Navegando por Autor "Fornari, Liége Maria Sitja"
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- ItemCartografias da formação docente: dobras do acontecimento(2017-12-14) Silva, Ramires Fonseca; Fornari, Liége Maria Sitja; Galeffi, Dante Augusto; Reis, Leonardo Rangel dosO presente trabalho tem como objetivo analisar linhas de encontros e de desencontros entre o pensamento filosófico criado por Gilles Deleuze e Félix Guattari no contexto da filosofia da diferença e os discursos que predominam no campo da formação docente contemporânea. A filosofia da diferença discutida pelos autores franceses tem como prerrogativa nuclear a concepção de multiplicidades, que, por sua vez, dissolve as fronteiras existentes entre filosofia e outras potências do pensamento – ciências e artes –. Por conseguinte, este trabalho pontua elementos da heterogeneidade sobre o processo de formatividade, diante da emergência do pensamento representacional que tem na identidade seu elo central na territorialidade do estabelecido. A investigação situa-se na perspectiva de ampliar o olhar sobre a formatividade docente, a partir do horizonte dobradiço da diferença em seus aspectos moventes, solo fértil para a germinação de devires criativos. Retirando da identidade a força de galvanizar princípios que levam à homogeneidade, ao contrário, identificamos, principalmente no pensar deleuziano, a possibilidade de deslocar o exercício do pensamento para o lado da ambiência rizomática, onde o experienciar a realidade, nas suas múltiplas possibilidades, favorece a modos de subjetividades que trazem potencialidades e virtualidades inventivas na processualidade formativa. Utilizamos para tal intento, procedimentos cartográficos como modos de conceber a variabilidade de encontros que escorrem em distintas direções, favorecendo potencialidades acontecimentais diante de itinerâncias no plano educacional de imanência. Forjamos, com isso, a possibilidade de discutir eixos intensivos espraiados no percurso formativo que desencadeia gatilhos criativos. A pesquisa insere-se, portanto, no campo da filosofia da formatividade docente, numa abordagem qualitativa, de exploração conceitual, privilegiando um tensionamento epistemológico.
- ItemA experiência e os seus sentidos existenciais na formação docente(2017-04-07) Silva, Rebecca Machado Oliveira da; Fornari, Liége Maria Sitja; Reis, Leonardo Rangel dos; Sá, Maria Roseli Gomes Brito de; Leiro, Augusto Cesar RiosA dissertação trata do fenômeno da formação docente, que emana da experiência e dos seus sentidos existenciais no exercício profissional de professoras que atuam na Educação Infantil. Este trabalho propõe aproximações teóricas com a hermenêutica fenomenológica de Heidegger e Gadamer a fim de compreender como se mostra a experiência na formação docente a partir das narrativas de nove professoras de um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) na cidade de Salvador, sobre a sua formação inicial, formação continuada, práxis pedagógica e a relação com a educação infantil. A formação de professores é concebida no presente estudo como fenômeno complexo, tomando como fundamento interpretativo da experiência as relações que se estabelecem com a “vida/presença” do ser professor, com as relações de “tempo/espaço” estabelecidas na formação e com a “profissionalidade/criação” que emana da própria docência. Buscou-se, nos percursos vividos pelas professoras, a sua experiência e existencialidade, tendo como aporte metodológico as entrevistas narrativas e a própria hermenêutica fenomenológica. A pesquisa se inscreveu nas itinerâncias das professoras em exercício, dando à experiência e aos seus sentidos existenciais um lugar de destaque na formação, passando pela constatação de que o professor constrói o seu saber ao longo da sua história de vida. A experiência, nesta perspectiva, abre caminhos e possibilidades para se repensar os saberes que emanam na formação num sentido mais existencial.
- ItemA roda de capoeira como espaço formativo nas aulas de educação física(2018-09-24) Sousa, Francisco de Sales Araújo; Fornari, Liége Maria Sitja; Abib, Pedro Rodolpho Jungers; Souza, Sueli Ribeiro MotaO estudo aqui apresentado, sob o título A roda de capoeira como espaço formativo nas aulas de Educação Física, tem como fenômeno de pesquisa a Capoeira como conteúdo de Educação Física do ensino fundamental II. Compreender a relação entre Educação Física escolar, corporeidade e capoeira, implica no debate sobre como esses fenômenos estão compondo o repertório dos que lidam diretamente com os processos de ressignificação dos sujeitos, ou seja, com a formação/preparação das novas gerações. A presença da capoeira na aula de Educação Física como expressão cultural de origem popular ancorada na cultura de matriz africana pode apresentar elementos simbólicos capazes de estimular outras percepções, outras subjetividades, uma diversidade de formas outras de pensar o mundo e suas relações que diferem da lógica universalizante do projeto cartesiano para a modernidade. O objetivo é apreender a partir da percepção de professores de Educação Física (Licenciados) de Escolas Municipais do Ensino Fundamental II, no município de Jacobina - Ba (lócus da pesquisa), quais os sentidos que a Capoeira, enquanto conteúdo escolar, toma para estes sujeitos e quais suas potencialidades formativas, considerando que esta experiência é construída/elaborada subjetivamente na vivência dessa ação corporal. Optei por uma abordagem qualitativa, de inspiração fenomenológica, com base nos estudos de Merleau Ponty, sobre a fenomenologia da percepção. Entrevistei os/as cinco professores/as licenciados em Educação Física que atuam no Ensino Fundamental II na sede do município. O tratamento dos dados foi a técnica da análise de conteúdo de Bardin, em entrevista semi-estruturada. Compartilho a opinião de que os cursos de formação de professores precisam engendrar currículo(s) capaz(es) de deslocar verdades universais. O que significa partir da compreensão de que as coisas mudam quando se “oxigenam” de outros ares, de outras formas de ver e de ler o mundo, portanto de outras epistemologias. A presença da capoeira na aula de Educação Física como expressão cultural de origem popular ancorada na cultura de matriz africana apresenta elementos simbólicos capazes de estimular outras percepções, outras subjetividades. Assim, a educação pode desenhar diferentes caminhos para as sociedades contemporâneas, sobretudo no que diz respeito ao corpo, enquanto lugar no qual as experiências subjetivas são vivenciadas e expressadas.