Navegando por Autor "Souza, Edinelia Maria Oliveira"
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- Item“É nego, mas num tem sangue de cativeiro não”: história, memória e cultura da comunidade quilombola canto fazenda frade (Oeiras-Piauí)(Universidade do Estado da Bahia, 2023-06-02) Filho, João Francisco Moreira; Souza, Edinelia Maria Oliveira; Leal, Maria das Graças de Andrade; Fiabani, AdelmirA presente pesquisa busca analisar a trajetória da comunidade Negra Rural Quilombola Canto Fazenda Frade, localizada no município de Oeiras – Piauí. Passado e presente se entrelaçam nesse trabalho, que tem como principal metodologia a história oral e a recomposição das memórias, através das quais recuperamos, apresentamos e discutimos narrativas que, cruzadas com os documentos escritos, traduzem acontecimentos e os modos de vida dos moradores da comunidade. Os relatos de memória, na condição de construções de espacialidades e temporalidades, foram interpretados com o objetivo de compreender os significados atribuídos à formação histórica, econômica e cultural da comunidade. Na investigação do processo histórico de constituição da comunidade, consideramos aspectos tais como: identidades, territorialidades, ofícios, modos de fazer, celebrações, formas de expressão e ressignificações. Assim, analisamos como se deu o processo de identificação e reconhecimento da comunidade como remanescentes de quilombo, como também a construção da identidade e territorialidade quilombolas articulada às permanências e rupturas culturais evidenciadas nas experiências vividas pelos sujeitos da localidade.
- ItemNegras memórias: trabalho e família das mulheres fumageiras no Recôncavo Baiano (1950-1990).(Universidade do Estado da Bahia, 2023-06-01) Silva, Viviane dos Santos; Souza, Edinelia Maria Oliveira; Vasconcelos, Vania Nara Pereira; Britoufrb, Luciana CruzA presente pesquisa objetivou analisar as experiências das mulheres fumageiras/charuteiras do Recôncavo Baiano, a partir das suas atividades na Cia. de Charutos Dannemann e Cia. de Charutos Pimentel, entre os anos de 1950-1990. Foi realizada uma abordagem metodológica baseada em depoimentos orais das trabalhadoras que, cruzados com a documentação referente ao funcionamento das fábricas de charutos, possibilitou refletir sobre a importância da economia fumageira no Recôncavo Baiano, impactando fortemente na cultura da região, ao dinamizar a vida das mulheres, trabalhadoras negras, que, reinventaram suas estratégias de sobrevivência e as relações sociais constituídas nos espaços de trabalho e na organização familiar. O contexto do pós-abolição é a chave de nossa análise, cujo foco é a interseccionalidade entre classe, raça e gênero, marcadores sociais, econômicos e políticos, que nos permitiram problematizar o século XX, tanto a partir do passado escravista como do processo de configuração do capitalismo no Brasil. Nessa chave, apontamos para a ausência de políticas de Estado capazes de fomentar a integração das populações negras à sociedade constituída no pós-escravidão, ao tempo em que compreendemos que “nenhum outro grupo na América teve sua identidade tão rasurada da sociedade quanto as mulheres negras”, conforme acentuou Bell Hooks. Logo, ao evidenciar experiências de mulheres negras trabalhadoras das indústrias de charutaria procurou-se sinalizar, também, suas lutas e conquistas, apesar de toda a opressão que norteou suas histórias de vida
- ItemO protagonismo de mulheres quilombolas na comunidade porto da pedra – Maragogipe-Ba(Universidade do Estado da Bahia, 2023-06-15) Malta, Laise de Lima Pimentel Malta; Vasconcelos, Vânia Nara Pereira; Souza, Edinelia Maria Oliveira; Zagatto, Bruna PastroEsse estudo tem como objetivo analisar o protagonismo das mulheres remanescentes de quilombo da comunidade Porto da Pedra, no município de Maragogipe-BA. Busca-se compreender os processos culturais, políticos e sociais envolvidos na construção dos espaços de liderança feminina na comunidade quilombola de Porto da Pedra, apresentando o cotidiano das mulheres desta comunidade. Assim, através da exploração de fontes orais, documentos escritos e fotografias, buscou-se discutir acerca do cotidiano das mulheres quilombolas, trajetórias de liderança, os feminismos ressignificados nas suas ações, resistências, rebeldias e experiências, observando a atuação intrafamiliar e comunitária, as relações sociais entre homens e mulheres na comunidade e território, as hierarquias de gênero no âmbito da família, trabalho e organização política, bem como a trajetória dessas mulheres considerando suas experiências, vivências, saberes, afetos e engajamento na luta política junto aos moradores da comunidade mediante apropriação do conhecimento sobre os direitos específicos enquanto comunidade quilombola.
- ItemUsos e domínios das terras em Castro Alves Bahia (1890-1945)(Universidade do Estado da Bahia, 2022-12-15) Gusmão, Jilmar de Jesus; Pinho, José Ricardo Moreno; Souza, Edinelia Maria Oliveira; Aras, Lina Maria Brandão deNa presente dissertação, investigamos as experiências de proprietários de terras e trabalhadores rurais no tocante aos usos e domínios das terras no município de Castro Alves Bahia, entre 1890-1945. Utilizamos como fontes relatos de viajantes e memorialistas, testamentos e inventários post mortem, autos crimes e ações cíveis, censos populacionais e agrícolas, e a legislação que regulava a posse e propriedade da terra no período estudado. Nossa análise se valeu das contribuições teórico-metodológicas de Edward Palmer Thompson, especialmente o conceito de experiência, que entende homens e mulheres como sujeitos ativos a vivenciarem suas experiências enquanto ideias e sentimentos, isto é, como cultura, a orientar o agir sobre as circunstâncias determinadas; e o conceito de costume enquanto tradição, hábito, experiência social, formas de vida e direito costumeiro, ou seja, o costume como portador do contexto social e da mentalidade dos sujeitos. As reflexões de Thompson sobre o direito em Senhores e Caçadores nos ajudam a pensá-lo como um campo de disputa, em que a lei se constitui um espaço por onde se expressam os conflitos sociais. O campo castroalvense caracterizava-se pela policultura agrícola e criação de animais, atividades produtivas desenvolvidas por arrendatários, posseiros e proprietários de terras de diferentes estaturas e por diversas categorias de trabalhadores rurais. Ele também foi palco de tensões e disputas pelos usos e apropriação da terra, sendo mediados por instituições de natureza policial-judiciária. O cruzamento das fontes à luz da bibliografia selecionada possibilitou conhecer o processo de ocupação e povoamento das terras que deram origem ao município de Castro Alves; a evolução da localidade ao longo do século XIX; as características do município nas primeiras décadas da República; o perfil socioeconômico e étnico-racial da população, particularmente dos sujeitos ligados ao ambiente rural; assim como foi possível nos aproximarmos de parte das propriedades fundiárias, conhecendo sua organização, benfeitorias, aspectos produtivos e valores.