Navegando por Autor "Miranda, Jorge Hilton de Assis"
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- ItemHip-hop no Recôncavo da Bahia: contribuições para uma educação decolonial(Universidade do Estado da Bahia, 2024-10-30) Araujo Neto, Manoel Alves de; Santos, Luciano Costa; Santos, José Eduardo Ferreira; Miranda, Jorge Hilton de Assis; Soares, Emanoel Luis Roque Soares; Vieira Filho, Raphael RodriguesA presente pesquisa visa compreender o Hip-Hop em face de suas contribuições formativas e pedagógicas. Este estudo se fundamenta em torno da práxis e das experiências nos entrelaces da diversidade social e racial, que circunda a ontologia das pessoas negras. O objetivo do estudo é compreender como se dá as contribuições do Hip-Hop para práxis educativa-decolonial. Esta pesquisa de doutorado dá continuidade aos estudos iniciados no mestrado (2019) do Programa de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade (PPGEduC), da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Nessa atual oportunidade, a delimitação se constitui a partir da cultura Hip-Hop. O Hip-Hop é um movimento sociocultural (Miranda, 2014), e tem a juventude negra como público principal e organizador de suas atividades (Souza, 2011); (Hill, 2014). Por essa perspectiva, é percebido aqui como um instrumento educacional, identitário, decolonizador e de sociabilidade. A partir disso, tem-se observado, enquanto elemento de análise-didática, que a experiência da pessoa negra se entrelaça ao cotidiano e as práticas do Hip-Hop como um gerador de mobilizações de biografias, insurgentes e criações de outras narrativas, podendo ser um fio condutor para quebrar paradigmas, enfrentar o racismo (Kilomba, 2019) e propor ações educativas (Gomes, 2001; Walsh, 2013). A cidade de Cachoeira foi o lócus do estudo. Esta cidade está situada no Recôncavo da Bahia. Foram observadas e analisadas as atividades socioeducativas da Association of B-Boys and B-Girls to the World (ABW). Por essas delimitações, as análises convergiram para o estudo fenomenológico (Husserl, 2006), como meio de compreender e descrever o Hip-Hop fenômeno da pesquisa. A metodologia proposta é ordem qualitativa (Bauer; Gaskell, 2002), e conforme percepção do contexto empírico, se foi criando estratégias de interação com os sujeitos da pesquisa, bem como, o entendimento de como o fenômeno se apresenta. Enquanto recurso didático para descrição do fenômeno, foram realizadas entrevistadas de forma presencial. Elas foram feitas individualmente com duas pessoas, de ambos os gêneros, que fazem parte da ABW. Os instrumentos de coleta de dados foram: questionários semiestruturados, gravador e bloco de anotação. Como recurso de análise, buscou-se observar o conteúdo do discurso como forma de apreensão do conhecimento e elaboração dos dados. Compreendeu-se que os discursos e as práticas são habilitados por um conjunto de fatores sociais, históricos e ideológicos que passam a fornecer sentido ao âmbito individual e coletivo quando entrelaçado o Hip-Hop ao contexto da vida cotidiana. Ocupando esse lugar, constatou-se que o Hip-Hop tem sido uma forma de aglutinar saberes, aprimorar os laços comunitários e possibilitar a continuidade do enfretamento para minimizar os impactos da realidade desigual. Foi identificado que as formações socioeducativas possuem referenciais calcados por questões identitárias, as quais são reproduzidas ao longo tempo por diversas gerações como vínculo comunitário para manter pedagogicamente vivo os princípios ancestrais. Assim, diante do legado de formação e ocupação sociocultural pela ABW, se percebe que iniciativas de ação popular podem auxiliar no desenvolvimento da organização coletiva, cognitivo, epistêmico e de experiências positivas, e ao mesmo tempo, promover no âmbito de pesquisas acadêmicas outros caminhos para se pensar a educação decolonial.
- ItemPerspectivas de Rappers Brancos/as Brasileiros/as Sobre as Relações Raciais um Olhar Sobre a Branquitude(2015-11-04) Miranda, Jorge Hilton de Assis; Messeder, Marcos Luciano Lopes; Cardoso, Lourenço da Conceição; Mattos, Wilson Roberto deEsta dissertação busca compreender a visão de rappers brancos/as brasileiros/as sobre as relações raciais e, em específico, sobre a branquitude. Em que medida os temas relacionados ao racismo têm feito parte do olhar crítico dos/as mesmos/as? Veremos que o modo como se definem racialmente não impede que a maioria reconheça a existência de privilégios por conta do fenótipo branco. A análise de discurso e de conteúdo é feita com base em composições e participação direta de 17 (dezessete) artistas que responderam a um questionário e, indiretamente, através de entrevistas disponibilizadas em diferentes fontes documentais e obras de outros 8 (oito) nomes, de carreira individual ou em grupo. Discuto como as categorias de classe, gênero, estética e religião se imbricam na identidade artística e racial e de que maneira a interseccionalidade opera. Apresento uma abordagem conceitual contemporânea, relacionada aos estudos sobre raça-etnia. E para se entender tais marcadores no contexto das relações que envolvem os/as rappers, construo novos conceitos, como o de "padrão Racionais", "empatia abnegada", "branco denegrido". Outros são desdobrados buscando caracterizar e referendar as posturas dos/as artistas numa perspectiva autocrítica e educativa