Navegando por Autor "Lopes, Norma da Silva"
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- ItemA expressão da futuridade verbal em Santo Antônio de Jesus: uma análise variacionista(Universidade do Estado da Bahia, 2012-04-25) Santos, Eduardo Pereira; Lopes, Norma da Silva; Oliveira, Josane Moreira de; Carvalho, Cristina dos SantosEsta pesquisa trata da expressão da futuridade verbal na cidade baiana de Santo Antônio de Jesus pelo enfoque da Teoria da Variação ou Sociolinguística Variacionista, a partir dos trabalhos de William Labov. Identifica as estratégias de futuridade verbal usadas nessa comunidade de fala, as variáveis linguísticas e sociais condicionadoras da seleção dessas formas em corpus sincrônico de língua falada distensa. Aponta o desaparecimento da forma sintética de futuro. Focaliza a relação entre a forma perifrástica de futuro, formada pelo verbo auxiliar ir e outro verbo no infinitivo, e a forma de presente com valor de futuro. Testa variáveis comuns à área, como ‘Ausência/Presença de outro constituinte de valor temporal’, ‘Paralelismo sintático-discursivo’ e ‘Paradigma verbal’, ‘Papel temático do sujeito’ e ‘Tipo semântico do verbo principal’, mas acrescenta a ‘Telicidade’, como aspecto semântico. Nesta variedade do português falado no Brasil, há o espraiamento da forma perifrástica de futuro, que convive em variação estável com a forma de presente, restrita esta a contextos específicos de uso, a saber: na expressão de futuro pelo verbo ir pleno ou outro verbo, inacusativo ou que apresente o traço acional da telicidade; na presença de outro constituinte de valor temporal; em sentenças matriz vinculadas a outra sentença subordinada adverbial condicional; com sujeito de primeira pessoa (argumento externo) com traço [+ agentivo]. Além dessas variáveis linguísticas, a pesquisa aponta a variável ‘Saída/Permanência na comunidade’ como característica social relevante para a seleção das formas de futuridade entre os santo antoniense.
- ItemA harmonia vocálica de /e/: uma análise sociolinguística na comunidade de Santo Antônio de Jesus(Universidade do Estado da Bahia, 2023-03-16) Correia, Amanda Galiza; Gomes, Aline Silva; Lopes, Norma da Silva; Souza, Pedro Daniel dos Santos; Gayer, Juliana Escalier Ludwing; Gonçalves, Clézio RobertoCom base na perspectiva da Sociolinguística Variacionista proposta por Labov (2008 [1972]), nesta dissertação tem-se como foco principal descrever o fenômeno variável da harmonia vocálica de /e/ em dados da fala popular de Santo Antônio de Jesus, cidade do estado da Bahia. A Harmonia Vocálica (HV) é um processo fonológico de assimilação regressiva que se caracteriza pela elevação das vogais médias /e/ e /o/ em correspondência à influência de uma vogal alta /i/ ou /u/ em sílaba adjacente, como em b/e/bida ~ b/i/bida, f[i/]rida ~f[e]rida e etc. Neste estudo, analisaram-se os contextos favoráveis e desfavoráveis para a aplicação da regra da HV na cidade de Santo Antônio de Jesus, averiguou-se se os contextos favoráveis e desfavoráveis para a aplicação da regra são os mesmos observados em outras amostras do português brasileiro, bem como se investigouse há diferença entre os resultados encontrados na sede e na zona rural da comunidade pesquisada. Além disso, se avaliou se o fenômeno encontra-se em processo de estabilidade ou de mudança linguística no português do interior do estado da Bahia. Além dos pressupostos teórico-metodológicos da Sociolinguística Laboviana, tomou-se como baliza a Fonologia Autossegmental e a Geometria deTraços como modelos fonológicos de estudo. No que tange aos procedimentos metodológicos, o corpus alvo de observação são entrevistas realizadas com 24 informantes, sendo 12 falantes da zona sede e 12 da zona rural da comunidade mencionada. As informações analisadas pertencem ao acervo do Projeto Vertentes do Português Popular do Estado da Bahia. As variáveis linguísticas controladas nesta pesquisa foram: contiguidade, homorganicidade, nasalidade, contexto fonológico precedente (do alvo), contexto fonológico seguinte (do alvo), atonicidade, tonicidade, localização morfológica do gatilho, tipo de sílaba, classe gramatical.Como variáveis sociais consideraram-se: sexo, idade, escolaridade, zonas e estada fora da comunidade.Para defini-las, tomamos como aporte diferentes pesquisas como Bisol (1981), Schwindt (1995 [2002]), Fernandes (2016) e Casagrande (2004).Os resultados gerais denotam que a regra variável da HV na comunidade de Santo Antônio de Jesus é favorecida pelos contextos linguísticos contiguidade (vogais contíguas), nasalidade (oral e nasal na sílaba seguinte) e tipo de sílaba (em sílabas sem coda).
- ItemConcordância verbal, mercado de trabalho e ensino médio: um olhar sociolingüístico sobre a fala e escrita de mulheres de comunidades populares de salvador(Universidade do Estado da Bahia, 2009) Mattos, Mattos, Andréa Andrade de; Lopes, Norma da Silva; Bulhões, Lígia Pellon de Lima; Souza , Emília Helena Portella Monteiro deEsta dissertação analisa, a partir da teoria Sociolingüística Variacionista, a aplicação da concordância verbal de terceira pessoa do plural em textos oral e escrito de 12 mulheres que estão em fase de conclusão do terceiro ano do Ensino Médio, em escola pública de Salvador no turno noturno, observando as variações lingüísticas e sociais e suas correlações. A pesquisa parte de dois pressupostos: primeiramente, a concordância verbal é um fenômeno lingüístico variável e sofre fortes influências – e estigmatização – sociais, por, historicamente, revelar a classe social e econômica do falante; e, em segundo lugar, a atividade profissional pode contribuir, até mais que a aprendizagem formal da língua materna proposta pela escola pública, para a aplicação das regras propostas pelas gramáticas normativas. Tendo-os como ponto de partida, o percurso deste trabalho inclui uma discussão, numa perspectiva teórica, sobre os conceitos de língua, a partir do entendimento da linguagem, suas relações com a sociedade e o ensino formal de língua portuguesa, mais especificamente o Ensino Médio e as políticas públicas para este nível de ensino, que inclui a inserção do mercado de trabalho como um de seus objetivos. Aplicando o processo metodológico da Sociolingüística, percebeu-se que, no corpus oral, as mulheres da faixa etária 1 (17-23 anos) aplicam mais a regra de concordância verbal que as mulheres da faixa etária 2 (24-35 anos) e essas mais que as da 3 (mais de 35 anos), mesmo estas tendo um maior tempo em sala de aula, por conta da aprendizagem tardia, e maior tempo no mercado de trabalho. Em contrapartida, elas estão mais identificadas com a comunidade de fala, por conta do reduzido contato com outros contextos lingüísticos. No corpus escrito, são as mulheres da faixa etária 2 quem mais correlacionam o sujeito com o verbo em número, seguidas das alunas mais novas. A variável saliência fônica, no nível 6, é/são, como a que mais favorece a aplicação de CV, enquanto o nível 1, bebe/bebem, a menos favorecedora. No texto escrito, apenas três variáveis foram selecionadas: faixa etária, posição do sujeito e saliência fônica. Além disso, o fato de essas mulheres exercerem uma atividade profissional não promove, mais que a escolarização, a aplicação de regras normativas relativas à concordância verbal, pois a profissão que desenvolvem não exige, diretamente, o uso da norma padrão. Todos estes resultados realçam que a influência da comunidade de fala é muito significativa nas normas vernaculares. Percebeu-se, também, que não há uma transferência “natural” da escrita para a oralidade, como esperam os programas educacionais.
- ItemLíderes negras em Salvador: fala e preconceito(2015-03-31) Santos, Janete Fernandes Suzart da Silva; Lopes, Norma da SilvaO desenvolvimento dessa pesquisa toma por base os fundamentos da Teoria da Sociolinguística Variacionista, proposta por Labov em 1972 (LABOV, 2008), que insiste na relação entre língua e sociedade. O corpus da pesquisa é composto por entrevistas com oito mulheres negras, com idade entre 40 a 65 anos, moradoras de bairros periféricos de Salvador, que ocupam uma posição de liderança em sua comunidade. A pesquisa tem objetiva analisar a variação da concordância de número no sintagma nominal, fenômeno que comporta duas variantes no português: a realização com marcas de plural- S e a variante Ø (sem o S). Sendo assim, propõem-se como objetivos: (i) identificar os condicionamentos lingüísticos e sociais da concordância de número no sintagma nominal na fala dessas mulheres; (ii) analisar a própria avaliação das falantes acerca da variação do fenômeno em estudo e sobre a variante Ø (zero - ausência da marca de plural); (iii) identificar o estigma e a forma como esse fato pode interferir no falante; (iv) identificar a atitude do mercado de trabalho diante da variação lingüística. Das análises realizadas na pesquisa, pode-se observar que o condicionamento individual, relacionado à experiência de vida, foi a primeira variável selecionada; retirando essa variável da análise, outras três foram selecionadas: escolaridade (mais escolaridade, mais concordância), saliência fônica (mais saliente, mais concordância) e número de elementos do sintagma (sintagmas menores, mais concordância).
- ItemO fenômeno de redução da partícula não no português falado na cidade de Salvador(Universidade do Estado da Bahia, 2014) Ferreira, Naiara de Souza; Carvalho, Cristina dos Santos; Lopes, Norma da Silva; Rodrigues , Angélica Terezinha CarmoEste trabalho investiga o fenômeno da redução da partícula negativa não em posição pré verbal, que se realiza na sua forma plena [nãw] ou através das suas variantes reduzidas [‘nũ], [‘nu] e [n’]. Como objetivo geral, pretende-se analisar, quantitativa e qualitativamente, esse fenômeno linguístico variável nas falas culta e popular de Salvador, a partir da atuação de fatores linguísticos e sociais. O aporte teórico é, primeiramente, o da sociolinguística variacionista nos moldes em que é desenvolvida por Labov (1966, 2008 [1972]). Esta pesquisa se fundamenta ainda no funcionalismo, mais especificamente, na abordagem da gramaticalização (HOPPER, 1991; HOPPER; TRAUGOTT, 1993, 2003; MARTELOTTA; VOTRE; CEZÁRIO, 1996, dentre outros). Do ponto de vista da metodologia adotada, seguem-se os pressupostos da sociolinguística variacionista. Os corpora utilizados nesta pesquisa constam de dezoito inquéritos linguísticos integrantes de diferentes bancos de dados: doze do Programa de Estudos do Português Popular de Salvador (PEPP) e seis do Projeto de Estudo da Norma Linguística Urbana Culta no Brasil (NURC). Os resultados quantitativos evidenciaram que: (a) a foma reduzida [‘nũ] é a mais realizada entre as quatro variantes registradas na pesquisa; (b) dentre os fatores considerados, foram selecionados, em ordem de relevância, como estatisticamente significativos para análise do fenômeno da redução do não a escolaridade, a faixa etária, o tipo de estrutura negativa, o ambiente fonético, o sexo/gênero, o tipo de frase, a posição do sujeito da oração em que se encontra o item negativo e o tipo de complemento verbal; (c) pensando-se em uma trajetória de gramaticalização, os itens [‘nũ] e [‘nu] têm se comportado como clíticos e a forma [n’] como afixo nas estruturas negativas; (d) o ambiente com verbo iniciado por vogal e a estrutura de dupla negação constituem os contextos motivadores da gramaticalização do clítico em afixo. Assim, constata-se, empiricamente, que existe um processo de redução da partícula não em posição pré-verbal atuante na negação no português brasileiro (PB) e, mais especificamente, na fala soteropolitana. Tal redução tem sido associada à emergência de padrões negativos alternativos do PB e/ou ao processo de gramaticalização (CAVALCANTE, 2007; CUNHA, 1996
- ItemA vibrante múltipla espanhola em aprendentes de espanhol como língua estrangeira na Bahia e em São Paulo: uma abordagem sociolinguística(2013-03-26) Gomes, Aline Silva; Lopes, Norma da Silva; Oliveira, Marion dos Santos; Bulhões, Lígia Pellon de LimaCom base nos pressupostos teóricos da Sociolinguística Variacionista, nesta pesquisa tem-se como objetivo principal analisar os condicionamentos para as diferentes realizações fonéticas do fonema vibrante múltiplo /r/ na produção oral de aprendentes brasileiros de Espanhol como Língua Estrangeira ELE nos Estados da Bahia e São Paulo. Os objetivos específicos são: i) verificar a aquisição de /r/, a depender do contexto fônico em que se apresenta; ii) verificar a aquisição de /r/, a depender da função sintática da palavra em que se encontra o fonema em estudo iii) identificar condicionamentos na realização de /r/ conforme a variedade regional dos aprendentes; iv) identificar diferenças na realização de /r/ conforme o nível de aprendizagem da língua espanhola; e v) relacionar a escolha das variantes ao estilo de fala empregado. O estudo tem como hipótese que, nas duas regiões investigadas, devido ao fato de terem variedades dialetais diferentes, e aos níveis diferentes de conhecimento da língua espanhola, a realização do fonema /r/ pelos falantes brasileiros de ELE deve refletir diferentes realizações fonéticas, resultantes de condicionamentos linguísticos (estruturais) e extralinguísticos (região geográfica, nível de aquisição e estilo de fala empregado). Os dados da pesquisa foram coletados de 10 informantes da Bahia e 10 informantes de diferentes cidades do interior de São Paulo, do gênero/sexo feminino, estudantes de graduação dos cursos de Letras/Espanhol de universidades públicas localizadas em Salvador/BA, em Campinas/SP e em Araraquara/SP. Utilizam-se questionários elaborados para a pesquisa, um gravador digital da marca Panasonic RR-US511 e os programas VARBRUL e Praat como recursos e instrumentos de coleta e análise de dados. Pretende-se, com esta investigação, poder contribuir para uma reflexão sobre a necessidade de se repensar o ensino do espanhol para aprendentes brasileiros sob um novo prisma, que considere as variedades dialetais existentes neste país.