Navegando por Autor "Santos, Vanusa Mascarenhas"
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- ItemÉ preciso conhecer a fome para saber descrevê-la: as escrevivências literárias de Caralina Maria de Jesus como denúncia social(Universidade do Estado da Bahia, 2024-02-29) Ribeiro, Paulo Santiago; Gonçalves, Luciana Sacramento Moreno; Santos, Vanusa Mascarenhas; Silveira, Neila Marcia NunesEsta monografia apresenta uma investigação no campo da literatura, tendo como objeto de estudo a obra Quarto de Despejo, de Carolina Maria de Jesus. Assim, sobre a percepção política da autora, pesquisa-se a denúncia da fome e da insegurança alimentar em três dimensões: a leve, a moderada e a grave. Nesse sentido, após entrecruzamento de ideias, emerge uma questão norteadora: de que forma a fome e a insegurança alimentar são expressas na obra Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus? A fim de responder essa questão, o objetivo geral se ocupa em compreender como é feita a reivindicação e a aquisição da segurança alimentar na obra. Dessa forma, para a realização deste utilizou-se como aporte teórico os seguintes autores: Abramovay (1991), Cândido (2012), Castro (1984), Valente (2021), Salles-Costa et al. (2022), Maniglia (2009), Galeano (1970), Morais, Sperandio e Priore (2020), Lima (2021), entre outros. Realiza-se, então, uma pesquisa de natureza qualitativa e caracteriza-se como descritiva e explicativa. Diante disso, verifica-se os seguintes resultados: a literatura de Carolina Maria de Jesus tem uma enorme relevância social, por ser uma literatura engajada e trazer para o centro dos debates a questão da fome. No que se refere aos níveis de insegurança alimentar, constatou se que em muitos lares famílias pobres convivem com algum déficit alimentar. Hoje, é possível observar a relevante contribuição de Carolina Maria de Jesus para os avanços em políticas públicas voltadas para o fomento da erradicação da fome e da extrema pobreza entre as populações mais vulneráveis, principalmente a população pobre e preta.
- ItemEra uma vez: o conto, a tradição oral e o feminino em versões do ciclo pele de asno(Universidade do Estado da Bahia, 2023-07-11) Sampaio, Rafaela Bispo da Silva; Santos, Vanusa Mascarenhas; Campos, Juscilândia Oliveira Alves; Gonçalves, Luciana Sacramento MorenoEssa pesquisa intenciona ampliar a discussão em torno do Ciclo Pele de Asno, que apresenta uma jovem que foge de casa por não aceitar casar-se com seu pai, indo contra toda uma tradição de submissão e silenciamento e vai de encontro à liberdade e ao direito de decidir pelo seu futuro. Para tal analisamos, comparativamente, as versões encontradas do conto Pele de Asno, observando as mudanças e as permanências presentes em suas sequências narrativas. Além disso discutimos como o processo de amadurecimento e individualização feminino é construído no decorrer das sequências narrativas que compõem os contos desse ciclo. A fim de compreender tais aspectos, foi utilizado como referencial teórico, Frederico Augusto Garcia Fernandes (2003), Hildete Leal dos Santos (2007), Edil Silva Costa (1998), Alvanita Almeida Santos (2005, Vanusa Mascarenhas Santos (2013) e Ria Lemaire (1989),para embasar nossas discussões teóricas sobre tradição oral, conto e a tradição feminina. E Regina Michelli (2020), Marieta Vieira Messina (2019), Nelly Novaes Coelho (2000), Diana Lichtenstein Corso e Mario Corso (2006) para discutir a individualização e amadurecimento feminino. Dessa forma, a pesquisa se realiza por meio de investigação documental de caráter qualitativa, a partir de análises de 17 versões que compõem o ciclo Pele de Asno. Compreende-se que as versões encontradas não apresentam em sua totalidade todas as sequências narrativas, mas todas permitem a construção do processo de individualização feminina através da simbologia presente na narrativa.
- ItemMultimodais: uma análise a partir de três gêneros textuais(Universidade do Estado da Bahia, 2024-03-08) Santos, Anna Thereza Macêdo; Santos, Livany Lima; Lima, Joana Angélica Santos; Carmo, Jeovania Silva do; Santos, Vanusa MascarenhasEstudo sobre o conceito de texto, multimodalidade e letramento, analisando 03 documentos, a saber: um texto literário infantojuvenil, abro ou não abro?, de Helena Armond (1990); uma tirinha, de Fernando Gonsales (2003), e um infográfico, Aprenda a identificar uma notícia falsa, do Senado Federal (2018), de maneira a entendermos como o texto e a multimodalidade configura-se nesses gêneros. Objetivamos compreender, a partir da multimodalidade presente em três gêneros textuais, como o texto mobiliza outros elementos para além das palavras para a sua composição, expandindo neste movimento o seu sentido. Diante da metodologia adotada, o movimento textual se deu por meio de uma pesquisa documental, de abordagem qualitativa. Para realização do presente estudo utilizamos como base teórica os escritos de autores como Cademartori (1991); Costa Val (2004); Marcuschi (2008); Soares (2009) e Dionisio (2011). O trabalho com esses autores mostrou-se de suma importância para compreendermos como se deu a mudança e ampliação textual, acompanhando neste movimento os anseios da sociedade moderna. Entendemos que, a partir desse novo formato de texto advindo dos avanços tecnológicos, precisamos mais do que falar em letramento, falar em multiletramentos, visto que a leitura do texto hoje abarca não só o signo alfabético, mas as imagens, os sons, os gestos, as cores, entre outros. O estudo desse tema nos ajudou a compreender que enquanto professores, precisamos sempre estarmos atentos às mudanças presentes na sociedade, pois elas impactam diretamente no ensino não só de língua portuguesa como também de todas as outras disciplinas. Desse modo, é imprescindível considerarmos tudo o que acontece à nossa volta, para que a educação permaneça atual e relevante para o aprendizado de nossos alunos.
- ItemNinguém ali devia nada: algumas análises sobre as cenas de violência policial em o livro preto de Ariel(Universidade do Estado da Bahia, 2024-02-29) Silva, Leandra Santos da; Gonçalves, Luciana Sacramento Moreno; Santos, Vanusa Mascarenhas; Amorim, Mércia de LimaHistoricamente, o povo negro foi alvo de muitas opressões e ofensas. A Contemporaneidade, ainda não superou o racismo de forma a garantir o direito às diferenças e a ancestralidade negra com esse sistema de marginalização, os negros são os mais atingidos de olhares racistas e isso se inclui na esfera da segurança pública. Dessa forma, esta monografia tem como objetivo analisar na obra O Livro Preto de Ariel (2019), do escritor Hamilton Borges de que maneira a violência policial é abordada pelo viés da literatura negra do aludido autor. Para isso, por meio de uma pesquisa descritiva e explicativa, de cunho documental, busco analisar trechos da obra em que se retrata a violência policial contra moradores negros da periferia. Sendo assim, como aporte teórico para estar discutindo essas relações entre raça, violência policial e genocídio utilizo o Atlas da violência (2021), Mbembe (2003), Amorim (2020), Nascimento (2016), Ianni (1988) Evaristo (2009). Com algumas análises obtidas na pesquisa, pondera-se que o racismo estrutural impera nas práticas de abordagem da polícia baiana, em um sistema opressor apoiado pelo Estado, que legitima práticas de ações violentas e desumanas contra pessoas negras periféricas. Portanto, o racismo é o principal atributo para que haja violência por parte da polícia.
- ItemRepresentações do místico em Torto Arado, de Itamar Vieira Júnior(Universidade do Estado da Bahia, 2024-03-04) Silva, Kalline Santana da; Campos, Juscilândia Oliveira Alves; Gonçalves, Luciana Sacramento Moreno; Santos, Vanusa MascarenhasO presente trabalho tem como objetivo analisar os elementos místicos e religiosos, na obra Torto Arado, de Itamar Vieira Júnior, observando como o Jarê, religião de matriz africana, apresenta-se na narrativa e qual o seu papel enquanto um dos fios condutores das mudanças em relação às condições dos personagens, no que tange ao processo de conscientização dos seus direitos. O estudo também discute as representações dos símbolos faca e terra, na medida em que eles se constituem na narrativa como elementos místicos marcantes, usados e vistos de diversas formas pelos personagens da trama. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de cunho documental, com abordagem descritiva, e que está embasada no pensamento de Gabriel Banaggia (2015), que trata sobre o Jarê; Eduardo Guerreiro Brito Losso (2015), Gabriel Juan Velasco (2003) e Willian James (1995) que discutem sobre o místico; Mircea Eliade (1992) e Douglas Santana Ariston Sacramento (2023) com seus textos sobre os símbolos. O estudo conclui que a narrativa de Itamar Vieira Junior contribui significativamente não só para o conhecimento do Jarê, trazendo a religião afro-brasileira para a literatura e permitindo uma maior compreensão das práticas e crenças do povo simples e resistente que a celebra, mas também para a compreensão de que a adaga e a terra, além de elementos físicos, são também entidades simbólicas que influenciam diretamente o destino das personagens principais da narrativa.
- ItemRetratos da ternura: uma análise sobre infância e afetividade em Geni Guimarães(Universidade do Estado da Bahia, 2024-02-29) Oliveira, Lorrana De Araújo; Gonçalves, Luciana Sacramento Moreno; Santos, Vanusa Mascarenhas; Santos, Betty Bastos LopesEste trabalho é de cunho documental, tem por objetivo analisar de que forma a infância e afetividade são retratadas em A cor da ternura (1991), considerando como as relações familiares, impacta a formação identitária da personagem principal, assim como, sua relação com a escola e comunidade. Em relação aos procedimentos metodológicos, na primeira etapa investigamos as raízes históricas da infância, a importância da afetividade no desenvolvimento infantil e a experiência das crianças negras na sociedade contemporânea. Em seguida, a evolução da literatura infantil e juvenil e sua relevância na promoção da infância negra. E por fim, analisamos as relações afetivas na narrativa, destacando a influência das memórias de infância na jornada emocional da personagem principal. Para a realização dessa pesquisa dialogamos com Philippe Ariés (1983) que fornece um contexto histórico para entender a evolução da concepção de infância. Andréa Simone de Andrade Colin (2019) e Neil Postman (1999) exploram concepção de infância na contemporaneidade. As teorias de Henri Wallon (1968), Nelson Piletti (2008) e Juliana de Oliveira (2022) destacam o papel das emoções no desenvolvimento infantil, com Abigail Alvarenga Mahoney (2007) discutindo as teorias de Wallon. Carol de Andrade Ferreira de Sousa (2020), Eliane dos Santos Cavalleiro (1998) e João Batista Rodrigues (2014) abordam a infância das crianças negras em sociedades marcadas pelo racismo. Abramovich (1997) e Calvino (2009) ressaltam a importância da literatura na formação de identidades. Nelly Novaes Coelho (2000), Ligia Cademartori (2007), Regina Zilberman (2005), Fernanda Abade (2013), Marisa Lajolo e Regina Zilberman (2007) oferecem uma visão histórica da literatura infantil e juvenil. Porciúncula (2014) analisa criticamente a representação racial na literatura. Janiele da Silva (2022), Carolaine da Silva dos Santos, Tiago Pereira dos Santos (2022) e Cristiane Veloso de Araújo Pestana (2021) destacam a importância da literatura negra na promoção da identidade positiva das crianças negras. Maria Anória de Jesus Oliveira (2010) enfatiza o poder das obras de escritores negros na valorização da cultura negra. Como resultado destacamos a importância das narrativas autênticas feita por pessoas negras são necessárias para desconstruir estereótipos, enfatizando a representatividade na infância e a promoção da afetividade nas obras. A análise das relações afetivas na narrativa revela o impacto significativo
- ItemSaberes poéticos da oralidade: tessituras sobre o samba de Ipirá-BA(Universidade do Estado da Bahia, 2023-12-20) Santos, Davi dos; Santos, Vanusa Mascarenhas; Gonçalves, Luciana Sacramento Moreno; Campos, Juscilandia Oliveira AlvesA pesquisa, delineada como estudo documental, ocupa-se de compreender as temáticas veiculadas nas poéticas orais dos grupos de samba chula da cidade de Ipirá-Ba, refletindo sobre como os sujeitos sambadores materializam percepções de si, de seu território e sua poética. Assim, para essa discussão, buscou-se dialogar com Stuart Hall (2003) e Pedro Abib (2019), com suas contribuições sobre os estudos culturais; para compreensão do samba de roda e das especificidades do samba chula recorremos às pesquisas de Katharine Döring (2005; 2013), Carlos Sandroni (2010) e Nina Graeff (2015), ambos pesquisadores do samba de roda do Recôncavo Baiano e ao Dossiê de Samba de Roda do Recôncavo Baiano (2006). Para estudos sobre a a poética oral recorremos a Paul Zumthor (1997; 1993). Acerca da oralidade, a autores como Walter Ong (1998), Ruth Finnegan (2006) e Ria Lemaire (2010). Para estabelecer uma reflexão com a discussão decolonial, nos aproximamos dos escritos de Aníbal Quijano (2005), Walter Mignolo ( 2005), Ramón Grosfoguel (2009), Boaventura de Sousa Santos e Maria Paula Meneses (2009). Em relação aos procedimentos metodológicos, a pesquisa realizou-se a partir da transcrição, descrição e interpretação das poéticas divulgadas pelos próprios sambadores em CD e em sites/plataformas virtuais, como o YouTube e Sua Música. Na etapa inicial, realizamos a leitura dos textos teóricos sobre cultura popular, poética oral, performance, samba de roda, com um olhar para as especificidades do samba chula, teorias direcionadas às poéticas orais e estudos decoloniais. Posteriormente, foi feita uma seleção das composições poéticas e, por fim, efetuamos o processo de análise interpretativa dos textos em diálogo com os referenciais teóricos. Diante das observações, análises e estudos teóricos-documentais, foi possível perceber que essa póetica apresenta como temáticas recorrentes as vivências dos sujeitos, a exemplo das notícias das cidades circunvizinhas veiculadas nas rádios, internet, o próprio samba, os compositores e referências de artistas locais que tiveram destaque nessa prática cultural, além dos saberes passados de geração em geração. No entanto, embora alguns assuntos sejam mais pertinentes que outros, nota se que os sujeitos compositores possuem uma grande liberdade no que se refere às escolhas dos temas das chulas.