Navegando por Autor "Silva, Genoile Oliveira Santana"
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- ItemAvaliação do tratamento farmacológico com anti-diabéticos e anti-hipertensivos em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica(2022-03-24) Moura, Dacicleia Barbosa; Giuffrida, Fernando de Mello Almada; Silva, Genoile Oliveira Santana; Carneiro, GlauciaIntrodução: A obesidade é considerada uma doença crônica, com potencial fatal e que segundo a OMS mata por ano cerca de 100 mil indivíduos no Brasil, estando associada a comorbidades como diabetes e hipertensão que podem acarretar redução da expectativa de vida. Os números de cirurgias bariátricas aumentaram, não só pelo fato de promover a perda efetiva de peso e melhorias na qualidade de vida, como também contribuir com a remissão do Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) e da hipertensão. Objetivos: O objetivo geral é comparar o tratamento e melhora do diabetes e da hipertensão no pré e pósoperatório da cirurgia bariátrica em um centro de atendimento em Salvador. Os objetivos específicos visam avaliar a remissão do diabetes e hipertensão após bariátrica, o tratamento farmacológico pré e pós cirurgia bariátrica, avaliar o total de medicamentos e doses em uso pelo paciente nos pré operatório e pós operatório, avaliando o custo médio do tratamento realizado pelo paciente antes da realização cirúrgica e pós cirurgia bariátrica. Materiais e Métodos: Trata-se de uma pesquisa clínica, estudo de coorte retrospectivo, com cunho exploratório e analítico. A pesquisa foi conduzida com avaliação de prontuários dos pacientes submetidos a cirurgia bariátrica, sendo avaliado antes da cirurgia, no primeiro, terceiro e sexto mês pós cirurgia bariátrica. Resultados: Os achados mostram que os pacientes portadores de DM e hipertensão fizeram uso em maior quantidade de anti-hipertensivos e antidiabéticos orais, também com os custo total de gasto com medicamentos mensal quando comparado ao grupo de não diabéticos e não hipertensos, mostra que depois da cirurgia bariátrica o grupo de diabéticos e hipertensos tiveram uma redução significativa em quantidade de medicamentos, quanto em custo mensal com tratamento. Conclusão: Os benefícios da cirurgia bariátrica vão além da perda de peso e podem levar à resolução de condições relacionadas à obesidade, como hipertensão e DM2. Os achados sugerem que, além da redução de peso, a cirurgia bariátrica é útil para melhorar o controle glicêmico e os níveis pressóricos. Além disso, a bariátrica parece promover a redução dos custos dos tratamentos farmacológicos para hipertensão e diabetes.
- ItemEfeitos nos níveis séricos, adesão terapêutica, parâmetros clínicos, e hematológicos após mudança em posologia do ácido fólico em crianças com doença falciforme(2020-12-12) Soares, Maria Isabel Silva; Boa Sorte, Ney Cristian Amaral; Silva, Genoile Oliveira Santana; Noblat, Lúcia de Araújo Costa BeislIntrodução: A Doença Falciforme (DF), uma das patologias hematológicas hereditárias de mais elevada frequência mundial, tem no estado da Bahia, a maior incidência do Brasil. Em seu manejo, o ácido fólico (AF) apresenta-se como terapia profilática para a anemia hemolítica persistente. Em geral, o AF era utilizado em doses diárias de 5mg, após os dois anos de idade. Atualmente, tem-se preconizado a redução desta posologia, sendo recomendado a dose de 5mg, três vezes na semana. Objetivo: Comparar os níveis séricos de ácido fólico, em crianças com DF, acompanhadas por Serviço de Referência em Triagem Neonatal do estado da Bahia, durante o período de novembro de 2018 a março de 2020, antes e após a mudança na posologia prescrita desse medicamento, analisando-se os efeitos clínico-laboratoriais e de adesão terapêutica. Métodos: Estudo observacional, longitudinal, prospectivo, com crianças entre 2 a 11 anos, com hemoglobinopatias SS ou SC, diagnosticadas pela triagem neonatal, em uso de AF. Foram aplicados questionários validados, Teste de Morisky-Green (TMG) e Brief Medication Questionnaire (BMQ), para avaliação da adesão à farmacoterapia, e coleta, em prontuário eletrônico, de dados sociodemográficos, parâmetros hematológicos, níveis séricos de AF, e eventos clínicos. Após três a quatro meses da mudança, nova mensuração e avaliação dessas variáveis foram realizadas. Após análise descritiva, comparação dos níveis de AF, parâmetros hematimétricos, adesão e eventos clínicos foram realizados com teste de McNemar e teste de Wilcoxon. Resultados: Todas as 50 crianças apresentaram níveis medianos de folato sérico elevados nos dois momentos de aferição. A atualização da prescrição reduziu os níveis séricos de folato em 22%, no entanto sem alterações no percentual de indivíduos com folato elevado. Esse achado foi ainda mais significativo para as crianças em uso de AF 5mg/dia, que tiveram suas prescrições ajustadas para AF 5mg, 3x/semana (p=0,040). A adesão terapêutica foi “máxima” em apenas 36,8% e 39,5%, respectivamente para o TMG e BMQ. Considerações finais: O ajuste das prescrições de AF reduziu os níveis séricos medianos de folato, no entanto, sem alterações relevantes para parâmetros hematimétricos, eventos clínicos e adesão. Dessa forma, faz-se necessário reavaliar a aplicação posológica de suplementação adequada do ácido fólico, considerando condições clínicas da criança, impactos futuros a sua saúde e custo-efetividade.
- ItemEstudo comparativo da harmonização regulatória para a farmacovigilância na indústria farmacêutica entre Brasil, Estados Unidos da América e Europa(2020-12-18) Rocha Neto, Sebastião Lomba da; Cazedey, Edith Cristina Laignier; Santos Júnior, Aníbal de Freitas; Silva, Genoile Oliveira Santana; Noblat, Lúcia de Araújo Costa BeislIntrodução: A farmacovigilância é a ciência responsável pela detecção e avaliação das reações adversas a medicamentos com o principal objetivo de prevenir sua ocorrência. Sua importância é notável, uma vez que os estudos de pré-comercialização são limitados para identificar todos os eventos adversos (EA) na população. As indústrias farmacêuticas têm importante papel na avaliação das notificações dos seus produtos e da revisão periódica de sua segurança. Neste sentido, elas também devem possuir seus próprios centros de farmacovigilância para tratamento e notificação de EA aos seus produtos, de acordo com as normas sanitárias dos países em que atuam. Objetivo: Esta pesquisa teve como objetivo analisar, comparativamente, o grau de harmonização das exigências regulatórias para a normatização da farmacovigilância para a indústria farmacêutica entre o Brasil, Estados Unidos da América (EUA) e Europa. Material e Métodos: Foram identificadas normas atuais e anteriores para notificação de Eventos Adversos (EA) pelas indústrias farmacêuticas às agências regulatórias das regiões estudadas. Foram elaborados 17 indicadores qualitativos e um sistema de pontuação para realizar o estudo comparativo das normas. Resultados: No total, foram avaliados 68 indicadores, 73,5% deles foram classificados como “Cumpre totalmente; 19,1% como “Cumpre parcialmente” e; 7,4% como “Não cumpre”. Para a RDC nº 04/2009, 82,4% foram classificados como “Cumpre totalmente” e 17,6% como “Cumpre parcialmente”. Já a RDC nº 406/2020 obteve 70,6% como “Cumpre totalmente” e 29,4% como “Cumpre parcialmente”. Para a norma da FDA, 47,1% foram classificados como “Cumpre totalmente”, 23,5% como “Cumpre parcialmente” e 29,4% como “Não cumpre”. A regra europeia obteve 94,1% como “Cumpre totalmente” e 5,9%. como “Cumpre parcialmente”. Conclusões: Os indicadores propostos foram capazes de identificar as diferenças de harmonização das normas avaliadas. Os regulamentos brasileiros se assemelham mais ao europeu, em especial com relação ao detalhamento das exigências, à documentação e ao sistema de qualidade. A norma norte-americana tem foco na identificação e propagação de sinais de segurança pós-comercialização e estudos farmacoepidemiológicos. As normas brasileiras evoluíram após sua revisão. A harmonização das regras de farmacovigilância para DRM é importante ferramenta para a comunicação global de informações de segurança, permitindo melhor avaliação do perfil benefício/risco, gerando o uso mais seguro e protegendo à saúde pública.
- ItemImpacto de um programa de intervenções na adesão a medicamentos em pacientes com colite ulcerativa: ensaio clínico randomizado(2020-12-31) Pacheco, Mila Palma; Silva, Genoile Oliveira Santana; Boa Sorte, Ney Cristian Amaral; Santos Júnior, Aníbal de Freitas; Santos, Raquel Rocha dosIntrodução: A colite ulcerativa (RCU) é uma doença crônica que necessita de medicamentos contínuos para seu controle e, portanto, a falta de adesão se constitui uma barreira para o alcance das metas terapêuticas. Objetivos: Avaliar o impacto de um programa de intervenções em pacientes com RCU não aderentes ao tratamento medicamentoso. Métodos: Ensaio clínico randomizado controlado paralelo com dois braços (1:1) aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Foram incluídos pacientes diagnosticados com RCU classificados como não-aderentes de acordo com teste Morisky Green (TMGL), dentre outros critérios. O programa foi composto por intervenções educacionais e comportamentais. Desfecho primário: taxa de adesão em 180 dias de acordo com TMGL, sendo o risco relativo (RR) com IC95% utilizado como medida de eficácia e Regressão logística utilizada para estimar RR ajustados (IC95%) para confundidores. Desfecho secundário: qualidade de vida (QdV) em 180 dias de acordo com SF-36. Análise da QdV foi realizada comparando-se as medianas das diferenças dos 8 domínios do escore SF-36, pré e pós intervenções com o teste t de Student. As variáveis que apresentaram diferenças de p<0,20 foram incluídas na construção dos modelos de Regressão Linear Múltipla. A análise incluiu os dados de agosto/2019 a outubro/2020. Resultados: Foram alocados 46 e 49 pacientes no grupo controle (GC) e intervenção (GI), respectivamente, e 76 tinham finalizado o protocolo até outubro de 2020. A maioria (67/70,5%) era do sexo feminino, foi mais frequente a declaração de cor da pele preta (43/45,7%) e de procedência urbana (85/89,5%). Oitenta e dois (86,3%) participantes tinham moderada adesão, sendo 56 (58,9%) do tipo não intencional. Na linha de base, o GC teve maior proporção de não aderentes intencionais quando comparados ao GI (p=0,004). Não foi observada melhor taxa de adesão pós intervenções, mesmo após ajuste por tipo de não adesão OR 0,91 (IC95%: 0,34-2,46). Na análise multivariada, as intervenções se mantiveram eficazes como promotoras de melhores escores de QdV para o domínio “Dor”, quando ajustado para gravidade da RCU e estado civil (β=16,990, p=0,008), e para o domínio “Vitalidade”, quando ajustado para gravidade da RCU (β=10,056, p=0,027). Conclusões: Nesta pesquisa, o programa de intervenções demonstrou uma melhoria significativa para a QdV, em específico para os domínios de “Dor” e “Vitalidade”. Este resultado é de extrema importância para pacientes de RCU, por ser uma doença crônica, incurável, com reconhecido impacto negativo na QdV. A exposição ao programa de intervenções proposto não foi capaz de produzir diferença significativa entre grupos comparativos na taxa de adesão aos medicamentos para os pacientes não aderentes com RCU. No entanto, sugerimos que em futuros estudos, sejam consideradas diferenças de menor magnitude do desfecho para o cálculo amostral, menores intervalos para mensuração da adesão, e inclusão de novas formas de interação entre o paciente e equipe assistencial.
- ItemQualidade de vida de acordo com o tratamento medicamentoso de pacientes com doenças inflamatórias intestinais em um centro de referência(2022-12-21) Barbosa, Camila Medrado Pereira; Silva, Genoile Oliveira Santana; Almada Fernando de Mello; Sassaki, Ligia YukieAs doenças inflamatórias intestinais (DII) compõe um grupo de doenças crônicas e idiopáticas que cursam com períodos de remissão e recidiva, das quais se destacam a doença de Crohn (DC) e a Retocolite Ulcerativa (RCU). Podem afetar o âmbito biológico, social, emocional e psíquico do paciente, ocasionando diminuição global do seu bem estar. Diversos estudos têm demonstrado interesse pelo tema, uma vez que informações sobre qualidade de vida podem ser utilizadas para avaliar a eficácia e impacto dos tratamentos propostos. Objetivos: avaliar a qualidade de vida de acordo com o tratamento farmacológico de pacientes com doenças inflamatórias intestinais. Materiais e Métodos: Estudo transversal baseado na revisão de prontuários e aplicação do questionário SF-36 aos pacientes com DII acompanhados em um centro de referência em Salvador, Bahia, Brasil, no período de junho de 2018 a julho de 2019. Para elaboração do banco de dados e análise descritiva foi utilizado o software SPSS versão 21.0 for Windows. Resultados e Discussões: Foram avaliados 226 pacientes sendo 150 (66,4%) de RCU e 76 (33,6%) de DC. A média de idade foi de 41 ±13 anos para DC e 47 ±14 anos para RCU. Em ambas as doenças, sexo feminino foi o mais frequente (64% RCU e 56,6% DC). A maioria dos pacientes se autodeclararam pardos (54,7% RCU e 55,3% DC), eram provenientes da zona urbana (80,7% RCU e 82,9% DC) e tinham baixa renda familiar (68,7% RCU/ 69,7% DC), ganhando até 2 salários mínimos. Foram observados escores acima de 50 (escala 0-100) em todos os domínios do SF 36, sem diferença estatística entre os subgrupos de doença. Baixa qualidade de vida (escore<50) nos aspectos emocionais foi observado em mulheres com DC e em pacientes com doença estenosante e/ou penetrante. Todos os pacientes com RCU em uso de aminossalicilatos e todos com DC usuários de imunossupressores e imunobiológicos obtiveram escores de qualidade de vida acima de 50, em todos domínios do SF-36. Nos usuários de corticoides, pontuação de qualidade de vida menor do que 50 foi descrita no domínio dor com p=0,049. Conclusões: Boa qualidade de vida foi observado em todos os domínios do questionário SF-36, sem diferença entre DC e RCU. Variáveis como sexo, comportamento da doença e classe medicamentosa mostraram influência na qualidade de vida dos pacientes com DII
- ItemTuberculose ativa em pacientes com doença inflamatória intestinal sob tratamento, em uma região endêmica do nordeste do brasil, na américa latina(2020-11-28) Fortes, Flora Maria Lorenzo; Silva, Genoile Oliveira Santana; Boa Sorte, Ney Cristian Amaral; Santos Júnior, Aníbal de Freitas; Santos, Raquel Rocha dosIntrodução: A doença inflamatória intestinal (DII) tem maior incidência e prevalência nos países desenvolvidos. A terapia com o anti fator de necrose tumoral alfa (anti-TNF α) para o tratamento de doenças inflamatórias imunomediadas levou a um melhor prognóstico e qualidade de vida para esses pacientes. A tuberculose é uma doença infecciosa muito comum no Brasil, sendo considerada um grave problema de saúde pública. Devido à provável associação entre a terapia anti-TNFα e o desenvolvimento de TB ativa, alguns estudos foram realizados com o intuito de avaliar essa associação. No entanto, estudos no Brasil e na América Latina sobre o desenvolvimento de TB ativa em pacientes com DII em tratamento são escassos. Objetivo: Avaliar o risco de tuberculose ativa e possíveis variáveis associadas em pacientes com DII sob tratamento em área endêmica do nordeste do Brasil, na América Latina. Materiais e Métodos: Estudo de coorte retrospectivo, incluindo pacientes com DII acompanhados em um centro de referência em Salvador, Bahia. Um questionário padrão, estruturado, foi preenchido com revisão de prontuários e entrevista, incluindo variáveis demográficas (sexo, idade); tipo de DII, aspectos clínicos da DII; história de TB ativa durante o tratamento; características e evolução da TB ativa; triagem e resultados iniciais e, quanto tempo após o início do anti-TNF α, a TB ativa foi desenvolvida. Resultados: Foram avaliados 301 pacientes com DII, 186 (61,8%) com retocolite ulcerativa e 115 (38,2%) com doença de Crohn. A média de idade (DP) foi de 45,8 (± 15,0) anos. Houve alta frequência de mulheres (62,5%) e de área urbana (82,7%). A terapia com imunossupressores, especificamente azatioprina, anti-TNF α e a combinação desses dois fármacos, associou-se a um maior risco de incidência de tuberculose ativa, com risco relativo de 5,85 (1,20 - 28,48); 3,93 (1,01 - 15,29) e 9,03 (2,38 - 34,28), respectivamente. A análise multivariada reforçou, consistentemente, que a terapia com bloqueadores do TNF α e com azatioprina aumentou significativamente o risco relativo de desenvolver TB ativa, em comparação com outros tratamentos. Quatro modelos multivariáveis foram avaliados e, em todos, o uso de bloqueadores do TNF α isoladamente ou em combinação com azatioprina foram fatores de risco importantes para a incidência de tuberculose ativa. De fato, quando ajustado para sexo, idade, tipo de DII e TB latente, o anti-TNF α com azatioprina aumentou, consistentemente, o risco relativo para 17,8 vezes mais que o tratamento convencional (IC95%: 5,91 - 53,67; p <0,001). Considerações Finais: o tratamento com anti-TNF α, azatioprina e a associação desses dois medicamentos aumentou, significativamente, o risco de TB ativa em pacientes com DII em uma área endêmica do nordeste do Brasil, na América Latina. Este risco aumentou quando o anti-TNF α foi combinado com a azatioprina. A TB tardia, diagnosticada 3 meses após o início do anti-TNF α, foi a mais frequente, sugerindo uma nova infecção por TB.
- ItemVariáveis associadas à fadiga em pacientes com Doença de Crohn sob tratamento farmacológico(Universidade do Estado da Bahia, 2024-06-10) Morais, Tayane Costa; Silva, Genoile Oliveira Santana; Giuffrida, Fernando de Mello Almada; Chebli, Júlio Maria FonsecaIntrodução: A fadiga na doença de Crohn (DC) é debilitante e dispendiosa para o paciente e o sistema de saúde. Até o momento, não há terapias bem estabelecidas, sendo importante investigar fatores de risco e, portanto, colaborar para prevenir ou reduzir os sintomas. Objetivo: Avaliar variáveis associadas à fadiga em pacientes ambulatoriais com DC sob tratamento farmacológico. Materiais e Métodos: Estudo transversal, realizado no ambulatório de doenças inflamatórias intestinais (DII) do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do HGRS – registro 5.681.087. Critérios de inclusão: diagnóstico de DC; 18 anos ou mais; usar medicamentos para DC. Critério de exclusão: condição que limita a capacidade de responder aos questionários e gestantes. Para coleta de dados foram aplicados: perfil sociodemográfico, Questionário de Doenças Inflamatórias – Fadiga (IBD-F), Escala Visual Analógica de Fadiga (EVA-F), Depression, Anxiety and Stress Scale (DASS-21) (para avaliar sintomas de depressão, ansiedade e estresse), questionário para identificar a presença de insônia e coleta para exames laboratoriais. A análise dos dados foi realizada pelo programa SPSS versão 21.0. Resultados e Discussão: 77% dos participantes tinham sintomas de fadiga segundo o IBD-F. A média da fadiga pela Escala Visual Analógica foi 5,60 (DP 1,91). Dos pacientes com sintomas de fadiga, 52 (67%) eram do gênero feminino e 25 (33%) do gênero masculino (p=0,037). Quarenta e cinco pacientes praticavam atividade física regularmente, e destes, 66% tinham fadiga e 34% não apresentavam sintomas de exaustão (p=0,026). O tempo médio de diagnóstico dos pacientes com fadiga foi 96,92 meses (DP 74,92) e dos sem fadiga foi 128,04 meses (DP 106,75) (p=0,018). Houve associação entre fadiga e sintomas de depressão (p = 0,003), ansiedade (p = 0,004), estresse (p = 0,001) e insônia (p =0,003). Não foi encontrada associação entre fadiga e anemia, avaliação tireoidiana, marcadores inflamatórios, deficiência de vitamina B 1, B 12 e ferro. Conclusão: Não foi encontrada associação entre fadiga e anemia, deficiência de vitamina B1, B12 e ferro, função tireoidiana e marcadores inflamatórios em pacientes com DC sob tratamento farmacológico. Foi observada associação entre fadiga e gênero feminino, sedentarismo, depressão, ansiedade, estresse e insônia. Novos estudos são necessários para rastrear e compreender os fatores associados à fadiga na DC, colaborando na definição de tratamentos farmacológicos e não farmacológicos.