Navegando por Autor "Ferreira, Jackson André da Silva"
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- ItemA escravidão em Cumbe: agência e potencial escolar(UNEB, 2023-04-24) Lordelo, Roberto José Seixas Dourado; Silva, José Carlos de Araujo; Ferreira, Carlos Augusto Lima; Chinen, Nobu; Ferreira, Jackson André da SilvaA presente pesquisa se desenvolve a partir do objetivo de encontrar potencialidades pedagógicas para o ensino da história da escravidão brasileira na publicação em quadrinhos intitulado Cumbe. Publicado em 2014, escrito e desenhado por Marcelo D’Salete, o volume aborda a escravidão no Brasil numa perspectiva que se relaciona com a mais recente fase da historiografia da escravidão, e justamente por ser uma história em quadrinhos de fácil acesso ao grande público, pode ser utilizada como veículo introdutor das discussões feitas na academia, nas salas de aula do Ensino médio. Para concluir a sua intenção, a pesquisa aponta diferentes interpretações sobre a escravidão presentes ao longo do século XX, até chegar ao momento atual, orientado pelo paradigma da agência, relacionando-o com a ficção presente em Cumbe. Para compreender o contexto de surgimento de Cumbe, realizou-se uma incursão na história do estabelecimento dos quadrinhos enquanto mídia popular, apontando o caráter racista da maneira preponderante de representação de personagens negros durante quase todo o século XX, algo que veio a ser ultrapassado recentemente.
- ItemAscensão de duas famílias negras no sertão da Chapada Diamantina (século XIX)(UNEB, 2020-12-31) Dias, Ana Lécia Silva; Ferreira, Jackson André da Silva; Sampaio, Moiseis de Oliveira; Jesus, Paulo César OliveiraEste trabalho analisa e acompanha trajetórias de mobilidade e ascensão social empreendida por escravos, por homens e mulheres livres, alforriados e descendentes de escravos, que lograram êxito no sertão da Chapada Diamantina, mais precisamente em Morro do Chapéu, além de compreender a composição e importância da família escrava e família negra na sociedade do sertão baiano no século XIX. Para tal investigação, utilizei registros de batismo como fonte principal, acrescidos de registro de casamento, processo-crime, cartas de alforria, além de explorar notas de compra e venda de propriedades. Aposto na ideia de subordinação tanto do escravo, quanto do livre e liberto, no sentido paternalista, que busca proveito nessa servidão, também pontuei os laços de solidariedade e compadrio entre senhores, escravos e agregados. Elenquei casamentos consensuais e legitimados entre livres e escravos, como mecanismo muitas vezes de sobrevivência e oportunidade. Para compreender as estratégias de ascensão econômica e social oportunizadas pelo sistema escravista, segui as trajetórias de duas famílias, sendo uma estruturada por agregados livres, moradores da fazenda Gurgalha, composta por Simão e Ezalta Dias Coelho e a outra estruturada por liberto e escrava, parte dela, oriunda da áfrica, que conseguiu liberdade, bens, entre eles, escravos, refiro-me a José Gomes da Silva e Andrezza Maria do Espirito Santo.
- ItemA luta pela terra: direitos e conflitos em Morro do Chapéu (Chapada Diamantina, Bahia, século XIX)(2022-07-29) Santana, Ana Lúcia de Jesus; Ferreira, Jackson André da Silva; Jesus, Paulo César Oliveira de; Vieira Filho, Raphael RodriguesO objetivo geral nesta dissertação é discutir sobre a importância da posse e da propriedade da terra na vila de Morro do Chapéu a partir dos conflitos litigiosos ocorridos na segunda metade do século XIX, através da análise da Lei nº 601 de 18/09-1850 – Lei de Terras – e do decreto nº 1.318, de 30 de janeiro de 1854 que regulamentava a execução da Lei citada, assim como dos processos criminais que tratam de litígios ocorridos na vila de Morro do Chapéu durante a segunda metade do século XIX. Este texto está inserido nos estudos voltados para a perspectiva agrária, uma vez que a partir da documentação estudada foi possível conhecer as motivações dos conflitos relacionados à terra, as formas de apropriação, as relações de trabalho e os sujeitos sociais envolvidos nas contendas. Em muitos desses processos, senhores de terras e membros da elite agrária apareciam litigando com trabalhadores rendeiros, agregados e posseiros, em um jogo de forças opostas, em que o poder dos fazendeiros e a resistência dos trabalhadores se faziam visíveis quando a questão era levada à justiça. Assim, para este estudo, é imprescindível a compreensão de como essas forças opostas apresentavam suas versões, revelando, nesses pleitos, laços e vínculos de desavenças, de amizades e de solidariedade entre os envolvidos direta e indiretamente nos conflitos.
- ItemNo rastro dos vaqueiros: solidariedade, conflitos, dependência e autonomia (Morro do Chapéu, segunda metade do século XIX)(2022-07-28) Nunes, Niedia Mariano; Ferreira, Jackson André da Silva; Nascimento, Joana Medrado; Lima, Maria da Vitória BarbosaEste trabalho tem por objetivo analisar as redes de solidariedades, conflitos, relações de dependência e os espaços de autonomias dos vaqueiros em Morro do Chapéu, Chapada Diamantina, Bahia, na segunda metade do século XIX. Para materializá-lo, utilizei do paternalismo de E.P. Thompson e o método indiciário defendido por historiadores da microhistória como Carlo Ginzburg. Minhas principais fontes utilizadas foram processos criminais, especialmente sobre furto de gado, inventários, partilhas de bens etc. O uso de inventários (de vaqueiros e seus familiares em primeiro grau) permitiu analisar qualitativamente aquisições de bens materiais para além dos ligados à pecuária. Discuti as relações de dependência entre vaqueiros e fazendeiros por meio do agregamento e meação, percebi ainda que as relações de trabalho extrapolaram as barreiras estritamente laboral, se estendendo ao apadrinhamento e compadrio. Mesmo percebendo os laços de dependência, procurei identificar as possíveis autonomias dos vaqueiros na busca pela sobrevivência, por melhores condições de trabalho e espaço socioeconômico. Para contextualizar o espaço da pesquisa, contei com trabalhos que tratam sobre o município de Morro do Chapéu, alguns dos quais apresentam os mesmos personagens trabalhados por mim ou pessoas que estabeleceram relações com eles/as. Além disso, utilizei estudos de outras regiões cuja economia baseava-se também, mas não somente com a pecuária.
- Item"O vento perdeu a fúria e logo se consagrou”: a tradição de Cheganças em Arembepe, Camaçari – Bahia entre os anos de 1930 e 2012(Universidade do Estado da Bahia, 2023-08-28) Silva, Tainan Rocha da; Ferreira, Jackson André da Silva; Santos, Joceneide Cunha dos; Miranda, Carméla Aparecida Silva; Oliveira, Neivalda Freitas deA tradição de Cheganças e Marujadas, desde o ano de 2019, foi reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado da Bahia (IPAC, 2019). No município de Camaçari, sabe-se da existência de dois grupos: a Chegança de Mouros de Arembepe e a Chegança Feminina de Arembepe. De acordo com a tradição oral, o primeiro grupo fora criado no ano de 1930 e contou com a participação majoritária de homens negros e pescadores. O segundo grupo surgiu no ano de 2002, em que mulheres idosas, percebendo a baixa presença do primeiro grupo na região, decidiram criar uma chegança feita apenas por elas. Na década de 1930, a localidade de Arembepe era povoada majoritariamente por pescadores, marisqueiras e cultivadores de coco. Os anos que se seguiram até o período de 2012 foram marcados pela entrada da indústria, pavimentação de vias na localidade e atividades de turismo na região. Situação que teceu aproximações de Arembepe com as cidades de Lauro de Freitas e Salvador, resultando na entrada crescente de novos moradores e visitantes. As transformações observadas na localidade permitiram mudanças na tradição de Cheganças, o que não significou a destruição da manifestação cultural, pois, encarando-a enquanto dinâmica e repleta de contradições, as ações dos brincantes permitiram a continuidade da tradição de Cheganças em Arembepe. Os estudos da História Oral se tornaram essenciais para condução desse trabalho, aliados às discussões de culturas negras, história das mulheres e tradições inventadas, fora possível compreender de que maneira os brincantes conseguiram manter viva a tradição em Arembepe. Sob este cenário que se lançam os olhares à tradição de Cheganças, com o intuito de analisar como homens e mulheres negros, em meio as mudanças políticas, econômicas e sociais em sua localidade, exerceram estratégias para a continuidade da tradição.
- ItemA professora Cláudia Romana e a escolarização na Baixinha, Irará - Bahia (1949-1980)(2023-03-29) Silva, Ana Cláudia Cerqueira; Silva, José Carlos de Araújo; Ferreira, Jackson André da Silva; Soares, Sandra NíviaA presente pesquisa busca investigar como foi instituída a escolarização na comunidade da Baixinha, no município de Irará – Bahia, a partir ação precursora da Professora leiga Claudia Romana dos Santos, empreendida entre os anos de 1949 e 1980. Essa investigação se baseou no estudo sobre a história da educação, partindo das reflexões propostas por Fonseca (2009), Veiga (2008) e Silva (2002), que demarcam sobre o processo de escolarização dos negros no Brasil. Abordamos também sobre esses processos relativos às comunidades rurais e remanescentes de quilombo, bem como, realizamos o cotejamento entre as parcas fontes documentais de caráter escrito que tivemos acesso e a inestimável contribuição de colaboradores que foram vizinhos, amigos e principalmente ex-alunos que aprenderam a leitura, a escrita e os fundamentos aritméticos na casa-escola em que a mesma exercia múltiplas atividades. Utilizamos da história oral atrelada à emória dos nossos colaboradores, a partir da perspectiva de Ecléa Bosi (1999), Maurice Halbwachs (1990) e Thompson (1992), que consideram a memória enquanto elemento primordial para a construção do trabalho etnográfico. Dessa forma, buscamos compreender questões relativas à prática pedagógica da professora em questão, o funcionamento dessa casa-escola e as relações estabelecidas por essa mulher naquela comunidade. Analisamos também os lugares ocupados por Cláudia, para além da escolarização, nessa comunidade, bem como, as outras atividades desenvolvidas por ela. Portanto, a construção dessa pesquisa, na comunidade da Baixinha, possibilitou compreender um pouco sobre o processo de escolarização em uma comunidade rural, como esses sujeitos faziam para acessar esses espaços e o quão lento foi a chegada da escolarização formal às comunidades rurais.
- ItemRecebendo os santos óleos: a presença escrava nos livros de batismo em Morro do Chapéu no século XIX(UNEB, 2023-01) Sena, Ariella Barros; Ferreira, Jackson André da SilvaEste trabalho tem como objetivo discutir a presença escrava nos livros de batismo da Freguesia de Nossa Senhora da Graça de Morro do Chapéu, no século XIX. Para analisar os registros e os diferentes aspectos que envolvia tal sacramento, bem como as relações desenvolvidas pelos cativos por meio do batismo, foi utilizado como principal aporte teórico o paternalismo thompsoniano. Por meio das fontes paroquiais (livros de batismo e casamento) tornar-se perceptível que os escravos de Morro do Chapéu se utilizaram do compadrio gerado no sacramento batismal para reforçar e criar laços espirituais principalmente com pessoas de condição superior à sua, garantindo deste modo maiores possibilidades de bem viver dentro do cativeiro.
- ItemReligiosidade e sexualidade no mar: As práticas religiosas e sexuais dos homens do mar no Atlântico Português (1710-1730)(2019-09-24) Santos, Vítor Oliveira; Ferreira, Jackson André da Silva; Souza, Cândido Eugênio Domingues de; Ferreira, Elisangela OliveiraA pesquisa busca compreender a história dos sujeitos antes esquecidos pela historiografia. História dos homens do mar, analisada através das fones inquisitoriais, buscamos entender como eram vistos os homens que procuravam na feitiçaria, mais especificamente, na utilização de bolsas de mandingas, maneiras para obter proteção para não morrer e conseguir atrair mulheres, em uma época (século XVIII) cheia de conflitos e perseguição. Dentro dessa lógica de perseguição, procuramos entender também a história das relações sexuais na Atlântico Português, quais os mecanismos de defesas criados por rapazes que estavam à mercê da miséria e eram submetidos a investidas dos seus superiores hierárquicos.
- ItemA trajetória da comunidade quilombola de Coqueiros: história e memória(2014) Cruz, Jakeline Silva da; Miranda, Carmélia Aparecida Silva; Ferreira, Jackson André da Silva; Rodrigues, Mariza do CarmoEsta pesquisa faz parte do trabalho de conclusão de curso em Licenciatura em História da Universidade do Estado da Bahia – UNEB - Campus IV. A referida pesquisa tem como objetivo apresentar a trajetória da comunidade quilombola de Coqueiros entre 1980 a 2006. Tomando como eixo condutor a Carta Magna de 1988, com intuito de analisar o processo de reconhecimento, assim como o cotidiano e as relações de trabalho desenvolvidas na comunidade de Coqueiros. Esse estudo foi possível através da análise de fontes escritas, a exemplo, de um documento de terra datado de 1926, carta escrita a punho pelos moradores, pela Carta de Certificação obtida em 2006 através da Fundação Cultural Palmares, que marca o momento do reconhecimento da comunidade enquanto sendo remanescente de quilombo. Além, das narrativas dos moradores e visitas de campo que realizamos ao longo do período da pesquisa. Dessa forma, a pesquisa nos fez identificar e compreender como as narrativas orais são importantes na construção da identidade cultural de um povo.
- Item“Vozes mulheres”: histórias e memórias da comunidade quilombola de Alagoinhas – Gentio do Ouro, Bahia.(Universidade do Estado da Bahia, 0023-09-19) Silva, Silvânia Almeida da; Ferreira, Jackson André da Silva; Santos, Joceneide da Cunha; Santos, Polliana Moreno dosA partir das construções narrativas das mulheres da Comunidade Quilombola de Alagoinhas, localizada em Gentio do Ouro, Bahia, objetivou-se compreender como essas mulheres, por meio de suas trajetórias e ações atuaram/atuam protagonizando espaços e discussões, assim como ocorreu a participação destas no processo de reconhecimento da comunidade. Para esse percurso, lançou-se mão da metodologia da História Oral com observação e entrevistas semiestruturadas. A história da comunidade, desde a sua fundação, sempre foi marcada por uma trajetória de lutas e resistência feminina e foi por meio dessas mãos e vozes que esse território veio conquistando o autorreconhecimento, assegurando direitos sociais e empreendendo memórias.