Navegando por Autor "Silva, Zuleide Paiva da"
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- ItemConfabulações professorais de docentes gays(2022-05-19) Oliveira, Yuri Barbosa Martins de; Silva, Zuleide Paiva da; Santos, Matheus Araújo dos; Rios, Pedro Paulo Souza; Araújo, Ivanildo Amaro deO presente estudo tem objetivado discutir, a partir dos discursos de cinco professores gays da escola básica de municípios localizados no Território do Sisal (Serrinha, Conceição do Coité e Valente), sobre suas experiências como sujeitos homossexuais e das implicações subjetivas que tais reflexões interpelam para produzir suas professoralidades. Essa dinâmica de reflexão proporcionada pelo estudo produz-se enquanto movimento iniciático no Programa de PósGraduação em Educação e Diversidade (PPGED), lotado na Universidade do Estado da Bahia – Campus XIV, em Conceição do Coité, uma vez que poucos estudos evidenciam as sexualidades na constituição das docências de professores homossexuais. Frente a isso, a pesquisa enveredou-se pelos estudos de gênero, sexualidade e homossexualidade, cujo percurso teórico-metodológico foi constituído pela perspectiva pós-estrutural. Com base em suas enunciações, pude compreender as formas pelas quais esses docentes vão forjando suas professoralidades e de como as relações de poder, intrínsecas no confinamento familiar e nos ambientes profissionais em que trabalham, implementam uma série de negociações no que diz respeito às suas sexualidades ao demarcarem desqualificações profissionais e pessoais desses sujeitos baseadas no estigma histórico. Entendo que as pressuposições que circundam as histórias de vida dos professores pesquisados salientam a importância do estudo justamente por mobilizarem desconstruções sobre gênero e sexualidade compreendidos pelo espectro heteronormativo vigente. Em vista disso, no processo de imergir no campo e buscar informações que servissem de base para as problematizações necessárias, lancei mão do dispositivo metodológico Grupo de Experiência Docente em Gênero e Sexualidade (GEDGS), no qual compactuou de modo ímpar para trazer à tona discursos que nos levassem a discutir as normas de gênero e sexualidade impostas a esses docentes, da infância e adolescência até sua vida adulta, demonstrando o corolário de subjetivações correlacionadas a essas imposições. Foi possível inferir, em suma, que os professores mostraram experienciações de modos de vida diferentes, apesar das muitas semelhanças, produzindo assim confabulações professorais a fim de refletirmos práticas curriculares e sociais implicadas com nossas condições sexuais. O estudo, ademais, pode ser um espectro avaliativo em que cada um teve a oportunidade de ponderar sobre a vida vivida ao capturar modos de desfazimento de si para pensar outras configurações de ser professor, permitindo-se vivenciar uma docência em sua processualidade, cuja ação mostra que professoralidade e sexualidade são elementos indissociáveis.
- ItemCurrículo, professoralidades e sexualidades(2019-07-12) Almeida, Maria Goretti Ramos de; Jesus, Rosane Meire Vieira de; Pimentel Júnior, Clívio; Silva, Zuleide Paiva daEste texto apresenta o Projeto de Intervenção denominado Grupo de Experiência Docente (GED) a ser proposto aos docentes da rede Estadual de Conceição do Coité. Dentro desse espaço formativo, o GED tratará das negociações docentes com os atravessamentos no currículo das questões de gênero e sexualidades. Seu referencial principal é diferença ou différance. (DERRIDA, 2014) Esse conceito cruza as perspectivas de currículo como lugar de enunciação e negociação entrelaçado pela rede de saber e poder (MACEDO, 2006a; 2006b; 2010; 2014; 2017; 2018), a discussão de sexualidades e gênero como performatividade (BUTLER, 2017a; 2017b; 2017c; 2017d; 2018) e professoralidades (PEREIRA, 2016). Na intinerância para o planejamento do Projeto de Intervenção, realizou-se uma pesquisa científica abordando o problema: como os docentes da Educação Básica das redes Municipal e Estadual de Conceição do Coité agenciam subjetividades nas negociações curriculares diante de performatividades que envolvem corpo, gênero e sexualidades? Para a produção de dados e informações desta pesquisa, foi acionado o Grupo de Experiência (OLIVEIRA; JESUS, 2018) que coaduna três elementos: a arte gadameriana, a experiência e o cotidiano escolar. A análise dos dados e a produção de informações foram norteadas pela hermenêutica de Hans- Georg Gadamer (2015). As informações obtidas a partir das narrativas dos docentes de suas experiências e de seus referenciais teóricos sobre as questões tratadas durante o Grupo de Experiência potencializaram a proposta desse Projeto de Intervenção, sobretudo, quando parte dos próprios docentes pesquisados a sugestão da continuação do grupo de experiência mantendo a discussão sobre as questões das sexualidades e gênero.
- ItemEducação em sexualidade: enfrentamento e prevenção da violência sexual contra crianças e adolescentes no espaço escolar(2023-03-30) Oliveira, Jesiane da Luz; Pinho, Maria José Souza; Fagundes, Tereza Cristina Paiva da; Suto, Cleuma Sueli Santos; Silva, Zuleide Paiva daA violência sexual contra crianças e adolescentes é uma violação de direitos que fere a dignidade da pessoa humana e compromete o seu desenvolvimento pleno e saudável. Dentre os diversos tipos de violência, torna-se uma discussão relevante, tendo em vista seus domínios de alcance nos diversos cenários de debate da sociedade. Sendo a escola um espaço dedicado à formação de sujeitos para a cidadania e transformação social, precisa ser esse, também, um espaço de diálogo e promoção de ações voltadas para a prevenção e o enfrentamento das violências. Surge então a necessidade de responder a seguinte problemática: Como o espaço escolar pode atuar no enfrentamento e na prevenção da violência sexual contra crianças e adolescentes na educação básica da rede pública municipal? Considerando o problema a ser respondido, propôs-se como objetivo geral: compreender como o espaço escolar atua no processo de enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes. Os objetivos específicos dessa pesquisa foram: analisar a concepção de docentes do ensino básico sobre as dificuldades e possibilidades de trabalhar a educação em sexualidade como prevenção da violência sexual contra crianças e adolescentes; identificar na perspectiva dos docentes a contribuição da educação em sexualidade para a promoção de habilidades de proteção à violência sexual contra crianças e adolescentes; e, desenvolver estratégias educativas com a finalidade de promover formação continuada de profissionais de educação para a prevenção e enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes. Teve como lócus o Colégio Municipal Gilberto Dias de Miranda (CMGDM), na cidade de Jacobina, no ensino fundamental anos finais, com os/as docentes colaboradores/as. A metodologia deste estudo foi fundamentada na abordagem de pesquisa qualitativa em educação, e utilizou como estratégia de desenvolvimento a pesquisa do tipo colaborativa. Para subsidiar a pesquisa, os instrumentos utilizados foram: Grupos Focais e entrevista semiestruturada. Para analisar os dados coletados e produzidos utilizou-se como técnica a análise de conteúdo segundo Bardin. Os resultados obtidos na pesquisa demonstraram que ainda não está presente na instituição escolar (lócus dessa pesquisa) uma orientação para os docentes de como proceder no caso de identificação, o que inviabiliza a intervenção mais cedo e assim evitando ou amenizando as consequências imediatas. A partir da constatação da existência de dificuldades ao abordar a violência sexual e educação em sexualidade no ambiente escolar sianlizadas pelos colaboradores construi-se como proposta de intervenção, um plano de formação continuada com a finalidade de contribuir com os diferentes olhares sobre a importância da educação em sexualidade, sinalizando possibilidades de prevenção da violência sexual contra crianças e adolescentes, uma vez que o enfrentamento à violência sexual contra crianças e requer uma ação constante e integral deve incluir a formação e capacitação dos/das professores para o tema, bem como uma abordagem curricular que contribua para a disseminação de conhecimento sobre esta temática visando, principalmente, a preparação de crianças e adolescentes para prevenirem-se de forma ativa contra a violência sexual.
- ItemEscrevivências de professoras-negras-lésbicas: práticas educativas e produções de intelectualidades(2022-03-03) Santos, Gersier Ribeiro dos; Silva, Zuleide Paiva da; Oliveira, Iris Verena Santos; Barbosa, Licia Maria de Lima; Souza, Simone BrandaoEssa pesquisa tem o intuito primário de discorrer sobre Escrevivências e experiências docentes de professoras-negras-lésbicas na Universidade e na Educação Básica, sobre suas inferências e ações no campo acadêmico intelectual e produtor de saber. Parto do reconhecimento da importância que essas mulheres representam na configuração da institucionalização de práticas educativas que primam pelo compromisso do respeito às diferenças. O objetivo geral é compreender como se dão as trajetórias pessoais e as experiências de práticas pedagógicas e políticas de professoras-negras-lésbicas no âmbito acadêmico e na Educação Básica. Para os objetivos específicos tenho as seguintes proposições: a) interpretar como o intercruzamento de raça, gênero e sexualidade interfere nas relações estabelecidas por professoras-negras-lésbicas no espaço acadêmico profissional e na educação básica; b) perceber como suas práticas pedagógicas e experiências docentes se constituem enquanto relevância institucional; c) entender como as relações de trocas, afetações, sentimentos de pertença e solidariedade são estabelecidos entre essas mulheres no ambiente profissional. O amparo teórico consolidado nessa pesquisa para tratar de mulheres-negras-lésbicas foi firmado nos ensinamentos de Audre Lorde, (2020), como também na compreensão política de Glória Anzaldúa (2000). Aparenta como proposta de intervenção a constituição de um livro, esse que será fruto das narrativas apresentadas e analisadas nesta pesquisa. O estudo teve o amparo epistêmico da decolonialidade, utiliza as escrevivências como método de pesquisa e tem como instrumento as entrevistas narrativas. Os resultados apresentados apontam que as trajetórias educacionais das interlocutoras foram marcadas por episódios de racismo e lesbofobia, também foi possível perceber que diante das opressões do ambiente escolar, o mecanismo de proteção em relação à sexualidade ainda é usado pelas professoras-negras-lésbicas em formação, como também fica evidente que a presenças dessas mulheres na educação básica pode representar nos seus estudantes sentimento de pertença e acolhimento. Também foi possível notar como as professoras-negras-lésbicas desenvolvem no ambiente acadêmico um movimento de solidariedade diante das dificuldades enfrentadas por estudantes que se identificam com o corpo e com a forma de ser, suas práticas pedagógicas também refletem um posicionamento político e ativista.
- ItemExperiências (auto) formativas diarizadas na educação universitária: pedagogias feministas e epistemologias decoloniais(2023) Silva, Ana Lúcia Gomes da; Silva, Zuleide Paiva da; Queiroz, Marilene dos SantosA coletânea intitulada Experiências (auto)formativas diarizadas na educação universitária: pedagogias feministas e epistemologias Decoloniais, é resultado do componente Epistemologias Feministas e Epistemologias Decoloniais, ofertada no semestre 2022.2, na modalidade on-line, pelo Programa de Pós-Graduação em Educação e Diversidade (PPGED) da Universidade do Estado da Bahia-campus IV e XIV Jacobina e Conceição do Coité. Ao tomarmos a experiência-experimento como mobilizadores da nossa (auto)formação, realizamos a imersão de dentro/por dentro da experiência através da conversa como dispositivo de ensino com/ como pesquisa e a Roda de Conversa como procedimento das aulas, estas, adotando os encontros, como acontecimentos, pois neles a conversa vai para onde sequer podemos prever, é devir, ainda que cada tema fosse mobilizador para entrarmos na roda e iniciarmos a conversa.[...]
- ItemImagensnarrativas das práticas pedagógicas em perspectiva de gênero: tessituras cotidianistas(2020-09-16) Carvalho, Graciele Mendes; Silva, Zuleide Paiva da; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Souza, Milena Cristina Aragão Ribeiro deLocalizada no campo dos estudos feministas de gênero, esta pesquisa tem o propósito de compreender como as práticas pedagógicas referentes às questões de gênero são produzidas nos/com os cotidianos da educação infantil. Para tanto, foi produzido um estudo cartográfico com educadoras de uma instituição de educação infantil localizada no município de Olindina/BA. O mergulho nos/com os cotidianos foi inspirado pelos objetivos específicos: a) refletir os saberesfazeres sobre gênero; b) identificar fios do dentrofora escolar que participam das produções das práticas pedagógicas; c) mapear as invenções e/ou reproduções das práticas pedagógicas referentes às questões de gênero e, d) produzir projeto de intervenção visando (re) criar práticas pedagógicas em perspectiva de gênero. Com abertura aos aconteceres cotidianos, “bebendo de todas as fontes”, “virando de ponta cabeça”, “narrando a vida e literatizando à ciência”, as imagensnarrativas produzidas foram cartografadas a partir dos dispositivos Ateliê de Pesquisa e Diário de Campo, sendo compartilhadas àquelas que se caracterizam como rastros das práticas pedagógicas referentes às questões de gênero. Devido à impossibilidade de cartografar a totalidade das produções nos/com os cotidianos e como as imagensnarrativas são ficcionais e não uma representação de uma “realidade”, as compreensões tecidas se caracterizam como um mapa aberto. As conexões ficcionais evidenciam que as práticas pedagógicas são produzidas por muitos fios que se embaraçam, onde tramas são formadas e desatadas em um movimento complexo. Mesmo havendo produção de práticas pedagógicas que intentam a constituição de uma base sólida para controle dos corpos infantis em torno das padronizações de gênero, a aprendizagemensino com as crianças e outros aconteceres cotidianos possibilitam deslocamentos que criam outro (s) território (s). A partir das conexões ficcionais e anseios do coletivo a prepositiva de (re) invenção “Ateliê de leitura nos/dos/com os cotidianos da educação infantil”, intenta a construção de um espaço dinâmico para germinação de olhares em perspectiva de gênero e de caminhos que se deslocam para uma educação mais igualitária para as crianças da educação infantil.
- ItemLinguagens audiovisuais, educação e diversidade(Universidade do Estado da Bahia, 2023-12-20) Amorim, Maurício José Souza; Jesus, Rosane Meire Vieira de; Silva, Zuleide Paiva da; Morais, Katia Santos de; Carvalho, Maria InezEsse trabalho de pesquisa tem por metas conhecer os produtos audiovisuais consumidos pelos professores e pelas professoras dos anos iniciais da educação ao ensino superior e, através desse conhecimento, identificar se questões voltadas às diversidades estão sendo trabalhadas por esses e essas profissionais da educação, assim como conhecer e compreender como ocorre o processo de recepção, circulação, consumo e, em alguns casos, realização dos produtos audiovisuais entre os docentes. Há nove participantes mulheres e um participante homem: professoras que atuam profissionalmente na educação em Salvador e em cidades do Território do Sisal, e um professor que atua profissionalmente na educação na cidade de Jeremoabo. Profissionais da educação das séries iniciais ao ensino superior, da rede pública e privada. Trata-se de uma pesquisa descritiva. Inicialmente, um levantamento bibliográfico é feito no intuito de saber e entender em que contexto acadêmico se encontra a proposta de pesquisa pretendida para discussão. Depois, a ida a campo de pesquisa. Um questionário estruturado é aplicado às pessoas participantes da pesquisa, tendo por base, assim como na metodologia, os estudos de Minayo. Os referentes teóricos usados são Martin, Bernardet, majoritariamente, para a discussão de cinema e linguagem audiovisual. Barbosa, essencialmente, para discutir arte e arte-educação. Os estudos de Larrosa, em especial a obra Pedagogia Profana, para fundamentação epistemológica, quando são trazidas reflexões sobre experiência e o ser experiente. No intuito de entender e analisar o papel da Arte na escola e, por tabela, o papel do audiovisual na escola, uma reflexão sobre os PCN e a BNCC também é contemplada no decorrer desta pesquisa, assim como há um capítulo no qual é feita uma necessária discussão sobre a forma como as diversidades foram e são tratadas nos produtos audiovisuais brasileiros, quando os estudos de Louro se tornam importantes para a fundamentação da discussão. Por se tratar de um trabalho final de um Mestrado Profissional, o penúltimo capítulo traz uma proposta interventiva, quando um planejamento de curso de extensão e, seu resultado, é pensado como possível produto final desta pesquisa.
- ItemMapeamento da Violência na UNEB(2021-05-17) Bastos, Fabio; Jesus, Rosane Meire Vieira de; Silva, Zuleide Paiva da; Paiva, Élica LuízaEste TFCC se propõe a mapear as violências que acontecem na Universidade do Estado da Bahia (UNEB), compreendendo a Universidade como um fenômeno social, político e antropológico. Para tanto, a pesquisa, numa abordagem qualiquantitativa, parte de uma análise documental de textos institucionais advindos da Ouvidoria da UNEB e o setor de Processo Administrativo Disciplinar (PAD), permitindo emergir o contexto. O objetivo é mapear a cultura da violência na universidade, propondo ações interventivas, para o enfrentamento deste fenômeno. Assim se questiona: quais tipologias da violência aparecem na UNEB nos anos 2017, 2018 e 2019? Como melhor registrar tais ocorrências? De que forma pode-se inibir ou reduzir a cultura da violência na universidade? As estratégias de enfrentamento à violência partirão do nascimento de um Observatório da Violência na Universidade, que se encarregará de discutir e propor políticas públicas, a fim de propor um diálogo entre a universidade e os coletivos sociais organizados de combate à violência.
- ItemMapeando possibilidades: um estudo bibliométrico sobre gênero, sexualidade e interculturalidade no Mestrado Profissional em Educação e Diversidade(Universidade do Estado da Bahia, 2024-02-01) Ribeiro, Ariane Confessor de Carvalho; Silva, Zuleide Paiva da; Santos, Dayana Brunetto Carlin dos; Barreira, Maria Isabel de Jesus Souza; Ramos, Michael Daian PachecoEsse estudo tem o objetivo de verificar o modo como se configuram as produções do Mestrado Profissional em Educação e Diversidade (MPED), da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) que são atravessadas pelos temas interculturalidade, gênero e sexualidade, analisando, a partir das discussões tecidas e intervenções/produtos propostos, em que medida essas produções contribuem ou podem contribuir para melhorar as práticas pedagógicas da educação básica e da educação regional em geral. Os objetivos específicos propostos são: a) mapear as abordagens epistemológicas e metodológicas dos trabalhos; b) identificar a tipologia das propostas interventivas e do produto delas; c) analisar como as produções interpretam as questões de gênero e sexualidade no contexto escolar; d) identificar demandas que emergem dentro do programa, no que se refere ao desenvolvimento dessas pesquisas e) discutir sobre o perfil das(dos) egressas(os), o processo de produção dos Trabalhos Finais de Conclusão de Curso (TFCCs) e sobre a execução das suas propostas interventivas. O percurso teórico-metodológico adotado baseia-se na perspectiva política e filosófica do feminismo materialista, a partir da qual se compreende que a luta feminina contra os sistemas de opressão não pode ser desvinculada das lutas de classe. Esse é um estudo bibliométrico, de caráter exploratório de abordagem metodológica quali-quantitativa. Para construção dos dados, utilizamos uma Revisão Sistemática de Literatura, a análise bibliográfica de produções do MPED e ciclos de conversas com egressas(os) do programa. A análise dos dados construídos foi feita utilizando a técnica de Análise de Conteúdo proposta por Bardin (2001). No que se refere ao aporte teórico, acionamos principalmente Mathieu (2009; 2021), Wittig (1970), Delphy (2009; 2015), Scott (1995), Louro (2000), Candau, (2003; 2020), Hall (2006) e Gatti (2001). Os resultados alcançados na pesquisa sugerem que há a necessidade de se repensar a oferta dos componentes curriculares obrigatórios e optativos ou mesmo reconsiderar as ementas desses componentes no MPED. Os resultados também constatam que são de grande valia estudos que deem visibilidade às produções do programa, evidenciando para a comunidade científica e para a sociedade em geral as melhorias não apenas propostas, mas promovidas, na educação básica local, por esses TFCCs. O produto pensado para essa pesquisa é uma cartografia das produções do programa organizada no formato de um infográfico. A expectativa é que esse produto seja integrado aos produtos resultantes das pesquisas de demais colegas que desenvolvem no MPED pesquisas sobre gênero e sexualidade, de forma que a integração dos produtos resulte em um produto único, um caderno de orientação elaborado e publicado na intenção de pensar formação de professoras(es) da educação básica numa perspectiva de gênero e sexualidade.
- ItemA mediação docente na formação do(a) pesquisador(a) atuante na consolidação da ciência da informação no Brasil(Universidade Federal da Bahia, 2018-07-31) Silva, Regivaldo José da; Gomes, Henriette Ferreira; Silva, Zuleide Paiva da; Novo, Heldenise FerreiraPresente em diversas atividades humanas, a mediação constitui um processo dialógico que envolve indivíduos, ou grupos sociais, no âmbito da elaboração de conhecimento em sujeitos. Assim, a mediação docente visa a proporcionar recursos essenciais à formação de indivíduos em diferentes contextos, com orientação ao seu protagonismo social. Mas como a mediação docente vem favorecendo a formação dos egressos, pertinente ao fortalecimento do ensino, pesquisa, produção científica, lideranças em ambientes de informação e em instituições que atuam na consolidação da Ciência da Informação no Brasil? Para responder referida pergunta de partida, o objetivo geral desta dissertação procurou identificar a participação de egressos do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade Federal da Bahia (PPGCI/UFBA) na pesquisa, produção científica, atividades de ensino e atuação em instituições da área da Ciência da Informação (CI) no Brasil, a partir da mediação docente. Os objetivos específicos propuseram a: mapear as áreas e subáreas temáticas da CI de atuação dos egressos; verificar a permanência das interlocuções, parcerias e produção entre os egressos e seus orientadores e; identificar a atuação dos egressos em atividades envolvidas com o processo de consolidação da CI brasileira. Para cumprir os objetivos desta investigação, aplicou-se o método de estudo de caso e o documental. Como técnica adotou-se a observação indireta dos Currículos Lattes, e o instrumento foi a criação de formulário para registro dos dados levantados nos currículos. Do universo com 162 egressos, nossa amostra foi de 96 egressos, do curso do PPGCI/UFBA, que apresenta duas linhas de pesquisa: Linha de Pesquisa 1 – Políticas e Tecnologias da Informação e; Linha de Pesquisa 2 – Produção, Circulação e Mediação da Informação. Os resultados revelam que os egressos do Programa vêm contribuindo significativamente, porém ainda sendo uma parte limitada em pesquisa e produção científica. E que, embora tenha egresso que se mantenha na pesquisa de seus temas e tenha realizado uma produção científica relevante, esse número ainda é limitado. Por outro lado, o Programa tem egresso atuando na docência tanto no ensino superior público quanto no privado. E, mostra também um número significativo de egressos que atuam em entidades representativas da área da Ciência da Informação. A grande necessidade de análise da mediação pedagógica e da auto- avaliação do Programa é na questão do ingresso e no acompanhamento do egresso para assegurar a sua permanência na pesquisa e na produção científica.
- ItemPedagogia feminista no território escolar: devires cartográficos no enfrentamento da violência sexual infantil(2020) Abreu, Laís Oliveira; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Silva, Zuleide Paiva da; Auad, Daniela; Fagundes, Tereza Cristina Pereira CarvalhoA presente pesquisa surge das inquietações corporificadas acerca da síndrome do silêncio diante do fenômeno da violência sexual infantil e dos altos índices desta prática criminosa no contexto brasileiro. Esta grave problemática perpassa os diversos âmbitos da sociedade e se reproduz no território escolar seja pela omissão ou por discursos e práticas que a naturaliza, mas este espaço tem papel preventivo e repressivo na rede de proteção prevista pelo Estatuto da Criança e do Adolescente-ECA. Ao tomar este tema como objeto de pesquisa e a escola pública da educação básica como locus, nosso objetivo central buscou compreender as principais contribuições da pedagogia feminista para o enfrentamento da violência sexual infantil no território escolar na perspectiva da pesquisa-intervenção. Os objetivos específicos consistiram em: caracterizar o fenômeno da violência sexual infantil e suas principais implicações nas infâncias das crianças; mapear ações pedagógicas, ancoradas na pedagogia feminista, que contribuam para a prevenção da violência sexual infantil no território escolar e construir colaborativamente uma cartografia de afetos, visando contribuir para o enfrentamento da violência sexual infantil no território escolar. A pesquisa de abordagem qualitativa adotou o método cartográfico a partir de Deleuze e Guattari (1995) e Barros e Kastrup (2015), o qual se ancora no paradigma pós-crítico. Os dispositivos de pesquisa utilizados para a construção dos dados foram: observação, diário de campo/pesquisa e Ateliês de Pesquisa. Os sujeitos participantes, num total de nove, foram os/as docentes do turno matutino da escola pesquisada, coordenação pedagógica e direção, cuja participação se deu por livre adesão. Construímos na processualidade da cartografia um total de seis Ateliês de Pesquisa entre julho de 2019 e agosto de 2020, sendo o primeiro deles de caráter exploratório e os dois últimos realizados em ambiente virtual. Os resultados indicam pistas cartográficas dos agenciamentos tecidos pelo coletivo participante na tentativa de enfrentar as linhas duras que rizomatizam o contexto das temáticas que se conectam ao enfrentamento da violência sexual infantil: gênero, sexualidade, educação sexual. As linhas de fuga e suas dobras apontam a educação menor como um devir possível para promover desterritorializações no terreno liso da escola face às políticas públicas locais que não convocam a intersetorialidade para a ação em rede. A pedagogia feminista, mesmo que timidamente reconhecida, emerge nas narrativas que promoveram ação-reflexão-ação acerca das vivências, subjetividades e práticas pedagógicas nas paisagens do território escolar. Os resultados apontam ainda a ausência do viés interseccional nas práticas pedagógicas quanto às categorias de gênero, raça, classe, sexualidade etc, demandando reinvenções. Assim, o coletivo vê na Cartografia de Afetos uma possibilidade de ação concreta no território escolar. Contudo, percebe a necessidade de estudar mais as pedagogias feministas, inserir a discussão do ECA no Projeto Político Pedagógico-PPP da escola para que as práticas refletidas/construídas, a exemplo das palestras, entrevistas, rodas de conversa, caminhada/pedalada possam transbordar numa ação que de fato promova o enfrentamento da violência sexual infantil no território escolar.
- ItemPolíticas intersetoriais e interseccionais de enfrentamento à violência contra mulher e escolas públicas do município de Biritinga-BA: Redes e reexistências(2021-12-10) Araújo, Sandra Santos de; Silva, Zuleide Paiva da; Pinho, Maria José Souza; Cardoso, Claudia Pons; Albano, Denise Leal FontesAo longo dos séculos, temos observado o desenvolvimento de vários âmbitos da sociedade – ciência, tecnologia etc. – que, de alguma forma, influenciam no modo como nos relacionamos uns com os outros; apesar desse desenvolvimento, e supostas conquistas de liberdade e direitos das mulheres, destacamos que a relação entre o feminino e o masculino segue, muitas vezes, de forma conflituosa, dados os casos de violência sofrida por elas, desde seu silenciamento até formas mais graves de agressão e morte. Nesse contexto, a escola, em nossos tempos, é considerada um espaço privilegiado de conhecimentos para a promoção dos direitos humanos, com importante papel no enfrentamento a todo tipo de discriminações e preconceitos. Desse modo, o objetivo geral desta pesquisa é compreender as interfaces entre as políticas intersetoriais de enfrentamento à violência contra a mulher e as escolas públicas do município de Biritinga-Ba. A fim de atingir o objetivo principal, traçamos alguns objetivos secundários: a) entender como as ações oriundas de políticas intersetoriais de enfrentamento à violência contra a mulher emergem nas construções discursivas das(os) participantes da pesquisa, e como suas concepções se materializam em suas palavras, uma vez que elas(es) estão situadas(os) em postos que exigem uma postura de enfrentamento e combate à violência de gênero, uma postura que considere os direitos das mulheres; b) compreender como as perspectivas de gênero que atravessam as políticas intersetoriais de enfrentamento à violência contra a mulher são entrelaçadas nas construções discursivas das(os) atelieristas, as(os) quais representam os gerenciamentos de políticas públicas e de escolas, quanto ao enfrentamento da violência imprimida conta as mulheres; c) perceber como a interseccionalidade irrompe nas narrativas das(os) participantes da pesquisa e se legitimam as ações intersetoriais de enfrentamento à violência contra mulher. Teoricamente, baseamos nossas discussões em pesquisas que tratam principalmente da temática violência contra a mulher, violência doméstica e violência de gênero, com foco especial nas políticas públicas de enfrentamento à violência contra a mulher e nas políticas educacionais direcionadas à questão, pois cremos que a atuação nesse sentido envolve vários dispositivos de ordem política e social, com um trabalho em rede. Em aspecto metodológico, seguimos os seguintes passos: revisão sistemática sobre a temática violência contra mulher e educação no cenário acadêmico; e a realização de ateliês de pesquisa/encontro, de forma virtual, em razão da Pandemia da Covid-19, no intuito de dialogar com as construções discursivas de gestoras(es) de políticas públicas e educacionais. Com base em nosso diálogo com as(os) agentes políticos e educacionais e reflexões decorrentes dele, verificamos que: essas(es) agentes têm consciência da existência de dispositivos que devem atuar em rede, porém as agentes educacionais, por vezes, se sentem sozinhas e despreparadas para lidar com situações de violência; a perspectiva de enfrentamento à violência numa chave de gênero perpassa especialmente as construções das agentes educacionais; reconhecem que a violência atinge diferentes grupos sociais, os quais compõem um estrato social, subalternizado, devendo ser enfrentada forma interseccional. A pesquisa se desdobrada em um projeto de intervenção que visa desnaturalizar – através dos ateliês de encontros – as mais diversas formas de violência praticadas contra as mulheres.
- ItemProfessoralidades heterodissidentes: uma prática pedagógica de resistência e enfrentamento ao preconceito na escola(Universidade do Estado da Bahia, 2024-03-11) Silva, Manoel Luiz Santos da; Silva, Zuleide Paiva da; Jesus, Rosane Meire Vieira de; Rios, Pedro Paulo Souza; Araújo, Ivanildo Amaro deEste estudo tem o objetivo de analisar os modos de ser professore/as heterodissidentes a partir das experiências forjadas pelas sexualidades não heterossexuais a fim de compreender como esses modos de ser afetam a prática pedagógica e se constituem em saberes docentes fazendo emergi as professoralidades heterodissidentes. A principal questão que move esse estudo é: Como se constituem as professoralidades heterodissidentes? O percurso teórico-metodológico da pesquisa é feminista perspectivista. De natureza aplicada e abordagem qualitativa, este é um estudo autobiográfico. Nele, assumimos a conversa como procedimento metodológico. Para produção dos dados adotamos giros de conversa com professores heterodissidentes que atuam na Educação Básica a fim de confabular sobre as experiências que os/as constituem, que constituem os seus saberes e fazem emergir as professoralidades heretodissidentes, uma forma de ser corpo docente político de resistência e combate a toda forma de LGBTfobia na escola. Para análise dos dados construídos foi utilizada a técnica de análise do discurso proposta por Eni Orlandi (1999). Referente ao aporte teórico, acionamos principalmente: Guacira Louro (2004; 2014), Seffner (2016; 2020), Megg Rayara Oliveira (2018), Junqueira (2009, 2014), com as questões de identidades de gêneros, sexualidades e a cultura da LGBTfobia nas escolas; Pereira (2016) sobre constituição da professoralidade; Tardif (2002), as experiências vivenciadas que atravessam a prática pedagógica e a construção dos saberese com Zuleide Silva (2016; 2022) refletindoo sobre o processo de construção de professores/as com orientação sexual e/ou identidade de gênero não conformada com a matriz cisheterossexual normativa, adotando uma perspectiva feminista frente às fronteiras de gênero e sexualidade na educação. Como resultados finais, ainda que inconclusos, consideramos que para pensar a constituição das professoralidades heterodissidentes é de suma importância considerar a experiência como a gênese da construção do conhecimento do/a professor/a não heterossexual e os agenciamentos dos saberes docentes produzidos que se revelam na prática pedagógica dando sinais da constituição das professoralidades heterodissidentes.