Navegando por Autor "Magalhães, Hemerson Iury Ferreira"
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- ItemAnálise da composição multielementar de sombras para olhos, expostas ao consumo em Salvador Bahia-Brasil, empregando espectrometria de emissão atômica(Universidade do Estado da Bahia, 2022-02-21) Santana, Cinira Mello; Santos Júnior, Aníbal de Freitas; Silva, Mariangela Vieira Lopes; Magalhães, Hemerson Iury FerreiraA utilização de cosméticos, especialmente sombra para olhos, remonta milênios, sendo descrito desde o antigo Egito e sua comercialização atualmente possui grande impacto na economia brasileira. A presença de elementos potencialmente tóxicos em cosméticos, para uso nos olhos ou em regiões próximas a estes, se torna um problema de Saúde Pública, devido à potencial absorção destes xenobióticos por via ocular, nasolacrimal e sistêmica. Este estudo teve como objetivo investigar a composição multielementar, com foco nos elementos essenciais e/ou potencialmente tóxicos, em cosméticos (sombra para olhos), expostos ao consumo na cidade de Salvador-Bahia-Brasil, através da técnica espectroanalítica de Espectrometria de emissão óptica com plasma indutivamente acoplado (ICP OES). Foram adquiridas seis unidades de sombras para olhos em lojas de bairros populares da cidade, sendo três de origem brasileira e três de origem chinesa. As amostram digeridas por digestão ácida, em bloco digestor fechado, com 6 mL de HNO3 + 2 mL de H2O2 + 1 mL de Triton X-100 (25%, v v-1) + 1mL de água ultrapura. O método foi validado, através da análise da linearidade, precisão, exatidão, limites de detecção (LOD) e quantificação (LOQ). O método proposto para pré-tratamento de amostras de sombras para olhos mostrou-se eficiente e a técnica analítica por ICP OES apresentou-se sensível, robusta e com capacidade para quantificação multielementar. A precisão foi avaliada pelo desvio padrão relativo (DPR, < 15%) e a linearidade pelos coeficientes de determinação (R2) de 0,9989-0,9998. As concentrações, em µg g-1, obtidas para os elementos foram: Al (852 – 21.867), Ba (3,47 – 104), Cd (1,69 – 6,93), Cr (2,41 – 66,59), Cu (8,72 – 14,50), Mn (92,21 – 1.189), Ni (3,12 – 40,66), Pb (<0,65 – 5,06), Sb (1,10 – 10,45), Sr (0,76 – 46,01), Ti (31,75 – 441), V (1,09 – 1,72) e Zn (24,91 – 2.600). Os elementos As, Co, Mo e Se mostraram-se abaixo do LOD. Neste estudo, independente das composições e origens das amostras (brasileira ou chinesa), elevados teores de Al, Cd, Cr, Cu, Mn, Ni, Pb, Sb, Ti, V e Zn foram observados, ultrapassando a Ingestão Diária Recomendada (IDR), a Ingestão Semanal Tolerável Provisória (ISTP) e os limites máximos toleráveis, conforme legislações sanitárias brasileiras, podendo apresentar riscos potenciais à saúde humana. Este trabalho se propôs a contribuir para o controle de qualidade de produtos cosméticos, como também, com as condutas regulamentadoras que limitam os riscos de exposição a elementos químicos à saúde humana, no Brasil.
- ItemEstudos sobre o uso de agrotóxicos no município de Crisópolis – Bahia: utilização, comercialização e possíveis impactos em biomarcadores(2022-02-08) Souza, Jaciara Pinheiro de; Teles, André Lacerda Braga; Magalhães, Hemerson Iury Ferreira; Santos, Liz Oliveira dos; Souza, Jaciara Pinheiro deIntrodução: A ampla utilização de agrotóxicos no Brasil acende o alerta acerca da exposição ocupacional a esses produtos por trabalhadores rurais. Um cenário preocupante de utilização desses produtos de forma inadequada é retratado em estudos anteriores no município de Crisópolis-BA, evidenciando a necessidade de investigar o impacto dessa situação na saúde dessa população. Objetivos: caracterizar a exposição a agrotóxicos por trabalhadores rurais do município de Crisópolis-BA, suas possíveis implicações na saúde dessa população e os possíveis fatores determinantes para tal. Metodologia: três estudos transversais foram conduzidos. No primeiro estudo, um questionário semiestruturado foi aplicado a indivíduos residentes no município, sendo 70 trabalhadores rurais em contato com agrotóxicos (grupo exposto) e 70 trabalhadores da zona urbana sem contato laboral com essas substâncias (controle). No segundo estudo, partiu-se para o doseamento de hormônios sexuais (testosterona total: LH e FSH) e atividade da acetilcolinesterase em 60 sujeitos do primeiro estudo (30 expostos / 30 controle). Estudo três: aplicação de questionário às empresas de comercialização de produtos agrotóxicos do município. Resultados: No primeiro estudo, o grupo exposto apresentou nível de escolaridade predominante no ensino fundamental incompleto (37,1% dos participantes), enquanto o grupo controle em nível superior completo (55,7%). Os agrotóxicos mais utilizados foram as iscas formicidas granuladas (83%), seguido da associação de 2,4-D e picloram (78,5%), produto classe tóxica I (extremamente tóxico). Quanto a fatores de segurança, 76% dos entrevistados não recebiam orientações no momento da aquisição de agrotóxicos, 77% não leem a bula dos produtos e 74% armazenam esses produtos em locais inapropriados. Nenhum dos participantes utiliza o receituário agrônomo como parâmetro de dosagem para aplicação, tampouco utiliza EPIs de forma adequada e apenas 16% descartavam da maneira correta as embalagens dos produtos. No segundo estudo, observou-se diferença estatística entre os valores encontrados nos grupos exposto e controle para a AChE (p <0.01), LH (p 0.03) e testosterona (p 0.01), os dois últimos dados sugerem que tais alterações pode vir a afetar a saúde reprodutiva dessa população no futuro se nada for feito. Além disso, a redução da atividade da enzima acetilcolinesterase eritrocitária desses indivíduos, corroborando vários sinais e sintomas autorreferidos por esses trabalhadores rurais, dá fortes indícios de intoxicação por exposição laboral a agrotóxicos. O terceiro estudo desmostra tendência de vendas da associação dos ativos 2,4-D e picloram, extremamente tóxica, sendo motivo de preocupação. Verificou-se ainda a falta de conhecimento dos vendedores acerca do uso seguro dos agrotóxicos, o que implica em maior risco de exposição do usuário e demais envolvidos. Considerações finais: Os dados demonstram uso inadequado de agrotóxicos e alterações nos níveis de hormônios de indivíduos como consequências da exposição inadequada a esses produtos. Faz-se necessária fiscalização e intervenção junto à comunidade e aos estabelecimentos comerciais para evitar exposição da população por esses produtos.
- ItemImpacto da exposição a agrotóxicos sobre níveis de hormônios da tireoide em trabalhadores rurais da região de Crisópolis-BA(Universidade do Estado da Bahia, 2023-11-23) Guerra, Maria de Fátima Santana de Souza; Teles, André Lacerda Braga; Bendicho , Maria Teresita; Magalhães, Hemerson Iury FerreiraIntrodução: O Brasil lidera o consumo defensores agrícolas na América Latina, o que acende uma alerta, no tocante a saúde pública, frente ao risco ocupacional em ao uso e exposição indevida a esses produtos, o que pode levar os indivíduos expostos a alterações como quebra da homeostase hormonal tireoidiana. Diversos trabalhos demonstram que esses produtos podem alterar os níveis de hormônios tireoidianos. Adicionalmente, estudos realizados no município de Crisópolis-BA demonstraram ampla utilização de forma inadequada desses produtos por agricultores familiares do município. Diante disso, a presente pesquisa tem por objetivo analisar os níveis dos marcadores tireoidianos em produtores agrícolas no município de Crisópolis-BA e os possíveis fatores determinantes para tal. Metodologia: É um estudo exploratório, analítico e transversal no período de agosto e setembro de 2022. A população da pesquisa é composta de 100 participantes, 50 com (grupo exposto) e 50 sem (grupo controle negativo) atividade laboral com exposição a agrotóxicos, respectivamente. A coleta inicial de dados foi realizada por aplicação de questionário semiestruturado. Na sequência, foi realizada a coleta de material biológico para análise dos hormônios T3 total e livre, T4 total e livre, TSH e acetilcolinesterase de todos os participantes do estudo. Resultados: Dos 100 voluntários da pesquisa, 45% estão na faixa etária entre 30 e 45 anos, seguidos de 31% dos indivíduos acima de 45 anos. Os agrotóxicos mais utilizados pelos produtores rurais foram as iscas formicidas granuladas (100% alegaram utilizar), deltametrina butox (99%), herbicida 2,4-d associado a picloram (88%). Cerca de 68% dos trabalhadores utilizam EPIs de forma inadequada. Verificou-se a presença de sinais e sintomas esperados para intoxicação por agrotóxicos de forma predominante no grupo exposto, sugerindo a existência de um padrão clássico de intoxicações por agrotóxicos nesses sujeitos. Esses dados reforçaram a necessidade de realização das análises dos hormônios tireoidianos e atividade de colinesterase junto aos agricultores, que por sua vez revelaram que os níveis de T3 total e colinesterase estão ambos significativamente menores em relação ao grupo exposto. Considerações finais: o uso inadequado de agrotóxicos identificado na região da pesquisa se relaciona a possíveis implicações à saúde dos agricultores, o que se demonstra pelos sintomas autorreferidos cefaleia, náuseas e alergias respiratórias significativamente maiores em relação ao grupo controle, bem como pelas diferenças significativas em marcadores biológicos.
- ItemImpactos do uso de citrato de cafeína na evolução ponderal de recém-nascidos prematuros em unidade de terapia intensiva neonatal de um hospital filantrópico, em Salvador- Bahia-Brasil(2021-12-22) Silva, Carina Pereira da; Magalhães, Hemerson Iury Ferreira; Santos Júnior, Aníbal de Freitas; Teles, André Lacerda Braga; Guerra, Felipe Queiroga SarmentoIntrodução: A cafeína tem sido comumente usada para prevenção e tratamento de sintomas relacionados à apneia em bebês prematuros. No entanto a exposição a cafeína pode influenciar no ganho de peso dessa população. Objetivos: Avaliar a evolução ponderal dos recém nascidos prematuros até 34 semanas em uso de citrato de cafeína em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) de um hospital filantrópico, em Salvador-Bahia-Brasil. Materiais e Métodos: Trata-se de uma pesquisa longitudinal prospectiva, de caráter descritivo e exploratório. O estudo avaliou a evolução ponderal dos prematuros até 34 semanas, expostos ao citrato de cafeína nas doses com intervalo de 5mg/Kg a 10mg/Kg. Foram excluídos da pesquisa, prematuros com sepse comprovada por hemocultura e prematuros com anomalias congênitas do trato gastrintestinal. Resultados Preliminares: os prematuros, que receberam uma dose de manutenção de caféina >5mg/Kg/dia, apresentaram uma discreta redução do ganho ponderal. O uso da cafeína associado a outros fatores, não repercutiu negativamente quanto ao ganho calórico. Os prematuros < 32 semanas em uso de cafeína necessitaram de uma ingesta maior de calorias. Considerações Finais: A cafeína contribui positivamente para o tratamento da apneia da prematuridade, porém seu efeito catabólico pode resultar em um menor ganho de peso dos prematuros, o que exige maior atenção ao aporte nutricional, pela equipe multiprofissional de saúde e familiares.
- ItemTriagem virtual para identificação de potenciais inibidores da enzima dihidrofolato redutase – timidilato sintase de Leishmania chagasi(2022-04-20) Macêdo, Luíza Matos de; Teles, André Lacerda Braga; RIibeiro, Erika Maria de Oliveira; Magalhães, Hemerson Iury Ferreira; Leite, Franco Henrique AndradeA Leishmaniose é uma doença causada por parasitos do gênero Leishmania e de alta incidência nas regiões da América Latina, África e Ásia. Dentre os tipos de leishmaniose, a visceral merece destaque por apresentar os maiores indicadores de letalidade no globo. Contudo, o arsenal terapêutico disponível para o tratamento destas afecções acarretam em severos efeitos tóxicos e de resistência dos parasitos, o que torna evidente a necessidade por novos fármacos antileishmania. Dessa forma, técnicas in sílico baseadas em ligantes ativos e no receptor podem ser empregadas na identificação de novos potenciais compostos bioativos. Objetivos: Identificar potenciais compostos seletivos frente à dihidrofolato redutase - timidilato sintase de Leishmania chagasi (LcDHFR-TS). Materiais e Métodos: O módulo GalahadTM do programa SYBYL®-X 2.0 foi utilizado para a geração das hipóteses farmacofóricas das DHFR de L. chagasi e H. sapiens. Foram selecionados os melhores modelos após análise dos valores de Energia, Pareto, curva ROC/AUC e taxa de enriquecimento. Além disso, o programa MODELLER 9.18 foi utilizado para construção de um modelo por homologia da enzima LcDHFR-TS. O programa GOLD 5.3 foi utilizado para o acoplamento molecular. Uma triagem virtual hierárquica foi então conduzida para identificação de potenciais inibidores da LcDHFR-TS utilizando as seguintes etapas de forma sequencial: modelos farmacofóricos, filtro toxicológico, filtro físico-químico, disponibilidade comercial e acoplamento molecular. A triagem ocorreu sobre os bancos de compostos da Sigma-Aldrich® e Medicines for Malaria Venture (MMV). O programa Gromacs foi utilizado para avaliar a estabilidade do complexo entre o melhor composto identificado na triagem e a LcDHFR-TS através de simulações de Dinâmica Molecular (DM). Resultados e Discussão: Os modelos farmacofóricos 3 e 10 de HsDHFR (Curva ROC/AUC = 0,76) e LcDHFR (Curva ROC/AUC = 0,90) demonstraram desempenho satisfatório na diferenciação de inibidores verdadeiros de falsos positivos. Após a triagem por modelos farmacofóricos, 254 compostos, com requisitos estéreo-eletrônicos somente frente à LcDHFR, foram submetidos aos filtros físico-químicos, toxicológicos e de disponibilidade comercial. Destes, 24 moléculas foram avaliadas quanto ao modo de ligação no sítio ativo da LcDHFR-TS. As duas melhores pontuadas no acoplamento molecular foram submetidas à DM de 110 ns, em que foi possível observar que as ambas realizam interações de hidrogênio durante períodos superiores à 50% da trajetória da simulação, interagindo com os resíduos LYS-82 e ASP-52, respectivamente. Conclusão: Os ligantes SUB10 e SUB22 possuem requisitos estéreo-eletrônicos para se ligar seletivamente à LcDHFR, possivelmente com reduzida toxicidade e biodisponibilidade por via oral. Estes compostos possuem disponibilidade comercial e, portanto, devem ser priorizados para etapas subsequentes do planejamento de novos candidatos a fármacos.