Navegando por Autor "Menezes, Eliana de Jesus"
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- ItemEstilo: capulho de algodão no colo do sujeito-bebê em impasse constitutivo(2020-05-04) Menezes, Eliana de Jesus; Farias, Maria de Lourdes Soares Ornellas; Kupfer, Maria Cristina Machado; Fernandes, Andrea Hortelio; Hetkowski, Tânia Maria; Farias, Larissa Soares OrnellasA presente pesquisa nomeada: Estilo: capulho de algodão no colo do sujeito-bebê em impasse constitutivo tem como objeto de estudo o estilo de professor frente ao sujeito-bebê em impasse constitutivo. Apresenta como objetivo geral investigar de que maneira o professor, com seu estilo, ocupa uma posição de agente primordial para o bebê em impasse constitutivo, com vistas ao advir do sujeito na ambiência da creche. Torna-se recorrente o número cada vez maior da entrada de bebês no universo da creche nos últimos anos. Com isso, ocorre uma travessia precoce do espaço privado da família para o público, o que pode deixar marcas de rompimento do laço familiar no cuidar e educar do bebê. Portanto, nesse contexto de passagem se demarca a presença de bebês com dificuldades no seu encontro com o professor em uma via de sofrimento psíquico. No entanto, o professor com seu estilo e em sua práxis, na ambiência da creche, pode permitir uma continuidade do laço, exercendo a função de agente primordial nessa passagem, de modo que o bebê possa advir como sujeito em constituição. Diante de tal assertiva, ousamos inscrever que a referida tese está assentada na base teórica da Psicanálise e Educação e levantar algumas questões que nortearão a presente pesquisa: De que maneira o professor, com seu estilo, ocupa uma posição de agente primordial para o bebê em impasse constitutivo? O que pode fazer um professor para contribuir com o advir do sujeito na ambiência da creche? Nesta investigação, a abordagem foi qualitativa, com viés de Estudo de Caso, inspirada nos eixos teóricos da metodologia IRDI. O lócus foi em uma Unidade de Educação Infantil de 0 a 3 anos (creche), na cidade de Mossoró, no Estado do Rio Grande do Norte. Os sujeitos foram 02 (duas) professoras entre 5 a 15 anos em exercício docente em creches e 04 (quatro) bebês de 1(um) a 2 (dois) anos de idade em impasse constitutivo no berçário. Os dispositivos de coleta de dados foram: observação, entrevista em profundidade e a roda flutuante. A análise dos dados obtidos foi inspirada na Análise de Discurso de vertente francesa. A pesquisa apontou que o estilo está presente no educar, brincar e olhar das professoras, podendo ser nomeado como brincante, escópico, maternante e regido pelos eixos constitutivos do sujeito, pela via da ambivalência, traduzida na função maternante, no laço transferencial entre a professora e o bebê, na transmissão da lei paterna, demarcando que ao assumir uma posição ambivalente e de falta, a professora, agente primordial, com seu estilo, sua marca pode permitir ao sujeito-bebê, em impasse constitutivo, enredar-se nas tramas do desejo na ambiência da creche.
- ItemO saber e a criança-sujeito em anéis e letras borromeicas(2014) Menezes, Eliana de Jesus; Ornellas, Maria de Lourdes Soares; Alves, Lynn; Ornellas, Larissa; Voltolini, RinaldoA presente pesquisa nomeada: “O saber e a criança-sujeito em anéis e letras borromeicas” tem como objetivo analisar o (des)investimento da criança-sujeito estruturada na amarração dos anéis do Real, do Simbólico e do Imaginário no conhecimento escolar. Este estudo parte da escuta de um dos dilemas da escola: o não investimento da criança-sujeito no tocante ao conhecimento que ela transmite na contemporaneidade. Ao fazer essa escuta, algumas questões emergem neste estudo: Que lugar o conhecimento ocupa frente ao (des)investimento da criança-sujeito? Como a criança-sujeito nomeia o saber? Vale pontuar que os objetivos foram, em grande parte, alcançados, a partir dos aportes teóricos que sustentaram essa pesquisa, a saber: Ariés(1981), Cambi (1999), Duffor (2005), Freud (1905, 1908, 1910, 1911, 1914, 1915, 1920), Kupfer (2001,2007), Lacan (1932, 1949, 1953,1955, 1964, 1972, 1974), Ornellas (2007, 2008, 2010), Paín ( 1996,1999), Voltolini (2011,2012) e outros. A rota metodológica foi de cunho qualitativo com viés de estudo de caso por se tratar de uma pesquisa que abarca a dimensão subjetiva do sujeito. Os procedimentos de coleta de dados utilizados foram: observação direta, entrevista em profundidade e leitura de imagens. Os sujeitos foram duas crianças do 5º ano do ensino fundamental I e seus responsáveis assinaram o Termo de Consentimento Livre. O lócus da pesquisa foi uma escola da rede estadual de ensino no Estado de Sergipe. Para analisar e interpretar os dados, foram construídas categorias analíticas dos referidos instrumentos. A análise dos dados se deu a partir da Análise do Discurso de vertente francesa, por possibilitar a escuta dos ditos, não-ditos, silêncios e pausas dos sujeitos na pesquisa. (In)conclui-se que o desinvestimento da criançasujeito no conhecimento na sala de aula é presentificado, pois este na contemporaneidade ocupa um lugar esvaziado por possuir um valor instrumental, de troca e a escola, por sua vez, ao privilegiá-lo contribui, em certa medida, para esse desinvestimento e um possível apagamento da criança-sujeito tomada como objeto para atender as demandas do sistema capitalista que busca evanescer o sujeito na cena contemporânea. Com isso, a questão do (des)investimento no conhecimento que a escola transmite não é somente pedagógica, pois a criança-sujeito não deixa de ser inscrita com a marca do desejo, uma vez que, o conhecimento também faz uma travessia pelo saber inconsciente. Assim, as categorias que desvelaram o (des)investimento da criança-sujeito no conhecimento foram: Fort-da, Ambivalência e o Brincar, significantes que traduzem a criança-sujeito investida e/ou desinvestida no conhecimento por ser desejante, ou seja, marcada por uma falta que constitui o sujeito.