Navegando por Autor "Santos, Juliana Viveiros Barbosa König dos"
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- ItemA escuta do acompanhante terapêutico escolar: giros discursivos no picadeiro(2020-06-22) Santos, Juliana Viveiros Barbosa König dos; Ornellas, Maria de Lourdes Soares; Lerner, Ana Beatriz Coutinho; Dantas, Tânia Regina; Farias, Larissa Soares OrnellasEste estudo fundamenta-se no enlace da psicanálise e educação, a partir da escuta de acompanhantes terapêuticos escolares (ATE) que se mobiliza através das questões: Em que trama “linguageira” o seu fazer discursivo se efetua? Lacan (1992) firma o sujeito como efeito do discurso. Os objetivos da pesquisa foram: Analisar os giros discursivos a partir da escuta de acompanhantes terapêuticos escolares no entre lugares (entre o pedagógico e o terapêutico). Os específicos: Identificar a posição discursiva das acompanhantes terapêuticos escolares situada entre os quatro discursos; Escutar as alternâncias das posições discursivas da práxis de ATEs, movidas entre o discurso pedagógico e o terapêutico; Apreender o estilo discursivo de acompanhantes terapêuticos escolares na inclusão da criança com impasses na estruturação subjetiva. O ATE ao situar-se em direção ao discurso do analista, posiciona-se como semblante do saber no contexto escolar em uma práxis sob o efeito da linguagem. Conforme Fink (1998), a psicanálise é um discurso que faz efeito no mundo, que não conforma uma explicação completa dele, pois “em qualquer práxis e praticamente em qualquer campo, há discursos diferentes ajustados para momentos diferentes, e em contextos históricos, sociais, políticos, econômicos e religiosos diferentes” (FINK, 1998 p. 175). Há uma sustentação que é a linguagem a condição do próprio inconsciente, assim como o inconsciente é condição para a linguagem (LACAN,1992). Desse modo a escuta deste estudo ocorreu por via de duas rotas metodológicas: a) entrevista aberta em vista de atentar-se a fala e as idiossincrasias, bem como a teia de significantes (ORNELLAS, 2011). A qual dirigiu-se para seis sujeitos participantes b) escuta no grupo, a partir de reuniões de supervisão de ATEs, assentadas na orientação psicanalítica, dirigida para 9 participantes. Foi possível escutar o sujeito-ATE e como este opera por via dos giros discursivos em sua práxis. Movimentos permeados por suas singularidades, como efeitos dos discursos presentes no contexto escolar sobre aqueles se dirigem no acompanhamento por via discurso singularizante, o que permeou achados na posição discursiva que se opera entre o terapêutico e o pedagógico (BERLINCK E FRÁGUAS, 2001). A análise do dizer e do dito constitui-se por via da “noção de discurso em Lacan deve ser compreendida sempre como heterogeneidade, entre fala e língua entre significação e valor, entre enunciação e enunciado, entre dizer e dito” (DUNKER, PAULON E MILÁN 2016 p. 147).