Navegando por Autor "Santos, Oton Magno Santana dos"
Agora exibindo 1 - 4 de 4
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemEntre alienígenas, mutantes e zumbis: os mash ups literários de Machado de Assis(2021-06-18) Santos, Rebeca Fabiana Ferreira da Silva; Santos, Oton Magno Santana dos; Oliveira, Sayonara Amaral de; Oliveira,Rogério Soares deA literatura contemporânea está em constante processo de transformação, devido ao fato de impulsionar operações diferenciadas de cunho criativo na composição de produções literárias. Essas modificações impulsionam a reorganização de papeis no seio literário, sobretudo o do leitor que, deslocando-se da alcunha da passividade, vê-se motivado a participar e explicitar sua criticidade acerca do que consome. Uma das nuances obtidas a partir da emancipação leitora é o fato de esses indivíduos transformarem-se em novos produtores e, ainda que de forma estigmatizada, gerarem produções a partir de outras já existentes, consolidando as práticas apropriativas. O mash up literário, técnica de apropriação que consiste na mixagem por aglutinação de duas ou mais obras literárias (geralmente pela mistura de elementos textuais de obras canônicas e contemporâneas), insere elementos da cultura de massa nas suas produções, como zumbis, mutantes, alienígenas, elementos de ficção científica e afins, consolidando-se como uma forma recente de produção no segmento literário. Contudo, esse modelo de escrita encontra-se em processo de reconhecimento, haja vista que se trata de fazer com que obras canônicas e seus escritores se desloquem de um lugar de autoridade e passem a ser pensados como geradores de atividades, conforme endossa Nicolas Bourriaud (2009), na teoria da pósprodução. Para que isso aconteça, o sujeito ledor se apropria da proposta da cultura participativa de Henry Jenkins (2009), que fomenta um perfil mais crítico do indivíduo em relação ao que lê. Com base nessa discussão, esse estudo investigou de que forma as apropriações textuais contemporâneas executadas através das obras Dom Casmurro e os discos voadores (2010), O alienista caçador de mutantes (2010) e Memórias Desmortas de Brás Cubas (2010) deflagram novos modos de leitura e escrita na contemporaneidade, repaginando a linguagem, o perfil dos personagens e o enredo trazidos pela escrita de Machado de Assis nas obras clássicas Dom Casmurro (1899), O Alienista (1882) e Memórias Póstumas de Brás Cubas (1880). A pesquisa desenvolvida foi de natureza qualitativa, sob o viés bibliográfico, tomando como base os preceitos de Fabio Akcelrud Durão (2020) e Antônio Joaquim Severino (2007). A partir da análise dessas produções apropriativas, foi possível visualizar que os autores apropriadores executam releituras que acompanham o seu repertório leitor e intelectual de maneira bastante subjetiva, deflagrando, de forma assertiva, os papeis de leitores partícipes no lastro literário. Além disso, no contexto prático, os releitores permitem a compreensão acerca do papel da emancipação leitora, que atravessou vários percalços no contexto historiográfico literário, hoje sendo capaz de inserir outros sentidos e visões para pensarmos o fazer literário. Além dos teóricos supracitados, estudiosos como Roger Chartier (1998, 2002, 2003, 2010, 2011), Roland Barthes (2004), Jorge Luis Borges (1951), Leyla Perrone-Moisés (1990), dentre outros, fundamentam esse estudo.
- ItemEstudo da Formação de Redes de Coletivos de Jovens do Subúrbio Ferroviário de Salvador-Bahia: Contribuições às Práticas Socioeducativas em Periferias Urbana(2021-04-16) Santana, Jeanne Lopes; Bomfim, Natanael Reis; Bomfim, Natanael Reis; Correia, Silvia Leticia Costa Pereira; Nascimento, Fabiana dos Santos; Santos, Oton Magno Santana dos; Nunes, Eduardo José FernandesEste estudo realizado no contexto do Subúrbio Ferroviário de Salvador (SFS) – Bahia, buscou explicar o processo de formação e articulação dos coletivos de jovens e sua relação com as contribuições significativas das práticas socioeducativas para o desenvolvimento da educação em periferias urbanas. Nesse sentido, colocamos em relevo quatro concepções: A primeira que agrupa estudos que discutem sobre em relevo quatro concepçoesa construção da imagem do jovem como problema social e fase de risco (ABRAMO, 2007; NOVAES, 2003). A segunda que traduz conceitos relacionados a um novo olhar sobre a imagem do jovem, ou seja, como sujeito social (SPOSITO, 2007; DAYRELL, 2003; CHARLOT, 2000). A terceira que aproxima pesquisas que se destinam a construir um conceito sociológico de “juventudes” no sentido de estruturação de políticas públicas (PAIS, 2001; CASTRO 2009). Finalmente, a quarta concepção que agrupa pesquisas que entrelaçam saberes e práticas sociais como forma de perceber a expressividade e a voz dos jovens, bem como suas representações nos espaços sociais (SANTOS, 2017; SILVA, 2011; SPOSITO 2009). Optamos por essa concepção, pois nos remete a pensar na formação de redes sociais e práticas de jovens no seu espaço vivido, e implica em evocar as relações sociais, culturais, educativas. Nessa linha de pensamento, buscamos na investigação: ampliar o mapeamento dos coletivos de jovens; analisar as características e estrutura das redes sociais formadas pelos jovens que constituem os coletivos; interpretar o processo formativo das redes sociais a fim de apreender as práticas sociais desenvolvidas nos espaços educativos; e avançar na construção do conceito de Práticas Socioeducativas para o desenvolvimento da Educação em Periferias Urbanas. Para tal, o estudo empírico foi desenvolvido com 10 (coletivos) de Plataforma, Periperi, Paripe, Alto do Cabrito, Lobato, São Tomé de Paripe e Fazenda Coutos, onde optamos pela técnica da amostragem em “snowball sampling” (BIERNARCKI, P. E WALDORF, D, 2018) ou “bola de neve”. Por meio de contato por telefone/watsapp, aplicamos o questionário/entrevista individual, que foi analisado pelo método do conteúdo do discurso de Bardin (2011) e pela Teoria e Métodos das Representações Sociais, complementado pelas informações do Facebook e Instagram. Esses dados, do ponto de vista empírico, foram tratados pelo GEPHI/Cfinder e analisados pelo método de perspectivista de redes sociais (MALINI, 2016). Os resultados apontam conexões representativas que amalgamam o espírito de solidariedade de uma comunidade que vive marcada pelo pragmatismo das atividades sociais e pela simbologia destes lugares. Nessas redes que os grupos desenvolvem Práticas Socioeducativas significativas para o processo formativo de seus participantes, bem como para a visibilidade e fortalecimento de suas identidades como bases fundantes para o desenvolvimento da Educação em Periferias Urbanas.
- ItemLiteraturas em tempos de crise: leituras, rotas e imaginários(2020-11) Santos, Oton Magno Santana dos; Santos Júnior, José Rosa dos; Cazumbá, Renailda FerreiraEste livro, intitulado Literaturas em tempos de crise: leituras, rotas e imaginários, objetiva engendrar um construto analítico acerca de temas da literatura brasileira. Marcada pela pluralidade de vozes, a obra apresenta um debate profícuo que, em última instância, se perfaz em um referencial singular para o estudo de questões que interpelam os pesquisadores de literatura. Os textos que compõem a coletânea estão divididos em duas partes: “Literatura feminina, literatura afro-brasileira, questões de gênero e étnico-raciais” e “Poesia, ficção, realidade brasileira e formação leitora". São textos que abordam questões como: educação, feminismos, gênero, raça, contexto sócio-político, entre outras. Dessa forma, os estudos se propõem a contribuir para o debate da literatura brasileira, servindo de inspiração para pesquisas posteriores.
- ItemRepresentações sociais e cotidiano escolar: metáforas no/do/com/o espaço vivido e sua tessitura com o currículo praticado(2020-03-24) Correia, Silvia Letícia Costa Pereira; Bomfim, Natanael Reis; Portela, Mugiany Oliveira Brito; Nascimento, Fabiana dos Santos; Santos, Oton Magno Santana dos; Sales, Mary Valda Souza; Representações SociaisO presente trabalho buscou problematizar a produção dos currículos no cotidiano escolar, a partir do conteúdo das representações sociais do espaço vivido, construídas por alunos do 5º ano de escolarização do ensino fundamental I, e suas implicações no fazer pensar compartilhado nas práticas pedagógicas dos praticantes pensantes da escola, norteada pela seguinte questão de pesquisa: Quais conhecimentos práticos inseridos no conteúdo das RSE, construídas por alunos do 5º ano de escolarização do ensino fundamental I, e suas implicações no fazer pensar compartilhado nas práticas pedagógicas dos praticantes pensantes da escola? Para tal, esta pesquisa foi desenvolvida a partir de uma multimetodologia distribuída em três percursos que envolveu a utilização do que chamei de dispositivos implicados da pesquisa como a evocação livre de palavras, hierarquização de itens, mapas afetivos, grupo focal, narrativas e sobreposição das informações coletadas que possibilitou a reiteração do entendimento do currículo como redes de conhecimentos e expressão da vida cotidiana. Adotando uma postura epistemológica de abordagem fenomenológica em que vivências e experiências são basilares, destacando, ainda, o envolvimento e participação constante do grupo de professoras e alunos da Escola, praticantes pensantes com a pesquisa, numa perspectiva de constante redimensionamento dos encaminhamentos do estudo. O campo da pesquisa foi a Escola Municipal Álvaro da Franca Rocha, localizada no bairro da Engomadeira, periferia da cidade de Salvador/BA. Interlocutores principais como Bomfim (2004, 2012), Alves (1998, 2001, 2002, 2003, 2007, 2008, 2015), Oliveira (2003, 2012, 2016), Ferraço (2000, 2003, 2008, 2011), Garcia (2003, 2010), Certeau (2014), Certeau, Giard, Mayol (2013), Bomfim (2010), Tuan (1980, 1983) e Moscovici (2012, 2013), entre outros estudiosos, são referências que, indispensavelmente, sustentam o fundamento teórico desta Tese. As informações coletadas e produzidas com o estudo evidenciam a emersão dos conhecimentos do senso comum tributários das Representações Sociais do Espaço Vivido, entendidos como conhecimentos práticos, dentro da escola, reformulando os currículos praticados por alunos e professoras. Estes conhecimentos, por sua vez, compõem redes de conhecimentos, ampliadas constantemente de forma prospectiva e que impactam nos currículos escolares uma vez que das representações sociais dos alunos sobre o bairro da Engomadeira, emergiram conhecimentos como solidariedade, violência moradia, histórias, tráfico, entre outros representativos do grupo social, que relacionam-se e ilustram metáforas por eles elaboradas em seus mapas afetivos como as do conflito, do contraste, do formigueiro, da cidadezinha e da montanha russa. De todo este processo, derivam algumas contribuições inseridas nas dimensões política, ética, estética, epistemológica e pedagógica, prenunciando alguns questionamentos e lacunas para estudos futuros, a partir da investigação aqui iniciada.