Navegando por Autor "Meireles, Maximiano Martins de"
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- ItemO ser-tão sensível: experiência literária e sensibilidade na reinvenção do leitor-professor(2019-05-06) Meireles, Maximiano Martins de; Cordeiro, Verbena Maria Rocha; Santos, Nádia Maria Weber; Besnosik, Maria Helena da Rocha; Souza, Elizeu Clementino de; Farias, Maria de Lourdes OrnellasEsta tese investiga o potencial da experiência literária enquanto catalisadora de sensibilidade e reinvenção do leitor-professor. Recorre aos conceitos de punctum e sensibilidades, respectivamente de Roland Barthes e da historiadora Sandra Pesavento, como eixo de sustentação teórica e metodológica. Questiona a excessiva busca pela interpretação do texto, cuja prática reduz o potencial da experiência literária ao rumar para o sentido, prática que deixa de lado a emoção e a experiência sensorial. A pergunta que move esta tese emana desse contexto e assim se inscreve: Qual o potencial da experiência literária como catalisadora de sensibilidade e reinvenção do leitor-professor? Para tanto, empreendi uma travessia rumo ao sertão de Tucano, através da realização de duas etapas de pesquisa empírica, assim nomeadas: Partilhas de si e Partilhas literárias, contando com a participação de oito colaboradores/as. A análise e a interpretação dos dados aqui produzidos foram inspiradas no Campo das Sensibilidades, partindo dos seguintes núcleos de análise: o sujeito, o contexto e a experiência, assumindo sempre uma perspectiva dialógica. Nesta tese, três argumentos comparecem com mais vigor: a experiência literária se realiza na sensível e nele incide; a experiência literária convoca a dimensão subjetiva e compõe uma estética da existência; a experiência literária provoca a conversão do olhar e o alargamento do sentir/pensar. Como resultados desta pesquisa, a tese faz algumas apostas: a) concebe a experiência literária em um motivação subjetiva e existencial, abrindo espaço para as vicissitudes da vida e dos sujeitos; b) pensa a formação do leitor-professor como um gesto de compartilhamento de experiências não apenas circunscritas à “experiência passada e pensada”, mas também investindo no potencial da “experiência viva” enquanto catalisadora de sensibilidades; c) aponta a reinvenção do leitor-professor como um processo que acontece no espaço da linguagem, a partir das nuances da sensibilidade e construída como uma experiência estética, neste caso, a experiência literária. Nestas veredas, o ser-tão sensível se forma e se transforma.