Navegando por Autor "Santos, Maria Cristina Moura"
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- ItemNegrinfância: por uma prática pedagógica antirracista com professoras de educação infantil em Valente (BA)(Universidade do Estado da Bahia, 2023-03-06) Santos, Maria Cristina Moura; Oliveira, Iris Verena Santos; Santos, Núbia de Oliveira; Pereira, Isabelle SanchesA dissertação em foco apresenta elementos da escrevivências no diálogo entre uma professora negra-educadora-pesquisadora – autora deste material – e professoras colaboradoras, participantes da pesquisa, na qual deixam perceptíveis algumas semelhanças e diferenças no tocante à conscientização docente quanto a uma educação antirracista no contexto educacional público infantil. A partir dessa interação, constatou-se a necessidade de uma rede de articulação e diálogos para o fortalecimento mútuo de práticas antirracistas e saberes no que diz respeito à infância negra. Nesse sentido, as escrevivências na perspectiva de Conceição Evaristo foram acessadas como operador teórico-metodológico, buscando autoria nesse “escreviver-acadêmico” que enaltece não só a escrita negra, feminina e pobre, mas também por valorizar o pensamento e a reflexão atravessadas por uma coletividade, já que a escola é um lugar de construção coletiva de saberes, vivências, (re)existência e (re)significação. Sendo assim, a pesquisa teve como objetivo compreender as práticas pedagógicas das professoras da Educação Infantil, atentando-se para os tratamentos e/ou silenciamentos em relação às questões étnico-raciais e foi realizada junto às professoras do Centro Municipal de Educação Infantil Encantos do Saber (CMEIS), em Valente (BA). Para tanto, o presente estudo recorreu à discussão sobre a educação crítica, emancipatória e como prática de liberdade na perspectiva de Paulo Freire (1989; 2021) e bell hooks (2017; 2021), assim como também pautou-se nas discussões a respeito da mulher negra e as questões étnico-raciais em Lelia Gonzalez (1984) e sobre a infância negra a partir de Nilma Lino Gomes (2019; 2021) e Eliana Cavalleiro (2001). O método investigativo do estudo transcorreu pela conversa (SAMPAIO; RIBEIRO e SOUZA, 2018), a qual vem potencializar uma rasura que há nos pressupostos da pesquisa qualitativa, oportunizando acessar-aprender-compartilhar como modo insurgente de pesquisar. Frente a isso, portanto, ficou perceptível que a pesquisa em questão provocou questionamentos e reflexões às docentes participantes no tocante às questões raciais, bem como emergiu a possibilidade de continuidade dessas conversas-escritas sobre a infância negra no semiárido baiano como produto desta dissertação, fazendo com que a percepção dessas e de outras docentes seja sensibilizada.