Navegando por Autor "Filho, Raphael Rodrigues Vieira"
Agora exibindo 1 - 8 de 8
Resultados por página
Opções de Ordenação
- Item“Atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu”: o impacto do trio elétrico no carnaval soteropolitano (1951-1975).(Universidade do Estado da Bahia, 2015-11-30) Quintino, Rosimario de Aragão; Correa, Priscila Gomes; Moura, Milton de Araújo; Filho, Raphael Rodrigues VieiraO presente trabalho tem como objetivo analisar o surgimento e o processo de consolidação do trio elétrico no carnaval soteropolitano entre os anos 1951-1975. O carnaval em Salvador ao longo do tempo se configurou como um espaço marcado pelas constantes disputas por participação social, e o trio elétrico surge nessa festa em um momento de acirramento dessas disputas. Motivado pelo desfile do clube carnavalesco pernambucano, Vassourinhas, nas ruas da capital baiana no início da década de 1950, o trio elétrico possui duas datas para sua primeira apresentação no carnaval soteropolitano e teve uma participação ativa no processo de reconfiguração do modelo festivo por qual passou o carnaval em Salvador entre os anos 50 e 70 do século XX. Este trabalho “conta” uma história do trio elétrico no carnaval soteropolitano nos 25 anos iniciais de participação do mesmo nessa festa, a partir das narrativas de jornais soteropolitanos do período. Também utilizamos obras bibliográficas que versam sobre o carnaval de Salvador e memórias que possibilitam perceber a dinâmica dessa festa e a atuação do trio elétrico na mesma. Inserido em um contexto de transformações no carnaval da capital baiana, o trio elétrico em 25 anos conseguiu um papel de destaque nessa festa, sendo apropriado e transformado em expressão carnavalesca caracterizadora do carnaval soteropolitano, uma importante ferramenta na promoção turística e um ícone dessa festa.
- ItemEducação infantil e diversidade religiosa: um olhar a partir de um CMEI, do subúrbio ferroviário na cidade de Salvador(2015-05-22) Borges, Luana Vidal dos Santos; Santos, Luciano Costa; Macedo, Roberto Sidnei Alves; Souza, Sueli Ribeiro Mota; Filho, Raphael Rodrigues VieiraEsta dissertação analisa qual o tratamento dado à religiosidade na educação infantil escolar, com ênfase no aspecto da diversidade religiosa e como as crianças se relacionam com a dimensão religiosa neste espaço, isso dentro do contexto de um CMEI- Centro Municipal de Educação infantil. A abordagem de inspiração etnográfica foi a escolha metodológica, tendo na entrevista-conversa um grande aliado apontado por Saramago (2001). Nos capítulos que compõem o texto iniciamos com uma revisão histórica para entendermos como chegamos aos CMEIs de hoje, além de perceber como a sociedade da época pensou e fez surgir as creches. Para isso contamos com a contribuição de Civiletti (1991), Dias e Macedo(2012), Rosemberg(1999). Esta última ainda nos possibilitou perceber a intersecção entre as desigualdades de raça e gênero na política de expansão das creches brasileira na década de 90. Ainda, tivemos autores como Krammer(2009); Abramowicz (2005); Kulmann Jr. (1998); Silva (2000); Pires(2010); Vanderbroeck(2013); Cavalleiro(2000) dentre outros compondo nosso quadro teórico. Os dados do campo foram colhidos através de observação da rotina, questionários, entrevistas, documentos institucionais e entrevista-conversa com as crianças nos permitiu compreender as questões propostas por este texto no que tange a diversidade religiosa no espaço do CMEI. O empoderamento das crianças de religiões cristã paralelo ao silenciamento das crianças de religiões de matriz africana é destacado na trajetória da pesquisa, sendo reforçado inclusive através da fala dos profissionais de educação que lidam com as crianças diariamente. Percebemos ainda os ganhos em se tratar de uma instituição de referência e também, as limitações causadas por uma formação deficiente acerca dos temas propostos nesta dissertação.
- ItemEscola mãe Hilda: território insurgente da pedagogia da ancestralidade antirracista(2020-12-21) Santos, Aurelielza Nascimento; Brito, Gilmário Moreira; Silva, Jamile Borges da; Filho, Raphael Rodrigues VieiraEsta pesquisa apresenta reflexões no campo da Educação, a partir da contemporaneidade, e versa diálogos com a Geografia de acordo com as insurgências que potencializam o território que se configura na construção do Território Jitolu, no Curuzu/Liberdade, no município de Salvador – BA. O lócus da pesquisa é a Escola Mãe Hilda, materializada pelas forças ancestrais do Terreiro Ilê Axé Jitolu para a atuação da educação como prática da liberdade e das ações afirmativas, tendo como prioridade as lutas insurgentes do movimento negro educador atuante nesse quilombo da resistência, onde as sementes foram lançadas no solo fértil do Curuzu e onde nasceu a árvore frondosa semeada sobre as bênçãos do Axé pela Yalorixá Mãe Hilda Jitolu, que abriu as portas do Terreiro Ilê Axé Jitolu para apoiar o Bloco Ilê Aiyê e também a realização de um sonho – a construção da escola. Assim, essa dissertação analisa como a Escola Mãe Hilda, ancorada na pedagogia da ancestralidade antirracista e dos dispositivos pedagógicos, potencializa o fazer pedagógico através das insurgências para o enfrentamento do racismo estrutural e consolida suas práticas pautadas nas relações étnicoraciais e de forças ancestrais que reverberam e valorizam o legado africano e da diáspora. Esses processos civilizatórios salvaguardam a diversidade, a alteridade, a diferença e a pluralidade cultural que se materializam na Escola Mãe Hilda de acordo com o que postula a Lei nº 10.639/03 e a Lei nº 11.645/08. A metodologia utilizada nesse estudo tem como base a análise dos dados qualitativos, de inspiração etnográfica, a partir da investigação da atuação política e combativa do Ilê Aiyê e de suas práticas pedagógicas de valorização da educação para as relações ético-raciais, pautadas nas ações realizadas na Escola Mãe Hilda. Através das narrativas do movimento educador, o Ilê Aiyê e as vozes das intelectuais negras consolidam a pedagogia da ancestralidade antirracista alicerçados em dispositivos pedagógicos. Concluímos que é necessário tecer olhares críticos, bem como reconhecer a atuação pioneira do movimento negro educador e da prática pedagógica da Escola Mãe Hilda, entrelaçados pela tríade terreiro, bloco e escola, para a promoção da educação como mobilidade social ancorada no legado da ancestralidade africana e afro-brasileiros na diáspora na atuação antirracista.
- ItemMuseu virtual de contos africanos e itan: contribuições à implementação da Lei nº 10.639/03(2017-05-30) Reis, Larissa de Souza; Matta, Alfredo Eurico Rodrigues; Oliveira, Eduardo David de; Filho, Raphael Rodrigues VieiraEste trabalho aborda o desenvolvimento de um museu virtual sobre contos africanos e itan no ensino fundamental I e foi patenteado em uma escola municipal de Salvador. A investigação utilizou a abordagem metodológica intitulada “Design Based Research” (DBR) ou Pesquisa de Desenvolvimento, considerando o seu aspecto de pesquisa aplicada que reconhece a comunidade participante como membro integrado e colaborativo à pesquisa. O projeto tem como instrumentos de coleta de dados: a observação participante, o diário de bordo, o protocolo de atividades, o gravador de áudio, conversas informais e a entrevista semiestruturada. O processo educativo envolveu práticas pedagógicas em duas classes do 4º ano da escola referida, com crianças de 9 a 12 anos de idade. As etapas educativas contemplaram o estudo de narrativas africanas de origens banto e iorubá, por meio de: leituras, exercícios, dinâmicas e oficinas artísticas de desenho, recorte e colagem, pintura e teatro, rumo a construção e produção colaborativa do museu indicado. O projeto oferece possibilidades ao processo de ensino-aprendizagem da temática relacionada a História e a Cultura Afro-Brasileira, enquanto proposta descolonizadora que valoriza novos olhares em torno de recursos didáticopedagógicos, em aproximação a conteúdos digitais, para o combate ao racismo e à valorização da diversidade étnico-racial na educação básica.
- ItemNegócios entre senhores: o comércio de escravos em Feira de Sant'anna (1850-1888)(Universidade do Estado da Bahia, 2011-11-12) Hora, Ana Paula Cruz Carvalho da; Filho, Raphael Rodrigues Vieira; Amaral, Sharyse Piroupo do; Miranda, Carmélia AparecidaA partir de 1850, com o fim do tráfico de escravos africanos para o Brasil, a principal fonte de cativos para as regiões mais prósperas, principalmente Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, foi o Nordeste. Nesse contexto, a Bahia foi uma das grandes fornecedoras de mão de obra cativa, e Feira de Santana teve uma acentuada participação nessa nova realidade, uma vez que compradores se associavam a comerciantes e agropecuaristas locais com a finalidade de comprar e vender escravos para fora da província. O objetivo desse trabalho é investigar o comércio de escravos que se estabeleceu em Feira de Santana entre 1850 a 1888, bem como a participação de grandes e pequenos agropecuaristas e comerciantes da cidade nesse negócio e as formas que encontraram para obter lucros com esse tipo de comércio. Com isso, além de discutir algumas das experiências das pessoas escravas nesta região, buscamos demonstrar a importância da mão de obra cativa para a economia da Feira de Santana Oitocentista, contrapondo a tese de Rollie E. Poppino de que o escravo representou um papel pouco importante na economia do município. Discutiremos, também, as leis e regulamentos tributários que incidiram sobre o comércio de cativos na Bahia, considerando divergências políticas e as motivações que havia por trás dessas leis. Além disso, analisaremos como parte da sociedade se posicionava diante dessa realidade e como o interior da Bahia se inseriu nesse contexto. Para tanto utilizamos como fonte escrituras de compra e venda, cartas de alforria, procurações, jornais, relatórios de autoridades, Anaes da Assembleia Legislativa da Bahia, Atas da Câmara Municipal de Feira de Santana, processo crime e a “Legislação da Província da Bahia sobre o negro”.
- ItemQual a parte que te cabe deste latifúndio?” Estratégias de acesso e permanência das cotistas em cursos majoritariamente masculinos e/ou excludentes para mulheres negras, ofertados na universidade do estado da bahia – UNEB, campus I, Salvador/BA(2020-09-18) Conceição, Gersiana Alexandrina; Queiroz, Delcele Mascarenhas; Siqueira, Sandra Maria Marinho; Cardoso, Cláudia Pons; Filho, Raphael Rodrigues VieiraEssa pesquisa versa sobre as estratégias utilizadas por mulheres negras cotistas para acesso e permanência em cursos majoritariamente masculinos e/ou excludentes para mulheres negras. O lócus dessa pesquisa é o Campus I, da Universidade do Estado da Bahia - UNEB, Salvador. Essa instituição foi escolhida por ter sido uma das primeiras no Brasil a aderir ao sistema de cotas, o que culmina em um número significativo de cotistas em seus cursos. A escolha pelo Campus I se deu devido à centralidade do Campus e ao considerável número de cursos ofertados neste, considerando, ainda, a multicampia da Instituição, o que dificultaria a realização da pesquisa em mais de um Campus. Assim, esse estudo investigativo se reveste de uma importância ainda maior nos âmbitos acadêmico, político e social, considerando o seu caráter desafiador, já que o objetivo geral é investigar quais as estratégias adotadas pelas mulheres negras cotistas para acesso e permanência em cursos de prestígio, majoritariamente masculinos. E específicos 1. Identificar o universo de cotistas nos cursos ofertados no Campus I, UNEB/Salvador; 2. Mapear a presença de mulheres e homens negros/as por curso; 3. Identificar as estratégias utilizadas pelas mulheres para acesso e permanência em cursos de prestígio, majoritariamente masculinos. Para realizar a pesquisa foi feito um recorte temporal, levantando junto à Secretaria Geral de Cursos (SGC/UNEB), o número de cotistas pretos e pretas que ingressaram na instituição, após aprovação em Vestibular e Sistema de Seleção Unificada (SISU), no período de 2014.1 até 2018.1. O arcabouço teórico foi composto a partir das contribuições de Marcia Tiburi; Djamila Ribeiro; Nicole-Claude Mathieu; Carlinda Santos; Delcele Queiroz; Antonio da Costa Ciampa; Pierre Bourdieu; Alain Coulon, dentre outros. Após tratamento dos dados, foram identificados 09 (nove) cursos em um Universo de 25 (vinte e cinco), dos quais coletamos entrevista semiestruturada de 09 (nove) estudantes distribuídas em 05 (cinco) cursos diferentes distribuídos nos 04 (quatro) Departamentos da UNEB/Campus I, a saber, Design, Ciências Contábeis, Direito, Medicina e Filosofia. Como resultados alcançados a pesquisa destacou a criatividade das entrevistadas para buscar mecanismos gratuitos que auxiliassem seus estudos no período que antecedeu o ingresso à universidade, bem como a importância do fortalecimento de suas identidades nos momentos conflituosos vividos, dando destaque para o empoderamento coletivo e o diálogo.
- Item“O que você vai ser, quando você crescer?”: o negro e a universidade(2012-10-25) Benevides, Dalila Fonseca; Queiroz, Delcele Mascarenhas; Almeida, Silvia Maria Leite de; Soares, Cecilia Conceição Moreira; Filho, Raphael Rodrigues VieiraEsta dissertação trata de desigualdades raciais no acesso ao ensino superior. Justifica-se face à necessidade contemporânea de abordar as questões inerentes à situação de desigualdade entre brancos e negros, em especial no seu acesso ao ensino superior. O estudo procurou compreender a relação entre a condição sociorracial do estudante e a escolha do curso, tomando como espaço empírico a Universidade do Estado da Bahia. Para examinar o perfil socioeconômico dos estudantes, sua trajetória educacional, sua percepção sobre o convívio inter-racial, o racismo na sociedade e na universidade, e a respeito das políticas afirmativas, sobretudo as cotas para negros na universidade. Para compreender o objeto da investigação recorremos aos estudos que desvendam os mecanismos de produção e reprodução das desigualdades frente á educação, bem como aqueles que examinam as relações raciais no Brasil, sobretudo os que investigam as desigualdades raciais e as desigualdades no campo da educação. Adotamos uma metodologia de perfil quantitativo, lançando mão do questionário para coletar dados primários, e de dados secundários produzidos e disponibilizados pela própria universidade. A análise dos dados evidenciou que a escolha do destino escolar é determinada por valores provenientes da posição social e racial do estudante. Ao analisarmos os processos de escolha dos cursos superiores, percebemos que o “ser negro” interfere neste processo e que existe uma relação entre cor e status nas carreiras superiores. Pressupondo-se que a maioria dos optantes de cotas tiveram uma formação escolar precária dada a sua classe social, o que os levam a ingressar na universidade, principalmente em cursos menos concorridos e que geralmente são associados a ocupações de baixa remuneração. Foi evidenciado também que à medida que diminui o status de prestígio dos cursos, percebemos que diminui também a concorrência e a diferença entre as concorrências dos optantes e não optantes de cotas. Os cursos da área de saúde possuem uma particularidade, têm as concorrências bem acirradas para os dois grupos de candidatos, sendo bem pequenas as diferenças de concorrências entre eles. A partir das análises realizadas, contatou-se que os estudantes do curso de Direito possuem uma ampla consciência racial, tendo uma visão crítica e atualizada acerca das relações raciais no Brasil. Em praticamente todas as questões, apresentaram altos percentuais de conscientização e demonstraram opiniões favoráveis às cotas, reconhecem a existência de racismo no país e na universidade e como isso reflete no convívio entre brancos e negros na sociedade. Nos outros cursos analisados, percebe-se uma consciência racial branda na maioria dos cursos. Os estudantes se dividem muito com questões que envolvam cotas, racismo e convívio entre brancos e pretos. Mas o curso que apresentou os maiores percentuais de total desconhecimento das questões raciais brasileiras foi o curso de Fisioterapia. Esses estudantes são os mais contrários às cotas e carregados de preconceitos raciais. Podemos supor que os estudantes dos cursos de Psicologia, Enfermagem, Engenharia de Produção Civil, Fisioterapia e Pedagogia possuam uma postura mais conservadora, que não lidam com uma visão mais crítica da realidade social, postura essa que se liga diretamente ao perfil de cada curso.
- ItemRPG guardiões da palavra: o uso do role playing game (RPG) no ensino interdisciplinar em história sobre a comunidade dos países de língua portuguesa (CPLP)(2018-11-14) Cardoso, Bianca e Silva; Matta, Alfredo Eurico Rodrigues; Mendes, Antônio Manuel Quintas; Filho, Raphael Rodrigues Vieira; Souza, Elizeu Clementino deA presente dissertação relata a experiência com a proposta de desenvolvimento de um jogo RPG – Role Playing Game como ferramenta pedagógica para o ensino de História interdisciplinar sobre a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). O jogo RPG digital tem sido objeto de estudo do grupo de pesquisa Sociedade em Rede, Pluralidade Cultural e Conteúdos Digitais Educacionais, sendo desenvolvidos inúmeros jogos que foram utilizados como instrumentos pedagógicos para a aprendizagem em diversas áreas do conhecimento. Tais jogos foram frutos de pesquisas vinculadas aos programas de mestrado e doutorado da Universidade do Estado da Bahia/UNEB. Busca-se com este projeto a possibilidade de um ensino de História interdisciplinar engajado na práxis e no contexto histórico de sua coletividade e de sua pluriculturalidade, que fomente o pensamento reflexivo e envolva os sujeitos como agentes no processo de construção de conhecimento histórico e formação de uma identidade a partir da língua portuguesa. Usamos como base epistemológica Castell (1999), Matta (2008), Rodrigues (2004), Huizinga (2007), para fundamentar as questões sobre sociedade em rede, tecnologias da informação e comunicação (TIC), Jogos Digitais e RPG para o ensino. Vygotsky (2010), Martineau (1997), para centrar na proposta pedagógica socioconstrutivista, o modo de pensar histórico e suas características de trabalho cognitivo através dos jogos de simulação. Como metodologia, usaremos Design-Based Research (DBR), ou metodologia por “proposta” como melhor seria entendida em português.