Navegando por Autor "Staudt, Ana Júlia Tavares"
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- ItemDiscurso astrológico:condições de produção e interdiscurso no horóscopo das revistas Capricho e Cláudia.(2017-03-10) Staudt, Ana Júlia Tavares; Santana Neto, João Antônio de; Palacios, Annamaria da Rocha Jatoba; Madureira, Andre Luiz GaspariA partir do horóscopo das revistas mensais Capricho e Claudia, depreendeu-se a análise dos aspectos relacionados à constituição de sentido, considerando-se a construção discursiva para um público adolescente e adulto feminino, respectivamente. Para tanto, foram selecionados seis exemplares das referidas revistas, a saber, três revistas Capricho e três revistas Claudia, de dezembro de 2014, janeiro e fevereiro de 2015. Este estudo está fundamentado na Análise do Discurso Francesa, que tem como principal representante Michel Pêcheux. Para realização da pesquisa foram adotados procedimentos metodológicos pertinentes à Análise do Discurso, considerando-se a pesquisa analítica-qualitativa. Efetuou-se um cruzamento entre os temas apontados no horóscopo com o objetivo de perceber possíveis regularidades. Na revista Capricho as regularidades encontradas no horóscopo foram para os temas que tratam do entretenimento-lazer, amor e saúde. Na revista Claudia as regularidades encontradas tratam, a saber, de entretenimento-lazer, amor, finanças e trabalho-carreira. A partir dessas regularidades, marcam-se as características das fases: adolescente e adulta. Identifica-se também, a partir da análise, o sujeito enunciador em plena identificação com a forma-sujeito na formação discursiva afetada pelo discurso do bom sujeito plenamente identificado com a ideologia da sociedade de consumo, na qual Capricho e Claudia estão inseridas. Através do corpus, depreendeu-se as condições de produção constituída dos sujeitos e situação e as formações imaginárias que decorrem, como a forma-sujeito se desloca na posição sujeito, ora como astrólogo ora como conselheiro ora, ainda, como cúmplice, por meio do discurso autoritário. Analisa-se o contexto estrito – o suporte do objeto, as referidas revistas identificadas com as formas da sociedade atravessada pela sociedade de consumo e bem viver. Também as formações discursivas que se submetem ao sujeito que, atravessado pelo esquecimento de nº 1 e 2, pensa ser o dono do seu dizer, contudo encontra-se assujeitado pela ideologia, nas relações parafrásticas em que se identifica a repetibilidade, ou seja, o pré-construído – o já-lá – a partir de dois eixos: interdiscurso e intradiscurso, materializados pela memória discursiva. Assim, o horóscopo no entremeio do discurso jornalístico e publicitário firma as ideias da representação feminina da beleza, do divertimento, do amor, ao mesmo tempo em que se verifica uma continuidade sócio-histórica e ideológica da mulher adolescente da revista Capricho para a mulher adulta de Claudia.