Navegando por Autor "Freitas, Ricardo Oliveira de"
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- ItemJohnnie Walker: um estudo sobre os processos de significação em uma campanha antológica(2017-04-28) Silva, Poliana Pereira da; Freitas, Ricardo Oliveira de; Santana Neto, João Antônio de; Silva, Célia Regina daO objetivo principal dessa dissertação foi analisar, com base nos estudos da Antropologia do Consumo, a partir dos trabalhos desenvolvidos por Everardo Rocha (1995, 2000, 2005); Mary Douglas e Baron Isherwood (2013) e dos estudos semiológicos de Jean Baudrillard (1995, 2008, 2015), uma campanha publicitária assinada pela Johnnie Walker, a marca de whisky mais vendida do mundo. A campanha foi lançada mundialmente em 2002 e publicada, entre outras mídias, em cartão postal, antigo formato de anúncio publicitário. Batizada de Quotes, ela se destacou por citar (quotes = citações) trechos de discursos atribuídos a nomes importantes da literatura mundial, da filosofia, da política e da ciência, coligidos sob o tema do progresso pessoal. Dessas citações, cinco foram escolhidas para a análise, buscando responder às seguintes questões: a) Qual a relação entre as citações, o slogan e a marca? b) A partir das citações e dos seus contextos sócio-históricos, quais os valores e as visões de mundo que estariam ligados à ideia de progresso, de acordo com a campanha? c) Como o produto é representado na campanha? O método utilizado foi a semiótica de base peirceana. Os resultados do estudo revelam a importância da publicidade, sobretudo das campanhas institucionais, para conferir e manter uma identidade à marca e, ao mesmo tempo, ao produto, libertando-o do anonimato e da impessoalidade a que ele está exposto na esfera da produção industrial. Por meio da análise das citações, dos seus processos sócio-históricos de produção, foi possível compreender que o progresso pessoal, na perspectiva da campanha, encontra-se alicerçado em valores como esperança, coragem, persistência etc. em uma visão de mundo que acredita na autossuperação, no ser humano e no seu potencial para vencer adversidades. A partir desses valores, que se apresentam sob metáforas, associados à marca e ao seu slogan, a campanha transforma o objeto em signo, em um processo no qual a publicidade funciona como operador totêmico.
- ItemMicareta de Feira de Santana: cultura de massa e produto(Universidade do Estado da Bahia, ) Ferreira, Regina Beatriz Suzarte; Freitas, Ricardo Oliveira de; Félix, José Carlos; Silva, Célia Regina daEsta dissertação aborda a Micareta de Feira de Santana enquanto produto de consumo, destacando suas características, próprias da cultura de massa, que são ao mesmo tempo, parte integrante da festa e também possível instrumento de opressão, resistência e liberdade, a depender da perspectiva em que é observada ou vivida. O principal objetivo deste estudo, por sua vez, é investigar como tais características se configuram no contexto atual da micareta de Feira de Santana, destacando a micareta como uma zona de fronteira entre as formas da “Cultura de Massa” e o riso do “Coro popular”, ou seja, a micareta feirense como um espaço de coexistência entre os múltiplos e os diferentes. Buscou-se através desta pesquisa investigar o contexto da micareta feirense com a cooperação e participação de membros representativos das agremiações e comunidades ‘micaretescas’, lançando mão assim, no que diz respeito ao procedimento de coleta, da Pesquisa-ação. Tratou-se, portanto, de uma pesquisa/intervenção, inserida no âmbito das abordagens qualitativas, que enfatizam as significações e sentidos dos que participam da ação. A partir dessa trajetória de estudos e pesquisas, tornou-se possível o parecer de que no nosso ‘carnaval fora de época’ há espaço para todos, a despeito de um cenário tripartido, à revelia de foliões armados travestidos de policiais convocados para manter a ordem e a paz nos espaços em a festa acontece, e apesar da tentativa frenética de reprimir os excessos e a orgia que elegem a celebração. Todos os espaços são festa, som, prazer, caos e alegria: circuitos, camarotes, dentro e fora das cordas, à frente ou atrás do trio, fora ou dentro das residências, Feira de Santana se torna festa, se torna alegria, se torna micareta. Nos seus quatro dias, a folia é vivida por todos os foliões feirenses, ultrapassando as distâncias, as cordas, as diferenças, as hierarquias, a desigualdade, as injustiças, os deveres, as regras e o cotidiano tão irreal nesses dias momescos.
- ItemO itinerário da contracultura em anos 70 Bahia e malucos de estrada: do não lugar ao lugar de memória(Universidade do Estado da Bahia, 2019-06-03) Silva Neto, Cláudio Antonio da; Félix, José Carlos; Costa, Edil Silva; Freitas, Ricardo Oliveira deO objetivo principal nesta pesquisa é analisar as manifestações da contracultura em território nacional, a partir das narrativas presentes nos fragmentos escritos do livro Anos 70 Bahia, de Luiz Afonso e Sérgio Siqueira (2017), e nas poéticas orais dos entrevistados no documentário Malucos de estrada – parte II – Cultura de BR, de Rafael Lage (2015), com foco nas relações entre sujeitos, espaços e produções artísticas de caráter político. Tendo em vista que o deslocamento é um pressuposto das representações pontuadas no decorrer do trabalho, as poéticas espaciais serão postuladas em metalinguagem ao nomadismo dos seus sujeitos, estabelecendo relações entre os espaços de transitoriedade, os não lugares, conceito de Marc Augé (2012), assim como os espaços de entidades simbólicas e os lugares de memória, conceitos de Pierre Nora (1996). Os processos de construção dessas obras também serão analisados a partir das poéticas do espaço e, por consequência disso, do deslocamento, de modo a trilhar o itinerário do texto, que atravessará fronteiras, tanto entre os objetos quanto entre estes e seus modos de produção. Nesse sentido, adota¬se a abordagem qualitativa, de cunho bibliográfico, para buscar compreender quais encontros e desencontros de sentidos essas narrativas poderão produzir. Em relação ao documentário, através das perspectivas acerca das poéticas orais e seus registros, e com base em Paul Zumthor (2005), Jerusa Pires Ferreira (2003), Edil Silva Costa (2005) e Frederico Augusto Garcia Fernandes (2007), serão analisadas as performances dos sujeitos que se apresentam como “maluco de estrada”, tomando distância do que a sociedade identifica como hippie. Além disso, a pesquisa contemplará a questão do fazer artístico para o ciberespaço, oportunidade em que serão retratados os conflitos entre os “malucos de estrada” e o Estado, na luta pelo espaço público, e também parte das manifestações de ciberartivismo em defesa dos direitos humanos, sociais e culturais, com base em Ricardo Oliveira de Freitas (2007), quando a discussão sobre a utilização das mídias alternativas para laborar manifestações artísticas politizadas será aprofundada.
- ItemPrática de fãs no pagode baiano: profanações e estrátegias discursivas no youtube(Universidade do Estado da Bahia, ) Barbosa, Helen Campos; Alves, Arivaldo de Lima; Freitas, Ricardo Oliveira de; Filho, Jorge Luiz Cunha CardosoEsta dissertação trata das práticas de fãs de pagode baiano a partir das alternativas de produção de conteúdo criadas pelo acesso as novas tecnologias midiáticas que funcionam como dispositivos agambianos. Numa complexa rede de interatividade, o uso criativo das mídias emergentes, transformações de mercado e do ambiente cultural constituem novas formas de construção de juízo valorativo sobre música com a prática de um consumidor ativo - prosumidor. A cultura participativa encontra nesse contexto o fortalecimento de outras rotas de expressão que provoca profundas transformações nas interações individuais e sociais. Nesse sentido, buscamos refletir e investigar, especificamente no canal de compartilhamento YouTube, como a internet e a instauração de novas possibilidades de produção, distribuição e fruição estéticas permitem que o consumidor de música também constitua um lugar de fala sobre o que consome provocando deslocamentos ou pelo menos tensões na hierarquia da mediação musical.