Navegando por Autor "Lima, Jamille da Silva"
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- ItemApurando as “ouças”: escuta para uma educação pautada em diversidade de gênero e direitos humanos(2023-07-12) Santos, Vera Lúcia da Silva dos; Pinho, Maria José Souza; Andrade, Elenise Cristina Pires de; Lima, Jamille da SilvaEsta é uma pesquisa intitulada Apurando as “Ouças”: escuta para uma educação pautada em diversidade de gênero e Direitos Humanos, na qual “Ouças” remete-se a sentar e ouvir histórias, a ouvir narrativas, desse modo, buscamos compreender e discutir Direitos Humanos da população LGBTQIA+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros (transexuais e travestis), Queer, Intersexo e Assexuais) em uma escola da Bacia do Jacuípe III, na Bahia, com objetivos específicos de contribuir com a construção histórica dos direitos humanos na perspectiva das diversidades; compreender através das narrativas como as diversidades de gênero, em especial as pertinentes à população LGBTQIA+, emergem no cotidiano da escola; implementar ações que propiciem o reconhecimento das diversidades; entender, nas narrativas de vida dos estudantes, como suas subjetividades são construídas sensíveis aos direitos humanos. Assim, procuramos responder a questão-problema: “Como a educação pautada em diversidade de gênero e Direitos Humanos contribui para a inclusão e diminuição do preconceito?” Para adentrar na pesquisa e ouvir, sentir as falas, foram realizados encontros denominados “Ouças”, instrumentalizados por disparadores que conduziram a pesquisa, posteriormente categorizadas as falas, percepções dos sentimentos, em recortes que deram um delinear geral. O antagonismo das relações entre estudantes, famílias, professores, evidenciaram preconceitos sofridos, tendo como principais vertentes: a família; educadores, transpassando os muros da escola e reverberando como um todo, na qual estudantes LGBTQIA+ se sentem excluídos e professores não se sentem preparados para discutir a temática. O trabalho foi embasado nos estudos de Guacira Louro; Judith Butler, Kathryn Woodward, que ofereceram o aporte teórico para as discussões de gênero e diversidade, identidade; Boaventura de Sousa Santos; Flávia Piovesan; Herrera Flores; Luis Warat; aporte para direitos humanos; Vera Candau; Tomaz Tadeu da Silva; contribuíram sobre educação e identidade, além de outros autores que sobremaneira foram essenciais para o desenho da pesquisa, culminando com a parte jurídica, a partir da Declaração Universal dos Direitos Humanos; Consituição Federal Brasileira, dentre outros documentos jurídicos, de autores que subsidiaram a pesquisa e a metodologia. A partir das análises das narrativas, elaborou-se a proposta de intervenção intitulada: Momento pipoca - vamos apurar as “ouças” para diversidades. Momentos que se darão em rodas de conversas a serem realizadas mensalmente na escola, envolvendo estudantes e professores para implementar discussões sobre a temática, objetivando melhor conhecer e debater, refletir sobre as diversidades e contribuir para uma escola mais inclusiva, mais humana, pautada “em e para” diversidades de gênero e dignidade da pessoa humana.
- ItemCorpos e currículos que se proliferam: o flagrante delito da criação(2021-09-13) Melo, Maria Cristina Araújo de; Jesus, Rosane Meire Vieira de; Lima, Jamille da Silva; Sá, Maria Roseli Gomes Brito de; Pimentel Júnior, ClívioEsse texto apresenta a pesquisa “Corpos e currículos que se proliferam: o flagrante delito da criação”, que busca compreender como corpos curriculantes e dissidentes sexualmente em aliança podem negociar um projeto de currículo radicalmente democrático e plural. As questões que orientam esta investigação são: como os aparatos regulatórios presentes nos atos de currículo relacionam-se com a agência dos corpos curriculantes? Como as reivindicações corpóreas não verbais deslocam o ideário de normalização/padronização dos corpos? Como o entrelaçamento plural entre corpos curriculantes agencia a deslegitimação das políticas de currículo hegemônicas? Explora as relações imbricadas entre currículo e sexualidades dissidentes e propõe-se a pensar o currículo para além de reproduções de modelos ontológicos e gnosiológicos historicamente legitimados no mundo ocidentalizado, animando-se a ler as performatividades curriculantes como corpo inventivo capaz de criar espaços, reconhecidamente, hibridizados, radicalmente democráticos e plurais. O paradigma epistemológico é pós-estrutural com referência nos estudos de Derrida (2014) e de Laclau e Mouffe (2015). A abordagem metodológica é pós-qualitativa subsidiada pelo dispositivo de pesquisa Grupo de Experiência. A Análise de Informações é realizada através do conceito de imagem-fábula de Deleuze (2005). A pesquisa é desdobrada em um projeto de intervenção intitulado “Intervenção: fabulações de um currículo radicalmente democrático e plural" que visa fomentar, através de corpos curriculantes e sexualmente dissidentes, a criação de um currículo radicalmente democrático e plural.
- ItemDireitos humanos e educação antirracista em espaço de educação não formal: interrelações(2021-12-06) Oliveira, Jane Clezia Batista de Sá; Salvadori, Juliana Cristina; Silva, Jerônimo Jorge Cavalcante; Lima, Jamille da Silva; Sabino, Pedro Augusto Lopes; Oliveira, Ilzver de MatosO presente trabalho de pesquisa tece relação entre duas áreas das Ciências Humanas, o Direito e a Educação, pela perspectiva da educação como direito fundamental, direito humano, e pela perspectiva da educação antirracista, compreendendo a educação como espaço de conquista de outros direitos humanos. Desse modo, considerando que o processo educacional não se limita a espaços escolares, e que outros espaços educativos compartilham o compromisso social e ético de produzir experiências que valorizam práticas solidárias, as quais atendem diferentes necessidades humanas, a educação antirracista funciona como um processo em que se constrói o conhecimento necessário para a transformação da realidade, no contexto da diversidade. Nesse diapasão, visando responder “como os espaços não formal, podem, por meio de práticas educativas embasadas nos princípios de direitos humanos, fomentar a educação antirracista?” bem como ampliar o debate acerca dos diretos humanos nesses espaços, o presente trabalho tem como objetivo geral compreender o papel de espaço de educação não formal na construção de práticas educativas voltadas para a educação antirracista. No tocante ao desenho metodológico, a abordagem é qualitativa, ancorada no paradigma decolonial, tendo como método a pesquisa investigação – ação –participante (com base no conceito de Fals Borda), se utilizando do dispositivo de pesquisa, intervenção e análise, o círculo virtual temático, inspirado nos Círculos de Cultura de Paulo Freire, no qual o diálogo horizontalizado é fundamental pois fundado na tensão dialética entre o conhecimento acadêmico e o conhecimento popular. Como dispositivo de construção de dados também teremos a análise documental. Como resultado da pesquisa construímos o presente Relatório de Pesquisa, no qual intervenções e contribuições do campo, as vivências, experiências e denúncias das participantes referentes a situações de racismo serviram de fortalecimento para fomentar o debate acerca de direitos humanos e educação antirracista. Ademais, a formação da pesquisadora e dos participantes da pesquisa restou evidenciado ao longo das intervenções no campo. A análise demonstrou a existência de racismo estrutural no lócus da pesquisa, bem como a necessidade diária de “aprender a desaprender, e aprender a reaprender”, como exercício diário e constante na luta pela educação antirracista. Com a pesquisa, construímos, a partir das experiências, registro e memória que informam estratégias, programas e pedagogias a serem compartilhados com outros atores sociais, chamando-os a sua responsabilidade social sobre as práticas de educação em direitos humanos e educação antirracista.
- ItemA escola do campo e o enfrentamento à violência de gênero(2021-09-10) Moreira, Tatiane dos Santos; Jesus, Rosane Meire Vieira de; Lima, Jamille da Silva; Faria, Edite Maria da Silva Silva de; Sá, Maria Roseli Gomes Brito deO estudo apresentado nesta dissertação teve por objetivo compreender como as práticas escolares desenvolvidas pelas escolas do campo do Núcleo Territorial de Educação-19 (NTE 19) contribuem para o enfrentamento da violência de gênero. Apresentamos como problema desta pesquisa a seguinte questão: de que forma as escolas do campo do NTE 19 enfrentam a violência de gênero? Os objetivos específicos propostos foram: identificar as práticas escolares da escola do campo com relação à violência de gênero; analisar as práticas escolares de enfrentamento à violência de gênero presentes na escola campo; entender como as discussões/resoluções de âmbito ministerial pautadas no enfrentamento à violência de gênero se relacionam com as práticas escolares das escolas do campo; elaborar uma formação/curso para preparar os profissionais de educação para o enfrentamento à violência de gênero na escola do campo. A trajetória metodológica foi a perspectiva do materialismo históricodialético e o feminismo marxista, este último, analisou a questão da desigualdade de gênero e da opressão contra as mulheres por meio da ótica marxista. A pesquisa foi de abordagem metodológica qualitativa; optamos pela pesquisa participante e o instrumento utilizado para análise de informações foi o Grupo Focal. Em relação ao referencial teórico, foi acionado Saffioti (1997; 2004; 2015; 2019) para trabalhar gênero; Davis (2016; 2017; 2019), Gonzalez (1984; 1988; 2008) e Pacheco (2008;2013; 2016) para pensar sobre violência contra a mulher negra; Caldart, (2012) e Arroyo (1982) para Educação do Campo; e Santos (1997;1998; 2002) e Lefébvre (1991; 2009) para falar sobre território. Os resultados obtidos na pesquisa demonstraram que as escolas do campo do NTE 19 desenvolvem práticas pontuais no enfrentamento à violência de gênero. O produto desta pesquisa é o Projeto de Intervenção denominado Curso de Formação para Educadores das Escolas do Campo cujo objetivo é promover a formação destes para atuarem coletivamente no enfrentamento à violência de gênero no ambiente escolar.
- ItemPretagogia quilombola nas práticas escolares do/no Quilombo do Rodeadouro (Juazeiro, Bahia)(2022) Nina, Cláudia Ramos; Lima, Jamille da Silva; Oliveira, Iris Verena Santos de; Paula Junior, Antonio Filogenio deOs processos de dominação e opressão advindos da modernidade/colonialidade restringiram o modelo de escolarização à perspectiva eurocêntrica, em detrimento da composição de vida das comunidades quilombolas, cujas temporalidades sociais, culturais e históricas são perpassadas pela ancestralidade. No contexto de promoção de uma educação antirracista, a educação escolar quilombola tem um papel central, mas para que tenha efetividade em seus propósitos, há necessidade de articulação com a docência quilombola, ou seja, com as práticas educativas que constituem a tradição e a cultura identitária das comunidades pretas. Essa docência está fundada na ancestralidade, cujos principípios são a oralidade e a circularidade, se fazendo presente pelas manifestações culturais, pela memória e pelo compartilhamento comunitário de base territorial, em uma educação para e pela vida. Como tal docência pode contribuir para a constituição de práticas escolares de enfrentamento da colonialidade no contexto da educação escolar quilombola? Esta é a pergunta diretriz desta pesquisa, que teve como lócus uma escola municipal de educação básica situada no Quilombo do Rodeadouro, na área rural do município de Juazerio (Bahia). O objetivo foi compreender a contribuição da docência quilombola na constituição de práticas escolares de enfrentamento da colonialidade, pela oralidade de matriz africana de suas lideranças (neste caso, com ênfase em Dona Ovídia Izabel de Sena). Sua docência contribui para fissurar os muros escolares, na permeabilidade e nas mútuas relações escola-comunidade, tão importantes na educação escolar quilombola. Pautada nos princípios da Pretagogia, a pesquisa contou, além da fala de Dona Ovídia, com a realização de vivências online, na forma rodas de conversa (como proposta de intervenção), com professoras da escola, tendo como objetivo repercutir a docência quilombola e ativar memórias ancestrais. Na circularidade da roda de conversa, as vivências foram momentos de compartrilhamento e de fortalecimento de práticas escolares que tenham como base a oralidade e os conhecimentos culturalmente construídos na vivência comunitária, constituindo-se assim como caminhos de enfrentamento da colonialidade na forma de uma educação antirracista e contextualizada.
- ItemO protagonismo das mulheres agricultoras no Piemonte Da Diamantina/BA: experiências dos quintais às cadernetas agroecológicas(2022-02-22) Lacerda, Tamara Rangel de; Leal, Ione Oliveira Jatobá; Lima, Jamille da Silva; Ferreira, Maria Jucilene Lima; Jalil, Laeticia MedeirosPartindo da compreensão das desigualdades sociais de gênero, raça e classe refletidas na vida das mulheres, e de como o capital se apropria de seus trabalhos, a presente pesquisa participante se estruturou no paradigma materialista histórico-dialético e nas teorias feministas (SILIPRANDI, 2008; SILVA, 2020), trabalho teve como objetivo sistematizar o processo de construção, participação e fortalecimento das protagonistas – agricultoras e técnicas –, através da metodologia das Cadernetas Agroecológicas (CA) no território do Piemonte da Diamantina/BA. A metodologia político-pedagógica das CA’s foi desenvolvida por organizações feministas ligadas ao movimento agroecológico para visibilizar e valorizar os trabalhos das agricultoras, que não costumam ser considerados pela economia clássica, capitalista e patriarcal (TELLES, 2018; CARDOSO et al., 2020). Baseada na economia feminista, portanto, as CA’s tem demonstrado que as agricultoras, além de garantirem segurança e soberania alimentar das famílias, são as guardiãs da agrobiodiversidade e detém conhecimentos fundamentais para a reprodução dos agroecossistemas (JALIL et al., 2019). Olhando por esse viés, de que formas a metodologia político-pedagógica da CA contribuiu para alterar realidades na autonomia das mulheres agricultoras na região do Piemonte da Diamantina na Bahia? Para responder a essa questão, a pesquisa buscou aprofundar os conhecimentos acerca do feminismo e da agroecologia para superação das desigualdades; analisar a contribuição da metodologia das CA’s no assessoramento técnico da COOPESER no âmbito do projeto Pró-Semiárido; sistematizar como se expressam as narrativas das mulheres sobre as relações sociais de gênero e de trabalho no agroecossistema familiar. Foram discutidos os dados sistematizados das CA’s de 32 agricultoras durante um ano, seus mapas da sociobiodiversidade e questionários socioeconômicos, juntamente aos relatos e experiências registradas no diário de bordo, no grupo das agricultoras no whatsapp e nas rodas de conversas online com a equipe técnica. Foi possível identificar que as agricultoras se tornaram mais empoderadas sobre a gestão do agroecossistema e sobre si próprias, despertando maior autoestima e ampliando as participações políticas em seus territórios. Ao analisar o agroecossistema e a divisão sexual do trabalho, foi concluído que todas as agricultoras ocupam a maioria dos subsistemas que produzem renda, em comparação aos seus companheiros. Além disso, são elas que garantem a maior parte das atividades realizadas para a reprodução da vida, como o trabalho doméstico e de cuidados. Mesmo diante de alguns desafios com as anotações, proveniente da sobrecarga de trabalhos, as mulheres demonstraram que desenvolvem o saber-fazer agroecológico principalmente através de seus quintais, onde garantem o autoconsumo familiar, criam redes de solidariedade e se reconhecem enquanto agricultoras. Por outro lado, seu trabalho não se limita apenas ao quintal, sendo preciso garantir que exerçam autonomia em todos os espaços no agroecossistema, na família, nas organizações sociais e nas políticas públicas. A pesquisa também demonstrou como as CA’s beneficiam as agricultoras na abordagem de um assessoramento técnico pautado na pedagogia feminista. A equipe técnica da COOPESER relatou que o trabalho com a metodologia ampliou os olhares para aqueles espaços que sempre estiveram ocupados pelas agricultoras, mas que na dinâmica do ATER convencional ficavam invisibilizadas ou secundarizadas. Como produto de intervenção, etapa inerente ao mestrado profissional, foi proposto o Intercâmbio Feminista Agroecológico para que as agricultoras possam fortalecer sua auto-organização na luta contra as violências machistas e patriarcais nos territórios.
- ItemVisibilizar para somar: contribuições dadas à gestão para o reconhecimento da matripotência na vida escolar(2021-08-30) Rios, Lenizan Passos; Leal, Ione Oliveira Jatobá; Lima, Jamille da Silva; Galrão, Paula da Luz; Almeida, Carla Verônica AlbuquerqueEsta pesquisa, de abordagem qualitativa e realizada sob a perspectiva do método participante, propôs um estudo investigativo acerca de como ocorre a relação entre a gestão e a família dos alunos dos anos finais do Ensino Fundamental de uma escola pública da rede municipal em Jacobina – Bahia. Tal estudo fez-se necessário mediante a constatação da importância da escola e da família, tanto na construção do conhecimento escolar quanto como garantia do princípio da gestão democrática para autonomia escolar. Somado a isso, buscamos a compreensão de como a gestão escolar percebia esta relação, e, em contrapartida, a ótica dessas famílias acerca de sua participação na escola. Conduziu-se este estudo pela observância de que a participação da família na escola, do modo como vem ocorrendo, se dá, majoritariamente, pela participação da mulher neste processo. A ancestralidade reconhece o saber feminino como essência da vida, como fonte da própria vida. E, por este viés, procurou-se, também, analisar o processo históricosociocultural que perpetuou a divisão sexual do trabalho, e, em consequência disso, estabeleceu a ideia de que é à mulher que cabe, exclusivamente, as obrigações com os trabalhos do lar e a responsabilização pela educação dos filhos. Neste intento, diante de tantas atribuições destinadas à mulher-mãe, e estando ciente de que é ela quem está à frente deste processo de acompanhamento escolar, ainda que de maneira (e porque é) considerada insuficiente, objetivou-se investigar como a equipe gestora de uma escola municipal de Jacobina poderia contribuir para o processo de reconhecimento e a valorização da mulher-mãe na vida escolar dos educandos. Como resultado deste estudo, realizamos a rede de escuta e apoio, espaço para o diálogo genuíno entre gestoras e mães, a fim de que constitua, a partir desta ação inicial, um espaço consolidado para esta parceria.