Navegando por Autor "Silva, José Carlos de Araújo"
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- ItemA educação infantil e o projeto Proinfância: uma análise das condições do trabalho docente em Várzea do Poço – Bahia(2019) Carneiro, Ana Carla Pimenta de Oliveira; Silva, José Carlos de Araújo; Leal, Ione Oliveira Jatobá; Luz, José Augusto RamosA presente investigação tem como objetivo geral analisar as condições de trabalho docente das professoras da educação infantil, avaliando se ocorreram mudanças após o encerramento do projeto de assessoramento pedagógico na unidade do Proinfância de Várzea do Poço - Bahia. Teve ainda os seguintes objetivos específicos: 1) analisar a constituição histórica da infância e a particularização de um espaço específico para sua formação antes da escola de ensino fundamental; 2) analisar o contexto histórico do trabalho docente na educação infantil; 3) compreender como o Projeto Proinfância se estabeleceu como política pública necessária e urgente para a qualificação dos docentes nas instituições de educação infantil; e 4) investigar o perfil formativo dos profissionais que atuam no Proinfância do município de Várzea do Poço-Bahia. Desse modo, esse estudo buscou responder à seguinte pergunta de investigação: quais são as condições de trabalho docente e como se realiza o atendimento cotidiano na unidade do Proinfância após o encerramento das atividades de assessoramento pedagógico? Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa que se ancorou em um estudo de caso com recursos do tipo etnográfico a partir do qual buscou-se uma maior convivência no espaço da pesquisa para uma ampla apropriação das percepções dos indivíduos. A entrevista semiestruturada, o questionário e a observação participante foram elencados como instrumentos de construção de dados. Esta pesquisa traz como referencial teórico Kramer (2005), Oliveira (2011), Ariès (2011), Kuhlmann Jr. (2010), dentro outros, para refletirmos a respeito da constituição histórica da educação infantil. Além disso, destacamos os autores Vieira (2016), Micarello (2011), Ostetto (2011) e outros que abordam sobre o trabalho docente na educação infantil. Para refletir sobre a criação de um espaço para crianças, o Proinfância, destacamos Bahia (2012) como referencial teórico. Este estudo se justifica pela necessidade de se investigar o perfil das trabalhadoras na instituição do Proinfância em Várzea do Poço – Bahia, bem como as condições físico-materiais cotidianas em que se realiza o trabalho docente em uma instituição como esta que se destina a expandir e melhorar o acesso das crianças à educação infantil. Os resultados desta investigação revelaram a ausência de oportunidades de formação continuada para as professoras e apontaram uma ruptura em relação às concepções e à especificidade da educação infantil. Como desdobramento desta pesquisa, construiu-se um plano de formação continuada para as professoras com o intuito de contribuir com a qualidade do ensino e da aprendizagem na educação infantil, tendo a açãoreflexão-ação como perspectiva que pode contribuir para a ampliação da profissionalidade docente destas professoras. Como produto, apresentaremos o relatório das oficinas que serão realizadas a partir desta proposta de formação. Este trabalho possui um referencial crítico em relação às categorias Proinfância, políticas públicas, trabalho docente na educação infantil e educação infantil e poderá contribuir com o campo acadêmico e científico, bem como com a educação básica no que se refere às condições do trabalho docente na unidade do Proinfância em Várzea do Poço - Bahia, possibilitando, assim, a construção de uma educação infantil pública de qualidade.
- ItemUm educador negro na chapada diamantina: a história ainda não contada(2008-12) Barbosa, Kátia Maria de Aguiar; Menezes, Jaci Maria Ferraz de; Lima, Marta Maria Leone; Queiroz, Delcele Mascarenhas; Silva, José Carlos de AraújoEste estudo tem como objetivo analisar o processo de formação de Dr. Aderbal de Santana Barbosa e registrar a memória deste médico/educador, a fim de compreender as bases sobre as quais estavam assentadas suas iniciativas de intervenção social, sobretudo no que respeita aos caminhos da expansão do ensino na Bahia, em razão da implantação do Ginásio de Ituaçu, em 1960. Além disto, volta-se para investigar o panorama das relações raciais na sociedade baiana, a fim de compreender as dinâmicas de ascensão social do segmento negro da população, do qual Dr. Aderbal faz parte. Dedica-se, ainda, a conhecer a trajetória de formação / escolarização do educador em questão, bem como revelar as circunstâncias sob as quais foi fundado o Ginásio de Ituaçu. O estudo foi desenvolvido no campo da pesquisa de abordagem qualitativa através da qual foram analisados os depoimentos de pessoas que conviveram com Dr. Aderbal e pessoas que presenciaram o momento histórico da fundação do Ginásio. Foi realizada uma pesquisa documental nos acervos do Memorial da Faculdade de Medicina da Bahia, do Colégio Central (antigo Colégio da Bahia), do acervo particular dos familiares, este compreendendo documentos e material iconográfico. A pesquisa possibilitou conhecer, a partir da trajetória de Dr. Aderbal de Santana Barbosa como liderança no campo da educação, bem como outros aspectos relacionados ao seu grupo familiar, que aqui utilizamos apenas para demonstrar uma determinada situação de êxito profissional que era, se não comum, era ao menos provável para outras famílias negras no referido período. Possibilitou ainda conhecer o impacto da implantação do Ginásio de Ituaçu, criado por este educador, na remota porção sul da Chapada Diamantina, no município de Ituaçu, em meados do século XX. Esta implantação, aqui considerada como a obra educativa de Dr. Aderbal, teve sua relevância confirmada ao inserir a citada região na rota de expansão do ensino secundário no Estado da Bahia. Desta forma, este trabalho contribui para a História da Educação na Bahia e importa àqueles que se dedicam aos estudos negros.
- ItemUm estudo sobre a inserção e permanência de alunos oriundos das roças no turno vespertino do Colégio Estadual de Junco – CEJ(2019) Jesus, Edson Ribeiro de; Silva, José Carlos de Araújo; Leal, Ione Jatobá; Jesus, Marta Licia T. B.Por meio desta pesquisa, buscou-se compreender a dinâmica de inserção e de permanência do corpo discente do turno vespertino do Colégio Estadual de Junco, especificamente, aqueles oriundos da hinterlândia do distrito de Junco, locais aos quais são definidos comumente como roças. A abordagem seguiu por um viés qualitativo mediante a constituição de um estudo de caso com inspiração etnográfica. A importância do estudo, se apresentou pela necessidade de problematizar uma característica da realidade que se manifesta no meu cotidiano profissional e que, de certo modo, singulariza a cultura da escola in loco, mas que, anteriormente, não me parecia suficientemente compreendida de forma sistemática pelos agentes públicos que nela atuam. A análise, recebeu contribuições dos referencias teóricos como: Bourdieu (1989,1998, 2003, 2007) na ênfase da compreensão dos mecanismos de aprendizagem e na reprodução das desigualdades sociais a partir da dinâmica de funcionamento da instituição escolar. Chervel (1990), Viñao Frago (1995) e Forquin (1993), nas considerações sobre cultura escolar, e cultura da escola no interior da instituição como caracterização do ambiente educativo e organização das práticas pedagógicas. Como aproximação teórica, na compreensão das peculiaridades identitárias e de auto identificação dos estudantes oriundos das “roças”, utilizou-se as contribuições de Bauman (2005) e Hall (1998). Os resultados apresentaram que, as diferenças socioculturais destes estudantes, não são reconhecidas e valorizadas enquanto premissas definidoras de práticas pedagógicas que favoreçam uma inserção plena e emancipadora dos mesmos. Como produto/intervenção da pesquisa, apresentamos sugestões didáticas a serem discutidas com o corpo docente e, implementadas como ações concretas de valorização das diferenças socioculturais dos alunos das “roças”.
- ItemA professora Cláudia Romana e a escolarização na Baixinha, Irará - Bahia (1949-1980)(2023-03-29) Silva, Ana Cláudia Cerqueira; Silva, José Carlos de Araújo; Ferreira, Jackson André da Silva; Soares, Sandra NíviaA presente pesquisa busca investigar como foi instituída a escolarização na comunidade da Baixinha, no município de Irará – Bahia, a partir ação precursora da Professora leiga Claudia Romana dos Santos, empreendida entre os anos de 1949 e 1980. Essa investigação se baseou no estudo sobre a história da educação, partindo das reflexões propostas por Fonseca (2009), Veiga (2008) e Silva (2002), que demarcam sobre o processo de escolarização dos negros no Brasil. Abordamos também sobre esses processos relativos às comunidades rurais e remanescentes de quilombo, bem como, realizamos o cotejamento entre as parcas fontes documentais de caráter escrito que tivemos acesso e a inestimável contribuição de colaboradores que foram vizinhos, amigos e principalmente ex-alunos que aprenderam a leitura, a escrita e os fundamentos aritméticos na casa-escola em que a mesma exercia múltiplas atividades. Utilizamos da história oral atrelada à emória dos nossos colaboradores, a partir da perspectiva de Ecléa Bosi (1999), Maurice Halbwachs (1990) e Thompson (1992), que consideram a memória enquanto elemento primordial para a construção do trabalho etnográfico. Dessa forma, buscamos compreender questões relativas à prática pedagógica da professora em questão, o funcionamento dessa casa-escola e as relações estabelecidas por essa mulher naquela comunidade. Analisamos também os lugares ocupados por Cláudia, para além da escolarização, nessa comunidade, bem como, as outras atividades desenvolvidas por ela. Portanto, a construção dessa pesquisa, na comunidade da Baixinha, possibilitou compreender um pouco sobre o processo de escolarização em uma comunidade rural, como esses sujeitos faziam para acessar esses espaços e o quão lento foi a chegada da escolarização formal às comunidades rurais.
- ItemSerão negras as professoras de educação infantil municipal de Salvador? Quando o silêncio é a resposta(Universidade do Estado da Bahia, 2021-12-21) Pinheiro, Carla Santos; Silva, José Carlos de Araújo; Franco, Nanci Helena Rebouças; Ferreira, Carlos Augusto LimaA presente pesquisa tem por objetivo analisar as autodeclarações de cor/raça das professoras de Educação Infantil atuantes na Prefeitura Municipal de Salvador, no período de 2017 a 2019 de acordo com o Censo Escolar da Educação Básica. Apresenta a trajetória da autora em articulação com pesquisas que informam sobre a manifestação do silêncio, sobretudo no ambiente escolar, como argumento para reflexão acerca de como os conflitos podem repercutir tanto nas identidades quanto nas jornadas de vida dos sujeitos. Na perspectiva de contribuir para a discussão sobre a classificação racial propõe uma reflexão sobre as categorias de identificação étnico racial nos recenseamentos demográficos brasileiros. Reconhece o mito da democracia racial como desdobramento da eugenia positiva no Brasil, uma formulação teórica elaborada em decorrência da miscigenação brasileira com vistas ao embranquecimento da nação. Lastreada na ‘cultura do silêncio’, compreende os dados de autodeclaração étnico-racial das professoras investigadas como manifestação do racismo brasileiro que se consolida através da deslegitimação por meio de diferentes expedientes dos corpos e das vozes dos sujeitos que não se adequam ao modelo de humanidade imposto pela tese da ‘boa geração’. Considera que o sistema de classificação racial oficial brasileiro é caracterizado por incongruências, fruto de uma estrutura estigmatizante, que interfere nos direcionamentos quanto à identificação étnico-racial de cidadãs e cidadãos resultando em dados estatísticos que evidenciam um “retrato” da sociedade brasileira, especialmente, nesse caso, da docência da Educação Infantil, que tem por marca a não consciência e/ou o silenciamento quanto à pertença étnico-racial.