Navegando por Autor "Sobral , Gilberto Nazareno Telles"
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- ItemDireitos humanos para humanos direitos? a emergência de sentidos sobre direitos humanos em uma comunidade do Orkut(2011-09-29) Santos, Rafaella Elisa da Silva; Sobral , Gilberto Nazareno Telles; Santana Neto, João Antônio de; Queiroz, Rita de Cássia Ribeiro deVemos, na contemporaneidade, a emergência constante, no meio acadêmico e na mídia, de discursos sobre direitos humanos (DH), em uma tentativa de entender quais são as necessidades fundamentais do homem e, com isso, estabelecer uma definição objetiva para esses direitos, almejando a sua universalização, através de documentos internacionais, apesar das diferenças culturais entre os povos, o que influi nas significações sobre as necessidades do ser humano no atual contexto histórico. Todavia, essas discussões, bem como os 62 anos de existência da Declaração Universal dos Direitos Humanos, não foram ainda capazes de desenvolver, nos sujeitos e nos Estados, o desejo real de efetivar os DH, muitas vezes porque não são de pleno conhecimento, por parte dos teóricos do Direito e dos políticos, os sentidos sobre direitos humanos que circulam na sociedade e, portanto, os reais interesses dos indivíduos no que diz respeito à temática. A partir da análise de discursos de cidadãos comuns em uma comunidade do site de relacionamentos Orkut, e pautando-se na historiografia dos direitos humanos, e entendendo que compreender a relação entre os sujeitos e os DH e suas discursividades é compreender o funcionamento não apenas significante, mas também referente ao modus vivendi, à sociedade e à constituição básica de seus integrantes, enquanto seres humanos, norteando as primeiras, as mais elementares de suas práticas, bem como na crença da relevância do Orkut na sociedade brasileira como espaço de simbolização e no entendimento de direitos humanos como orientadores da práxis social, temos por finalidade nesta dissertação entender quais são as significações dos sujeitos do sítio “Direitos Humanos para humanos direitos” da internet sobre direitos humanos e a partir de quais bases esses sentidos são possíveis de emergir, ou seja, que formações discursivas permitem e organizam os discursos sobre direitos humanos e seus efeitos, a partir do escopo teórico-metodológico da Análise do Discurso.
- ItemPráticas discursivas da mídia impressa acerca da criminalidade juvenil: o “caso Sirlei”(Universidade do Estado da Bahia, 2010-03-23) Vilas Boas, Fabíola Silva de Oliveira; Sobral , Gilberto Nazareno Telles; Neto, João Antonio de Santana; Queiroz, Rita de Cássia Ribeiro deEste trabalho insere-se no âmbito dos estudos de cunho analítico-bibliográfico e tem como objetivo central investigar, por meio do funcionamento discursivo de materialidades veiculadas na mídia impressa brasileira, as posições-sujeito que atravessam o discurso jornalístico acerca da criminalidade juvenil e as representações sociais de jovens agentes de crimes nesse processo de constituição da subjetividade. Os fundamentos teóricometodológicos ancoram-se na Análise de Discurso de vertente francesa, configurada por Michel Pêcheux, na França, década de 60 (século XX), a partir da qual são mobilizados conceitos-chave como Sujeito Discursivo, Formação Ideológica, Formação Discursiva, Interdiscurso e Condições de Produção. Somam-se a esse referencial estudos de pesquisadores brasileiros que estão situados na esteira dessa vertente francesa bem como a noção de Representação Social proposta por Serge Moscovici, no âmbito da Psicologia Social, a qual se coaduna com questões relacionadas às práticas discursivas, ao sujeito e ao social, também propostas na Análise de Discurso pecheutiana. As materialidades que se constituem objeto de análise - três reportagens, três artigos de opinião, dois índices e uma capa de revista - foram veiculadas em quatro periódicos brasileiros, a saber, Caros Amigos, Época, Isto É e Veja, que circularam no mês de julho, do ano 2007, data posterior a um crime de grande repercussão no Brasil: a agressão praticada por cinco jovens cariocas de classe média, na madrugada de 23 de junho de 2007, no Rio de Janeiro, contra Sirlei Dias de Carvalho Pinto, brasileira, carioca, empregada doméstica; crime referido na mídia brasileira como “caso Sirlei”. A partir dos investimentos de análise, apontam-se duas formações discursivas nas materialidades: uma predominante, em que o sujeito do discurso se apoia e produz representações dos jovens agentes da ação criminal como criminosos cruéis a serem punidos de acordo com os rigores da lei; e outra que se inscreve no fio discursivo em forma de interdiscurso e mantém com a primeira uma relação tensa de contradição ao representá-los como crianças que, uma vez nessa condição, não devem receber punição.