Navegando por Autor "Moreno, Luciana Sacramento"
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- ItemA casa, a universidade e a escola: travessias de leitura de professores da cidade de Euclides da Cunha(2016-04-11) Pereira, Cleide Selma Alecrim; Cordeiro, Verbena Maria Rocha; Besnosik, Maria Helena da Rocha; Moreno, Luciana Sacramento; Rios, Jane Adriana Vasconcelos PachecoEsta pesquisa analisa as histórias de leitura, da infância aos dias atuais, de seis professores egressos do curso de Letras Vernáculas do campus XXII da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), na condição de docentes do Ensino Médio. O objetivo geral é investigar como se constituíram estas histórias de leitura na vida e profissão desses professores e quais as implicações na atividade docente no Ensino Médio para a formação do leitor. A pesquisa fundamenta-se na ideia de que a formação leitora do professor contribui para fazer deste um mediador de leitura que estimula nos alunos o gosto pela leitura literária. De natureza qualitativa, o trabalho utiliza-se da abordagem autobiográfica na perspectiva de Ferraroti (2010) e Souza (2006, 2008), dentre outros, como método de investigação e para isto faz uso da entrevista narrativa para a coleta dos achados da pesquisa. A base teórica desse trabalho fundamenta-se também em autores que abordam a Sociologia da Leitura e as suas práticas culturais em diferentes espaços sociais, tais como Chartier (2011), Lafarge e Sagré, (2010) e Abreu (2006). Para a concepção de literatura e do ensino da Literatura, ancora-se Cândido em (1995), Todorov (2010) Paulino (2008,2004), Cosson (2014), Lajolo (2001) e Cordeiro (2006, 2015). E a discussão sobre a formação docente ampara-se em Nóvoa (1989), Tardif (2012,2014) e Antunes (2011). A análise dos dados colhidos aponta uma forte tendência dos docentes às práticas tradicionais do ensino de literatura em que o foco é na leitura obrigatória do texto/obra para fins avaliativos. Os resultados também assinalam um descompasso entre os estudos oferecidos na universidade e o que os professores na escola podem articular entre a teoria e a prática no ensino médio. Evidencia-se ainda a necessidade de ampliação da discussão sobre a formação dos docentes, a leitura como prática cultural e o fortalecimento da pesquisa nos cursos de graduação voltada ao ensino de literatura e à formação do leitor.
- ItemContos de fadas proscritos: dialogando com o silêncio(2019-03-28) Araújo, Michelle Cristine Garrido de; Moreno, Luciana Sacramento; Santos, Luciene Souza; Amaral,SayonaraEste trabalho, Contos Proscritos: Dialogando com o silêncio, resulta dabuscapelacompreensão à ausência/esquecimento de contos, em contraste comaabundânciade versões e atualizações de outros, a partir da leitura da compilaçãodosirmãosGrimm, da editora Cosac Naify do ano de 2012. A fim de compreender asrazõesdas proscrições de tantos contos, iniciou-se uma busca através dos contosdosirmãos Grimm, com respaldo teórico para elucidá-las. Chamou-sedecontosproscritos e foram escolhidos para o trabalho aqueles que não ganharamnovasroupagens e/ou não se fizeram conhecidos ao passar dos séculos, sendo, portanto,recolhidos e esquecidos. O objetivo deste trabalho foi compreender os motivospelosquais estes contos não foram adaptados. O percurso metodológico emqueessapesquisa foi pautada é de natureza qualitativa e descritiva, baseada empesquisabibliográfica e análise dos textos literários, especialmente dos contos proscritosdacompilação dos Irmãos Grimm. Para compor a fundamentação teórica desteestudo,foram pesquisados e analisados elementos das suas histórias paraquefossepossível seguir a trilha dos caminhos desses contos. Para compreender ohumanoatravés destes, foram estudados: Coelho (2003), na morfologia dos contos, queutiliza-se da sua função uniforme como modo para encontrar umaexplicaçãohistórica para a sua razão e similitude com Vladmir Propp (2010); oestudodahistória pelo viés do não escrito, do não óbvio, do opaco e estranho, examinandoassurpresas dos textos com Robert Darnton (2011); o caminho da literaturainfantil noBrasil e as mudanças na concepção de infância nas obras de Zilberman(2003); acompreensão sobre os clássicos por Calvino (1993); contribuições daPsicanálisenas leituras dos contos de fadas com Bruno Bettelheim (2016); por fim, estudossobre o tabu e as proibições sociais em Freud (1996) e O mal-estar nacivilização,também em Freud (1996). Foi observado que, dentre os cento e cinquenta e seis contos da compilação, apenas doze tornaram-se clássicos. Paraanalisarecompreender essa proscrição, foi criada uma categoria para os contos que foi chamada de “contos proscritos: perigos sociais”. Apesar de compreender que existem outros possíveis motivos para as proscrições, esse trazreflexõespertinentes a esse trabalho.
- ItemDo barro as águas interseccionais de Ponciá Vicêncio(Universidade do Estado da Bahia, 2023-03-25) Cerqueira, Vanessa Santos; Souza, Marcos Aurélio dos Santos; Moreno, Luciana Sacramento; Moreira, Nubia ReginaO presente trabalho reflete por meio da obra Ponciá Vicêncio (2003) da autora Conceição Evaristo, de que forma o processo de construção de identidades na diáspora brasileira, à luz do viés interseccional, atravessa a referida obra e tece a estética que essa produção literária produz. Analisou-se o processo de construção identitária da personagem principal, as violências de gênero e raça que acometem a protagonista, bem como as singularidades literárias da obra a exemplo do mito do angorô, o trabalho artístico da personagem com o barro e sua relação com as águas do rio. O trabalho evidencia as experiências adquiridas pela protagonista, que são narradas desde sua infância até sua vida adulta. Trata ainda das diversas perdas que a protagonista sofre ao longo de sua trajetória, do desamor, do banzo e da subjetividade das personagens. Essas discussões se baseiam nas considerações de Hall (2003), a respeito da diáspora e identidade; Crenshaw (2002), a respeito do conceito de interseccionalidade; Akotirene (2018) e Gonzales (1984), para fundamentar os debates acerca do feminismo negro no Brasil e a interseccionalidade; hooks (2010), sobre o amor e suas implicações na comunidade negra; Cuti (2010) e Souza (2017), para alicerçar o debate sobre a Literatura Negro-Brasileira e Dalcastagné (2012), para fundamentar a discussão acerca da literatura contemporânea. Isto posto, reitero que as perspectivas de amor e desamor presentes na obra, bem como a maneira que as personagens são atingidas pela estrutura hegemônica que marginaliza os nossos afetos são analisadas no decorrer das seções. Além disso, teci considerações sobre ascensão social do negro e como isso está presente na obra por meio das personagens Luandi e Ponciá Vicêncio, pautando o teor interseccional da obra e o percurso histórico da interseccionalidade. Outrossim, disserto a respeito da escrevivência e como o termo vem sendo difundido, passando a se tornar um conceito em construção. Além do que, reflito sobre a importância do barro e das águas na narrativa, abordo a questão da subjetividade e o processo de construção identitária enfrentado pela personagem.
- ItemLiteraturas de autoria indígena: metade cara, metade máscara(2017-03-27) Pinto, Milena Costa; Lima, Elizabeth Gonzaga de; Moreno, Luciana Sacramento; Costa, Suzane LimaNesta dissertação, investigam-se literaturas escritas de autoria indígena no intuito de identificar aspectos referenciais, como emergência, dimensões, perspectivas, circulação e constituição textual, situando-se o status dessas literaturas em relação a um sistema próprio e ao sistema canônico da literatura brasileira. O estudo busca compreender a relação entre Eliane Potiguara, autora de Metade cara, metade máscara (2004), corpus deste estudo, o contexto urbano-fronteiriço e a identidade indígena, destacando suas percepções acerca de questões de gênero alusivas à mulher indígena. Sob o título “Literaturas de autoria indígena: Metade cara, metade máscara”, o trabalho teve como percurso metodológico a pesquisa exploratória com investigação em campo teórico. Configurada como bibliográfica, a pesquisa foi contemplada pela fundamentação teórica de: Daniel Munduruku (2013; [2016]; 2008), com a questão do essencialismo identitário e da literatura, e os elos entre escrita e oralidade; Lynn Mario Souza (2006), com o status da literatura indígena enquanto canônica e marginal, nacional e local, e tendo a performatividade como marca da oralidade; Oscar Sáez (2006), com as figurações autobiográficas e coletivas aplicadas à análise do corpus; José Maurício Arruti (2006), com o conceito de etnogênese; Gersen Baniwa (2006), que mediou a discussão sobre a retomada étnica, com os conceitos de autonomia e autodeterminação; Gayatri Spivak (2010), com o conceito de essencialismo estratégico; Walter Mignolo (2003), com o conceito de colonialidade do poder; Stuart Hall (2013; 2014) com a reflexão sobre identidade e diáspora; Antonio Cornejo-Polar (2000), na compreensão da heterogeneidade das literaturas de autoria indígenas; Boaventura de Sousa Santos (2004), com a questão da racionalidade do Ocidente; Michel Foucault (2015), com a subversão do poder dominante; Anibal Quijano (2005), com o conceito de estereótipo. A abordagem sobre os aspectos fronteiriços está amparada na teoria de Gloria Anzaldúa (1987; 2012), que, assim como Judith Butler (2003), atribuiu aporte às questões de gênero. Constatou-se, ao longo da investigação, que uma atuação por políticas de identidade no âmbito do Movimento Indígena interferiu na emergência e extensão das literaturas de autoria indígena. Confirmou-se também a existência do selo do Estado brasileiro, na forma de legislações, na emergência e circulação dessas literaturas