Navegando por Autor "Hora, Raiza Cristina Canuta da"
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- ItemModos de fazer e servir o acará-acarajé: narrativas sobre as aproximações e distanciamentos na contemporaneidade(Universidade do Estado da Bahia, 2024-07-03) Agani, Lébini Bossêdé Honorine; Hora, Raiza Cristina Canuta da; Glória, Priscila Santos da; Oliveira, Luiz Felipe Mendes deA presente monografia se propõe discutir, através do um estudo comparativo, as adaptações e distanciamentos que a iguaria acará sofreu no Brasil desde a chegada dos africanos que foram escravizados, até a contemporaneidade com o tombamento do ofício das baianas de acarajé como patrimônio imaterial. Esse trabalho trilhou todo o caminho da história que envolveu o prato, desde a sua saída da África até a sua chegada ao Brasil, essa trilha levou em consideração a breve história do comércio transatlântico, do trabalho das ganhadeiras nos séculos XVIII e XIX, e como essas mulheres foram se transformando nas baianas de acarajé que conhecemos na contemporaneidade. Além disso, foi apresentado no trabalho através de imagens, os modos de fazer e de servir o acará e o acarajé na atualidade, comparando imagens africanas e brasileiras para compreender as diferenças em o acará e o acarajé. E por fim foram problematizados encontrados na Preservação do Ofício das Baianas do Acarajé como Bem Cultural Imaterial do Brasil, desde o seu tombamento em 2005 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). É importante ressaltar que esse tombamento se deu diante a uma grande representatividade cultural e religiosa para a comunidade negra e afrodescendente brasileira. Ademais, esse ofício é um grande gerador de renda através da venda do acarajé para muitas famílias formadas por mulheres baianas (antigas ganhadeiras), além de tudo isso o acarajé adquiriu no Brasil significados religiosos, tornando-se um símbolo importante das religiões de matriz africana. A pesquisa partiu de uma revisão bibliográfica começando por obras de alguns historiadores, principalmente dos escritores Ferreira (2018) e Paiva (2017), e travando o diálogo da história com a gastronomia, os autores e folcloristas Cascudo (2011) e Raul Lody (2008; 2009 e 2013) são os principais, eles arremataram a importância do acarajé para a cultura afro-brasileira. Enquanto Cecília Soares (1996) foi essencial para conhecermos a história das ganhadeiras que vendiam de tudo na cidade de Salvador nos séculos XVIII E XIX. Além disso, o livro de saberes que consta o tombamento do IPHAN foi um documento fundamental para a análise aqui travada, dele coletamos também imagens dos modos de fazer e servir o acarajé que foram comparadas com imagens do acará coletadas pela minha família no Benin. Dessa forma o método de escrevivência da Conceição Evaristo (2017) possibilitou que a escrita da minha história se elencasse com a história do acará/acarajé.