Navegando por Autor "França, Thiago Alves"
Agora exibindo 1 - 3 de 3
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemA corporeidade negra/gay em "contos negreiros"(UNEB, 2023-12-11) Landin Neto, Américo Paes; França, Thiago Alves; Santos, Rogério Luid Modesto dos; Oliveira, Fabio AraujoEste trabalho tem como objetivo analisar, a partir das lentes da Análise de Discurso Materialista (AD), as representações sobre a corporeidade negra/gay a partir da obraliterária “Contos Negreiros”, de Marcelino Freire, com enfoque nos efeitos de sentidos produzido por/para ou “ao redor” do que é enunciado por um autor branco, olhando especialmente para a afirmação de que a forma como os personagens são (re)construídos reforça um imaginário sobre sujeitos concretos. Nesta pesquisa, fizemos uma investigação sobre o funcionamento do imaginário sócio-histórico e cultural que autoriza a (re)produção dos efeitos de hipersexualização encontrados na obra. Examinamos como essas representações são influenciadas pelo discurso colonial e pelo discurso “pseudocientífico” que contribui para a construção do imaginário relacionado ao sujeito negros/gay. Além disso, abordamos a relação entre o autor, homem branco, produtor de um discurso reforçado pelo cânone literário, enquanto aparelho ideológico, e a representação feita por ele da(s) comunidade(s) negra/gay. Nesse sentido, a análise se concentrou em trechos específicos da obra, transformados em Sequencias Discursivas, que puseram à prova algumas hipóteses, entre elas a de que a forma como o autor (re) produz a hipersexualização como meio de representação limita as relações amorosas e sexuais dos sujeitos negros/gays à forma majoritária como seus corpos são socialmente interpretados. Neste trabalho, pudemos observar que a existência de uma cultura hegemônica brancocêntrica e heteronormativa acaba por explorar a estigmatização da estética negra. Dessa forma, a obra “Contos Negreiros” reflete e reforça essa dinâmica, contribuindo para a perpetuação de padrões discriminatórios na sociedade. Ao final desta pesquisa, pudemos compreender que a problemática da hipersexualização, a partir daquilo que não é dito, faz com que sujeitos masculinos interseccionalizados nas condições negra/gay sejam sujeitos aos quais se atribuem a ideia de não estabelecimentos de vínculos amorosos afetivos e efetivos. Por fim, dizemos que a desconstrução desses estereótipos é crucial para uma leitura mais justa e equitativa, visando a promover uma compreensão mais ampla e humana da diversidade de experiências presentes nos discursos contemporâneos.
- ItemAs aparências enganam: a leitura de publicidades relacionadas ao consumismo na aula de Língua Portuguesa dos anos finais do Ensino Fundamental(UNEB - Departamento de Ciências Humanas - Campus V - Santo Antonio de Jesus, 2024-03-25) Souza, José Rogério Dias de; Oliveira, Fábio Araújo; França, Thiago Alves; Lima, Marcus Antônio AssisNeste trabalho de pesquisa embasado pela teoria da Análise de Discurso de Michel Pêcheux, versamos sobre a questão da leitura do gênero discursivo publicidade, realizada em sala de aula com um grupo de educandos dos anos finais do Ensino Fundamental. Nosso principal objetivo é analisar, a partir da leitura, o funcionamento e os efeitos de sentidos do gênero, considerando sua provável influência para o aumento do consumismo. Incialmente, realizamos uma Atividade Diagnóstica cujas inferências apresentaram os gestos de leitura realizados pelos participantes. Destacamos que estes gestos se dão em virtude da sua constituição enquanto sujeito sócio-histórico atravessados ideologicamente. A Atividade Diagnóstica culminou na produção de uma Sequência Didática, que reforça nossas proposições pretendidas no objetivo inicial, e tem a intenção de servir como uma possibilidade de formar leitores críticos e participativos em seu cotidiano através da leitura e análise do funcionamento, formulação, constituição e circulação do gênero discursivo publicidade. Para fomentar e ampliar teoricamente os nossos objetivos, confrontamos as proposições de leitura dos Parâmetros Curriculares Nacionais e da Base Nacional Comum Curricular com a proposta de leitura da Análise de Discurso pecheutiana, cujas ideais estão na possibilidade de significar um mesmo texto de forma diferente. Por essa perspectiva, os gestos de leitura não são fixos, nem predeterminados, são heterogêneos. Propusemos e analisamos as atividades realizadas pelos participantes da pesquisa nas duas etapas: Atividade Diagnóstica e Sequência Didática. Os resultados obtidos a partir das análises tornaram-se capítulos desta pesquisa e evidenciam que o processo de leitura deve ser constituído socialmente, destacando a necessidade em trabalharmos a leitura rompendo a barreira da previsibilidade.
- Item(Discursi)vivências de corpos dissidentes no ambiente escolar: algumas leituras discursivas(Universidade do Estado da Bahia, 2023-12-15) Silva, Thiago Carneiro da; Nunes, Oliver França; França, Thiago Alves; Corrêa, Diego Carvalho; Melo, Sandra Cristina Lousada de; Silva, Cláudia Rocha daEsta pesquisa surge a partir das nossas vivências no ambiente escolar, enquanto corpos que dissidem gênero, sexualidade e raça. Nosso questionamento inicial foi: o que a escuta discursiva de sujeitos expulsáveis pode “revelar” sobre as relações de poder e de resistência no ambiente escolar? É nessa perspectiva que seguimos o nosso objetivo principal de compreender, através da escuta discursiva, o funcionamento de relações de poder no ambiente escolar, sobretudo no que tange à vivência de corpos dissidentes. A análise das Sequências Discursivas, produzidas a partir de duas entrevistas, foi realizada através da Análise de Discurso pecheutiana, introduzida no Brasil por Eni Orlandi. O texto se organiza a partir de diálogos mobilizados através de alguns teóricos principais e seguindo a seguinte sequência: i) “Entre a máquina de expulsão e espaço do acolhimento: breves reflexões sobre a história da escola”, quando pensamos com Bourdieu (1988), Freire (1969), Preciado (2014) e Vergueiro (2016); ii) “Discussões e análises”, dialogando com Indursky (2011), Lagazzi (1998), Orlandi (2002), Foucault (2004; 2001). A partir dos movimentos de análise, compreendemos que a escuta discursiva é uma prática fundamental para colocar em destaque os sentidos de escola, que, ao mesmo tempo que pode acolher, também pode provocar fissuras violentas na formação identitária de corpos dissidentes.