Navegando por Autor "Machado, Álvaro Lima"
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- ItemAutoria, subjetividade e produção de conhecimento na pesquisa em educação(2018-11-23) Santana, Leonardo Silveira; Lima Junior, Arnaud Soares de; Machado, Álvaro Lima; Leite Júnior, Jorge Costa; Vitorino, César Costa; Andrade, Dídima Maria de MelloEsta Tese teve por objetivo principal fazer uma contribuição teórico-diferencial à noção de autoria, a partir do pensamento de Foucault, estabelecendo uma relação epistemológica entre autoria e subjetividade, nos processos de produção de conhecimento e de geração de sentido, no campo da Pesquisa em Educação. Desse modo, buscou-se ampliar a discussão e consequente construção de sentido, em torno do objeto autoria, deslocando-a do estatuto teórico moderno de categoria conceitual para a noção de significante do sujeito. Tratou-se, portanto, de uma pesquisa teórica, em Educação, a partir de regras e práticas discursivas que organizam um modo de produção, valorização, atribuição, apropriação e circulação de sentidos, contornando a relação sujeito-conhecimento-objeto numa perspectiva Epistemológica Contemporânea. Autoria é um dos nomes da subjetividade, é ato psíquico puro, sem palavras, primeiro ato autoral que fundamenta o modo como cada sujeito cria sentido; é também ato simbólico que só pode acontecer em singular condição de linguagem, gerando diversidade e não identidade, pluralidade e não unidade nos modos de atribuição de sentido. Não é mera reprodução de conhecimento, mas é ato criativo do sujeito que ocorre nas fissuras que estão em torno do objeto. Tem como efeito, na coisa educacional, propor soluções que sejam constantemente atualizadas, contextualizadas e adaptadas, a partir da razão de ser e do contexto dos sujeitos da Educação. Essa Tese foi ancorada nos campos da Filosofia Crítica, da Linguagem e da Psicanálise e foi simbolicamente munida a partir de autores como Foucault (1984; 2009), Lacan (2008, 1992, 1998), Lima Jr. (2004, 2015, 2018) Cassirer (1992), Derrida (2001, 1995), Boaventura Santos (2005) e Lyotard (2009).
- ItemDesenvolvimento profissional do formador de professor: o potencial formativo da experiência do PIBID(2019-10-04) Gonçalves, Maria de Cássia Passos Brandão; Soares, Sandra Regina; Flores, Maria Assunção; Assis, Alessandra Santos de; Reis, Jane Adriana Vasconcelos Pacheco; Machado, Álvaro LimaEste estudo situa-se no campo da docência universitária, especificamente no âmbito dos formadores de professores, com foco no Desenvolvimento Profissional Docente (DPD). Assumiu como objetivo compreender o potencial da experiência no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) para o desenvolvimento profissional do formador de professores, tendo como questões de pesquisa: Que elementos das práticas, concepções, crenças e representações de mediação docente dos coordenadores de subprojeto, formadores de professores, foram ressignificados a partir da vivência no PIBID? De que modo a investigação se traduziu na prática docente dos formadores de professores? A metodologia adotada foi de natureza qualitativa e fenomenológica, utilizando-se, como dispositivos de construção dos dados, os Incidentes Críticos (IC) e a entrevista narrativa. O tratamento dos dados foi realizado por meio da análise de conteúdo do tipo temática. Dentre os resultados, destacam-se, como possíveis ressignificações nas práticas docentes: a preocupação com a construção de sentido da teoria a partir de elementos da prática; a sensibilização para a dimensão pessoal do aluno; a inclusão de situações de aprendizagem em contexto grupal nos subprojetos; o reconhecimento dos saberes produzidos na escola; e, por fim, a compreensão da escola como um espaço complexo. O potencial do PIBID em provocar o DPD dos formadores de professores se deve, essencialmente, à imersão no contexto da escola e em suas situações desafiantes, bem como ao trabalho em grupo nos subprojetos, à lógica de interação sistemática e colaborativa com a escola, apostando-se na formação cidadã e profissional do futuro professor. A pesquisa, mesmo que não tenha sido adotada como eixo condutor dos subprojetos, criou uma abertura, uma inquietação, e gerou certos desequilíbrios no papel do formador de professor, quanto ao saber e ao não saber. A despeito do potencial para provocar mudanças, ainda prevalece a lógica tradicional de ensino, centrada na aquisição de teorias e técnicas, o que denota que as mudanças realizadas não atingiram a essência dos fenômenos e, consequentemente, o pleno potencial do PIBID, expresso em seus princípios – pesquisa, interdisciplinaridade e colaboração com a escola –, que poderiam provocar desequilíbrios sociocognitivos nos formadores de professores (docentes universitários). A ausência de radicalidade nas mudanças dos formadores de professores também se deve às limitações da própria política do PIBID, que não concebe o desenvolvimento do subprojeto como condição de aprendizagem sobre a docência de todos os atores envolvidos, inclusive a do formador de professor, uma vez que um dos nós da formação do professor da educação básica é a subestimação dos saberes pedagógicos por parte dos formadores de professores, especialmente, aqueles de áreas específicas, os quais, majoritariamente, não se veem como formadores de professores, mas como pesquisadores. A ausência de alguma menção à reflexão sobre a prática expressa a concepção do programa em relação aos formadores de professores, docentes universitários como detentores do saber, e dos estudantes como carentes de saberes. Tal lógica não é quebrada nem pela política do PIBID, nem, em geral, pelas universidades em relação à valorização do ensino e à formação do docente universitário. Por fim, essa pesquisa evidenciou a necessidade de haver investimentos das políticas públicas e institucionais na criação de espaços formativos para os formadores de professores no contexto das universidades, espaços capazes de possibilitar uma reflexão coletiva e individual desses formadores, a partir da problematização de suas próprias práticas e, consequentemente, a construção de aprendizagens sobre a formação de professores profissionais autônomos, investigativos, reflexivos, competentes do ponto de vista técnico, relacional e ético.
- ItemGrupo de reflexão como espaço de desenvolvimento profissional de docentes formadores de professores(2015) Machado, Álvaro Lima; Soares, Sandra ReginaEste estudo situa-se no campo da formação de professores interligando dois contextos formativos: a formação inicial de professores para a Educação Básica e a formação de formadores de professores. Assumiu como objetivo compreender o potencial da reflexão sobre a própria prática no contexto grupal com vistas ao desenvolvimento profissional docente em um curso de licenciatura em Química. Adotou como questões de pesquisa investigar quais os dilemas e formas de enfrentamentos no contexto da formação inicial de professores da Educação Básica emergem na trajetória do grupo de reflexão e qual o significado de grupo construído na experiência de reflexão coletiva sobre a prática docente. O referencial teórico da pesquisa contemplou os conceitos de formação inicial de professores, desenvolvimento profissional docente e grupo, com base em autores como: Almeida (2012); Bachelard (1996); Behrens (1993); Cunha (2005); Soares e Cunha (2010a); Day (2001); Masetto (2003); Nóvoa (1997); Morin (2000b); Pichon-Rivière (1991a); Pimenta e Anastasiou (2010); Pozo e Pérez Echeverría (2009); Santos (2010); Schön (2000) e Tardif (2010). A metodologia adotada foi a qualitativa, inspirada nos princípios da pesquisa-ação-formação, e a coleta/construção dos dados se processou mediante a técnica do grupo focal, denominado neste estudo de ‘grupo de reflexão sobre a prática’, cuja condução foi baseada na técnica de Grupo Operativo criada por Pichon-Rivière (1991a). Também foi adotada a técnica do questionário, com questões abertas, antes e depois da realização do conjunto das seções do grupo de reflexão. O tratamento dos dados foi feito por meio da análise de conteúdo do tipo temática (BARDIN, 1977). Dentre os resultados, destaca-se, na visão dos participantes, que o grupo teve um potencial transformador de compreensões, sentimentos e práticas na medida em que possibilitou articular o pensar, sentir e agir, intensificando vínculos, valorizando sentimentos, realizando trocas de experiências de forma dialógica e colaborativa, o que contribuiu para trabalhar os conflitos, concorrendo nesse sentido para o desenvolvimento profissional docente. A experiência grupal possibilitou, ainda, evidenciar a dificuldade dos docentes em lidar com determinadas atitudes dos estudantes frente ao conhecimento, à aprendizagem, ao professor e à profissão para a qual estão se formando; a dissociação entre o ensino de conteúdos de Química e a construção de saberes do professor da Educação Básica, vendo o estudante na universidade como aprendente de Química e não como pessoa e como futuro educador. Aspectos que apontam para a possível continuidade do processo de reflexão sobre a prática como forma de romper com a solidão pedagógica e com dicotomias presentes no curso e que considere a complexidade da formação de professores, que articule razão e emoção, assumindo a prática profissional como eixo orientador da formação e os sujeitos como agentes construtores da própria história.
- ItemSérie Práxis e Docência Universitária - Vol 6 - Desenvolvendo competências na universidade: perspectivas e práticas inovadoras na formação de profissionais(2017-08) Soares, Sandra Regina; Fornari, Liege Sitja; Machado, Álvaro LimaO livro DESENVOLVENDO COMPETÊNCIAS NA UNIVERSIDADE: perspectivas e práticas inovadoras na formação de profissionais, sexto volume da Série Práxis e Docência Universitária, oferece aos leitores um conjunto de textos que abordam a formação de profissionais na perspectiva do desenvolvimento de competências complexas, da autonomia e do protagonismo dos futuros profissionais - perspectiva que se contrapõe ao sentido instrumental do conceito de competência próprio da lógica neoliberal e conservadora. As transformações contemporâneas no mundo do trabalho engendram novas contradições, assim, ao exigir que os trabalhadores realizem cadeias mais amplas de atividades, para as quais precisam possuir habilidades e determinadas competências que interessam ao capital, dialeticamente abrem a possibilidade de críticas e transformações a essa lógica restrita e desafiam os profissionais a construírem competências complexas de diversas naturezas. As práticas pedagógicas de avaliação, ensino com pesquisa, interdisciplinaridade, pedagogia de projetos, simulação e narrativas autobiográficas compõem o mosaico de experiências concretas de docência implicada e de aprendizagens significativas dos estudantes e dos docentes, que reforçam a importância de romper com a dicotomia teoria/prática nas aulas universitárias. Nesse sentido, as narrativas, aqui reunidas, de docentes que vivenciaram o desafio de conduzir aulas universitárias inovadoras, podem se constituir como fontes de conhecimento e inspiração no campo da pedagogia universitária.