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Navegando por Autor "Lima, Ana de Jesus"

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    Gramaticalização de entender no português moçambicano: de verbo cognitivo a marcador de requisito de apoio discursivo
    (Universidade do Estado da Bahia, 2025-06-11) Lima, Ana de Jesus; Carvalho, Cristina dos Santos; Oliveira, Josane Moreira; Souza, Pedro Daniel dos Santos
    Nesta dissertação, temos como objetivo geral analisar, no português moçambicano (PM), os usos, gramaticalizados ou não, do verbo entender, nas seguintes formas e/ou construções: entende, entendes, entendem, tá entendendo, está a entender, entendeu e entendeste. Mais especificamente, pretendemos: (i) identificar os usos do verbo entender na variedade em questão; (ii) distinguir os usos menos e mais gramaticalizados desse verbo; (iii) descrever a trajetória de gramaticalização dos usos de entender no PM; (iv) verificar quais parâmetros linguísticos estão correlacionados à gramaticalização de entender. Para tanto, baseamo-nos nos pressupostos teórico-metodológicos do Funcionalismo norte-americano (Hopper, 1987; Martelotta; Areas, 2003; Furtado da Cunha; Costa; Cezario, 2003 etc.), especialmente naqueles da abordagem clássica da Gramaticalização (Hopper, 1991; Hopper; Traugott, 2003[1993] etc.), e em trabalhos sobre a trajetória de gramaticalização de verbos que passaram a funcionar também como marcadores discursivos de requisito de apoio discursivo (RAD) (Valle, 2001, 2014; Freitag, 2008 etc.). Para a descrição dos usos de entender, utilizamos dados empíricos do PM contemporâneo (século XXI), extraídos do Corpus do Português (Davies; Ferreira, 2006). Realizamos uma pesquisa de viés metodológico qualiquantitativo, considerando os seguintes parâmetros linguísticos: tempo e modo verbais; pessoa gramatical do sujeito; explicitude/omissão do sujeito; contexto interrogativo/não interrogativo e tipo de pergunta; presença e tipo de complemento verbal; tipo de sequência linguística. Os resultados demonstram que entender tem sido empregado, no PM, como: verbo pleno com diferentes acepções relacionadas à atividade mental (funcionando, portanto, como verbo cognitivo); verbo modal; marcador discursivo do tipo RAD; desses usos, o mais frequente na amostra é o de verbo pleno, que tende a ocorrer no presente do indicativo (nas formas entendem e entende), com sujeito explícito na terceira pessoa do singular (P3), em contexto não interrogativo, com sintagma nominal como complemento e em sequências expositivas. Em relação ao processo de gramaticalização, pudemos: (i) evidenciar uma mudança categorial de verbo pleno para verbo modal, uso em que entender deixa de ser elemento lexical e ganha função gramatical e valor volitivo; (ii) confirmar a hipótese de que o uso como marcador discursivo é o mais gramaticalizado e, consequentemente, mais abstratizado ao exercer funções interacionais. Quanto à correlação entre os usos gramaticalizados e os parâmetros linguísticos considerados na pesquisa, verificamos que entender: (i) como verbo modal, é mais utilizado no pretérito perfeito do indicativo (na forma entendeu), com sujeito explícito na terceira pessoa do singular (P3), em contexto não interrogativo, com oração encaixada não-finita como complemento e em sequências narrativas; (ii) como marcador discursivo, tende a ocorrer mais no presente do indicativo (na forma entendes), com sujeito implícito na segunda pessoa do singular (P2), em contexto interrogativo com pergunta retórica, sem complemento verbal e em sequências argumentativas. Ademais, a partir dos dados examinados, propusemos duas trajetórias de mudança para o verbo entender – verbo pleno > verbo modal e verbo pleno > marcador discursivo –, que ilustram um fenômeno denominado, na literatura funcionalista, de poligramaticalização (Braga; Paiva, 2003). Consideramos que, nas duas trajetórias, há atuação da metáfora como mecanismo motivador das mudanças categoriais de entender.
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