Navegando por Autor "Maciel, Roberto Rodrigues Bandeira Tosta"
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- ItemAnálise da qualidade de vida e dos distúrbios musculoesqueléticos em trabalhadores de uma universidade pública(2018-12-13) Santos, Renata de Souza; Maciel, Roberto Rodrigues Bandeira TostaOBJETIVO: Investigar a prevalência dos distúrbios musculoesqueléticos e a qualidade de vida (QV) em trabalhadores técnico-administrativos de uma universidade pública estadual. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo transversal realizado com trabalhadores técnico-administrativos da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), situada na cidade de Salvador, Bahia. Foram incluídos todos trabalhadores que exerciam atividade laboral com jornada de trabalho equivalente a 40 horas semanais, e foram excluídos os que não se encontravam exercendo as atividades profissionais regularmente. Dados primários foram coletados no local de trabalho no período de março de 2016 a setembro de 2017 por meio da aplicação do questionário World Health Organization Quality of Life (WHOQOL – bref) que avaliou a qualidade de vida e o diagrama de CORLETT que permitiu avaliar a presença de desconforto musculoesquelético. O programa SPSS (V.22.0) foi utilizado para a análise estatística. RESULTADOS: Foram analisados 112 trabalhadores predominantemente do sexo masculino (69,6%), com idade de 18 a 40 anos (64,3%). Os distúrbios musculoesqueléticos mais evidenciados foram a região de costa-inferior (36,6%) e região cervical (22,3%). Entre os domínios da QV, o meio ambiente apresentou a menor pontuação (54,9 pontos) e relações sociais a maior (70,4 pontos), o psicológico alcançou 61,3 pontos; o físico 56,0 pontos e qualidade de vida global atingiu 60,7 pontos. CONCLUSÕES: A prevalência de dor e/ou desconforto musculoesquelético em trabalhadores neste estudo é alta, o que pode comprometer as atividades funcionais de vida diária, impondo incapacidade e perda na qualidade de vida. Essas hipóteses deverão ser testadas posteriormente com estudos confirmatórios.
- ItemAvaliação do uso do plasma convalescente em pacientes graves diagnosticados com COVID-19: uma revisão sistemática com metanálise(2022-01-20) Rocha, Gabriel Couto; Maciel, Roberto Rodrigues Bandeira Tosta; Carneiro, Valdirene Leão; Comper, Maria Luiza CairesObjetivo: Avaliar a eficácia e segurança do uso do plasma convalescente, em pacientes internados diagnosticados com COVID-19 através da revisão de ensaios clínicos randomizados. Materiais e Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática e uma metanálise. Foram utilizadas as bases de dados EMBASE, MEDLINE, Cochrane Library e Science Direct, com as palavras-chave e sinônimos identificados nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), no Medical Subject Headings (MeSH) e Operadores Booleanos. As medidas de associação utilizadas foram Odds Ratio (ORs) ou Média e Desvio Padrão. A heterogeneidade estatística foi avaliada pelo Teste de Inconsistência I2 e a qualidade dos estudos por meio do Sistema GRADE (Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation). Resultados: A pesquisa resultou em 8.179 artigos, destes, apenas 4 foram incluídos na seleção final. Os estudos foram extraídos e organizados em uma tabela com informações como autor, ano e país; tipo de amostra, características; desfecho; resultados. O OR para mortalidade foi de 0,79 (IC 95%: 0,54 – 1,17; p-valor = 0.24), para diminuição dos sintomas clínicos ou melhora clínica foi de 1,55 (IC 95%: 0,43- 5,56; p-valor = 0,50) e para tempo de internação pós transfusão/dias de randomização (diferença entre médias= -0,69, IC 95%, -1,72 – 0,33; p = 0,19) não existindo diferença clinica significativa entre os grupos (placebo x randomizados). Não houve eventos adversos clínicos significativos com relação ao uso do plasma convalescente e a mortalidade dos pacientes. Os resultados indicam um alto grau de heterogeneidade entre os estudos e a análise do gráfico do risco de viés sugere presença de risco de viés de publicação em mais de um autor. Considerações finais: Os resultados da presente revisão sistemática e metanálise sugerem que o plasma convalescente não provoca efeitos negativos nos desfechos mortalidade, porém não garantem estabilidade durante o tempo de internação e não apresentam diferenças no tempo de internação nem na melhoria dos sintomas clínicos. Desse modo, tornam-se necessários uma sistematização com mais estudos que tenham desfechos mais específicos e amostras e métodos mais nivelados, com o uso do plasma convalescente para o COVID-19.
- ItemCaracterização do uso de antibióticos em uma unidade de pronto atendimento infantil em Camaçari-Ba: uma análise de custo e utilização(2022-12-01) Rocha, Cristiane Almeida; Maciel, Roberto Rodrigues Bandeira Tosta; Camelier, Fernanda Warken Rosa; Santos, Pablo de MouraO uso de antimicrobianos é crescente e aprimorar a racionalização de seu uso, com redução de custos em unidades de Pronto Atendimento Infantil é uma das estratégias para contribuir com a melhoria da atenção prestada às crianças. Objetivo: Determinar a variação do uso de antibióticos e seus custos em uma Unidade de Pronto Atendimento em Camaçari- BA. Metodologia: estudo exploratório, retrospectivo e descritivo, realizado na Unidade de Pronto Atendimento Infantil em Camaçari-BA, vinculado ao Sistema Único de Saúde que presta serviço de urgência e emergência. Coletou-se os antimicrobianos usados pelos pacientes e seu custo, no período de janeiro de 2019 a dezembro de 2021. Englobou um universo 10.489 pacientes. O Micromedex, o RedBook e orientações da Sociedade Brasileira de Pediatria foram usadas para mensurar a questão da racionalidade da indicação dos antimicrobianos. Para tal foram analisados, entre 2019 e 2021, os principais diagnósticos; Medicamento prescrito de acordo com os 30 principais diagnósticos; Comparativo entre medicação indicada e medicação prescrita para estes diagnósticos; Quantidade de medicamentos prescritos; Custo direto com os medicamentos previstos para tratamento (R$ nominais); Quantidade anual de medicamentos prescritos para tratamento em associação e Custos diretos com os medicamentos prescritos por tratamento em associação. Resultados: Os principais diagnósticos para a prescrição do antibiótico foram amigdalite, bronquite e febre sem diagnóstico. No caso da amigdalite, a amoxicilina foi prescrita em 1.049 casos, a azitromicina, em 429, a benzilpenicilina benzatina, em 1.405 pacientes e o sulfametoxazol+trimetoprima em 87 casos. Para os casos de febre sem diagnóstico, a amoxicilina foi a mais prescrita (339 casos). Por fim, em pacientes com bronquite, a maior frequência de prescrição foi de amoxicilina (509 casos), embora o Micromedex tenha indicado o uso de claritomicina e ciprofloxacino, medicamentos que não tiveram nenhuma prescrição. O custo direto total com os medicamentos foi maior para a benzilpenicilina benzatina (R$ 25.857,70) e com a ceftriaxona, que foi de R$ 10.378,70. O custo total dos antibióticos ficou na ordem de R$ 60.700,80. Os resultados demonstram que nem sempre existe uma racionalidade na prescrição dos medicamentos, pois acabam sendo prescritos aqueles que são mais comumente usados e/ou disponíveis de imediato na unidade, como a Benzilpenicilina benzatina, mostrando que existem outras possibilidades no mercado que poderiam ser indicados, mas não necessariamente com custos de aquisição menores. Conclusão: Na UPA de Camaçari notou-se que existe um custo alto na compra de antimicrobianos, bem como predomínio do uso de penicilinas, especialmente a Benzilpenicilina benzatina, e macrolídeos, refletindo a disponibilidade e o perfil das doenças atendidas. Existem alternativas para redução de custos, como o uso do antimicrobiano certo na hora certa, bem como o uso de medicamentos genéricos, mais baratos. Adicionalmente, melhorar a qualidade dos processos que levam a problemas como infecções que ocorrem dentro da UPA. Essa medida é essencial não só para a saúde e segurança do paciente, mas também é uma estratégia para reduzir custos. A institucionalização de protocolos de redução de custos devem ser implantadas, para reduzir as consequências do alto consumo de antimicrobianos, associado ao aumento de microorganismos resistentes.
- ItemEfeitos do uso de betabloqueadores na doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) associada à comorbidades cardiovasculares: revisão sistemática e metanálise(2021-10-27) Santos, Natasha Cordeiro dos; Camelier, Fernanda Warken Rosa; Maciel, Roberto Rodrigues Bandeira Tosta; Aras Júnior, RoqueObjetivo: Sumarizar as evidências existentes sobre os efeitos do uso de betabloqueadores na DPOC associada à comorbidades cardiovasculares em relação aos desfechos gravidade da doença, exacerbações e mortalidade. Materiais e Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática e metanálise. Foram utilizadas as bases de dados EMBASE, MEDLINE, Lilacs, Cochrane Library e Science Direct, com as palavras-chave e sinônimos identificados nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), no Medical Subject Headings (MeSH) e Embase Subject headings (Emtree). As medidas de associação utilizadas foram Odds Ratio (ORs) ou Média e Desvio Padrão. A heterogeneidade estatística foi avaliada pelo Teste Q de Cochrane e pelo Teste de Inconsistência I2 e a qualidade dos estudos por meio da Quality Assessment Tool for Observational Cohort and Cross-Sectional Studies. Resultados: A pesquisa resultou em 24.283 artigos, destes 20 foram incluídos na seleção final. Os estudos foram organizados em tabelas com informações como autor, ano; tipo de estudo, duração; fonte de dados, país; amostra, follow up; comorbidade cardiovascular; tipo de betabloqueador; desfecho; resultados. O OR para mortalidade foi de 0,50 (IC 95%: 0,39-0,63; p-valor < 0,00001) e para exacerbações 0,76 (IC 95%: 0,62-0,92; p-valor = 0,005), sendo favorável ao grupo que utilizou betabloqueador. Não houve associação significatica com relação ao desfecho gravidade da doença. Os resultados indicam um alto grau de heterogeneidade entre os estudos e a análise do gráfico de funil revelou presença de risco de viés de publicação para o desfecho exacerbações. Considerações finais: O uso de betabloqueadores em indivíduos com DPOC e doenças cardiovasculares não provocou, de modo geral, efeitos negativos nos desfechos mortalidade e exacerbações. Na gravidade da doença provocou alteração discreta no VEF1. No entanto, foi evidenciada alta heterogeneidade entre os estudos. Em virtude disso, tornam-se necessários mais estudos que tenham como objetivo estudar o efeito do uso de betabloqueador específico na DPOC associada a uma comorbidade cardiovascular também específica.
- ItemEficácia da estimulação transcraniana por corrente contínua associada a antidepressivos no tratamento de pessoas com transtorno depressivo maior: uma revisão sistemática(Universidade do Estado da Bahia, 2024-02-05) Silva , Roberto Menezes da; Maciel, Roberto Rodrigues Bandeira Tosta; Xavier, Rosa Malena Fagundes; Comper, Maria Luiza CairesIntrodução: A estimulação transcraniana por corrente contínua (tDCS) é uma técnica de neuromodulação de baixa intensidade que pode produzir uma resposta clinicamente significativa em pacientes com transtorno depressivo maior (TDM). Parece ser uma estratégia adicional útil a terapia com antidepressivos para potencializar a melhora do sono, sintomas psicomotores e qualidade de vida de pessoas com TDM. Objetivo: Investigar se a tDCS combinado com o antidepressivo é eficaz na melhora do sono, sintomas psicomotores e qualidade de vida de pessoas com TDM. Materiais e Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática, com busca realizada nas bases de dados Embase, SCOPUS, Medline/PubMed e Science Direct. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados que investigaram a eficácia da tDCS associado a antidepressivos em comparação com antidepressivos associados ou não ao placebo. Os desfechos analisados foram sono, sintomas psicomotores e qualidade de vida das pessoas com TDM. A ferramenta Revised Cochrane risk-of-bias tool for randomized trials 2.0 foi aplicada para avaliação do risco de viés. Resultados: Foram analisados três ensaios clínicos randomizados, totalizando 211 participantes, com risco de viés variando entre baixo e incerto. Houve melhora significativa favorável ao tDCS associado a antidepressivos nos sinais eletroencefalográficos no sono REM, porém não houve diferença significativa nos sintomas psicomotores e qualidade de vida. Conclusão: Há evidências iniciais com baixo risco de viés de que a tDCS associada ao medicamento antidepressivo é eficaz na mudança nos sinais eletroencefalográficos durante o sono REM, porém não é eficaz no tratamento de sintomas psicomotores e qualidade de vida de pessoas com TDM.
- ItemFarmacovigilância: fatores associados ao conhecimento, atuação, dificuldades e ampliação da Farmacovigilância nas farmácias comunitárias em Salvador - Ba.(2023-03-24) Santos, Nathalia Cordeiro dos; Maciel, Roberto Rodrigues Bandeira Tosta; Xavier, Rosa Malena Fagundes; Bendicho, Maria Teresita Del Nino Jesus Fernandez; Souza, Marcio Costa deA farmacovigilância é definida como a ciência e atividades relativas à identificação, avaliação, compreensão e prevenção de efeitos adversos ou quaisquer problemas relacionados ao uso de medicamentos. A ANVISA em 2005 introduziu o projeto “Farmácias Notificadoras” para assegurar a promoção da saúde da população a partir da intensificação da farmacovigilância e da monitoração dos produtos farmacêuticos adquiridos pela população nestes estabelecimentos de saúde. Objetivo: Identificar os fatores associados à atuação, dificuldades e ampliação da Farmacovigilância nas Farmácias Comunitárias em Salvador-Bahia. Materiais e Método: Trata-se de um estudo observacional, quantitativo. Participaram do estudo, 60 Farmacêuticos que trabalhavam nas Farmácias Comunitárias de Salvador-Bahia, com ou sem o programa Farmácias Notificadoras. Para cada farmácia selecionada para a pesquisa, um farmacêutico recebeu o convite para participar voluntariamente, respondendo o questionário. A coleta dos dados realizada com os farmacêuticos foi realizada pelo pesquisador responsável por meio de questionário em Escala Likert (conhecimento, atitude e prática) com perguntas respondidas em três níveis. A compilação dos dados foi realizada em um banco de dados criado em Excel. Resultados: Nota-se que em conhecimento houve predominância de nível 2 para o conceito de farmacovigilância (2: 76,7%: 46), para as atividades exercidas (2: 0,86) e conceitos comuns de PRM, RAM (2: 76,7%: 46). Quanto a Atitude, é notável que para os farmacêuticos existe um desconhecimento da prática (2: 100%: 60) e dificuldade em visualizar a prática (2: 46,7%: 28). E quanto à prática não houve nenhuma notificação, seja por parte do Projeto (0: 100%: 60), seja pelo exercício legal do profissional farmacêutico (0: 100%: 60). Considerações Finais: Os dados demonstraram a necessidade de fomentar ações que proporcionem formações a respeito de farmacovigilância aos profissionais farmacêuticos em farmácias comunitárias para que os frutos desta prática continuem a favorecer o uso racional de medicamento frente ao processo de medicalização da sociedade. Além disso, estimula o exercício legal do farmacêutico.
- ItemInfluência da cirurgia bariátrica e da esteatose hepática nos níveis séricos de ferro e ferritina em indivíduos com obesidade(2021-03-25) Leite Júnior, Gerson da Costa; Giuffrida, Fernando de Mello Almada; Maciel, Roberto Rodrigues Bandeira Tosta; Valasques Júnior, Gildomar LimaIntrodução: A cirurgia bariátrica é considerada o tratamento mais eficaz para o controle da obesidade severa, contudo, os pacientes submetidos a este procedimento apresentam maior risco de desenvolver deficiências nutricionais pela limitação diminuição na absorção de nutrientes essenciais. A prevalência de obesos com esteatose hepática é elevada, e mais de 80% dos pacientes obesos apresentam algum grau dessa comorbidade. A anemia e a esteatose hepática são achados frequentes em pacientes submetidos a cirurgia bariátrica, e apesar dos estudos demonstrarem que apenas uma pequena fração dos pacientes com esteatose, evoluem para cirrose e ou carcinoma hepatocelular, é importante que essas patologias sejam investigadas pois podem trazem riscos, seja agravando o estado do obeso no pré ou pós-cirurgico. Objetivos: O presente trabalho abordou as implicações da cirurgia bariátrica sobre a absorção do ferro e ferritina, analisou a influência da esteatose hepática sobre os níveis de ferro e ferritina e o tratamento medicamentoso nessa população. Materiais e Métodos: Foram analisados os parâmetros clínicos e laboratoriais, todos em 4 tempos (pré-operatório, 1, 3 e 6 meses após a cirurgia): peso, índice de massa corpórea, pressão arterial, ferro, ferritina, vitamina B12, folato, hemoglobina (HB), gama-glutamil transferase (GGT), alanina aminotransferase (ALT) e aspartato aminotransferase (AST), bem como o uso de medicamentos para tratamento farmacológico para deficiências de ferro. Resultado e Discussão: No pré-operatório os indivíduos estudados apresentaram níveis de ferritina elevados, que pode representar um sinal de gravidade de doenças como a esteatose. Houve queda nos níveis de ferritina no 3º e 6º meses, nos pacientes de ambos os grupos. No 6º mês os níveis de ferritina apresentaram interação significativa com os resultados tanto do pré-operatório quanto da comparação desse com o pós-operatório. Também apresentou interação significativa com a presença de esteatose, com valores de ferritina maiores no grupo com esteatose moderada/grave. O ferro no 3º e 6º meses apresntou uma queda significativa em comparação ao pré-operatório. Houve interação significativa com a presença de esteatose no 6º mês (os valores de ferro foram maiores no grupo com esteatose moderada/grave). Conclusão: Os níveis de ferro e ferritina devem ser monitorados e adequados desde o pré-operatório, pois a esteatose hepática em pacientes obesos pode gerar um desequilíbrio em enzimas importantes, com o as transaminases, e consequentemente se apresentar como um fator de risco a ser monitorado, e não somente a reposição de micronutrientes
- ItemPerfil de adesão ao tratamento da Infecção Latente por Tuberculose (ILTB) em usuários atendidos nas unidades de saúde do Distrito Sanitário do Subúrbio Ferroviário do Município de Salvador - Bahia(Universidade do Estado da Bahia, 2024-03-27) Ramos, Magno Oliveira; Maciel, Roberto Rodrigues Bandeira Tosta; Camelier, Fernanda Warken Rosa; Ferreira, Júnia Raquel DutraA adesão dos usuários em uso de medicamentos de ILTB requer mais estudos, tendo em vista que o indivíduo não tratado corretamente contribui para a proliferação do bacilo. Poucos estudos de adesão aos fármacos na ILTB foram desenvolvidos, muito embora o tratamento já esteja consolidado pela literatura. Muitas pesquisas concentram-se na perspectiva do diagnóstico, tratamento, epidemiologia, incidência da doença, efeitos adversos e colaterais. A não adesão ao tratamento farmacológico é um problema de saúde pública e deve ser entendida como um dos maiores obstáculos para um cuidado bem-sucedido. A elevada prevalência e incidência de ILTB no mundo faz com que a doença ainda não seja erradicada e um problema de saúde pública. Desta forma, este estudo tem como objetivo estudar a adesão ao tratamento medicamentoso em usuários diagnosticados com ILTB acompanhados nas unidades de saúde do Distrito Sanitário do Subúrbio Ferroviário do Município de Salvador, Bahia. A amostra foi por conveniência, composta por 34 usuários em tratamento de ILTB no período de março a setembro de 2023. Aplicou-se um questionário de coleta das variáveis sociodemográficas e clínicas para ambos os sexos; em seguida, com base no Teste de Morisky-Green, classificou-se os usuários em aderentes, menos aderentes e não aderentes. Para as análises dos dados foi utilizado o programa estatístico IBM SPSS® Statistics versão 29.0.1. Grande parte dos usuários (82,4%; N=24) foi considerada aderente, enquanto 17,6% (N=6) foi considerada pouca aderente. Não se obteve usuários não aderentes. Considerando-se o teste do Qui-quadrado, a adesão ao tratamento da ILTB está relacionada com algumas variáveis sociodemográficas e clínicas selecionadas, sendo as mais expressivas o aparecimento de RAMs (p=0,031); as dificuldades para retirar os medicamentos (p=0,020); e a participação em grupos de tuberculose (p=0,043). Os resultados demonstram a necessidade de melhor condução do tratamento da ILTB no Distrito Sanitário do Subúrbio Ferroviário de Salvador. É válida a iniciativa de realizar futuras pesquisas com objetivo de aprofundar este trabalho.
- ItemUso de fármacos com ação sedativa para o desenvolvimento de delirium e alteração do status funcional de pacientes internados em unidades de terapia intensiva(2020-11-04) Batista, Anne Karine Menezes Santos; Camelier, Fernanda Warken Rosa; Maciel, Roberto Rodrigues Bandeira Tosta; Nascimento, Oliver AugustoIntrodução:As unidades de terapia intensiva (UTI) possuem muitos estímulos e procedimentos que potencializam dor, estresse e disfunção cognitiva. O uso de sedativos de forma indiscriminada, como medida farmacológica a essas alterações sensoriais, culmina com o surgimento de doenças neurológicas a exemplo do delirium, causado pelo desequilíbrio do funcionamento cerebral, com sintomatologia flutuante e reversível. Objetivos: Avaliar a associação entre o uso de sedativos, o desenvolvimento de delirium e o prognóstico funcional de pacientes internados na unidade de terapia intensiva; caracterizar as variáveis associadas ao desencadeamento de delirium em pacientes internados em unidades de terapia intensiva sob uso de fármacos sedativos; elencar os medicamentos com efeito sedativo mais utilizados nas unidades intensivas e descrever a funcionalidade dos pacientes internados que desenvolveram delirium durante a estadia hospitalar. Material e Métodos: Estudo observacional, longitudinal, realizado em um hospital público da rede estadual, durante os meses de junho de 2019 a outubro (primeira quinzena) de 2020, com indivíduos acima de 18 anos, internados em unidades de terapia intensiva adulto e enfermarias, por meio da aplicação de escalas para avaliação de sedação, delirium e funcionalidade (Richmond Agitation Sedation Scale - RASS, Confusion Assessment Method for the Intensive Care Unit - CAM-ICU e Status Score for the Intensive Care Unit - FSS, respectivamente), sem disfunções neurológicas, renais e hepáticas prévias, com capacidade de verbalização e que não fossem admitidos via transferência externa. Resultados: Foram inclusos 104 pacientes com idade média de 59,7 ± 15,3 anos, sendo 53,2% do sexo masculino, com 49% sendo hipertensos e 79,8% negando tabagismo. Não houve significância estatística entre os fármacos sedativos com o desencadeamento de delirium (p>0,05). O Midazolam foi o fármaco mais utilizado, seguido pelo Citrato de fentanila, a doses 6,7 ± 4,6 ml/h, por 3,4 ± 3,6 dias de uso. Os pacientes com delírio tiveram escore na FSS-ICU condizentes a máxima dependência (54,8%), na UTI e 18,2% na enfermaria. Conclusões: Não há associação entre o uso de fármacos com ação sedativa para o desenvolvimento de delirium. O Midazolam foi o agente sedativo mais utilizado nas unidades de terapia intensiva e associado a maioria dos casos positivos para a encefalopatia aguda a baixas dosagens e aplicação por poucos dias. Houve alteração funcional nos pacientes delirantes na UTI, com os mesmos tornando-se dependentes moderados a máximos para transferências e/ou locomoção, durante o internamento.