Navegando por Autor "Santos, Aurelielza Nascimento"
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- ItemEscola mãe Hilda: território insurgente da pedagogia da ancestralidade antirracista(2020-12-21) Santos, Aurelielza Nascimento; Brito, Gilmário Moreira; Silva, Jamile Borges da; Filho, Raphael Rodrigues VieiraEsta pesquisa apresenta reflexões no campo da Educação, a partir da contemporaneidade, e versa diálogos com a Geografia de acordo com as insurgências que potencializam o território que se configura na construção do Território Jitolu, no Curuzu/Liberdade, no município de Salvador – BA. O lócus da pesquisa é a Escola Mãe Hilda, materializada pelas forças ancestrais do Terreiro Ilê Axé Jitolu para a atuação da educação como prática da liberdade e das ações afirmativas, tendo como prioridade as lutas insurgentes do movimento negro educador atuante nesse quilombo da resistência, onde as sementes foram lançadas no solo fértil do Curuzu e onde nasceu a árvore frondosa semeada sobre as bênçãos do Axé pela Yalorixá Mãe Hilda Jitolu, que abriu as portas do Terreiro Ilê Axé Jitolu para apoiar o Bloco Ilê Aiyê e também a realização de um sonho – a construção da escola. Assim, essa dissertação analisa como a Escola Mãe Hilda, ancorada na pedagogia da ancestralidade antirracista e dos dispositivos pedagógicos, potencializa o fazer pedagógico através das insurgências para o enfrentamento do racismo estrutural e consolida suas práticas pautadas nas relações étnicoraciais e de forças ancestrais que reverberam e valorizam o legado africano e da diáspora. Esses processos civilizatórios salvaguardam a diversidade, a alteridade, a diferença e a pluralidade cultural que se materializam na Escola Mãe Hilda de acordo com o que postula a Lei nº 10.639/03 e a Lei nº 11.645/08. A metodologia utilizada nesse estudo tem como base a análise dos dados qualitativos, de inspiração etnográfica, a partir da investigação da atuação política e combativa do Ilê Aiyê e de suas práticas pedagógicas de valorização da educação para as relações ético-raciais, pautadas nas ações realizadas na Escola Mãe Hilda. Através das narrativas do movimento educador, o Ilê Aiyê e as vozes das intelectuais negras consolidam a pedagogia da ancestralidade antirracista alicerçados em dispositivos pedagógicos. Concluímos que é necessário tecer olhares críticos, bem como reconhecer a atuação pioneira do movimento negro educador e da prática pedagógica da Escola Mãe Hilda, entrelaçados pela tríade terreiro, bloco e escola, para a promoção da educação como mobilidade social ancorada no legado da ancestralidade africana e afro-brasileiros na diáspora na atuação antirracista.