objetivos: Descrever o perfil clínico e epidemiológico de pacientes oncológicos hospitalizados para o tratamento de trombose associada ao câncer no período de janeiro a dezembro de 2020. Materiais e Método: Estudo observacional, descritivo e de corte transversal, retrospectivo, através do levantamento do quantitativo de pacientes oncológicos hospitalizados para o tratamento de trombose. Resultados e Discussão: Foram identificados 103 pacientes, destes 51% do sexo feminino, 54% com idade entre 60 e 79 anos, 43% com ensino médio completo e a maioria teve como motivo de admissão o tromboembolismo pulmonar (20%) e trombose venosa profunda (19%) e 31% dos pacientes permaneceram internados por até 14 dias. Em relação a localização do câncer em sua maioria eram gastrointestinais (41%), geniturinários (17%), pulmão (17%) e mama (13%) e estavam em curso de tratamento quimioterápico, com prevalência maior dos derivados de platina (22%). Dentre as comorbidades identificadas, hipertensão arterial sistêmica e diabetes foram as mais prevalentes. A indicação de anticoagulante foi em maior parte por trombose venosa profunda (35%) e em sua quase totalidade saíram de alta hospitalar com prescrição do anticoagulante oral rivaroxabana (18%). A taxa de mortalidade foi de 21%, refletindo a gravidade das tromboses e complicações associadas ao câncer. Conclusão: O perfil dos pacientes oncológicos com trombose revela a complexidade dessa condição. A compreensão das características desses pacientes é crucial para o desenvolvimento de estratégias de prevenção e tratamento mais eficazes.
- ItemPerfil de uso de medicamentos e adesão terapêutica em indivíduos com Epidermólise Bolhosa em um centro de referência em Salvador-Bahia: estudo transversal(Universidade do Estado da Bahia, 2024-03-27) Araújo, Marta Moura; Boa Sorte, Ney Cristian Amaral; Xavier, Rosa Malena Fagundes; Leite, Maria Efigênia de QueirozIntrodução A Epidermólise Bolhosa (EB) é uma doença rara, caracterizada por alterações nos tecido cutâneo e mucoso com a presença de lesões bolhosas e erosões da pele ocasionadas por mínimos traumas. As principais consequências são o prurido, infecção de pele, anemia, desnutrição crônica e dor. O tratamento é sintomático, com uso de coberturas especiais para as feridas, e uma gama de medicamentos para reduzir os sintomas apresentados. Na Bahia, o Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hupes) é referência para tratamento da EB. Objetivo: Investigar o perfil de uso de medicamentos e a adesão terapêutica em indivíduos com EB na Bahia Método: Estudo transversal com os indivíduos atendidos com EB entre julho e dezembro de 2023. A gravidade da doença e a adesão terapêutica foram avaliadas, respectivamente, pelo Escore de Gravidade da Epidermólise Bolhosa de Birmingham (BEBS) e o Brief Medication Questionnaire (BMQ). Estatística descritiva e prevalência de uso de medicamentos foram descritos, agrupados por tipo de medicamento (anti-histamínicos, antibióticos, reposição de ferro, outras vitaminas e oligoelementos, analgesia e psicotrópicos). Análises multivariadas foram realizadas com a Regressão Linear Múltipla (RLM) e a Regressão de Poisson com variância robusta (RPVR). Resultados: Foram avaliados 48 pacientes, na maior parte crianças com faixa etária entre 1 a 11 anos (43,7%), sexo feminino (56,2%), pardas (41,6%), cuidadas pela genitora (58,3%) e com subtipo EB distrófico (66,6%). O uso de anti-histamínicos (50,0%), suplementação/reposição de ferro (50,0%) e vitaminas (39,5%) predominaram entre os avaliados. Em média(DP), os pacientes referiram usar, nos últimos sete dias, 2,4(1,8) medicamentos/dia, variando de 0 a 6 classes diferentes. Aqueles com EBD/EBJ usaram, em média(DP), o dobro de medicamentos/dia, comparados àqueles com EBS (2,7[1,7] vs. 1,3 [1,4];p=0,016). Observou-se uma associação significativa entre a gravidade da doença e o maior número de medicamentos (p<0,001). A adesão a todos os domínios do BMQ foi de 31,3%, sendo o domínio crença o mais aderente (31,3%) e o domínio recordação o menos aderente (47,9%) (p<0,001). Após ajuste para o tipo de cuidador e gravidade da doença, o número de medicamentos foi associado à não adesão em todos os domínios do BMQ (RP: 1,16: IC95%: 1,01 - 1,36;p=0,029). Conclusões: Foi observado o predomínio da polifarmácia entre os pacientes estudados e uma correlação entre o número de medicamentos e a gravidade da doença, o que se reflete no maior uso de medicamentos entre os pacientes com as formas distrófica recessiva e juncional. O uso de anti-histamínicos, vitaminas e suplementação de ferro predominaram entre os avaliados. A adesão terapêutica foi maior entre o domínio "crença" e entre os pacientes adultos que eram os próprios cuidadores. Um aumento no número de medicamentos utilizados foi associado a não adesão, após ajuste para gravidade da doença e cuidador responsável pela administração do medicamento.
- ItemUtilização de anticoagulantes orais em pacientes oncológicos:estudo transversal em hospitais especializados em Salvador- Bahia(Universidade do Estado da Bahia, 2023-07-28) Borges, Emily Maria Torres de Magalhães; Xavier, Rosa Malena Fagundes; Bendicho, Maria Teresita Del Nino Jesus Fernandez; Camelier, Fernanda Warken Rosa; Silva Júnior, Geraldo Bezerra daIntrodução: A apresentação clínica da trombose associada ao câncer inclui trombose venosa profunda, embolia pulmonar, coagulação intravascular disseminada (CIVD) e trombose arterial. O manejo da trombose associada ao câncer (CAT) é semelhante ao tratamento de pacientes não oncológicos, preferencialmente com a heparina subcutânea de baixo peso molecular (HBPM). No entanto, anticoagulantes de ação direta têm sido inseridos na prática médica, devido à dificuldade de acompanhamento e monitorização dos pacientes ambulatoriais em uso de antagonistas de vitamina K. Objetivo: Caracterizar o uso de anticoagulantes orais em pacientes oncológicos atendidos no ambulatório de dois hospitais especializados em oncologia. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo transversal desenvolvido mediante análise de prontuários de pacientes oncológicos com idade igual ou superior a 18 anos e que utilizaram anticoagulantes orais, no período de 2020 a dezembro de 2021, em dois hospitais especializados de Salvador-Ba. Resultados e Discursão: Dos 71 pacientes identificados 54 (71,87%) justificam o uso de anticoagulantes pelo diagnóstico de trombose venosa periférica, 11 (15,5%) tromboembolismo pulmonar, 4 (5, 6%) por alteração cardiológica e 2 (2,8%) desenvolveram tromboembolismo pulmonar e periférico. Verificou- se que 47 (66,2%) estavam em uso de rivaroxabana, 22 (31,0%) em uso de varfarina, 1 (1,4%) em uso de endoxabana e 1 (1,4%) em uso de apixabana em dose de tratamento. Quanto ao tipo de câncer 28,2 % apresentaram câncer de mama, 16,9 % apresentaram câncer ginecológico, 12,7% apresentaram câncer no estômago, 8,5% apresentaram linfoma, 7,1% leucemias.Não foram encontradas reações adversas nesses pacientes. Conclusão: O diagnostico oncológico traz um risco aumentado de complicações tromboembólicas, devido ao tipo de tratamento, características dos pacientes e tipo de câncer desenvolvido.
- ItemVacinação para o papilomavírus humano na prevenção do câncer de colo de útero: uma revisão integrativa.(UNEB, 2024-12-18) Lins, Alice Fontes Santos; Xavier, Rosa Malena Fagundes; Bendicho, Maria Teresita Del Nino Jesus Fernandez; Carneiro, Valdirene LeãoIntrodução: O papilomavírus humano (HPV) é uma infecção sexualmente transmissível que afeta a região da pele, área genital e garganta, podendo ser desenvolvido neoplasias a partir da infecção. A vacinação é a maneira mais eficaz de prevenir a infecção por HPV, câncer cervical e outros cânceres relacionados ao vírus, considerando que o uso de preservativos durante a relação sexual não oferece proteção total. A vacina nonavalente de dose única abrange mais subtipos do vírus e tem como previsão promover mais adesão e atuar de forma mais abrangente em relação à imunização. Objetivo: discutir os desafios e benefícios encontrados na vacinação contra o HPV na prevenção de câncer de colo de útero. Metodologia: Por meio de uma revisão integrativa nas bases de dados Scielo, Science Direct, BVS e Pubmed, utilizando os DeCS: papilomavírus humano, vacinas contra papillomavirus, cobertura vacinal e neoplasias do colo do útero com seus respectivos termos em inglês, e os operadores booleanos AND/OR. Resultados e Discussão: Foi evidenciado que muitos países têm uma porcentagem de cobertura vacinal muito baixa comparada a meta da OMS e por meio da literatura levantada a vacinação para o HPV reduz o desenvolvimento de câncer do colo do útero promovendo uma perspectiva futura de avanço na prevenção do câncer do colo do útero. Considerações finais: Logo, a vacinação para o HPV precisa ser melhor estabelecida de forma global para existir um impacto positivo nos anos seguintes e assim contribuir para a redução do câncer de colo de útero a longo prazo.