Navegando por Autor "Travassos, Ana Gabriela Alvares"
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- ItemDireitos sexuais e reprodutivos e o planejamento reprodutivo na atenção primária a saúde: uma proposta para facilitar o acesso ao DIU de cobre(Universidade do Estado da Bahia, 2021) Aquino, Talita Rocha de; Travassos, Ana Gabriela Alvares; Maia, Helena Maria Silveira Fraga; Brito, Milena BastosA baixa utilização de métodos contraceptivos de longa duração a exemplo do DIU de cobre ainda é uma realidade no Brasil e no mundo. A despeito dos seus inúmeros benefícios, sua maior taxa de eficácia contraceptiva e sua disponibilização gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), as mulheres continuam sem acesso a esse método de forma facilitada. A literatura, em contrapartida, aponta algumas barreiras organizacionais, individuais e sociais que ajudam a compreender essa realidade. Este estudo teve como objetivo contribuir para facilitar o acesso das mulheres usuárias do SUS ao uso do DIU de cobre através da construção de ações para qualificação e capacitação de profissionais da atenção primária a saúde (APS) na temática dos direitos sexuais e reprodutivos, planejamento reprodutivo e inserção do DIU de cobre na APS. Trata-se de uma pesquisa exploratória por meio de uma revisão sistemática da literatura que teve como pergunta “Qual o impacto das estratégias de capacitação para aconselhamento e inserção do DIU pelos profissionais da APS?”. A construção de um ensaio reflexivo trouxe a compreensão sobre os impactos que um cuidado centrado no modelo biomédico pode trazer para a diversidade dos corpos femininos e a possibilidade de elaborar algumas considerações e perspectivas para a superação desse cuidado. Por se tratar de um mestrado profissional, dois produtos técnico científicos foram gerados ao fim da pesquisa: A elaboração de um Curso de atualização em Planejamento Reprodutivo e técnicas de inserção do DIU de cobre na APS e um capítulo sobre direitos sexuais e reprodutivos e vulnerabilidades no material didático produzido para o curso de formação para advogadas, psicólogas e assistentes sociais da ONG Tamo Juntas que atende mulheres vítimas de violência no Brasil. Os estudos encontrados revelaram que estratégias diversificadas para capacitar o profissional da saúde na inserção de LARC apresentam impactos relevantes para uma mudança no cenário da oferta, escolha, inserção e adesão do método. Nota-se que a ampliação no seu uso perpassa por múltiplas intervenções, que visam desde o planejamento econômico e estrutural de sua oferta até o treinamento em aconselhamento contraceptivo e instrução teórico-prática das técnicas de inserção, e estratégias de sensibilização dos profissionais. Outrossim, foi possível identificar uma mudança no olhar para o processo de saúde-doença das mulheres a partir de uma prática mais coletiva, política e compreensiva. Além de reconhecer o racismo, o machismo e as desigualdades socioeconômicas como fatores importantes para uma prática em saúde mais integral. O estudo aponta como o SUS assim como a APS são áreas de atuação estratégica para a garantia e efetivação dos direitos sexuais e reprodutivos e como a necessidade de se pensar ações e políticas que contemplem essa temática é urgente.
- ItemInfecções sexualmente transmissíveis não virais em gestantes do município de Salvador: prevalência e fatores associados(Universidade do Estado da Bahia, 2023) Souza, Darlene Silva de; Travassos, Ana Gabriela Alvares; Miranda, Angelica Espinosa Barbosa; Figueiredo, Maria Aparecida AraújoA OMS tem realizado estimativas globais sobre a prevalência de infecções sexualmente transmissíveis (IST) não virais curáveis - sífilis, clamídia(CT), gonococo (NG) e tricomoníase (TV). São limitadas as informações sobre CT, NG e TV, normalmente obtidas de estudos realizados, uma vez que na maioria dos países não estão disponíveis dados oficiais. Ainda assim, há uma escassez de estudos que investiguem a prevalência destas infecções, sendo mais predominantes os de CT e NG. As pesquisas realizadas apontam para alta prevalência destas IST, inclusive em gestantes, com variações da prevalência no mundo. Os estudos têm descrito a associação entre estas IST e resultados adversos maternos e fetais, como aborto, parto prematuro, baixo peso ao nascer, conjuntivite neonatal, entre outros. A maioria das mulheres tendem a ser assintomáticas quando infectadas, o que inviabiliza o diagnóstico e o tratamento com base na abordagem sindrômica. Neste contexto, a realização de testes moleculares para identificação do agente etiológico torna-se fundamental para instituição da conduta terapêutica adequada e oportuna, importante para interromper a cadeia de transmissão. Diante disso, esta dissertação apresenta dois produtos: um estudo de corte transversal com gestantes e uma capacitação para para profissionais da atenção primária à saúde sobre prevenção às IST em mulheres grávidas. O primeiro buscou investigar a prevalência de clamídia, gonococo, tricomoníase e mycoplasma genitalium em gestantes acompanhadas em unidades básicas de saúde de Salvador e identificar as características associadas a estas infecções. Conduziu-se análise descritiva da população e bivariada das variáveis independentes e desfecho. Posteriormente, realizou-se a regressão logística da medida bruta, todas as variáveis que apresentaram p≤0,20 nesta fase foram incluídas na regressão logística multivariada para construção do modelo final (ajustado) utilizando o método backward. Foi encontrada alta prevalência de IST não virais em gestantes, sendo 21,5% a prevalência acumulada das quatro IST. As prevalências de cada agente etiológico foram: C. trachomatis (11,6%), M. genitalium (9,6%), N. gonorrhoeae (1,7%) e T. vaginalis (3,6%). A idade mais jovem, presença de sintomas de IST, ausência de parceiro ou tempo de relacionamento menor ou igual a um ano esteve estatisticamente associada a ter pelo menos uma IST. Encontrou-se associação de outras variáveis preditoras para cada agente etiológico específico. Esse estudo indica a necessidade de políticas públicas destinadas a prevenção, aconselhamento, tratamento de IST não virais, a partir da implantação de um programa de rastreamento universal em gestantes na Atenção Básica. O produto técnico busca capacitar profissionais sobre a epidemiologia da IST não virais e como estas infecções afetam gestantes, com enfoque na prevenção, diagnóstico e tratamento.
- ItemPrevalência e fatores associados à síndrome metabólica em usuários de um centro de atenção psicossocial(2020-10-16) Silva, Dandara Almeida Reis da; Mercês, Magno Conceição das; Travassos, Ana Gabriela Alvares; Mello, Lívia Lugarinho Côrrea de; Barbosa, Paulo José Bastos; D´Oliveira Júnior, ArgemiroIntrodução: A Síndrome Metabólica (SM) está associada ao aumento do risco cardiovascular e maior mortalidade. Na literatura é bem estabelecida a associação entre SM e os transtornos esquizotípicos. Entretanto, estão menos disponíveis estudos entre usuários dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Objetivo: Estimar a prevalência da SM entre usuários do CAPS e identificar fatores associados. Método: Estudo transversal ambientado em CAPS na cidade de Salvador, Bahia, Brasil entre agosto de 2019 e fevereiro de 2020. Resultados: Foram entrevistados 284 usuários, com obtenção de dados sociodemográficos e clínicos. Destes, 214 com exames laboratoriais. A SM esteve presente em 100 indivíduos, 35,2% na amostra e 46,3% entre aqueles com exames complementares. O aumento da circunferência da cintura esteve presente em 165(58,1%) indivíduos e 116(40,9%) eram obesos. Polifarmácia foi identificada em 63(22,3%) usuários e 243(85,9%) faziam uso de antipsicóticos. Na avaliação bruta da razão de prevalência, o sexo feminino (RP=1,88; IC95%:1,35- 2,63) e o uso de antidepressivos (RP=1,41; IC95%:1,05- 1,88) estiveram associados ao diagnóstico de SM, entretanto após a regressão logística, os fatores associados a SM foram: presença de depressão (RP=1,86; IC95%:1,38- 2,51), acantose (RP=1,50; IC95%:1,18- 1,90), uso de antipsicóticos (RP=1,88; IC95%:1,13- 2,75) e alteração na cintura hipertrigliceridêmica (RP=3,33; IC95%:2,48- 4,46). Conclusão: A prevalência de SM alerta para a necessidade de rastreio clínico, principalmente entre os usuários de antipsicóticos e indivíduos com depressão. Apesar de não ter sido o objetivo do estudo, a avaliação antropométrica e a identificação de acantose poderiam ser formas de rastreio de indivíduos com risco metabólico no contexto do CAPS.