Navegando por Autor "Franco, Amanda Pinto"
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- ItemA literatura regionalista de 1930 e a construção da identidade nordestina sertaneja no ensino médio(UNEB, 2020-02-13) Franco, Amanda Pinto; Santos, Cosme Batista dos; Carvalho, Luzineide Dourado; Barbosa, Clarissa Loureiro MarinhoEsta pesquisa investigou como os estudantes do 3º ano da Escola de Referência em Ensino Médio Clementino Coelho (EREMCC), que fica em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, reconhecem os aspectos identitários do nordestino sertanejo e do Sertão do Nordeste que estão presentes nos livros literários do Regionalismo de 1930, “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos, e “O Quinze”, de Rachel de Queiroz. As duas obras possuem grande importância para o movimento modernista e, atualmente, décadas após suas publicações, são vistas como referências à época. Para este estudo, foi necessário um aprofundamento teórico discursivo acerca de literatura, letramento, estereótipo, identidade, entre outras temáticas, que dão embasamento às análises. Autores como Albuquerque Jr.(2009) traz à tona os discursos sobre a invenção do Nordeste e como estes estão presentes nas obras literárias. Carvalho e Reis (2013) e Martins (2004) explanam sobre a Educação Contextualizada para a Convivência com o Semiárido (ECSAB) (focada no ensino da literatura para uma dimensão intercultural de letramento) Geertz (2008), Candau (2016) e Santiago (2013) desenvolvem pensamentos sobre educação e interculturalidade e isso interliga aos conceitos apresentados por Street (2014), Souza e Cosson (2011) acerca do letramento, pois este, para ser eficiente, precisa ser contextualizado, interculturalizado. Cândido (1995) e Bosi (1994) discorrem sobre a literatura Regionalista de 1930 e como o nordestino começou a aparecer nela. Essa concepção de literatura vai apontar para o estudo dos romances “O Quinze” e “Vidas Secas”. Os conceitos sobre identidade são apresentados por Hall (2003). Silveira e Córdova (2009), Prodanov e Freitas (2013) auxiliaram no desenvolvimento metodológico da pesquisa, bem como Ludke e André (2013). O estudo que possui cunho qualitativo- descritivo foi desenvolvido em duas turmas da EREMCC, o “3º A” e “3º B”. Como procedimentos de coleta de dados foram utilizados a observação direta, entrevistas semiabertas e análise documental. Eles serão necessários para que ocorra a investigação. Autores como Ludke e André (2013), Marconi e Lakatos (2009) e Minayo (2005) deram um suporte metodológico que esclareceu sobre o caminho seguido metodologicamente. Para responder ao principal questionamento desta pesquisa, foi feita análise dos “signos de nordestinidade sertaneja” presentes nos livros citados, assim como análise do livro didático, da observação da transposição didática do docente e da entrevista feita com o professor, além de uma análise das entrevistas com os alunos, que são o ponto central deste estudo. Ao final foi realizada a triangulação metodológica dos dados coletados e, desta forma, foi possível notar que os livros, sozinhos, não possuem tanta influência no imaginário dos estudantes quando comparado à forma pela qual eles são transpostos (seja pela mídia, pelo cinema ou pela transposição didática em sala de aula). Isso influencia bastante em como eles enxergam o nordeste sertanejo descrito nos livros literários.