Navegando por Autor "Figueiredo, Maria Aparecida Araújo"
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- ItemAnálise da qualidade da notificação no SINAN dos casos de TB que evoluíram para óbito(Universidade do Estado da Bahia, 2008) Orrico, Luciana da Silva; Pereira, Ana Paula Chancharulo de Morais; Figueiredo, Maria Aparecida Araújo; Cunha, Alcione Brasileiro OliveiraO Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN) e o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) são as principais fontes de informação utilizadas para o monitoramento e avaliação das metas do Plano Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT). O objetivo deste estudo foi analisar a qualidade da notificação no SINAN dos casos de tuberculose que evoluíram para óbito no município de Salvador, Bahia. Trata-se de um estudo descritivo de dados secundários no qual foram feitas buscas no SINAN dos óbitos registrados no SIM que tiveram como uma das causas múltiplas a tuberculose, no período de 2003 a 2006. A mortalidade por 100.000 habitantes foi de 8,9 em 2003, 9,2 em 2004, 7,7 em 2005 e 7,9 em 2006. Do total de óbitos 909 (1,7%) tiveram a tuberculose como umas das causas múltiplas, destes registros 63,8% (580/909) tiveram a tuberculose como causa básica e 72,6% (660/909) dos casos eram de tuberculose pulmonar. Estavam notificados simultaneamente nos dois bancos de dados 44,1% (401/909) dos registros. O acréscimo dos registros não notificados acarretará um incremento de 1,8% no total de casos do SINAN. Os resultados sugerem existir uma associação entre a notificação e as características do indivíduo, indicando que os negros são mais notificados que os brancos, os homens são 41% mais notificados que as mulheres e que quanto mais idoso maior a probabilidade de não ser notificado Os resultados revelam a necessidade de melhorar a qualidade dos registros inseridos no SINAN, e o SIM se mostrou como uma opção nessa busca, visto que é uma fonte de resgate de casos graves de tuberculose.
- ItemConhecimento, aceitabilidade e disposição de indicação de autoteste de HIV por profissionais de saúde de serviços de atenção especializada em HIV no Estado da Bahia(2021-10-04) Gomes, Tiago Jordão de Freitas Pinheiro; Sousa, Laio Magno Santos de; Figueiredo, Maria Aparecida Araújo; Santos, Marcos Pereira; Dourado, Maria Inês CostaEstima-se que cerca de 11% das pessoas que vivem com HIV (PVHIV) no Brasil ainda não conhecem sua sorologia. A inclusão do autoteste para HIV (ATHIV) no SUS foi um esforço recente no sentido de aumentar o diagnóstico precoce. Desse modo, os profissionais de saúde são fundamentais em promover o uso do ATHIV nos serviços de atenção especializada (SAE) em HIV/AIDS. Assim, este estudo investigou o conhecimento, a aceitabilidade e a disposição de indicação do ATHIV entre profissionais de saúde em um estado do nordeste brasileiro. Trata-se de estudo transversal, realizado com profissionais de saúde de vinte e cinco SAE em HIV/AIDS e outras IST (SAE) em vinte e uma cidades do estado da Bahia. As unidades foram selecionadas após uma amostragem por conglomerado de uma etapa e os profissionais de saúde foram selecionados por meio de amostragem de conveniência. Dados sociodemográficos, ocupacionais e de motivação foram coletados via aplicação de questionário estruturado. Foram feitas análises descritiva, bivariada e multivariada. Foram entrevistados duzentos e cinquenta e dois profissionais de saúde. A maioria eram mulheres (78,2%), com idade entre 35 e 50 anos (54,4%) e nível superior completo (84,5%). A maioria compunha a equipe de enfermagem: com nível superior (25,8%) e técnicos (11,9%); seguidos de farmacêuticos (12,3%) e médicos (11,9%). O conhecimento, a aceitabilidade e a disposição de indicação do ATHIV foram, respectivamente, 79,8% (I.C. 95%: 74,30- 84,30), 55,2% (I.C. 95%: 48,92-61,23) e 47,1% (I.C. 95%: 40.90-53,45). Os fatores associados com a disposição de indicação foram: aceitabilidade (OR= 9,45; IC95%: 4,53- 19,71), disposição de usar o ATHIV em si (OR= 4,45; IC95%: 1,62-12,24), segurança em indicar o ATHIV (Seguro/Muito seguro: OR= 5,73; IC95%: 2,26-12,72) e considerar o público geral como elegível para receber o ATHIV (OR= 2,88; IC95%: 1,25-6,59). Embora o conhecimento sobre o ATHIV tenha sido alto, a aceitabilidade e a disposição de indicação foram moderadas. As chances de disposição de indicação foram maiores entre os profissionais que aceitam o ATHIV, que se declararam dispostos a usar em si, que se disseram seguros ou muito seguros em indicar o ATHIV e entre aqueles que concordaram com a distribuição do ATHIV para o público geral. Assim, esse estudo indica o investimento em capacitações relativas ao ATHIV juntos aos profissionais de saúde no Brasil, propõe o uso de um instrumento de orientação para profissionais de saúde envolvidos na estratégia de autotestagem e indica a organização de Oficinas Pedagógicas para qualificação dos profissionais envolvidos na testagem rápida no estado da Bahia.
- ItemConhecimento, atitudes e práticas de pais de adolescentes em relação à vacina contra o hpv em salvador(Universidade do Estado da Bahia, 2018) Santos, Gleice Almeida Conceição dos; Lobão, Wiliam Mendes; Garcia, Carolina Pedroza de Carvalho; Figueiredo, Maria Aparecida AraújoINTRODUÇÃO: O Papilomavírus humano é um vírus responsável por uma das infecções sexualmente transmissíveis mais comuns que existem no mundo. Com isso possui uma alta incidência e prevalência entre homens e mulheres sexualmente ativos, sendo responsável pela maioria dos cânceres de colo de útero, pênis, vulva, ânus e orofaringe. Com isso o vírus tornou-se um importante problema de saúde pública e em 2014, a vacina contra o HPV foi introduzida no PNI para meninas de 11 a 13 anos a princípio com recomendação de três doses, contudo as taxas de cobertura vacinal com a segunda dose da vacina estão abaixo da meta de 80% preconizada pelo Ministério da Saúde. OBJETIVO: Avaliar de que forma o conhecimento, as atitudes e práticas de pais de adolescentes, residentes em Salvador, podem influenciar na aceitação da vacina contra o HPV. MATERIAIS E MÉTODOS: A pesquisa foi realizada com pais/responsáveis de adolescentes menores de 18 anos que residiam em Salvador, através de entrevistas telefônicas de discagem aleatória, entre julho de 2015 e outubro de 2016. Um questionário de conhecimento, atitude e práticas (KAP) foi desenvolvido e validado, utilizando pressupostos do modelo de crenças em saúde: susceptibilidade, gravidade, benefícios, e barreiras percebidas. As variáveis independentes foram: dados sociodemográficos, conhecimento, atitudes e práticas dos pais em relação à vacina contra o HPV. Utilizamos o teste qui-quadrado (x2), para verificar a diferença entre grupos considerando os dados estatisticamente significativos para p<0,05, os dados foram expressos através de gráficos e tabelas com auxilio dos programas Excel e Stata versão 12. RESULTADOS: Dos 129 pais/responsáveis que responderam a pesquisa. A maioria era mulher (93,8%), com idade média de 30 a 50 anos (62,4%). A aceitação parental da vacina contra o HPV para filhos e filhas menores de 18 anos foi 91% e 93% respectivamente,não diferiram relacionado ao sexo do adolescente. Os pais que recusaram vacinar foram menos propensos a saber, que o HPV era transmitido por via sexual e que o HPV pode causar o câncer do colo do útero. Os pais que aceitaram a vacina para as filhas, mas não para filhos eram menos propensos a saber que a vacina também é recomendada para meninos. As atitudes associadas à aceitação da vacina contra o HPV incluíram crença nas vacinas em geral, confiança no PNI e na eficácia da vacina contra o HPV. Metade dos pais que não aceitaram vacinar apontaram a religião como motivo e a prática em saúde significativamente relacionada à aceitação está relacionada à confiança em amigas que também deram a vacina em seus filhos. E apesar de 94% dos pais terem conhecimento sobre o vírus do HPV e a saberem da existência de uma vacina ainda há lacunas relacionadas a considerar as meninas muito novas para serem vacinadas, e a vacina não servir para meninos, diretamente relacionadas a não aceitação da vacina CONCLUSÕES: O nosso estudo pôde demonstrar que após quatro anos da vacina introduzida no PNI os pais de adolescentes da cidade de Salvador se posicionam de maneira positiva para vacinar seus filhos e filhas contra o HPV. Porém os nossos dados sugerem que as práticas relacionadas à aceitação estão muito mais ligadas à mudança na estratégia de vacinação, o que repercutiu fortemente nas taxas de cobertura vacinal para assim poder intervir em crenças de saúde modificáveis.
- ItemDisposição para indicação da PREP entre profissionais de saúde atendimento especializado em HIV/AIDS(2022-03-30) Lamônica, Juliana de Souza; Santos, Marcos Pereira; Sousa, Laio Magno Santos de; Figueiredo, Maria Aparecida Araújo; Dourado, Maria Inês CostaIntrodução: A Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) ao HIV, disponível no Brasil desde 2017, consiste numa estratégia de prevenção combinada caracterizada pelo uso de antirretrovirais para reduzir o risco de infecção pelo HIV, especialmente em populações com risco acrescido dessa infeção. Apesar dessa estratégia, importantes desafios têm sido identificados em estudos sobre o conhecimento, aceitabilidade e disposição para indicação de PrEP por profissionais atuantes em serviços de atendimento especializado no cuidado de HIV/AIDS. Nessa perspectiva, este estudo analisou os fatores associados à disposição para indicação de PrEP por profissionais de saúde em Serviços de Assistência Especializada (SAE), na Bahia. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, realizado com profissionais de saúde de 29 SAE em HIV e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), em 21 municípios da Bahia. Dados sociodemográficos, ocupacionais e de motivação foram coletados via questionário estruturado. Foram feitas análises descritiva, bivariada e multivariada. Resultados: Participaram 252 profissionais dos SAE, a maioria era mulheres (78,2%), 54,3% entre 36 e 50 anos, e mais da metade referiu possuir pós-graduação latu sensu com título de especialização (51%); possuir curso de residência (3,9%), mestrado (7,1%) e doutorado (2,3%). Os enfermeiros corresponderam a 25,8% e os médicos a 11,9%, sendo que as outras categorias profissionais, envolvendo profissionais de nível médio e superior, corresponderam a 62,3%. Um pequeno percentual (23,4%) declarou possuir especialização na área de HIV/Aids e mais da metade referiu possuir mais de 10 anos de formação na área (74,2%). Observou-se que 73,4% informaram atuar no SAE por um período de até 14 anos e 96% possuíam conhecimento prévio sobre a PrEP, apenas 32.9% referiram que os seus serviços dispensam PrEP e 85% demonstraram disposição de indicação da PrEP. Os fatores associados à não indicação da PrEP foram a indicação de auto-teste para população-chave gays e Homens que fazem sexo com Homens (HSH) (OR = 0.27, IC 95%= 0.08- 0.94) e a Profilaxia pós-exposição ao HIV (PEP) (OR = 0.38, IC 95%=0.18-0.81) apresentaram menor chance de não indicar a PrEP. Aqueles com algum tipo de formação pós-graduada também apresentaram menor chance de não indicar a PrEP (OR =0.26, IC 95%= 0.11-0.61). Os fatores associados à disposição de indicação da PrEP - possuir formação de nível superior (OR=0,31; IC 95%; 0,09-1,03), possuir pósgraduação latu sensu com título de especialização, mestrado e doutorado (OR=0,17; IC 95%; 0,05-050), não ser da capital (OR=0,33; IC 95%;0,27-0,88), indicar auto-teste para HIV para a população-chave gays e HSH (OR=0,23; IC 95%; 0,06-0,91), indicar a PEP (OR=0,21; IC 95%;0,08-0,54) e promover vivência com profissionais mais experientes (OR=0,39; IC 95%; 0.16-0.95) - apresentaram menores chances de não indicação da PrEP. Conclusão: o conhecimento e a indicação das tecnologias de prevenção combinada ao HIV foram os fatores de maior influência para a indicação da PrEP pelos profissionais de saúde, o que sugere a importância da ampliação da oferta dessas tecnologias nos serviços de cuidado e prevenção ao HIV.
- ItemDoença de chagas no estado da Bahia no período de 2008 a 2018(Universidade do Estado da Bahia, 2022) Carvalho, Cristiane Medeiros Moraes de; Figueiredo, Maria Aparecida Araújo; Silva Neto, Marinho Marques da; Siriano, Liliane da Rocha; Andrade, Alcina Marta de SouzaA doença de Chagas (DC) faz parte do grupo de doenças tropicais negligenciadas, estreitamente associada à pobreza, e com poucos investimentos em tecnologia, medicamentos e vacina. Apresenta expressiva morbimortalidade no Brasil, e o estado da Bahia figura entre as unidades federadas com maiores taxas de mortalidade. Todavia, não existem números precisos sobre essa doença, pois a maioria dos casos atualmente são crônicos e, efetivamente, não fazem parte das doenças de notificação compulsória no país. Para essa Dissertação, foram construídos três estudos, a fim de compreender diversos aspectos da DC no estado da Bahia, no período de 2008 a 2018. Com a hipótese de que existe subnotificação da doença no estado, o primeiro artigo evidenciou a prevalência oculta da DC no estado da Bahia. Por ser um estado com grande dimensão territorial, diferenças de risco para a DC, entre as regiões de saúde não ficam evidenciadas. Com essa perspectiva, buscamos analisar as características epidemiológicas, a tendência temporal e as diferenças regionais da mortalidade por DC no estado da Bahia, cujo resultado originou o segundo artigo desta Dissertação denominado “Mortalidade por doença de Chagas no estado da Bahia no período de 2008 a 2018”. No tocante a morbidade, embora seja conhecido que a forma cardíaca da DC é a mais prevalente entre os casos crônicos, pouco se sabe sobre os fatores individuais associados à mortalidade pela cardiomiopatia chagásica no estado. Nesse sentido, este estudo analisou os fatores individuais associados à mortalidade por cardiomiopatia chagásica, comparando com a mortalidade por outras formas da doença. Os principais resultados demonstraram que a prevalência oculta da DC no estado da Bahia foi de 50 casos/100.000 habitantes, quando a prevalência conhecida correspondia a 0,26 casos/100.000 habitantes. O estudo de tendência demonstrou que, no estado da Bahia, o coeficiente de mortalidade por DC (padronizado por idade) foi superior ao coeficiente bruto de mortalidade por DC do Brasil. Todavia, observou-se tendência de redução desse coeficiente no estado, na maioria dos anos do estudo, embora a partir de 2017 observou-se tendência de elevação. Quanto aos fatores associados à ocorrência de óbitos pela forma cardíaca da DC, os resultados demonstraram maior chance em indivíduos do sexo masculino (OR 1,40; IC95% 1,15 -1,70) e de cor preta OR 1,71; IC95% 1,24 - 2,36), enquanto aqueles com idade maior que 65 anos tiveram 75% menor chance de morrer por essa causa (OR 0,25; IC95% 0,09 - 0,69). Por se tratar de um mestrado profissional, foi elaborado um produto técnico denominado “Guia prático sobre doença de Chagas”, visando apoiar equipes municipais de saúde e portadores da doença, acerca da prevenção e suspeição da DC, identificação do vetor transmissor, até o diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos casos crônicos. Espera-se que os produtos aqui construídos contribuam para incrementar a vigilância e o controle da doença de Chagas no estado da Bahia.
- ItemEpidemiologia da sífilis congênita entre crianças expostas no período gestacional: um estudo na cidade de Salvador(Universidade do Estado da Bahia, 2024-07-09) Silva, Elisabeth do Espirito Santo da; Figueiredo, Maria Aparecida Araújo; Lobão, William Mendes; Cerqueira, Jeane Magnavita da FonsecaIntrodução: A sífilis é uma doença sexualmente transmissível que pode ser transmitida da mãe (não tratada, ou inadequadamente tratada) para o feto durante a gestação, resultando em uma condição conhecida como sífilis congênita. Crianças expostas a sífilis, são todos os recém nascidos de mulheres que tiveram diagnóstico de sífilis durante o pré-natal, foram adequadamente tratadas com penicilina benzatina, de acordo com o estágio clínico da doença, iniciado em até 30 dias antes do parto. Desse modo, o acompanhamento da criança exposta durante dois anos após o nascimento é crucial para evitar uma série de complicações, incluindo problemas neurológicos, deformidades ósseas e dentárias, surdez, cegueira e outras complicações graves, causadas pela sífilis congênita. Objetivo: Analisar a epidemiologia da sífilis em crianças cujas mães foram diagnosticadas com sífilis e adequadamente tratadas durante a gestação, no município de Salvador, no ano 2017. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico observacional, de corte transversal, com caráter descritivo, a partir de dados de secundários oriundos do Sistema de Informação de Agravo e Notificação (Sinan), no período de 2017 a 2019, na cidade de Salvador, Bahia. A identificação das crianças expostas foi realizada a partir das gestantes notificadas com sífilis no Sinan, módulo gestante, em Salvador, no ano 2017, que foram adequadamente tratadas, segundo critério do Ministério da Saúde: uso de penicilina benzatina, de acordo com o estágio clínico da doença, iniciado em até 30 dias antes do parto. A variável desfecho (sífilis na criança exposta) foi buscada no módulo sífilis congênita do Sinan, nos anos 2017 a 2019. Foi realizada análise descritiva (número e percentual) da variável desfecho e das variáveis maternas consideradas de exposição: sociodemográficas, clínicas, obstétricas e terapêuticas. A análise bivariada observou a distribuição das variáveis de exposição em relação a variável desfecho, estabelecendo-se o nível de significância estatística p≤ 0 05 a partir do teste quiquadrado, e para as variáveis com menos de cinco o observações, utilizou-se o teste exato de Fisher. A análise de dados foi realizada no Programa Stata® versão 16.0. Resultados: A prevalência de sífilis congênita entre crianças cujas mães tiveram diagnóstico de sífilis na gestação e foram adequadamente tratadas foi 25,27%. Dentre essas crianças, a prevalência da sífilis congênita foi maior entre aquelas cujas genitoras tinham idade de 20 à 29 anos (48,70%), de raça cor parda (47,83%) e preta (39,13%), com escolaridade fundamental incompleto/completo (39,13%), com diagnóstico no segundo trimestre de gestação (57,39%), cujos parceiros não foram tratados (53,91%). Em todas as formas clínicas, a maioria da gestantes foi tratada com a dose máxima de penicilina (7,2 milhões UI). A maioria das crianças foi assintomáticas (70,43%) e, dentre as que apresentaram sintomas (13 crianças) todas tiveram icterícia e duas tinham registro de anemia. Considerações finais: Em que pese a fragilidade da qualidade das notificações, evidenciadas pelo elevado percentual de exames não realizados e de outras informações ignoradas, que refletem uma importante barreira no conhecimento da real situação epidemiológica, o estudo ratificou que as características sociodemográficas influenciam diretamente na ocorrência de doenças evitáveis como é o caso da sífilis congênita. Desse modo, é crucial considerar além dos aspectos sociodemográficos das pacientes, as limitações estruturais do sistema de saúde que dificultam a realização de determinados exames, bem como o preenchimento adequado das informações nas fichas de investigação da doença.
- ItemEstudo sobre os fatores associados a sífilis congênita na América Latina e no Estado da Bahia, Brasil(Universidade do Estado da Bahia, 2023-03-03) Almeida, Lidiany Menezes Barbosa; Figueiredo, Maria Aparecida Araújo; Santos, Marcos Pereira; Andrade, Alcina Marta de SouzaIntrodução: A sífilis congênita (SC) é causada pela infecção materna com o Treponema pallidum, transmitido para o feto por via placentária, ou durante o parto, se a gestante não for tratada adequadamente. Apesar de ser uma doença com medidas de prevenção, diagnóstico e tratamento disponíveis no Sistema Único de Saúde, e da elevada cobertura da assistência pré-natal na Atenção Primária em Saúde (APS), somente em 2019, foram notificados no Brasil 24.130 casos e 173 óbitos da doença que correspondem, respectivamente a 8,2 casos/1.000 nascidos vivos e 5,9 óbitos/100.000 nascidos vivos. Diante de tal magnitude, estudos que aprofundem o conhecimento sobre a permanência desse agravo em nosso meio são importantes, uma vez que podem contribuir para fortalecer as ações para o controle desse agravo. Nessa direção, dois estudos e um produto técnico foram elaborados para compor esta Dissertação. Objetivos: Artigo 1) Identificar os fatores associados a ocorrência da SC na América Latina, entre os anos de 2011 e 2022; Artigo 2) analisar os fatores associados a mortalidade fetal e infantil por sífilis congênita no Estado da Bahia, no período de 2011 a 2020; 3) Produto Técnico: elaborar uma cartilha sobre vigilância do óbito infantil e fetal voltada para profissionais de saúde, a fim de qualificar as investigações. Metodologia: Realizou-se uma Revisão Sistemática (RS) guiada pelo PRISMA, com os critérios de elegibilidade baseados no PECOS, sendo incluídos estudos observacionais indexados nas bases de dados MEDLINE; LILACS; SCOPUS e publicadas entre 1 de Janeiro de 2011 e 30 de Junho de 2022, que demonstrassem medidas de associação (OR ou RR ou RP). No segundo artigo foi desenvolvido um estudo transversal, sobre óbitos por SC em municípios baianos, no período de 2011 a 2020, a partir do linkage não-determinístico dos bancos de dados Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC). Foi realizada distribuição percentual das variáveis consideradas independentes (características sociodemográficas e de acesso ao pré-natal das mães dos conceptos que foram a óbito por SC) e da variável desfecho (óbito infantil/óbito fetal), seguida da análise da associação bruta (p ≤ 0,20). Na análise multivariada obteve-se a medida de associação ajustada, utilizando a técnica backward e considerando p ≤ 0,05 como nível de significância estatística. A construção do Produto Técnico foi baseada nos principais erros de preenchimento, ou ausência de informações, das fichas de investigação do óbito infantil recebidas no Comitê de Investigação do Óbito Fetal e Infantil do Núcleo Regional de Irecê. A partir deste diagnóstico, de maneira didática e ilustrada, a autora demonstrou-se como preencher a ficha de investigação, destacando os pontos considerados mais críticos, a fim de popularizar esse instrumento de investigação entre os profissionais de saúde que atuam na vigilância do óbito. Os estudos aqui produzidos fazem parte de um projeto maior intitulado “Sífilis em mulheres em idade fértil e sífilis congênita na Atenção Primária em municípios baianos” aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNEB, parecer No 4.324.340 em 07/10/2020. Resultados: A RS demonstrou que, na América Latina, no período de 2011 a 2022, os estudos publicados apontaram que a ocorrência da SC está associada a um perfil de mulheres socialmente mais vulnerável (pretas, jovens, com baixa escolaridade). Quando observado os fatores associados ao óbito infantil/óbito fetal causado por SC no estado da Bahia, observou-se resultado semelhante ao da América Latina, uma vez a chance de óbito em período fetal foi maior entre gestantes mais jovens (OR 12,98) e com baixa escolaridade (OR 3,39). Por outro lado, ter realizado sete ou mais consultas pré-natal reduziu a chance de ocorrência desse desfecho (OR 0,40). Conclusão: O impacto da sífilis congênita é maior em filhos de mulheres socialmente mais vulneráveis. Espera-se que resultados encontrados possam contribuir para a pauta de discussão de políticas públicas embasadas nas condições que potencializam a ocorrência de casos e óbitos fetais por sífilis congênita. Considera-se imprescindível que haja forte intervenção governamental nas condições de vida dos grupos populacionais apontados, a fim de viabilizar o controle e a eliminação da sífilis em países da América Latina. Por fim destaca-se que a elaboração do produto técnico se apresenta como uma colaboração para a qualificação dos dados e informações produzidas nos serviços de saúde, contribuindo para a redução da mortalidade infantil em níveis locais.
- ItemFatores associados ao início do tratamento especializado em mulheres diagnosticadas com câncer do colo do útero no estado da Bahia(Universidade do Estado da Bahia, 2021-03-02) Silva, Dândara Santos; Figueiredo, Maria Aparecida Araújo; Maia, Helena Maria Silveira Fraga; Sousa, Laio Magno Santos de; Silva, Gulnar Azevêdo eIntrodução: A expressão do número elevado de casos do câncer do colo do útero está intrinsecamente ligada às condições desfavoráveis de vida e saúde da população, visto que se trata de uma doença crônica com etiologia infecciosa conhecida e evitável. Uma vez diagnosticado, o tratamento deve acontecer o mais precocemente possível, sendo considerado inoportuno se ocorrer em após 60 dias do diagnóstico. Objetivo: Analisar os fatores associados ao tratamento em tempo inoportuno (superior a 60 dias) em mulheres diagnosticadas com câncer do colo do útero no estado da Bahia, no período de 2008 a 2017. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico, observacional, de prevalência, utilizando os registros hospitalares de câncer do colo do útero no estado da Bahia. Os sujeitos deste estudo foram mulheres diagnosticadas câncer do colo do útero, que realizaram o primeiro tratamento oncológico no período de janeiro de 2008 a dezembro de 2017. O estudo utilizou dados secundários oriundos do Registro Hospitalar de Câncer, sendo incluída a totalidade de mulheres com tumor primário localizado no colo do útero (n = 10.627). Foi realizada análise descritiva estimando a frequência absoluta e relativa das variáveis de interesse. A análise bivariada verificou a distribuição da prevalência de cada uma das variáveis independentes com a variável desfecho, sendo considerada estatisticamente significante as diferenças com p valor ≤ 0,05 pelo teste Quiquadrado. Utilizou-se como medidas de efeito a razão de prevalência bruta e ajustada em um modelo de regressão logística. Foram para o modelo final as variáveis cuja medida de associação, apresentaram p valor ≤ 0,20 no modelo bruto. O modelo final foi construído na modelagem backward, considerando para a permanência as categorias cuja retirada diminuía a significância estatística do modelo (p > 0,05). Os dados foram analisados no programa Stata versão 12.0. Resultados: Foram analisados 9.184 casos, destes, 65% tiveram tratamento em tempo inoportuno (tempo transcorrido entre o diagnóstico e o primeiro tratamento > 60 dias). A prevalência de tratamento em tempo inoportuno foi menor no período de 2013 a 2017 (RP 0,96; IC 0,93-0,998) e entre as ex-tabagistas (RP 0,74; IC 0,65-0,84) e apresentou valores mais elevados entre mulheres com idade entre 55 e 64 anos (RP 1,32; IC 1,22-1,42), nenhuma escolaridade (RP 1,21; IC 1,12-1,31) e estadiamento avançado (RP 1,11; IC 1,07-1,16). Conclusão: O tratamento ocorreu em tempo inoportuno na maioria dos casos analisados, com maior prevalência entre as mulheres com mais idade, menor escolaridade e estadiamento clínico do tumor avançado, evidenciando a necessidade de ampliação do acesso aos serviços de tratamento oncológico no estado da Bahia, em especial para estes grupos que apresentaram pior situação.
- ItemInfecções sexualmente transmissíveis não virais em gestantes do município de Salvador: prevalência e fatores associados(Universidade do Estado da Bahia, 2023) Souza, Darlene Silva de; Travassos, Ana Gabriela Alvares; Miranda, Angelica Espinosa Barbosa; Figueiredo, Maria Aparecida AraújoA OMS tem realizado estimativas globais sobre a prevalência de infecções sexualmente transmissíveis (IST) não virais curáveis - sífilis, clamídia(CT), gonococo (NG) e tricomoníase (TV). São limitadas as informações sobre CT, NG e TV, normalmente obtidas de estudos realizados, uma vez que na maioria dos países não estão disponíveis dados oficiais. Ainda assim, há uma escassez de estudos que investiguem a prevalência destas infecções, sendo mais predominantes os de CT e NG. As pesquisas realizadas apontam para alta prevalência destas IST, inclusive em gestantes, com variações da prevalência no mundo. Os estudos têm descrito a associação entre estas IST e resultados adversos maternos e fetais, como aborto, parto prematuro, baixo peso ao nascer, conjuntivite neonatal, entre outros. A maioria das mulheres tendem a ser assintomáticas quando infectadas, o que inviabiliza o diagnóstico e o tratamento com base na abordagem sindrômica. Neste contexto, a realização de testes moleculares para identificação do agente etiológico torna-se fundamental para instituição da conduta terapêutica adequada e oportuna, importante para interromper a cadeia de transmissão. Diante disso, esta dissertação apresenta dois produtos: um estudo de corte transversal com gestantes e uma capacitação para para profissionais da atenção primária à saúde sobre prevenção às IST em mulheres grávidas. O primeiro buscou investigar a prevalência de clamídia, gonococo, tricomoníase e mycoplasma genitalium em gestantes acompanhadas em unidades básicas de saúde de Salvador e identificar as características associadas a estas infecções. Conduziu-se análise descritiva da população e bivariada das variáveis independentes e desfecho. Posteriormente, realizou-se a regressão logística da medida bruta, todas as variáveis que apresentaram p≤0,20 nesta fase foram incluídas na regressão logística multivariada para construção do modelo final (ajustado) utilizando o método backward. Foi encontrada alta prevalência de IST não virais em gestantes, sendo 21,5% a prevalência acumulada das quatro IST. As prevalências de cada agente etiológico foram: C. trachomatis (11,6%), M. genitalium (9,6%), N. gonorrhoeae (1,7%) e T. vaginalis (3,6%). A idade mais jovem, presença de sintomas de IST, ausência de parceiro ou tempo de relacionamento menor ou igual a um ano esteve estatisticamente associada a ter pelo menos uma IST. Encontrou-se associação de outras variáveis preditoras para cada agente etiológico específico. Esse estudo indica a necessidade de políticas públicas destinadas a prevenção, aconselhamento, tratamento de IST não virais, a partir da implantação de um programa de rastreamento universal em gestantes na Atenção Básica. O produto técnico busca capacitar profissionais sobre a epidemiologia da IST não virais e como estas infecções afetam gestantes, com enfoque na prevenção, diagnóstico e tratamento.
- ItemSaber local sobre o sistema único de saúde brasileiro(Universidade do Estado da Bahia, 2009) Gomes, Mirelle de Brito; Pereira, Ana Paula Chancharulo de Morais; Figueiredo, Maria Aparecida Araújo; Hora, Rhanes Oliveira daAs bases potenciais para o exercício da participação popular em saúde são ampliadas pelo acesso à informação. Sob essa perspectiva, desenvolvemos este trabalho com o objetivo de analisar o conhecimento do usuário sobre o Sistema Único de Saúde (SUS). Para tanto, verificamos a percepção dos sujeitos da pesquisa sobre o sistema público de saúde, as ações e serviços de saúde pelos usuários identificados, a noção sobre Conselho de Saúde e os meios de informação utilizados para conhecer o SUS. Foi realizado um estudo descritivo de abordagem qualitativa com nove usuários, escolhidos aleatoriamente, que buscavam assistência à saúde numa Unidade de Saúde da Família da cidade de Salvador - Bahia. A coleta de dados foi desenvolvida a partir de uma entrevista semi-estruturada que contemplava os objetivos delineados neste estudo. Os depoimentos foram gravados, transcritos fidedignamente e, posteriormente, analisados de acordo com a semelhança das respostas, depreendendo-se as seguintes categorias empíricas: Perfil dos Sujeitos da Pesquisa, Conhecimento sobre o SUS, Controle Social, Informação sobre o SUS e Impressão sobre os Serviços Públicos de Saúde. Os resultados revelaram que há um significativo desconhecimento do que é de fato o SUS, tanto no que concerne a sua concepção, estrutura, organização e funcionamento, quanto a seus limites e avanços. Ainda paira sobre os usuários a imagem-objeto de serviços precários destinados a população carente. Constatamos também que os Conselhos de Saúde permanecem espaços institucionais de participação invisíveis para a população e, por conseguinte, não se verifica um efetivo controle social nas políticas de saúde. Ademais, percebemos que a mídia em geral conduz o debate sobre as questões que envolvem o SUS com uma carga de negatividade, limitando a transferência de informação às dificuldades de acesso à assistência médico-curativista, ao invés de mostrar a magnitude do sistema de saúde vigente. Assim, os achados nos levaram a refletir sobre o desafio da democratização do conhecimento nesse setor e, respectivamente, sobre a demanda em caráter emergencial de políticas e ações de informação e comunicação que tornem o SUS público à população.
- ItemSituação epidemiológica do câncer de colo uterino no estado da bahia(Universidade do Estado da Bahia, 2009) Silveira, Flávio Pinto da; Figueiredo, Maria Aparecida Araújo; Pereira, Ana Paula Chancharulo de Morais; Góes , Ângela Cristina FagundesIntrodução: Dentre todos os tipos de câncer, o de colo uterino é o que apresenta um dos mais altos potenciais de prevenção e cura, chegando a perto de 100%, quando diagnosticado precocemente podendo ser tratado em nível ambulatorial em cerca de 80% dos casos. Embora o Brasil tenha sido um dos primeiros países no mundo a introduzir a citologia de Papanicolaou para a detecção precoce do câncer de colo uterino, esta doença continua a ser um sério problema de saúde pública em nosso país. Objetivo: Analisar a epidemiologia do câncer do colo do útero no Estado da Bahia, a partir dos dados registrados no INCA e do DATASUS, no período de 1979 a 2009. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa epidemiológica descritiva, de série temporal, realizada a partir de dados secundários, obtidos nos sites do INCA e do DATASUS. Buscou-se identificar o grupo etário de maior risco de morrer, evidenciado pelos coeficientes de mortalidade, o grupo de maior risco de adoecer, evidenciado pelos coeficientes de incidência, bem como os grupos mais atingidos, revelados pela distribuição proporcional de óbitos. A análise descritiva dos dados foi realizada a partir da leitura dos indicadores de incidência/mortalidade de câncer de colo de útero, presentes nas tabelas, gráficos e figuras disponibilizadas nos sites do INCA e DATASUS. Resultados: Os principais achados deste estudo evidenciaram que, entre as mulheres, o câncer de colo de útero tem a segunda maior incidência do estado, ficando atrás apenas do câncer de mama. Embora tenha ocorrido uma redução de 18% entre os óbitos por câncer de colo de útero em relação ao total de óbitos no Estado da Bahia, no período de 1979 a 1983, a taxa de mortalidade por este tipo de câncer apresentou uma tendência de crescimento de 75% entre os anos de 1995 e 1999, contudo, o Estado da Bahia continua entre os estados com os menores índices de mortalidade por este agravo, quando comparados aos demais da federação. As mulheres de 25 a 29 anos foram as que mais realizaram o exame anátomo-patológico, entre 2006 e 2009. As internações por neoplasia maligna do colo do útero apresentaram uma tendência de queda a partir do ano 2000, apesar da incidência ter aumentado. Considerações finais: Em que pese as limitações dos estudos baseados em dados secundários, ao término deste estudo foi possível constatar que, o Estado da Bahia não se encontra entre os estados com os maiores coeficientes de incidência e de mortalidade para o câncer de colo de útero do país, embora este agravo represente o segundo mais importante em termos de magnitude no estado, atrás apenas do câncer de mama.
- ItemViolência doméstica: perfil epidemiológico de crianças e adolescentes atendidos em um conselho tutelar(Universidade do Estado da Bahia, 2009) Azevedo, Tacila Nogueira Costa Nery de; Santos, Cristina Campos dos; Figueiredo, Maria Aparecida Araújo; Bispo, Tânia Christiane FerreiraTrata-se de um estudo exploratório, descritivo, sobre o perfil epidemiológico de crianças e adolescentes atendidos no Conselho Tutelar da cidade de Ruy Barbosa. O objetivo geral é analisar o perfil epidemiológico de crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica e atendidas em um Conselho Tutelar. Como objetivos específicos adota-se: a) Descrever as características sócio-demográficas das vítimas que são atendidas no Conselho Tutelar, campo de pesquisa; b) Verificar o tipo de violência doméstica que mais acomete as crianças e adolescentes atendidas neste Conselho; c) Identificar o vínculo de parentesco do agressor; d) Identificar a forma pela qual o Conselho Tutelar recebeu a denúncia do caso de violência doméstica contra a criança ou o adolescente assim como o encaminhamento dado ao caso. Adota-se no estudo uma abordagem quantitativa. A população foi composta por crianças e adolescentes atendidas no Conselho Tutelar da Cidade de Ruy Barbosa, entre 1º de agosto de 2003 a 31 de agosto de 2008, vítimas de violência doméstica, na faixa etária de zero a dezenove (0 a 19) anos. Os dados foram coletados nos registros de ocorrências do Conselho. O instrumento de coleta foi um formulário composto por dados de identificação da vítima (sexo e idade) e dados que visam alcançar o objetivo da pesquisa (tipo de violência doméstica, grau de parentesco do agressor, local da ocorrência, encaminhamentos realizados). Na análise, foi feita uma descrição simples das variáveis de interesse, seguida de uma análise bivariada. Entre outros aspectos, os resultados apontam que a violência doméstica acomete mais o sexo feminino, as faixas etárias mais acometidas são cinco a nove (5-9) anos e dez a quatorze (10-14) anos, a mãe é o principal agressor, o principal denunciante é a família, o local de ocorrência com maior destaque é o domicílio e a principal forma de encaminhamento é a notificação acompanhada do aconselhamento. A análise aponta para a necessidade de criação de um projeto de intervenção na cidade que atenda essas vítimas e de uma parceria entre poder público e diversos profissionais no sentido de prevenir e combater a violência que atinge as crianças e adolescentes de Ruy Barbosa prejudicando seu desenvolvimento biopsicossocial.
- ItemWillingness of health care providers to offer HIV self-testing from specialized HIV care services in the northeast of Brazil.(2022-05-30) Jordão, Tiago; Magno, Laio; Pereira, Marcos; Rossi, Thaís Regis Aranha; Silva, Pedro de Almeida; Figueiredo, Maria Aparecida Araújo; Prado, Nília Maria de Brito Lima; Santos, Adriano Maia dos; Cangussu, Maria Cristina Teixeira; Dourado, Inês