Navegando por Autor "Guimarães, Francisco Alfredo Morais"
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- ItemAs leis de Jurupari: um estudo sobre as narrativas sagradas de Jurupari no noroeste amazônico(Universidade do Estado da Bahia, 2023-03-30) Silva, Manoel Antunes da; Guimarães, Francisco Alfredo Morais; Cancela, Francisco Eduardo Torres; Urpia, Ana Maria de OliveiraEsta pesquisa de caráter interdisciplinar, envolvendo os campos da História, Antropologia e Psicologia Analítica, procura refletir sobre as narrativas sagradas de Jurupari dos povos indígenas na área cultural do Noroeste Amazônico. A Tradição Sagrada de Jurupari é um fenômeno histórico-cultural que se apresenta em três diferentes aspectos simbólico-ritual: histórias de heróis culturais; instrumentos sagrados e rituais de iniciação masculinos. Busca-se apontar os padrões de comportamento presentes nas narrativas sagradas de Jurupari, compartilhados pelos grupos étnicos de línguas Tukano Oriental, Arawak e Makú. Esta pesquisa tem como objetivo analisar quais são os padrões de comportamento presentes nas narrativas sagradas de Jurupari. Os objetivos específicos são: contextualizar os aspectos culturais e históricos dos povos indígenas do Noroeste Amazônico; identificar como se deu o processo de apropriação da cultura letrada na autoria do intelectual indígena Maximiano José Roberto; descrever as Leis de Jurupari, a fim de distinguir quais são os padrões de comportamento presentes nas narrativas sagradas de Jurupari; bem como interpretar de forma comparativa versões mitológicas dos grupos étnicos Tukano, Desana, Tariano e Baniwa, a fim de indicar os diversos caminhos da individuação da Tradição Sagrada de Jurupari. O paradigma metodológico-guia desta investigação pauta-se na pesquisa exploratória e descritiva, utilizando-se de meios da pesquisa documental e da pesquisa bibliográfica. Como técnica de produção de dados utilizamos uma abordagem qualitativa. Depois de analisar os padrões de comportamento presentes nas narrativas sagradas de Jurupari, o estudo leva às considerações finais de que as realidades míticas produzem modelos de comportamentos opostos/complementares, que conduzem os povos indígenas através de uma “ação simbólica” em direção a um Princípio de Individuação da Tradição de Jurupari.
- ItemAs cartas como vestígios históricos dos caminhos e andanças da primeira missão jesuítica na América portuguesa colonial (1549-1568)(2020-10-27) Jesus, Hélia Regina Mesquita de; Cancela, Francisco Eduardo Torres; Guimarães, Francisco Alfredo Morais; Paraíso, Maria Hilda BaqueiroO presente trabalho se ocupa de investigar as andanças sacerdotais jesuíticas e as relações estabelecidas com os povos indígenas, no início do Brasil Colônia – a temporalidade compreende os anos entre 1549 à 1568, que é quando ocorreram as missões jesuíticas –, a partir das cartas avulsas dos missionários da Companhia de Jesus. Tem-se como objetivo explorar e apresentar os caminhos executados pelos missionários, deixados nos vestígios históricos das documentações consultadas, para estreitar as relações sociais com os povos indígenas no intuito de “catequizar e salvar almas”, mas que em seus bastidores guardava a intenção de facilitar a empresa colonial. Também, como objetivo final desse trabalho, esforçou-se para evidenciar as resistências e negociações indígenas, assim como de que forma ocorreram tais atuações nativas na lida com as atuações missionárias, além das influências indígenas sobre os colonos e indivíduos de origem européia. Para este estudo, usamos como base teórica as discussões propostas por Manuela Carneiro, Maria Regina Celestino, John Manuel Monteiro, Maria Cristina Pompa, Maria Hilda Baqueiro e Pedro Luis Puntoni. Com o método hermenêutico fizemos a crítica documental interna e externamos as informações mais pertinentes para desvelar as ações indígenas na manutenção de sua cultura. Este trabalho buscou realizar um estudo analisando de quais formas as relações estabelecidas entre os missionários da Companhia de Jesus, colonos e os povos indígenas influenciaram na construção de um sistema de relações políticas, culturais e sociais e na formação de uma sociedade complexa, tal qual a conhecemos e temos hoje. Por fim, conclui-se que os povos indígenas protagonizaram ações individuais e coletivas que demonstraram suas negociações e resistências nas relações estabelecidas com os colonizadores e missionários lusitanos.
- ItemDas áfricas aos quilombos: (re) pensando a história do povo negro no sul da Bahia(2022-08-02) Santana, Mauricio; Guimarães, Eduardo Alfredo Morais; Guimarães, Francisco Alfredo Morais; Vazquez, Petilda ServaQuando se trata da história da Bahia, raros são os textos que falam da trajetória dos negros, da existência de quilombos na floresta Atlântica, dos modos de vida de escravizados e escravizadas na região, dos sofrimentos que os negros e negras vivenciaram nessas terras e de sua valorosa contribuição para a economia regional. Em face disso, esta pesquisa teve como objetivo geral investigar quais as contribuições histórico-econômicas dos quilombos que se formaram no Sul e Baixo Sul da Bahia. Especificamente pretende-se resgatar a trajetória da diáspora africana pelo atlântico rumo ao Sul e Baixo Sul da Bahia; discorrer historicamente sobre os quilombos, apontar como eles têm sido compreendidos na contemporaneidade e, por fim, mostrar como a academia, particularmente a baiana, tem lidado com a questão dos quilombos. Para alcançar os objetivos propostos, este estudo foi desenvolvido por meio de uma pesquisa bibliográfica e qualitativa, pois está presente na pesquisa, a percepção quanto a valores, crenças e o posicionamento do pesquisador que atua como uma espécie de intérprete da realidade. Os resultados da pesquisa revelaram um silenciamento acerca dos modos de vida, das práticas agrícolas que garantiram a sustentabilidade dos quilombos e, em particular, acerca do cultivo e do processamento da mandioca, base da alimentação quilombola e do cultivo da mandioca no Sul e Baixo Sul da Bahia. Conclui-se que os quilombos foram muito importantes na economia do Sul e Baixo Sul da Bahia com papel importante no processo de ocupação dos “sertões” haja vista que as comunidades quilombolas remanescentes têm enfrentado, ultimamente, uma perda significativa de direitos.
- ItemHistórias e espelhos: memórias de vida, relatos e experiências de uma educadora indígena(2023-05-23) Cruz, Denizia; Guimarães, Francisco Alfredo Morais; Guimarães, Eduardo Alfredo Morais; Brito, Edson Machado de (Edson Kayapó)Esta dissertação tem como objeto de estudo a minha trajetória como estudante indígena dentro e fora da comunidade Kariri-Xocó, relatando memórias e tradições que reunidas se transformam em narrativas vivas que se traduzem em histórias a serem contadas. Sendo este um trabalho de cunho autobiográfico e considerando seu caráter histórico, foram tomadas como fontes primárias documentos históricos que tratam da história do meu povo, material bibliográfico devidamente referenciado, entrevistas dentro da comunidade envolvendo anciões, mestres, professores, além, é claro, das minhas memórias e experiências vividas como mulher indígena. A apresentação da minha história é entrelaçada com a história familiar e de parentes indígenas, como forma de ampliar o olhar sobre a história da Educação Kariri-Xocó. Nesse sentido, esta dissertação escava a história, passando pelas crises identitárias, pelas lutas territoriais, pelos processos de resistência, pelos problemas enfrentados pela Educação Escolar Indígena, pelos problemas socioculturais, de saúde, subsistência, geração de renda, passando, além disso, pelo ideal do Bem Viver indígena. Apresentamos, inicialmente, a metodologia utilizada, a estrutura através da qual organizamos esta pesquisa, trazemos ainda uma explanação sobre os procedimentos metodológicos da pesquisa em relação ao trabalho de campo. No capítulo seguinte, abordamos a minha trajetória de aluna a professora, falando sobre minha experiência educacional, destacando eventos que marcaram minha passagem pela escola. Em Narrativas e memórias de um povo, último capítulo desta dissertação, exploramos os depoimentos colhidos na comunidade Kariri-Xocó, de pessoas mais velhas e daqueles que tiveram e/ou têm uma atuação de destaque nos contextos da Educação Escolar Indígena. Por fim, chegamos ao entendimento de que compreender a minha trajetória de vida, especialmente no âmbito da Educação Escolar Indígena, de estudante a educadora, ajuda a pensar a história da Educação na comunidade Kariri-Xocó, e vice-versa
- ItemPovo Tapeba: história da luta pelo reconhecimento étnico e o direito às terras da antiga aldeia de nossa Senhora dos Prazeres de Caucaia(2020) Mesquita, Joaquim Teixeira Pinto de; Guimarães, Francisco Alfredo Morais; Paraíso, Maria Hilda Baqueiro; Santos, Fabrício LyrioAté a década de 1980, a historiografia apontava para a extinção dos povos indígenas no Ceará. Por esse motivo, esta dissertação versa sobre o processo de reafirmação da identidade étnica e a mobilização política do povo Tapeba pelo reconhecimento de seus direitos pelo Estado brasileiro. O objetivo central é analisar como ocorreu o processo de organização e fortalecimento da identidade Tapeba desde o início de 1984, buscando compreender a importância da memória, da oralidade e de práticas culturais na reestruturação política desse povo indígena que, nas décadas de 80 e 90, passou a reivindicar publicamente o reconhecimento de sua identidade e, consequentemente, o direito às terras do antigo aldeamento de Nossa Senhora dos Prazeres de Caucaia