Navegando por Autor "Silva, Ronalda Barreto"
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- ItemBanco Mundial na Bahia: o projeto de regularização do fluxo escolar(2009) Leitão, Luciana Santos; Silva, Ronalda Barreto; Luiz, Ivan; Lima, Marta Maria Leone; Almeida, Silvia Maria Leite deO Projeto de Regularização do Fluxo Escolar (PRFE), implantado na Bahia em 2000, visou melhorar a qualidade de ensino e regularizar a distorção idade/série no ensino fundamental. O projeto atendeu 369 municípios, servindo como instrumento para a revitalização da educação básica, garantindo o preenchimento das vagas do ensino médio, de responsabilidade do governo estadual. O alto índice de distorção idade/série revela falhas do sistema educacional público, moldando o fracasso escolar. Uma das faces deste fracasso, combatida no PRFE, é a repetência, que reflete a estrutura seletiva e excludente da escola. Diante da atuação do Banco Mundial na questão do investimento educacional, objetivamos analisar as diretrizes desta entidade na organização do Projeto de Regularização do Fluxo Escolar, buscando desvendar os mecanismos de execução deste projeto e o significado de termos presentes no mesmo, tais como: sucesso, eficácia e qualidade. Na busca da melhoria da qualidade da educação, a redução do índice estadual de distorção em 15% torna o Projeto eficiente, porém da forma como foi sendo conduzido, despejou-se no ensino médio um volume de alunos com baixa taxa de desempenho – quase aproximada à taxa dos alunos da 4ª série.
- ItemA criança como sujeito de direito: as interfaces das instituições comunitárias nas políticas de educação infantil(2007) Araújo, Ana Lúcia Soares da Conceição; Silva, Ronalda Barreto; Vasconcellos, Vera Maria Ramos; Sodré, Liana Gonçalves PontesO presente trabalho se constitui em uma proposta de investigação do mestrado de Educação e Contemporaneidade da Universidade do Estado da Bahia, da linha Educação, Gestão e Desenvolvimento Local Sustentável. O objeto de estudo são as creches comunitárias que emergem de associações de bairro, focalizando as políticas públicas de Educação Infantil, buscando analisar a relação dessas instituições com as ações governamentais do município de Salvador, bem como as formas de intervenção da população no intuito de possibilitar o acesso e permanência das crianças de 0 a 06 anos nesse nível da educação básica. A escolha por essa faixa etária se deu por perceber constantes iniciativas dos moradores do bairro São Caetano (bairro periférico da capital) em prover o cumprimento do dispositivo legal do direito à educação da criança pequena. O percurso metodológico foi alicerçado em interpretação dinâmica da realidade, observando nos fatos as contradições e influências históricas, econômicas e sociais na compreensão do fenômeno estudado. Os procedimentos que ajudaram a compreender as implicações e fronteiras entre o papel do Estado e as instituições comunitárias na consecução das políticas de Educação Infantil foram entrevistas semiestruturadas e análise documental. Os sujeitos da pesquisa que colaboraram com o processo investigativo foram gestores dos órgãos públicos vinculados à Educação Infantil, representantes de ONG’s, líderes da associação, profissionais e crianças das instituições comunitárias que auxiliaram na tessitura de como vem sendo implementado o acesso, expansão e a permanência das crianças nas creches e pré-escolas comunitárias. Como resultado constatou-se que a (re) configuração atual do papel do Estado tem mantido a transferência de responsabilidade para o âmbito privado na expansão da Educação Infantil no Município, caracterizado por um serviço que não atende às especificidades da infância, funcionando como antecipação do Ensino Fundamental ou como um espaço que “guarda” as crianças enquanto os membros da família cumprem a jornada de trabalho. Ademais, apesar de as instituições comunitárias assumirem parcela da educação das crianças de 0 a 06 anos das camadas menos favorecidas do Município de Salvador, existe uma descontinuidade no repasse dos recursos e a falta uma política pública de formação para os professores dessas instituições tem gerado um despreparo profissional que afetam os direitos fundamentais básicos da criança.
- ItemDilemas do desenvolvimento no semiárido: o caso do programa produzir nos sertões de Canudos – Bahia(2013-10-07) Neiva, Luiz Paulo Almeida; Silva, Ronalda Barreto; Nunes, Eduardo José Fernandes; Menezes, José Alexandre Souza; Silva, Roberto Marinho Alves da; Santos, Patrícia Lessa CostaEsta tese objetiva examinar a contribuição das políticas públicas para o desenvolvimento do Semiárido brasileiro, quanto às contribuições do Programa Produzir no município de Canudos, Semiárido baiano, buscando problematizar suas estratégias metodológicas e os seus resultados. As questões fio condutoras desta tese foram: quais processos e instrumentos educativos foram implementados no âmbito do Programa Produzir em Canudos/BA com a intenção de promover a participação ativa da população local em vista da sua emancipação em um contexto de desenvolvimento humano sustentável? A participação comunitária no Programa Produzir, no município de Canudos, tem sido tomada como um processo educativo para o desenvolvimento humano sustentável? Metodologia: o percurso metodológico foi baseado na natureza qualitativa da pesquisa, tendo o estudo de caso como uma metodologia de investigação particularmente apoiada, pela Teoria das Representações Sociais, com os eixos metodológicos da pesquisa: Eixo Análise do Discurso – Eixo Análise do Conteúdo. Apresenta também os sujeitos da pesquisa; as técnicas de análise; os procedimentos e os instrumentos operativos. Resultados: Os resultados foram tematizados nas seguintes categorias baseadas nas falas (discurso) dos sujeitos que foram entrevistados: 1. concepção e objetivos do Programa Produzir; 2. gestão do Programa Produzir; 3. gestão participativa; 4. educação e emancipação; 5. contribuições e lacunas do Programa Produzir para o Desenvolvimento Humano Sustentável de Canudos. Os achados revelaram haver ocorrência de insatisfações por parte da população de Canudos do Programa Produzir em termos de concepção e objetivos. Houve falta de objetividade do programa em termos de contradições no atendimento das comunidades mais carentes. Houve elevada "preferência técnica" por projetos na área de energia solar, para permitir o uso dessa energia para substituir o candeeiro a gás e a querosene, sob a suposição de que poderia promover melhoria na qualidade de vida das pessoas. Essa "preferência" em si atestou a falta de objetividade do programa. O Programa Produzir se caracterizou pela forte presença de centralismo, autoritarismo, clientelismo, patrimonialismo e corporativismo na gestão do programa; ingerência política e ausência de gestão participativa (mecanismos, instrumentos, procedimentos...). Em termos de educação e emancipação, conclui-se que a participação comunitária no Programa, no município de Canudos, não foi considerada como um processo educativo para o desenvolvimento humano sustentável. Conclusão: As conclusões sugerem que o problema da pobreza no Semiárido baiano é enfrentado por impulsos de políticas compensatórias, precárias, não atacando suas causas estruturais. Conclusivamente, os entrevistados afirmaram que o Programa se configurou como de pouca ação e até mesmo de absoluta ausência de discussão sobre as prioridades que deveriam ser definidas pela comunidade.
- ItemA economia popular e solidária como estratégia para o desenvolvimento local solidário(2014-09-30) Lima, José Raimundo Oliveira; Silva, Ronalda Barreto; Carvalho, Sonia Marise Salles; Nunes, Christiane Girard Ferreira; Velloso, Tatiana Ribeiro; Nunes, Eduardo José Fernandes; Silva, José Humberto daEsta tese tem como objetivo analisar os elementos que contribuem para que a Economia Popular e Solidária seja uma estratégia para o Desenvolvimento Local Solidário. Para tanto, visa a identificar os elementos que contribuem para que essa Economia se constitua em tal estratégia, assinalando quais os agentes ou iniciativas possibilitam este cenário e de que maneira o Programa Incubadora de Iniciativas da Economia Popular e Solidária da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) torna possível articular saberes e conhecimentos diversos à referida Economia. Além disso, examina de que maneira o Programa, enquanto universidade em diálogo com a comunidade, se posiciona como agente que contribui para possibilitar a mencionada forma de Desenvolvimento em Feira de SantanaBa. A Economia Popular e Solidária no Brasil tem-se mostrado capaz de abrigar tanto os trabalhadores alijados do processo produtivo mercadológico do modo de produção capitalista como aqueles que, por opção, preferem um movimento de reprodução da vida que satisfaça as necessidades fundamentais dos sujeitos, sem, contudo, fazer com que aspectos da racionalidade econômica tradicional – especialmente o lucro, a competitividade, o individualismo e o utilitarismo – sejam a dimensão dominante da vida do trabalhador. Assim, nesta pesquisa, articula-se de forma orgânica a Economia Popular e Solidária a um processo de desenvolvimento contra-hegemônico que tem se mostrado, através de iniciativas ou agentes de desenvolvimento, serem elementos fundamentais para o Desenvolvimento Local Solidário. O percurso metodológico aborda, inicialmente, uma discussão geral sobre os aspectos teóricos da economia tradicional e desenvolvimento econômico, analisando conceitos e categorias específicas relacionadas a este tema. Teoriza-se numa síntese ao encontro de conhecimentos-base de desdobramentos que abrangem a educação, o trabalho e os conflitos de classes. A abordagem metodológica, surge na medida em que se estabelecem os antagonismos e os contraditórios presentes nos diálogos, nos aspectos da historicidade, bem como na totalidade da unidade analítica para a síntese teórica que permeia a articulação e a sistematização dos conhecimentos pertinentes ao objeto de estudo, entrelaçando as pesquisas bibliográfica, documental e entrevistas, observando o período de 2008 a 2012. A indagação que permeia o processo de estudo consiste em querer saber de que maneira a Economia Popular e Solidária, constitui-se em uma estratégia para o Desenvolvimento Local Solidário no município de Feira de Santana-Ba? Como resultado das discussões encontra-se subsídios que permite afirmar que esta Economia se constitui numa estratégia para o Desenvolvimento Local Solidário, através de vários agentes, destacando as Incubadoras Universitárias, consideradas por seus pares, no processo de incubação como capaz de articular saberes e conhecimentos diversos e locais e, em especial, universidade, políticas públicas, ciência e tecnologia social articulados com e em benefício dos setores populares.
- ItemEducação pública mercantilizada: as novas estratégias de gestão na atuação da Fundação Luís Eduardo Magalhães(2009) Pimentel, Felipe Marcelo; Silva, Ronalda BarretoEste trabalho versa sobre o estudo realizado acerca da Fundação Luís Eduardo Magalhães e a sua participação na implementação do Programa Educar para Vencer - EPV. Este Programa norteou a educação básica no Estado da Bahia a partir de 1999, no Governo Cesar Borges, e foi desmontado aos poucos durante o Governo Wagner. Pelo que se constatou o EPV teve duração de quase dez anos, e segundo a Secretaria de Educação do Estado a sua principal contribuição foi em termos de gestão. As novas estratégias de gestão presentes no EPV eram apresentadas como forma de promover a modernização dos serviços oferecidos pela escola e a melhoria da qualidade da educação, superando assim, anos de atraso nesta área. Contudo, o que este trabalho demonstra é que essas novas estratégias de gestão estão mais relacionadas com a lógica de mercado produzida nas empresas capitalistas, chamadas genericamente de organizações, reproduzindo, então, uma pedagogia da exclusão. Através da análise do conteúdo político dos documentos produzidos na articulação do EPV foi possível constatar a filiação política e ideológica da concepção do Programa: a ideologia conservadora. Neste trabalho, portanto, defendemos que a implementação das novas estratégias de gestão na educação representa a sua mercantilização.
- ItemEducar para vencer ou educar para vencidos? A mão visível do banco mundial na educação da Bahia(2007) Silva, Marcela Mary José da; Silva, Ronalda Barreto; Oliveira, Maria Neusa; Silva, Luciene Maria daEducar para Vencer ou educar para vencidos? A mão visível do Banco Mundial na educação da Bahia é um estudo cujo foco foi evidenciar como o financiamento do Banco Mundial vem resignificando as ações de educação no Estado da Bahia, via o Programa Educar para Vencer, no período de 2000 a 2005, observando a força do argumento da globalização e da acumulação do capital na sua versão neoliberal. A ação de financiamento não é isolada, mas sim combinada a outras ações que, em última instancia, estão por viabilizar a desregulamentação do Estado, esvaziando a dimensão pública de suas ações. Dessa forma, com a escusa de garantir a inclusão no mundo globalizado, outra falácia da acumulação capitalista, o Estado vem adotando medidas e incorporando valores liberais nos últimos 60 anos que, descentralizando e municipalizando ações via financiamento de instituições Mundiais com vistas a atender ao mercado. A pesquisa foi de cunho bibliográfico e documental, tentando estabelecer a linha político-econômica que fez e faz do Educar para Vencer a principal política pública de educação no Estado da Bahia.
- ItemMercantilização do desemprego: trabalho e educação nas páginas do Jornal A Tarde(2009) Paim, Zilda Fátima da Silva; Silva, Ronalda BarretoO presente estudo constitui-se em um esforço de compreensão das representações construídas na mídia impressa para o binômio Trabalho e Educação. O cenário que fundamenta a análise é a crise do capital, a partir do qual o campo educativo, em todos os seus níveis, acaba sendo organizado para uma perspectiva da produção, incentivando valores, atitudes e competências estabelecidas e definidas para e pelo mercado de trabalho. A reordenação do mundo do trabalho, sobretudo com a introdução das novas tecnologias operacionais e intelectuais, demanda um novo tipo de profissional, que, por sua vez, demanda um outro tipo de formação. Neste contexto percebe-se uma mitificação da educação como dimensão unilateral de inserção nos processos de reestruturação do modo de produção capitalista. Identificou-se diferentes sentidos atribuídos à relação trabalho-educação a partir de um corpus de estudo formado por algumas edições do caderno “Empregos & Negócios” do Jornal A Tarde, do ano 2009. Importante indicar que a mídia, além de ser instrumento de representações sociais, possui, também, dispositivos constituidores de realidades. Daí a pertinência deste corpus como objeto de empiria. Refletiu-se sobre a conexão ontológica e histórica própria da relação trabalho e educação, uma vez que o ser do homem é o trabalho e sobre a consolidação, atualização e banalização da Teoria a do Capital Humano.
- ItemOi kabum! Escola de arte e tecnologia: a educação como produto do marketing(2010) Cunha, Leonardo Santa Inês; Silva, Ronalda Barreto; Oliveira, Maria Olívia de Matos; Filho, Genauto Carvalho de FrançaPesquisa documental que buscou investigar projetos educacionais de responsabilidade social, tomando como objeto a Oi Kabum! Escola de Arte e Tecnologia, em Salvador. O objetivo principal da investigação foi identificar de que forma os mecanismos de comunicação institucional da empresa financiadora interferem na formatação e execução da Escola. Para tanto, realizou-se uma contextualização das mudanças na configuração do Estado e das políticas públicas em educação nas décadas e 1980 e 1990, bem como a discussão do conceito de “terceiro setor”. Discutiu-se ainda o conceito de responsabilidade social em suas diferentes abordagens e relação com o marketing. O estudo de caso observou ainda a participação da empresa Oi, do Governo do Estado da Bahia e da ONG Cipó Comunicação Interativa para a realização do projeto. Identificou-se que o projeto educacional adaptou-se em sua trajetória às demandas de visibilidade da marca “Oi” e que a empresa de telefonia é o principal agente na realização da iniciativa.
- ItemPilar ou “da educação”: Um estudo de caso sobre a dimensão educacional na reinvenção do Pilar(2007) Santos, Rita de Cássia Almeida; Silva, Ronalda BarretoEste estudo discute a concepção educacional na “revitalização” do Pilar, em uma perspectiva que pressupõe a interferência nos valores da comunidade e nos seus processos educativos. Do ponto de vista da localização física, o Pilar é uma pequena poligonal pertencente ao bairro Comércio, encosta da parte baixa do Centro Histórico de Salvador/Bahia. O corpus desta pesquisa se forma a partir de dois programas: O Programa Pró-Moradia, que tem como fonte de recurso o FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e o Programa de Reabilitação de Áreas Urbanas Centrais, cuja fonte de recurso é o OGU – Orçamento Geral da União. Pretendeu-se verificar os princípios fundamentais que servem de base aos procedimentos educacionais propostos para a comunidade, a partir da origem dos programas, dos objetivos, justificativas, orientações para execução, metodologia, concepção de participação e de desenvolvimento local e, principalmente, a concepção de educação para a reinvenção daquele espaço social. Refletiu-se sobre a possibilidade de interação/não interação da comunidade com os programas e o seu processo de intervenção, a fim de verificar o nível de participação das pessoas dessa localidade e o seu conseqüente desenvolvimento local. A metodologia adotada foi o estudo de caso com base na análise documental. A pesquisa indicou que a concepção educacional presente nos instrumentos de análise sinaliza para uma “participação” sem participantes da comunidade nas formulações dos projetos de intervenção física e social, um desenvolvimento nas bases do subdesenvolvimento, uma educação que reforça e reproduz desigualdades étnicas, etárias, de classe e de gênero.
- ItemPolítica pública de economia solidária: a incubadora pública da SESOL/BA(2013-10-04) Borba, Tatiana Santos; Silva, Ronalda Barreto; Silva, Roberto Marinho Alves da; Nunes, Eduardo José FernandesO presente trabalho procura abordar parte da realidade da economia solidária, mais precisamente a política pública de economia solidária na Bahia, através da incubadora Estadual da SESOL, passando pelos conceitos de economia solidária e as possibilidades de desenvolvimento social e econômico que este modo de produção propõe; abordando formatos das incubadoras universitárias mais conceitos de políticas públicas, como também a relação com a implantação da incubadora pública do Estado da Bahia, através do diagrama de análise de políticas públicas (DI GIOVANNI, 2009). A forma escolhida deste trabalho é análise documental, a qual se deu através de documentos oficiais, textos publicados pela equipe técnica da Incubadora Pública da SESOL, bem como pesquisa de campo realizada com lideranças de empreendimentos participantes das redes solidárias incubadas pela Incubadora Pública no período pesquisado. Para tanto, concluímos que se trata de uma política pública experimental, as ações da SETRE/SESOL vão de encontro aos ideais da economia solidária e da autogestão, particularmente no que diz respeito ao fortalecimento das incubadoras universitárias para o fomento de políticas estaduais e municipais de economia solidária; o apoio mais construção de centros para comercialização de produtos e formação de trabalhadores de empreendimentos, a exemplo do CESOL, além do apoio e fomento das redes solidárias. No entanto muitas dessas ações esbarram na própria fragilidade das políticas sociais, como um todo, e na política de economia solidária, em particular.
- ItemSou cotista, e agora? Uma análise das condições de permanência numa universidade multicampi(2009) Santos, Maria Cristina Elyote Marques; Fialho, Nadia Hage; Queiroz, Delcele Mascanheras; Silva, Ronalda Barreto; Silva, Veleida Anahí daA implantação de políticas inclusivas como a cotas para ingresso no sistema de ensino superior no Brasil, que começaram a ser instituídas desde 2003, ainda nos parece merecer algum destaque. Assim, ações afirmativas para a educação superior têm gerado polêmica e sido tema de debates em muitos segmentos da sociedade tendo em vista que atingiram a fatia da população brasileira que normalmente tivera, até então, pouca possibilidade de acesso a esse nível de ensino. No ano de 2003, as universidades públicas estaduais (Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj)) despontaram no cenário brasileiro como pioneiras nessas políticas, ao tempo em que se comprometeram a implantar programas de apoio e acompanhamento a esses estudantes. Esse estudo discute a implementação de políticas afirmativas no ensino superior, no tocante ao processo de permanência e sucesso do afro-descendente, em particular na Uneb e na Uerj, com o objetivo de identificar se o modelo multicampi das referidas universidades tem viabilizado/impedido aos estudantes cotistas, ingressos no período 2003 a 2006, as condições de permanência e sucesso. Desenvolvido como um estudo exploratório teve como base pesquisa documental em ambas as instituições e pesquisa de campo na Uneb referente aos estudantes cotistas, ingressos nos anos de 2003 a 2006. O desenvolvimento dos seus capítulos discute conceitos como universidade, universidade multicampi, política, políticas públicas, políticas afirmativas, direitos, privilégios. Além disso, apresenta perfil do cotista na Uneb e na Uerj, e, compara, ainda que superficialmente, tais programas de acesso. Detecta que no período considerado para a pesquisa, enquanto a Uerj implantou o Programa de Iniciação Acadêmica (Proiniciar), a Uneb não lançou nenhum programa institucional de apoio e acompanhamento acadêmico dos cotistas, conforme previsto na Resolução Uneb/Consu nº 196/2002, tendo apenas alguns programas/projetos de restrita abrangência em convênio com órgãos federais e instituições não-governamentais. Conclui que, embora o modelo muticampi de Universidade possibilite o acesso a um número considerável de estudantes afro-descendentes tanto no Estado da Bahia como no Rio de Janeiro, no caso da Uneb esse aspecto não tem sido o suficiente para garantir a permanência e o seu sucesso, pois as deficiências são graves visto que as ações voltadas a favorecer a permanência e o sucesso dos cotistas, na Uneb, têm se mostrado de restrita abrangência, pois não atendem às reais necessidades desses universitários, conforme indicam os resultados da pesquisa de campo.