Navegando por Autor "Silva, Ana Margarete Gomes da"
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- ItemEducação do campo e territorialidade: um estudo sobre o assentamento Menino Jesus, em Água Fria (Bahia - BA)(2014-06-09) Silva, Ana Margarete Gomes da; Nascimento, Antônio Dias; Lima, Silvana Lúcia da Silva; Hetkowski, Tânia Maria; Coelho Neto, Agripino SouzaEsta dissertação resulta de uma pesquisa acadêmica desenvolvida no Programa de PósGraduação em Educação e Contemporaneidade da Universidade do Estado da Bahia – PPGEduC/UneB – e se insere no âmbito de estudo da Educação do Campo, que tem se tornado um tema crescentemente incorporado à agenda das discussões dos movimentos sociais no Brasil, em parceria com algumas universidades brasileiras e outros tantos parceiros protagonistas, visando a incidir sobre uma política de educação voltada para os interesses e particularidades dos povos do campo, para além da educação como um direito, mas, sobretudo, como um desdobramento de uma luta maior, com vistas a um novo projeto de sociedade e de país, que tem como vetor principal a Reforma Agrária. Nesta pesquisa, pretende-se compreender o conflito pelo controle/apropriação das Escolas Fábio Henrique de Cerqueira e Escola do Campo Menino Jesus, ambas localizadas no Assentamento Menino Jesus (BA), resultante de concepções divergentes: o modelo contra-hegemônico é defendido pelos assentados, e o modelo hegemônico, pelo município de Água Fria (BA), refletindo na produção de territorialidade com base na escola. Para alcançar o objetivo proposto, optou-se pelo método de estudo de caso, tendo sido feitas entrevistas semiestruturadas, observações, diário de campo, roda de conversa, reuniões com o coordenador do setor de educação, participação em atividades complementares - Ac e análise do livro didático. Os resultados da pesquisa apontam que o conflito do Assentamento Menino Jesus pelo controle/apropriação de suas escolas tem, como centralidade, a defesa dos conteúdos e princípios políticopedagógicos, orientados pela Educação do Campo, como uma alternativa de educação contrahegemônica, tendo-a como referência básica de suas afirmações político-culturais e ideológicas, buscando a construção de um projeto societário mais justo, viabilizando aos povos do campo em toda a sua diversidade. Trata-se de um Projeto Político-Pedagógico voltado para as classes trabalhadoras, através de seu controle, tanto material quanto simbólico, por eles próprios, sujeitos da história de luta pela conquista destas escolas do assentamento pesquisado. Além disso, emergiram das entrevistas como potente resultado, o empoderamento do coletivo, com base em ideais e de lutas, da consciência de serem sujeitos de direito, que vislumbram na educação, a concretude de mudanças efetivas e viáveis para uma comunidade, instrumentalizados, com a mais cara forma de libertação, o conhecimento, que possibilita tecer outras histórias da educação baiana.