Navegando por Autor "Silva, Rudval Souza da"
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- ItemO cuidado às pessoas em sofrimento psíquico e suas repercussões na família(2022-03-25) Lisboa, Leíza Nazareth Torres; Silva, Rudval Souza da; Santos, Liliana; Paixão, Gilvânia Patrícia do Nascimento; Souza, Márcio Costa deIntrodução: O cuidado à pessoa em sofrimento psíquico pode ser desafiador para a família, que foi afastada desse convívio durante muito tempo, já que o manicômio era o lugar destinado àqueles considerados “loucos”. Com a reforma psiquiátrica, o modelo da assistência às pessoas em sofrimento psíquico foi modificado, o cuidado passou a ser prestado em serviços extra hospitalares e comunitários e a família tornou-se fundamental tanto para efetividade das intervenções quanto para a reabilitação e a reinserção psicossocial destas pessoas. Dentre estes serviços, destacam-se os CAPS que são serviços de saúde destinados a atender diariamente pessoas em sofrimento psíquico no território. Objetivo: Compreender as repercussões do cuidado à pessoa em sofrimento psíquico na vida do familiar. Método: Trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva de abordagem mista e, em relação a atribuição de peso, a prioridade foi concedida a abordagem qualitativa. O público alvo foram quinze familiares de pessoas em sofrimento psíquico grave que frequentavam o CAPS III Sede de Camaçari, Bahia. Foram definidos como critérios de inclusão: ser cuidador da pessoa com em sofrimento psíquico e ser maior de 18 anos. E como critérios de exclusão o cuidador familiar que recebe alguma remuneração pelo cuidado prestado. A coleta de dados ocorreu através de entrevistas semiestruturada, audiogravadas e transcritas na íntegra e posteriormente pela aplicação da escala Zarit Burden Interview (ZBI), composta por 22 itens relacionados aos seguintes campos: saúde, situação financeira, emocional, bem-estar, relações pessoais e vida social e pessoal do participante. Os resultados foram organizados a partir da Técnica de Análise de Conteúdo, proposto por Bardin. Resultados: Os resultados foram apresentados em dois artigos. No primeiro artigo intitulado “Tipologias de cuidados da família para com a pessoa em sofrimento psíquico” teve como resultados a caracterização do perfil dos familiares cuidadores como mulheres, negras e mães, residentes do mesmo domicílio que a pessoa com sofrimento psíquico. Foram identificados como principais tipos de cuidados: 1) cuidado de vigilância; 2) cuidado parental; 3) cuidado superprotetor; 4) cuidado permissivo. O segundo artigo “O cuidado às pessoas em sofrimento psíquico e suas repercussões na família” possibilitou estruturar os resultados a partir de três contextos, a saber: 1) Contexto sociodemográfico do cuidador; 2) Contexto circunstancial do cuidador e 3) Contexto da pessoa com sofrimento psíquico, além de apresentar os níveis de sobrecarga objetiva e subjetiva com respectivas repercussões dos cuidados na vida dos familiares. Conclusão: Conclui-se que a o cuidado às pessoas em sofrimento psíquico tem sido realizado predominantemente por mulheres negras, refletindo as desigualdades de gênero e raça ocupando esse lugar. A família cuida das pessoas em sofrimento psíquico de acordo com suas possibilidades e fatores como a falta de conhecimento, estigmas e preconceitos interferem negativamente no processo de reabilitação e autonomia do sujeito em sofrimento psíquico. O processo de cuidar envolve sentimentos e expectativas ambivalentes, níveis diferenciados de sobrecarga, necessidade de suporte social e do Estado. Para que a desinstitucionalização seja efetiva, torna-se relevante a compreensão de que o cuidado em saúde mental permeia a intersetorialidade, não sendo exclusivo dos CAPS.
- ItemEntrelaçamentos saúde e justiça: cuidado às pessoas em situação de rua presas em flagrante(2021-08-18) Caldas, Paula Sousa; Vieira, Silvana Lima; Brasil, Sandra Assis; Marinho, Márcia Cristina Graça; Silva, Rudval Souza da; Rodrigues, Rafael CoelhoA população em situação de rua (PSR) vem aumentando, devido a vários motivos, como: situação de pobreza, desemprego estrutural, migração, uso de substâncias psicoativas, conflitos familiares, agravamento de questões sociais, rápida urbanização ocorrida no século 20, formação de grandes centros urbanos e ausência de políticas públicas. Devido ao contexto de extrema vulnerabilidade, bem como as incipientes políticas públicas efetivas voltadas à esta população, muitas vezes, essas pessoas são presas em flagrante e encaminhadas à audiência de custódia. Objetivo: Compreender como as condições de vulnerabilidade das pessoas em situação de rua que passaram pela audiência de custódia interferem na produção do seu cuidado e saúde. Método: Tratou-se de estudo descritivo, exploratório, qualitativo, com fonte de informação a partir de análise do relatório de execução do Programa Corra pro Abraço; entrevistas com profissionais do programa, que foram submetidas a Análise de Conteúdo e análise de dois casos de pessoas assistidas pelo programa, a partir dos registros no Plano de Acompanhamento do Cuidado. Resultados: Os mesmos foram descritos em 04 produtos, sendo três artigos e um produto técnico. O perfil das pessoas acompanhadas pelo programa é composto por homens, jovens, pretos e pardos, com baixa escolaridade, de territórios periféricos do município de Salvador – Bahia. Os serviços mais referidos como os que prestam cuidado essa população no município citado fazem parte do Sistema Único de Saúde (SUS), Sistema Único de Assistência Social (SUAS), acesso à Justiça e serviços de emissão de documentação. Além dos citados, apareceram às instituições religiosas, Organização Não Governamental (ONG) e o Programa Corra pro Abraço. Conclusão: É necessário se atentar as condições de vulnerabilidade individual; vulnerabilidade programática e vulnerabilidade social da população estudada para que se produza cuidado para a mesma. Tais condições interferem na produção da saúde desse público, na medida que impacta no acesso aos serviços de saúde, no acompanhamento qualificado e na continuidade do mesmo, no vínculo estabelecido com o serviço e na reorganização do sujeito que pode impactar na possibilidade dele novamente ser preso. Salienta-se a necessidade da integração entre os serviços de saúde e justiça e os profissionais da saúde estarem atentos a essas questões pois impactam e repercutem diretamente na saúde dessa população.
- ItemEntrelaçamentos saúde e justiça: cuidado para pessoas em situação de rua presas em flagrante(Universidade do Estado da Bahia, 2021-03-03) Caldas, Paula Sousa; Vieira, Silvana Lima; Marinho, Márcia Cristina Graça; Brasil, Sandra Assis; Rodrigues , Rafael Coelho; Silva, Rudval Souza daA população em situação de rua (PSR) vem aumentando, devido a vários motivos, como: situação de pobreza, desemprego estrutural, migração, uso de substâncias psicoativas, conflitos familiares, agravamento de questões sociais, rápida urbanização ocorrida no século 20, formação de grandes centros urbanos e ausência de políticas públicas. Devido ao contexto de extrema vulnerabilidade, bem como as incipientes políticas públicas efetivas voltadas à esta população, muitas vezes, essas pessoas são presas em flagrante e encaminhadas à audiência de custódia. Este estudo teve como objetivo compreender como as condições de vulnerabilidade das pessoas em situação de rua que passaram pela audiência de custódia interferem na produção do seu cuidado e saúde. Tratou-se de estudo descritivo, exploratório, qualitativo, com fonte de informação a partir de análise do relatório de execução do Programa Corra pro Abraço; entrevistas com profissionais do programa, que foram submetidas a Análise de Conteúdo e análise de dois casos de pessoas assistidas pelo programa, a partir dos registros no Plano de Acompanhamento do Cuidado. Os resultados foram descritos em 04 produtos, sendo três artigos e um produto técnico. O perfil das pessoas acompanhadas pelo programa é composto por homens, jovens, pretos e pardos, com baixa escolaridade, de territórios periféricos do município de Salvador – Bahia. Os serviços mais referidos como os que prestam cuidado essa população no município citado fazem parte do Sistema Único de Saúde (SUS), Sistema Único de Assistência Social (SUAS), acesso à Justiça e serviços de emissão de documentação. Além dos citados, apareceram às instituições religiosas, Organização Não Governamental (ONG) e o Programa Corra pro Abraço. É necessário se atentar as condições de vulnerabilidade individual; vulnerabilidade programática e vulnerabilidade social da população estudada para que se produza cuidado para a mesma. Tais condições interferem na produção da saúde desse público, na medida que impacta no acesso aos serviços de saúde, no acompanhamento qualificado e na continuidade do mesmo, no vínculo estabelecido com o serviço e na reorganização do sujeito que pode impactar na possibilidade dele novamente ser preso. Salienta-se a necessidade da integração entre os serviços de saúde e justiça e os profissionais da saúde estarem atentos a essas questões pois impactam e repercutem diretamente na saúde dessa população.
- ItemItinerários terapêuticos de mulheres com câncer de mama em um serviço de referência estadual na Bahia(Universidade do Estado da Bahia, 2020-12-18) Santos, Milene Pereira de Souza; Souza, Márcio Costa de; López, Yeimi Alexandra Alzate; Silva, Rudval Souza daEsta pesquisa tem por objetivo analisar os itinerários terapêuticos de mulheres com câncer de mama em um Serviço de Referência Estadual na Bahia. A metodologia utilizada foi de caráter qualitativo, tendo como escolha o método das Histórias de Vida para a coleta das narrativas, que foram extraídas através de entrevista semiestruturada. A técnica do diário de campo também foi utilizada, no entanto para construção do Diário para o Cuidado da Mulher com Câncer de mama. O lócus do estudo foi o Centro de Oncologia de Referência Estadual, no setor de quimioterapia. Foram entrevistadas 11 mulheres em tratamento da doença, sendo tal amostra contemplada pelo método da saturação de dados. A análise de dados foi realizada com base na Análise do Discurso de Orlandi. Os resultados foram apresentados sob a forma de artigo científico, atribuído pelo nome: O adoecer, o cuidar e seus itinerários: experiências de mulheres com câncer de mama, com achados apresentados e pormenorizados sob a forma de categorias empíricas e seus respectivos núcleos do sentido: a experiência do adoecimento (coping religioso; o sentir-se mal e seus processos de subjetivação; estigma, sexualidade e feminilidade); um olhar subjetivo na produção do cuidado (tecnologias leves, comunicação e violência; barreiras de acesso à saúde) e a mulher com câncer de mama e seus itinerários (dobra público-privada e óptica do SUS). As considerações finais reflexionam, que os itinerários terapêuticos de mulheres com câncer de mama desnudaram dificuldades encontradas sob caminhos tortuosos, onde muitas vezes a primeira oportunidade de assistência, se dá por meio de mutirões ou campanhas do outubro rosa, fator que concede espaço para as redes vivas. Nesse cenário, diversas barreiras emergem-se nesse contexto, com destaque para as econômicas, que evidenciam a problemática da dobra público-privada dentro do SUS e corroboram para a óptica de um sistema pouco resolutivo ou ineficaz. Aspectos despercebidos da produção do cuidado em saúde como o uso das tecnologias leves e o estigma do câncer de mama e seu impacto na feminilidade e sexualidade ganharam destaque, pelo fato da doença simbolizar a fragilidade que causa para o gênero desde o momento diagnóstico. Ademais, materializar o produto técnico deste trabalho sob a forma de um Diário se configurou como importante ferramenta, para outorgar a voz de mulheres com câncer de mama.