Navegando por Autor "Silva, Luciene Maria da"
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- ItemCorpo, juventude(s) e diversidade: uma experiência em dança-educação(2020-12-04) Silva, Talita de Oliveira Costa; Messeder, Marcos Luciano Lopes; Oliveira, Urania Auxiliadora Santos Maia de; Silva, Luciene Maria daEsse texto é produto de uma pesquisa sobre as elaborações das subjetividades dos jovens do Grupo de Dança Ubuntu, a partir da experiência com o aprendizado da dança contemporânea nas oficinas do Ponto de Cultura Ubuntu na Federação (2019). Executou-se, neste sentido, uma pesquisa de cunho qualitativo, que teve como metodologia de pesquisa a etnografia - observador participante e contou com os seguintes instrumentos de coleta de dados e informações: roda de conversa, entrevistas semi-estruturadas e caderno de campo. Para análise dos dados, foram utilizadas as anotações, observações e análises do caderno de campo, bem como áudios de whatsapp, com gravações das respostas às entrevistas dos e das jovens e gravação de áudio da roda de conversa realizada em 2020. Foram entrevistados/as 8 jovens que participaram ativamente do Grupo de Dança no ano de 2019, todos moradores do Engenho Velho da Federação, estudantes e com faixa etária entre 15 a 22 anos. A pesquisa traz um panorama dos estudos antropológicos sobre o corpo, além de abordar as temáticas da juventude, neurodiversidade - autismo e dançaeducação. Os achados interpretados, à partir da análise dos discursos dos sujeitos da pesquisa, evidenciam que a educação do corpo é utilizada como mecanismo de controle psicossocial desde o nascimento do indivíduo e atinge diretamente a forma como estes e estas jovens se posicionam culturalmente no ambiente e na comunidade em que vivem. Foi possível, ainda, observar e analisar como a dançaeducação assume um papel catalizador de identidades e emoções, extraindo e fomentando em cada um, mas também no Grupo, o que há de mais autêntico e verdadeiro.
- ItemO direito das pessoas com deficiência: participação, inclusão social e educacional(2014-09-29) Sousa, Sidenise Estrelado; Silva, Luciene Maria da; Barros, Alessandra Santana Soares e; Bastos, Edinalma Rosa OliveiraEsta pesquisa tem o propósito de discutir e analisar a participação das pessoas com deficiência na busca por garantia de direitos educacionais, por meio das demandas processuais identificadas no Ministério Público do Estado da Bahia – MP-Ba, além de descrever as estratégias de atuação individual e coletiva em defesa dos direitos das pessoas com Deficiência Intelectual pela inclusão educacional, identificando a participação de associações, Organizações não Governamentais além da participação da família nos encaminhamentos dos processos no município de Salvador (BA). O presente estudo possui uma abordagem qualitativa, cujo método é o estudo de caso. Este trabalho pauta-se nas discussões de Gonh (1995, 2006), Diniz (2007), D’Antino (1998), Crochík et. al. (2013), entre outros. Como resultados dessa investigação, constatou-se a baixa quantidade de processos encaminhados ao Ministério Público referente à inclusão escolar da pessoa com deficiência e a insuficiente atuação dos movimentos sociais em defesa dos direitos educacionais dessas pessoas, especificamente as com deficiência intelectual. No percurso da pesquisa, chamou a atenção o impacto do movimento solitário de uma mãe, que resultou na elaboração de uma Recomendação por parte do MP-Ba constituindo-se, assim, um marco histórico para sociedade soteropolitana. Constatou-se a ocorrência de um movimento desarticulado, com dificuldade em adotar uma ação coletiva, atuando conforme especificidade de cada deficiência, dissociados de um movimento maior: o da inclusão social e educacional.
- ItemEducar para vencer ou educar para vencidos? A mão visível do banco mundial na educação da Bahia(2007) Silva, Marcela Mary José da; Silva, Ronalda Barreto; Oliveira, Maria Neusa; Silva, Luciene Maria daEducar para Vencer ou educar para vencidos? A mão visível do Banco Mundial na educação da Bahia é um estudo cujo foco foi evidenciar como o financiamento do Banco Mundial vem resignificando as ações de educação no Estado da Bahia, via o Programa Educar para Vencer, no período de 2000 a 2005, observando a força do argumento da globalização e da acumulação do capital na sua versão neoliberal. A ação de financiamento não é isolada, mas sim combinada a outras ações que, em última instancia, estão por viabilizar a desregulamentação do Estado, esvaziando a dimensão pública de suas ações. Dessa forma, com a escusa de garantir a inclusão no mundo globalizado, outra falácia da acumulação capitalista, o Estado vem adotando medidas e incorporando valores liberais nos últimos 60 anos que, descentralizando e municipalizando ações via financiamento de instituições Mundiais com vistas a atender ao mercado. A pesquisa foi de cunho bibliográfico e documental, tentando estabelecer a linha político-econômica que fez e faz do Educar para Vencer a principal política pública de educação no Estado da Bahia.
- ItemA identificação das altas habilidades/superdotação nas práticas docentes dos professores de duas escolas públicas de Salvador(2014-09-04) Andrade, Dartilene Pires de; Brito, Gilmário Moreira; Freitas, Soraia Napoleão; Silva, Luciene Maria daA pesquisa apresentada procurou conhecer as práticas docentes dos professores de duas escolas públicas de Salvador (BA), com os codinomes Um e Dois, buscando compreender como esses educadores identificam alunos com características de altas habilidades/superdotação. Por meio de um trabalho de investigação minucioso, buscou-se perceber como os professores, em suas práticas docentes, manifestam suas concepções, valores e atitudes no processo de identificação dos referidos alunos. O estudo prioriza os aportes teóricos do pesquisador Joseph Renzulli, que desenvolveu, dentre outros, o modelo da concepção dos três anéis, utilizado para identificar estudantes com altas habilidades/superdotação. A pesquisa foi realizada com catorze professores dessas escolas, como sujeitos participantes do estudo. Os dados coletados valeram-se das referências metodológicas da pesquisa qualitativa e da metodologia de história oral temática, permitindo, com as observações em salas de aula, entrevistas semiestruturadas e aplicação de questionário dedutivo, auscultar os docentes, e relacionar as ações desses professores, em sala de aula, às dificuldades com as carências de recursos didáticos, metodológicos, estruturais e políticos educacionais, para a identificação e o atendimento aos alunos com as mais diversas necessidades educacionais, dentre elas, as altas habilidades/superdotação. Com a utilização dessas estratégias de intervenção, obtiveramse dados indicando que os professores das escolas Um e Dois enfrentam diversas dificuldades, comprometendo seriamente a identificação dos alunos com inteligência acima da média.
- ItemInclusão e docência: a percepção dos professores sobre o medo e o preconceito no cotidiano escolar(2014-09-30) Mattos, Nicoleta Mendes de; Silva, Luciene Maria da; Franciscatti, Kety Valéria Simões; Pimentel, Susana Couto; Nascimento, Antônio Dias; Santos, Jaciete Barbosa dos; Cotidiano EscolarNesta pesquisa buscamos identificar como as relações entre o medo e o preconceito são expressas no cotidiano escolar a partir da percepção das professoras que atuam em escolas regulares com alunos em situação de inclusão e de que maneira essas relações interferem na sua ação profissional, considerando a importância do professor na efetivação da atual proposta de inclusão educacional que orienta a política educacional brasileira. Realizamos uma pesquisa qualitativa sobre as bases do medo e do preconceito e os modos de atualização na sociedade contemporânea, bem como investigamos as contradições do projeto inclusivo. Utilizamos como referencial teórico a Teoria Crítica da Sociedade, particularmente os escritos de Max Horkheimer e Theodor W. Adorno para aprofundarmos os estudos sobre o medo e o preconceito, recorrendo também à Psicanálise, especificamente os escritos de S. Freud. Para a investigação sobre a inclusão educacional, buscamos subsídios principalmente nos estudos de Ligia Amaral, José León Crochík, José Geraldo Silveira Bueno, Rosalba Maria Cardoso Garcia, que nos permitissem estabelecer um diálogo com a Teoria Crítica da Sociedade. O estudo foi realizado na cidade de Valença – Bahia, através de levantamento documental e entrevistas com 07 (sete) professoras que atuam em 04 (quatro) escolas municipais regulares de ensino fundamental I. A partir da análise dos dados, verificamos que o medo está presente na prática docente na sala de aula, sendo experimentado como um sentimento associado à possibilidade de irrupção da agressividade, ligada às características do aluno em situação de inclusão, e que remete ao medo ancestral de aniquilamento, justificando as atitudes preconceituosas. Sobre o projeto de inclusão educacional, as professoras entendem que ele é necessário, e o defendem com ressalvas, afirmando o despreparo como condição intrínseca ao seu trabalho. O cotidiano dessas professoras encontra-se atravessado pelas emergências do dia-a-dia, não sendo a prática percebida como fonte de experiência, impedindo a reflexão e a responsabilização por suas ações. Foi identificada também a ausência de uma política municipal que contemple o projeto de inclusão educacional, fato que, juntamente com a forma de efetivação do projeto de inclusão, compromete o trabalho das professoras, mantendo-as numa posição de menoridade e justificando o seu despreparo, reforçando a permanência do medo e do preconceito no cotidiano docente.
- ItemMães de pessoas com deficiência múltipla: experiências vividas no itinerário do cuidar(2019-08-02) Belém, Karla Muniz; Silva, Luciene Maria da; Souza, Lucimere Rodrigues de; Dias, Viviane Borges; Santos, Jaciete Barbosa dosA epidemia do Zika vírus, vivenciada no país a partir de 2015, fez com que os números de casos de crianças nascidas com deficiência múltipla com graves sequelas aumentassem abruptamente. As vidas maternas foram alteradas severamente, fato que levou a questionar como estas mães viveram a experiência da chegada da criança com deficiência na família e quais eram suas concepções sobre a deficiência. Assim, a presente pesquisa objetiva analisar experiências sobre o cuidar, relatadas por mães de pessoas com deficiência múltipla. O referencial teórico tem por base alguns conceitos da Teoria Crítica da Sociedade, especialmente os estudos de Theodor Adorno, Marx Horkheimer e Marcuse em interlocução com estudos de Goffman e Crochík. Para aprofundarmos os estudos sobre cuidado, usamos especificamente os escritos de Tronto, Gilligan e Noddings. O estudo foi realizado na cidade de Ilhéus (Bahia) e os sujeitos da pesquisa são mulheres que tiveram filhos diagnosticados ou sob suspeita de infecção pela síndrome congênita do Zika vírus. Realizamos uma investigação empírica, de abordagem qualitativa do tipo História Oral, que descreve e analisa a trajetória materna desde a comunicação do diagnóstico, a concepção materna sobre a deficiência, a experiência adquirida na convivência com o(a) filho(a), o preconceito e a expectativa sobre o futuro de ambos. Os instrumentos de coleta de dados foram o questionário e a entrevista semiestruturada aplicados a oito sujeitos. Ao analisar o cotidiano das mulheres, foi observado que há uma forte influência do modelo médico na concepção que têm sobre deficiência. As mulheres realizam o trabalho sozinhas, sem descanso e sem emprego formal. Ademais, o convívio com os profissionais de saúde, outras mães e sites de busca mobilizam a construção e a aquisição de saberes sistematizados ou não sistematizados. Nesta múltipla relação, os sujeitos envolvidos trazem experiências diversas e um conhecimento singular sobre seus modos de viver. Assim, a prática da pedagogia do cuidado materno é construída na vida cotidiana na busca por uma vida digna. A análise dos dados evidenciou, também, a necessidade de políticas sociais que incluam uma formação ampla para toda a família, pois a atenção está voltada apenas para a deficiência.
- Item“Nada na nossa vida acontece por acaso”: professoras do atendimento educacional especializado (AEE) e suas experiências com os estudantes com deficiência intelectual em Ipirá-BA.(2015-06-17) Mota, Érica Pimentel; Souza, Sueli Ribeiro Mota; Santana, Nivaldo Vieira; Silva, Luciene Maria daEsta pesquisa intitulada “Nada na nossa vida acontece por acaso: Professoras do Atendimento Educacional Especializado e suas experiências com o estudante com deficiente intelectual em Ipirá-Ba” buscou refletir sobre as experiências das professoras do Atendimento Educacional Especializado – AEE de estudantes com deficiência intelectual (DI) que frequentam as salas de recursos multifuncionais nas escolas municipais de Ipirá. O lócus de ação deste estudo foram três salas de recursos multifuncionais, implantadas em três escolas municipais. A escolha por essas salas se deu por ser o único espaço educativo legalmente implantado no município para o atendimento especializado aos estudantes com deficiência intelectual. Tratase de uma pesquisa qualitativa de natureza fenomenológica, que descreve e reflete sobre as experiências das professoras do AEE com o estudante com deficiência intelectual na relação professor-aluno. Para tanto, utilizei como principais referencias para o estudo sobre fenomenologia Souza (2012), Martins e Bicudo (2006) e Merleau-Ponty (2011). Esta pesquisa teve como proposta metodológica, além da pesquisa bibliográfica, a observação e entrevista centrada na pessoa. A investigação revelou que as experiências de vida das professoras do AEE em Ipirá-Ba, são tomadas como guia para o direcionamento das ações educativas que auxiliam no desenvolvimento dos estudantes com deficiência intelectual. E que dizem muito sobre a experiência de vida dessas mulheres nas suas relações sociais e familiares. A pesquisa apontou, também, que as professoras entrecruzam os conceitos de experiência, corpo, doença, saúde, deficiência e cuidado como categorias indissociáveis e partes constituintes de suas experiências pessoais e profissionais.
- ItemNão basta ser cidadã(o), “o importante é ser gente!”: o percurso das ações sócio-educativas da Pastoral do Menor de Alagoinhas (1985-2006)(2009-11-10) Andrade, Ivonilda Ferreira de; Silva, Luciene Maria da; Besnosik, Maria Helena da Rocha; Nascimento, Antonio DiasEste trabalho resulta de um estudo de caso sobre a Pastoral do Menor de Alagoinhas, uma instituição fundada em 1985, vinculada inicialmente à Promoção Humana da Diocese de Alagoinhas, com a perspectiva de minimizar os problemas enfrentados por crianças e adolescentes do município de Alagoinhas, Bahia, expostas a diversas formas de negação dos direitos fundamentais ao ser humano. O objetivo da pesquisa é investigar em que medida as ações sócio-educativas incorporadas pela Pastoral do Menor de Alagoinhas influenciaram/impactaram na vida dos(as) beneficiários(as). É uma pesquisa essencialmente qualitativa, porém considera também os dados quantitativos, a partir da compreensão sobre a complementaridade existente entre quantidade e qualidade, a partir de uma abordagem dialética. Com esta abordagem, a realidade e dinâmica da instituição pesquisada são vistas dentro de um decurso, observando-se o autodinamismo e as contradições inerentes a elas como um processo dialético complexo, no qual, a partir da lógica indutiva, é possível discutir, debater, analisar, refletir, transformar, etc. Os instrumentos e técnicas utilizados são variados, partindo da pesquisa bibliográfica, até a realização de entrevistas, com diversos atores envolvidos no trabalho da instituição, na condição de fundador, educador ou egresso(a) dos programas sócio-educativos. A pesquisa documental foi um instrumento de coleta de dados imprescindível, porém damos ênfase aos depoimentos, pela importância da utilização da História Oral, para pesquisar um público que foi silenciado ao longo de suas vidas. O trabalho trata de algumas concepções de infância, aborda aspectos da problemática das crianças e adolescentes brasileiras, discute o Estatuto da Criança e do Adolescente, descreve o surgimento da Pastoral do Menor da CNBB(Confederação dos Bispos do Brasil) num contexto de mudanças significativas nas ações da Igreja Latino-americana, faz uma discussão histórica e conceitual dos movimentos sociais, traz uma retrospectiva da trajetória institucional e apresenta os aspectos político-pedagógicos da instituição. É realizada uma análise dos processos de mudança vivenciados no âmbito da Pastoral do Menor de Alagoinhas e como elas influenciaram as ações sócio-educativas propostas por esta ONG. Concluímos que estas ações influenciaram/impactaram positivamente a vida dos sujeitos em grande medida, por isto acreditamos que as experiências desta instituição, mesmo as dificuldades enfrentadas, podem ser aproveitadas para aprendizagem em outros espaços legítimos de educação, tendo em vista a superação das práticas educativas excludentes.
- ItemNarrativas de professores das salas de recursos multifuncionais sobre suas experiências com alunos em situação de inclusão(2020-05-29) Mercês, Daiana Araújo de Lima das; Silva, Luciene Maria da; Dias, Viviane Borges; Mariano, Luciana VieiraEste estudo objetiva analisar as narrativas das professoras das Salas de Recursos Multifuncionais sobre preconceito e inclusão vividos/relatados pelos alunos em situação de inclusão. Neste sentido, a partir das narrativas das docentes buscou-se responder a seguinte pergunta: Como os professores das Salas de Recursos Multifuncionais significam os relatos dos alunos em situação de inclusão sobre preconceito e inclusão? Como objetivos específicos, visamos refletir acerca do papel das Salas de Recursos Multifuncionais para a inclusão escolar dos estudantes em situação de inclusão; discutir concepções teóricas sobre preconceito e inclusão no contexto educacional; identificar e analisar nas narrativas de professores das Salas de Recursos Multifuncionais as situações de preconceito e inclusão relatadas pelos alunos. O referencial teórico e metodológico esteve fundado em alguns teóricos da Teoria Crítica da Sociedade, dentre eles podemos destacar Adorno e Horkheimer e alguns pesquisadores sobre preconceito e Educação Inclusiva, a exemplo de Crochík. Participaram como sujeitos da pesquisa seis professoras das SRM’ s em seis escolas públicas do município de Santo Antônio de Jesus, Bahia. Os resultados revelaram que a maioria das professoras das SRM’s não tem considerado em sua ação pedagógica as narrativas dos alunos com deficiência sobre as situações de preconceito por eles vivenciadas nas salas comuns. Espera-se com este estudo que as professoras possam refletir acerca de uma formação que vise a emancipação e o desenvolvimento de uma consciência crítica a fim de os estudantes possam identificar e questionar os constastes sociais que asseveram o preconceito nas escolas.
- ItemOdara: a linguagem dos contos de Mestre Didi(2005) Santos, Léa Austrelina Ferreira; Luz, Narcimária Correia do Patrocínio; Silva, Luciene Maria da; Santos, Inaicyra Falcão dosEste trabalho caracteriza as formas de comunicação africano-brasileiras através dos contos de Mestre Didi. Odara – termo de origem iorubá – é a metáfora utilizada para expressar essas formas de comunicação, significando o bom e o belo, o ético-estético intercambiando o tempo todo. Mestre Didi, considerado um ícone da ancestralidade africanobrasileira, é um sacerdote-artista. Sua vivência comunitária e liderança religiosa lhe conferem a possibilidade de recriar diversos contos, frutos da sua sabedoria acumulada na convivência com diversas comunidades-terreiro e de conhecimentos do patrimônio cultural e religioso africano-brasileiro. Ele também é alapini, sacerdote supremo do culto aos ancestrais masculinos, culto Egungun. Através da análise sobre a vida e sobre suas produções coloca-se em evidência uma dimensão educativa dos contos de origem africana. Partindo de algumas análises sobre o pensamento ocidental e sobre como este pensamento classificou outros povos como irracionais e primitivos, a autora afirma a necessidade de compreensão e reconhecimento de outras formas de pensamento. Para tanto, diversos aspectos presentes nos contos de Mestre Didi são ressaltados, especialmente, os desdobramentos seus: valores que se engendram entre os jovens que têm acesso aos contos; perspectivas educacionais que se estruturam; e, linguagens dramáticas que se articulam no contexto baiano. A perspectiva metodológica que orienta a pesquisa é qualitativa, de caráter etnográfico e foi construída à medida que se concretizaram aprendizagens dentro dos valores e princípios africanobrasileiros, vividos nas comunidades-terreiro na Bahia e, em especial, na comunidade-terreiro Ilê Asipá, fundada por Mestre Didi. Foi adotada a perspectiva “desde dentro para desde fora” desenvolvida pela etnóloga Juana Elbein dos Santos, ajudando a elaborar um quadro de referências intimamente ligado aos valores das comunidades envolvidas na pesquisa, evitando abordagens teóricas que possam deturpar os valores do legado civilizatório africanobrasileiro. As principais conclusões desta pesquisa referem-se à afirmação de que os contos de Mestre Didi são formas de comunicação que permitem a reinterpretação de valores culturais e possibilitam a expressão para a sociedade global da cultura e dos valores africano-brasileiros. Os contos de Mestre Didi podem auxiliar na construção de perspectivas educacionais contemplem a diversidade cultural a partir do reconhecimento dos valores do patrimônio civilizatório africano-brasileiro.
- ItemPara uma racionalidade ético-crítica da vida: a formação do sujeito da práxis de libertação(2021-11-29) Anjos, José Edemilson Pereira dos; Santos, Luciano Costa; Pensarelli, Daniel; Sombra, Laurenio Leite; Silva, Luciene Maria da; Souza, Sueli Ribeiro MotaO estudo, inscrito no campo da Filosofia da Educação, na intersecção entre Ética e Educação, almeja pensar a formação ético-crítica racional do sujeito da práxis de libertação, no modo de uma aprendizagem intersubjetivo-comunitária, em perspectiva transmoderna e decolonial. Neste intuito, reflete, à luz da Filosofia da Libertação, de Enrique Dussel, acerca da formação dos sujeitos da práxis da educação libertadora com enfoque sobre três aspectos, são eles: a constituição do sujeito (a questão do sujeito); a dimensão comunitária do processo formativo (como intersubjetividade-comunitária); sua fundamentação racional ético-crítica (com referência ao paradigma da vida). Desenvolvido como um estudo de natureza teórica, com abordagem qualitativa e procedimento bibliográfico, a partir da perspectiva hermenêutica da pedagógica transmoderna, toma como principal referencial teórico os aportes provenientes, sobretudo, da Ética da Libertação. Assim, o referencial dusseliano dialoga, no processo de construção e desenvolvimento argumentativo, com a Pedagogia do oprimido (Paulo Freire) e com autores como Emmanuel Levinas, Karl-Otto Apel, Theodor Adorno, Max Horkheimer, Juan José Bautista Segales e Franz J. Hinkelammert, dentre outros. Dessa maneira, concebe-se a formação do sujeito da práxis de libertação, em perspectiva transmoderna, como um processo de educação crítica, de caráter comunitário, de natureza ético-política, vinculado a um paradigma da vida como âmbito de referência material, racional e epistemológico necessário ao exercício do tipo de racionalidade ético-crítica, que fundamenta e justifica o projeto de libertação.
- ItemPercepção dos Estudantes acerca da Inclusão dos Alunos com Deficiência nas Aulas de Educação Física(2019-02-26) Duboc, Thaís Oliveira; Silva, Luciene Maria da; Ribeiro, Solange Lucas; Farias, Sandra Regina RosaEsta dissertação traz como objeto de estudo a percepção estudantes em relação aos colegas com deficiência. A questão que permeia a problemática da investigação é: Quais as percepções dos estudantes frente à inclusão dos colegas com deficiência nas aulas de Educação Física? O objetivo principal da pesquisa foi analisar as percepções de estudantes frente à inclusão de colegas com deficiência nas aulas de Educação Física. O espaço escolar foi o campo privilegiado de investigação em função do seu papel na sociedade para sustentar e/ou confrontar pensamentos incorporados culturalmente. A pesquisa se fundamenta na Teoria Crítica da Sociedade, mais especificamente na obra de Theodor W. Adorno e Max Horkheimer que ajudou a pensar os conceitos de inclusão, exclusão, deficiência/ diferença, preconceito, diversidade. A investigação empírica teve como base o paradigma qualitativo, com enfoque naturalista do tipo estudo de caso. Os instrumentos de coleta de dados foram a entrevista semiestruturada e a observação participante. Os resultados obtidos reafirmam a hipótese geral da pesquisa, indicando que, as relações entre os estudantes nas aulas de Educação Física são permeadas pelo preconceito embora haja práticas de acolhimento aos colegas com deficiência necessárias para contrapor ao preconceito. O preconceito quando evidente na percepção de alguns estudantes, sempre está associado a um comportamento anterior e a um contato inicial da relação entre eles. Outros alunos modificaram sua percepção sobre a deficiência/ diferença após terem experiências formativas com alunos com deficiência. Foi constatado que, quando a deficiência não compromete as atividades desenvolvidas nas aulas de Educação Física, o aluno é aceito e até mesmo admirado, porém se a sua deficiência compromete o andamento das atividades, ele geralmente não é incluído. Também foi detectado que a competição exacerbada presente na aula de Educação Física é um elemento que favorece o preconceito e a exclusão dos alunos com deficiência. Dados os resultados obtidos no presente estudo, é possível afirmar que as aulas de Educação Física e a educação em geral conformam um espaço de contradições, que ao mesmo tempo em que gera o preconceito, tem em si um grande potencial não apenas para combatê-lo, mas ainda para que a educação inclusiva se estabeleça de fato.
- ItemPercepção dos professores sobre os alunos em situação de inclusão(2017-08-07) Ogasawara, Jenifer Satie Vaz; Silva, Luciene Maria da; Besnosik, Maria Helena da Rocha; Souza, Lucimere Rodrigues de; Santos, Jaciete Barbosa dosA presente dissertação tem como objetivo principal analisar as percepções dos professores de uma escola regular da Rede Municipal de Salvador sobre a sua prática pedagógica com alunos em situação de inclusão. A principal intenção era a investigação de como as percepções dos professores sobre seus alunos em situação de inclusão se refletem no seu fazer pedagógico. Assim, foi realizada uma pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso no qual foram realizadas entrevistas semiestruturadas com cinco professoras de uma escola pública da cidade de Salvador. Todas as participantes tinham, em sua turma, pelo menos uma criança considerada em situação de inclusão. Embora o termo inclusão se mostre amplo, percebeu-se que as crianças citadas são as que possuem características que as enquadram no público da Educação Especial. Antes da apresentação dos dados da pesquisa, discute-se a formação dos professores, apresentando um panorama das pesquisas atuais e uma problematização com textos de Adorno e Horkeimer e outros autores que estudam tais teóricos. Fez-se necessário, também, debater sobre o preconceito como forma de embasar parte dos argumentos discutidos na análise dos dados. A pesquisa indicou que as professoras costumam agir em sala de aula de modo a transparecer a forma como pensam e percebem essas crianças. Na fala da maioria das professoras, parece existir um descrédito da capacidade que estas crianças têm em desenvolver a aprendizagem, o que reflete em poucas ações e investimentos que a promovam. Além disto, há um discurso de culpabilização do processo inicial de formação para o despreparo em lidar com as deficiências em sala de aula.
- ItemPreconceito e inclusão trajetórias de estudantes com deficiência na universidade(2013-03-27) Santos, Jaciete Barbosa dos; Silva, Luciene Maria da; Crochík, José Leon; Nascimento, Antonio Dias; Besnosik, Maria Helena da Rocha; Pimentel, Susana Couto; Nunes, Eduardo José FernandesEssa pesquisa traz como objeto de estudo a relação entre preconceito e inclusão na formação de estudantes com deficiência no contexto universitário. As questões que permeiam a problemática da investigação são: Como tem se constituído as trajetórias de estudantes com deficiência incluídos na universidade? Em que medida estes estudantes são vitimados pelo preconceito? Quais as estratégias de enfrentamento utilizadas diante do preconceito? Como percebem a inclusão educacional na formação universitária? O objetivo principal da pesquisa foi analisar trajetórias de universitários com deficiência para identificar possíveis marcas de preconceito, traduzidas pela discriminação social que predispõe os indivíduos a segregação e/ou marginalização no Ensino Superior. O espaço da universidade foi privilegiado como campo de investigação em função do seu papel na sociedade para sustentar e/ou confrontar pensamentos instituídos culturalmente. A pesquisa se fundamenta na Teoria Crítica da Sociedade, mais especificamente em obras e textos de Theodor W. Adorno, Walter Benjamin e Max Horkheimer que favorecem tecer articulações, por dentro da crítica do conhecimento, com conceitos de inclusão, exclusão, preconceito, experiência, diferença/deficiência, diversidade, universidade e formação. Quanto à abordagem metodológica, trata-se de uma investigação empírica, de abordagem qualitativa do tipo estudo de caso que descreve e analisa as trajetórias de seis estudantes com deficiência de uma universidade pública de Salvador (BA). Os instrumentos de coleta foram um roteiro de entrevista semiestruturada para estudantes com deficiência, um formulário de caracterização da instituição e registro fotográfico com imagens retratadas a partir da percepção dos entrevistados acerca dos elementos que favorecem e/ou desfavorecem a inclusão educacional na universidade. Foi possível verificar intensas manifestações de preconceito determinadas por processos internos e externos à universidade que produzem condições desfavoráveis à formação de qualquer estudante, com ou sem deficiência. Embora tenham sido observadas algumas ações pontuais de docentes, gestores, colegas e funcionários direcionadas à inclusão educacional na universidade, os resultados da pesquisa apontaram invisibilidade institucional em relação às pessoas com deficiência, evidenciada tanto na ausência de serviços e/ou suporte de acessibilidade quanto na presença de barreiras atitudinais, principalmente de preconceito nas relações interpessoais em sala de aula. A pesquisa revelou que, apesar dos indivíduos produzirem discursos de defesa à inclusão educacional, a formação universitária parece incapaz de fomentar práticas de acolhimento à diversidade humana, sobretudo a manifestada pela condição de deficiência, possível de se contrapor ao preconceito.
- ItemO que os olhos não veem, a história de vida registra: mosaicos de narrativas da escolarização da pessoa com deficiência visual no cotidiano da escola rural(2020-06-05) Oliveira, Rita de Cássia Magalhães de; Souza, Elizeu Clementino de; Oliveira, Inês Barbosa de; Pimentel, Susana Couto; Silva, Luciene Maria da; Santos, Luciano CostaA pesquisa objetiva conhecer e compreender as singularidades que envolvem a escolarização – inclusão/exclusão de pessoas com deficiência visual, que experienciam ou experienciaram seus processos educativos em escolas localizadas em território rural. A metodologia utilizada na pesquisa está ancorada na abordagem qualitativa fenomenológica de cunho biográfico – histórias de vida. Foram utilizados como dispositivos de produção de informações: análise de documentos das Convenções de Jomtien e Salamanca sobre educação, documentos oficiais do Brasil sobre a inclusão escolar de alunos com deficiência – Constituição Federal de 1988, Planos de Educação: nacional, estadual e municipal em vigência, dados do Censo Escolar 2018, entrevistas narrativas e diário de campo. O lócus de pesquisa tem na escola rural o espaço pensado como lugar das aprendizagens, saberes e fazeres dos sujeitos, e nos Centros de Apoio Pedagógico os lugares para complementação e suplementação das aprendizagens – AEE das pessoas com deficiência visual. Os colaboradores da pesquisa foram divididos em colaboradores primários: pessoas com deficiência visual – cegueira e baixa visão – e colaboradores secundários: família e professores/as de pessoas com deficiência visual. No processo de análise compreensiva, a pesquisa buscou compreender os sentidos e significações das narrativas das pessoas com deficiência visual acerca da sua escolarização em escolas rurais, as narrativas da família e dos professores envolvidos diretamente nesse processo. O estudo potencializa reflexões concernentes às questões da inclusão escolar das pessoas com deficiência visual na escola rural em processos de aprendizagens, sinalizando para a urgente necessidade de alterações paradigmáticas de pensares, saberes e fazeres/ações, principalmente quanto às transformações na realidade escolar dos espaços rurais, na formação docente para a diferença da/na deficiência nas escolas rurais, na inserção da tecnologia assistiva como mediadora de inclusão para as aprendizagens significativas, inclusivas, específicas e contextualizadas.
- ItemTrajetórias de jovens com deficiência intelectual no mundo do trabalho: percepções familiares(2021-08-24) Silva, Daiane Sousa de Pina; Silva, Luciene Maria da; Dias, Viviane Borges; Santos, Jaciete Barbosa dosA chegada da vida adulta de uma pessoa com deficiência traz para a família expectativas quanto ao futuro de seus filhos. Os indivíduos com deficiência intelectual e seus familiares enfrentam dificuldades, principalmente as mães, quando os acompanham na busca por inserção no mundo do trabalho, pois almejam que seus filhos tenham autonomia de vida e possam realizar as atividades cotidianas da vida adulta. O estudo refere-se aos relatos de quatro mães e uma tia, responsáveis por cinco jovens com deficiência intelectual matriculados no Centro de Educação Especial da Bahia (CEEBA) e que estão no mercado de trabalho formal há mais de 12 meses. Tem como objetivo analisar as percepções de familiares sobre a trajetória de seus filhos e sobrinho após o ingresso no mercado de trabalho. O referencial teórico sobre estigma, preconceito, cuidado, família, deficiência intelectual e trabalho é baseado em alguns estudos de Erving Goffman, José Leon Crochík, Lucila Scavone, Ricardo Antunes, Alessandra Mendes Soares, Maria Salete Aranha, Débora Diniz, Gustavo Piccolo, Pamela Volz, Carlos Veiga, entre outros. Realizou-se uma investigação de abordagem qualitativa, do tipo estudo de caso, sobre aspectos diversos acerca da trajetória dos jovens com deficiência intelectual no mundo do trabalho, a exemplo da importância dada ao trabalho, as mudanças ocorridas após o ingresso no mundo do trabalho e o nível de satisfação dos filhos e sobrinho com o trabalho. Ademais, foi feita uma caracterização sobre a mediação do Centro de Educação Especial da Bahia (CEEBA) para a inserção dos jovens estudantes no mercado de trabalho. Foi possível verificar que as mães e familiares demonstram estar satisfeitas com o emprego de seus filhos e sobrinho e com as conquistas proporcionadas, entretanto, ainda existe um receio familiar para permitir maior autonomia ou independência para esses jovens; a interdependência entre mãe e filhos, tia e sobrinho permanece presentes nessas relações. Demonstraram também insatisfação com os baixos salários, com a ausência de novas oportunidades no mundo do trabalho, e reconheceram que o fato de os jovens estarem empregados não ampliou as amizades ou criou possibilidades de relações afetivas.
- ItemViolências na escola: percepções de gestores (as) e professores (as) da escola municipal da vila praiana em Lauro de Freitas/BA(2022-07-14) Santos, Maria Jane Souza dos; Vieira, Claudia Andrade; Barros, Zelinda dos Santos; Silva, Luciene Maria daA pesquisa propõe investigar as violências na escola. Para tanto, temos como problema de pesquisa: como gestoras(es) e professoras (es) lidam com o fenômeno da violência na Escola Municipal da Vila Praiana? Elegemos, como principal objetivo, analisar as percepções das/os gestoras(es) e professoras (es) a respeito das diversas manifestações de violências no cotidiano escolar dessa instituição, articulando com os marcadores sociais de gênero, classe e raça para, dessa forma, compreender como esses atores lidam com o problema. Para alcançar tal objetivo, procuramos: entender a percepção de gestoras(es) e professoras (es) acerca do fenômeno das violências e das violências na escola; identificar as diversas expressões de violências na escola, destacando os eixos de subordinação, a partir das percepções de gestoras(es) e professoras (es); e investigar a percepção desses atores acerca do papel da família no enfrentamento das violências no contexto escolar em análise. Para o desenvolvimento do arcabouço teórico, foi realizada uma revisão da literatura acerca dos diferentes conceitos de violências e violências na escola, suas causas, consequências e tipos de violências, procurando identificar as variantes que incidem objetivamente a determinados grupos no ambiente escolar. No quadro de referências, destacamos as seguintes autoras: Abramovay (2004; 2005; 2006), Gomes (2013; 2015), Minayo (2004; 2006), Sposito (2001; 2012), Rístum (2001; 2002; 2010) e algumas pesquisadoras sobre marcadores sociais, a exemplo de Munanga (2004; 2005), Cavalleiro (2020), Barros (2005; 2011) e Gomes (2001; 2005; 2010). Utilizamos como metodologia a pesquisa de caráter qualitativa, por entendermos que essa abordagem possibilita o contato direto do pesquisador com o ambiente investigado e tem foco no processo e não no produto, mediante o olhar do pesquisador. A coleta de dados foi realizada através de fontes documentais da escola, livro de ocorrências e questionário aplicado com gestoras(es) e professoras (es). A análise dos dados nos permitiu identificar que a violência vem se agravando de diversas formas na escola. Foi possível observar que, em se tratando das violências que atingem grupos sociais mais vulneráveis, foram constatadas naturalizações e silenciamentos, prevalecendo uma estrutura social marcada pelo racismo, machismo, sexismo, que se sustenta como padrão normativo.