Navegando por Autor "Marques, Maria Ornélia"
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- ItemO conhecimento de si: narrativas do itinerário escolar e formação de professores(2004-09-17) Souza, Elizeu Clementino de; Marques, Maria Ornélia; Nóvoa, António; Catani, Denice Bárbara; Macedo, Roberto Sidnei; Santos, Stella Rodrigues dos; Ataíde, Yara Dulce Bandeira deA tese analisa as implicações e a fertilidade das narrativas de formação e suas relações com o estágio supervisionado, tomando como base experiências desenvolvidas num projeto de formação inicial de professores, no espaço do Departamento de Educação - Campus I - da Universidade do Estado da Bahia, no período de março de 2001 a março de 2002. Constituem-se atrizes da pesquisa dez alunas do Curso de Pedagogia, da Habilitação em Séries Iniciais do Ensino Fundamental, a partir da escrita de si revelada nas narrativas da trajetória de escolarização, no sentido de apreender o conhecimento de si, no que se refere à aprendizagem da docência. A pertinência desta pesquisa inscreve-se num amplo movimento de investigação-formação, o qual tem adotado a abordagem biográfica como perspectiva epistemológica sobre a aprendizagem dos sujeitos a partir de suas próprias experiências, entendida no contexto desta pesquisa como narrativa autobiográfica do itinerário escolar, no campo de um projeto experiencial de investigação-formação. A intenção primeira deste trabalho consiste em analisar e compreender as implicações das narrativas no processo de formação e autoformação. Tenciono sistematizar os percursos da construção do trabalho no contexto do estágio supervisionado e os procedimentos utilizados para análise do corpus - narrativas - no contexto do projeto de investigação-formação. Para a análise interpretativa das fontes utilizei a idéia metafórica de uma leitura em três tempos - leitura cruzada, leitura temática e leitura interpretativa-compreensiva do corpus -, por considerar o tempo de lembrar, narrar e refletir sobre o vivido, mantendo entre si uma relação de reciprocidade e dialogicidade constante. A tese conclui que a fecundidade da epistemologia da formação e do estágio como iniciação revela, a partir da abordagem experiencial, dispositivos e rituais pedagógicos engendrados nas identidades e subjetividades das histórias de vida no processo de formação inicial, ao permitir às professoras em formação, através de suas experiências formadoras e recordações-referências da trajetória de escolarização, estabelecer outros sentidos ao trabalho escolar e construir potencializações sobre a sua própria prática.
- ItemOs Educadores e suas representações sociais da base epistemológica da pedagogia social do projeto axé(2009-12-16) Pereira, Antonio; Marques, Maria Ornélia; Soares, Sandra Regina; Graciani, Maria Stela; Almeida, Fernanda Gonçalves; Gomes, Celma BorgesEssa tese é um estudo sobre as representações sociais de educadores do Projeto Axé sobre a base epistemológica da educação social dessa Instituição. O objetivo foi conhecer as representações sociais desses educadores a partir da identificação do núcleo central e sistema periférico e da estruturação dos discursos através da entrevista e análise de conteúdo das matérias de jornais de circulação estadual e regional. E de posse dessas análises inferenciar sobre o processo de objetivação e ancoragem que são os elementos que permitem conhecer as representações construídas pelos sujeitos. As teorias de sustentação dessa pesquisa foram aquelas que compõem a base epistemológica da pedagogia social do Projeto Axé, quais sejam, freireana, lacaniana, vygotskyniana, piagetiana, walloniana, além dessas utilizamos a Teoria das Representações Sociais para compreender o pensamento social dos educadores. A pesquisa foi na concepção da qualitativa em que adotamos como procedimentos metodológicos a Associação Livre de Palavras (ALP), análise de matérias de jornal e a entrevista semi-estruturada; respectivamente, analisadas pelo EVOC 2000, um software construído por Vérges com o objetivo de fazer analise quantitativa de maneira a indicar o núcleo central e sistema periférico de uma representação social, e pela Análise de Conteúdo a partir de Bardin. Na primeira fase deste estudo participaram 30 educadores que fizeram a ALP a partir do termo evocado referencial teórico da educação social do Projeto Axé e na segunda etapa as entrevista foram com 2 assessores pedagógicos e 13 educadores. Em ambas as etapas foram definidas as categorias, sendo que existiam aquelas a priore devido à natureza dessa pesquisa. Os resultados da análise de conteúdo das matérias jornalísticas demonstraram que o discurso presente é do referencial de Freire, Lacan e Piaget, ausente, portanto os referenciais de Vygotsky e Wallon. A ALP/EVOC mostrou que a base epistemológica é representada pelo referencial de Paulo Freire, pois são as categorias dessa teoria que se configuraram como núcleo central, sendo que a do referencial de Lacan e Piaget se encontram como sistema periférico, portanto o que é representado é um referencial, o de Freire. As entrevistas mostraram que existe um discurso razoavelmente estruturado em torno do referencial de Freire, porém a experiência dos educadores em relação ao diálogo pedagógico indica dicotomia entre o discurso e a prática. A objetivação e ancoragem dessas representações indicaram que o referencial de Freire torna familiar os outros referenciais: os de Lacan, Piaget, Vygotsky, Wallon; e que a ancoragem desse referencial esta no diálogo como conversação e como discurso.
- ItemEscola para o trabalho, escola para a vida: o caso da escola família agrícola de Angical – Bahia(2005-12) Araujo, Sandra Regina Magalhães de; Sodré, Liana Gonçalves Pontes; Nascimento, Antônio Dias; Marques, Maria Ornélia; D’ávila, CristinaEste estudo tem o propósito de descrever e compreender uma experiência alternativa inovadora de educação do e no campo, através de uma instituição da rede de Escolas Famílias Agrícolas (EFA) — a Escola Família Agrícola José Nunes da Matta, mais conhecida como Escola Família Agrícola de Angical (EFAA), município localizado no extremo oeste do Estado da Bahia. Tem como objetivo compreender em que medida essa Escola, orientada pelos princípios metodológicos da Pedagogia da Alternância, constitui uma escola viável para fortalecer a agricultura familiar. Para apreender melhor a Escola Família Agrícola de Angical e sua política de educação sob a perspectiva do desenvolvimento e do fortalecimento da agricultura familiar e o que a diferencia enquanto uma política de educação do e no campo, definiu-se pelo Estudo de Caso e pela Observação Participante já que a abordagem qualitativa permite combinar diferentes métodos e técnicas de coleta de dados. Como instrumentos de pesquisa, lançou-se mão de técnicas de entrevista semi-estruturada individual e coletiva, conversas informais, observação direta com registro em caderno de campo. Ao se buscar compreender esta experiência alternativa de educação do e no campo, de origem francesa, e seu processo de implantação em território brasileiro, voltada para os filhos e filhas de pequenos produtores familiares rurais, a quem foi negado o direito a uma educação escolar integrada à concepção de desenvolvimento local e fortalecimento da agricultura familiar, foi necessário compreender também a luta histórica pelo acesso à terra e a permanência nesta pelos pequenos produtores familiares rurais em suas diferentes categorias, tanto em nível nacional como no município de Angical, campo empírico deste estudo. Para isso, autores como Graziano da Silva, Moisés Vinhas e José de Souza Martins, além de autores que escreveram e pesquisaram sobre a região sanfranciscana e o extremo oeste baiano, foram fundamentais para entender as razões que levaram a pequena produção rural ao processo de marginalização e exclusão das políticas agrárias públicas do desenvolvimento capitalista e o seu processo de resistência. Para entender essa experiência alternativa de educação, recorreu-se aos fundamentos teórico-metodológicos de autores franceses e do grande educador brasileiro Paulo Freire. O estudo sobre a EFA de Angical revelou que esta escola é de fato uma alternativa de educação escolar viável para o fortalecimento da agricultura familiar e, como tal, apresenta um diferencial para a política de educação do campo, revelada pelos achados da pesquisa. Contudo, alguns desafios precisam ser enfrentados pela EFAA para que esta escola se mantenha viva por muitos e muitos anos, levando esperança aos filhos e filhas dos pequenos produtores familiares rurais sob a perspectiva do desenvolvimento e do fortalecimento da agricultura familiar em seu meio histórico, social e cultural.