Navegando por Autor "Ferreira, Ermelinda Maria Araújo"
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- ItemO dilaceramento do ser em Que farei quando tudo arde?, de Lobo Antunes(UNEB, 2012) Valverde, Tércia Costa; Ferreira, Ermelinda Maria Araújo; Bezerra, Antony Cardoso; Holanda, Lourival; Bylaardt, Cid Ottoni; Piteri, Sônia Helena de Oliveira RaymundoA presente pesquisa visa discorrer acerca do processo de dilaceramento do sujeito pós-moderno no romance Que farei quando tudo arde? (2001), do escritor português contemporâneo António Lobo Antunes, no seio da anti-família representada por Carlos, Judite e Paulo. Partindo dos estudos literários, a discussão do referido tema aborda a Pós- Modernidade e suas consequências tendo em vista a crise identitária do homem moderno. Essa análise toma como suporte as ideias de Foucault, Deleuze, Guattari, entre outros, buscando o entendimento desse mal-estar da modernidade, resultante do processo de fragmentação do eu. A partir da interseção entre Literatura, História, Sociologia, Filosofia e Estudos Culturais, esse estudo discute o imaginário de Portugal, como reação a um estar no mundo problemático. Essa pesquisa tenta demonstrar também o contraste entre a fluidez ideológico-comportamental-sexual da contemporaneidade e as ideias fixas da ordem tradicional ocidental, alicerçadas na moralidade cristã. É discutido ainda, nessa obra antuniana, dentro do contexto pós-moderno, como se situa essa Moral Cristã no seio da sociedade portuguesa, em um tempo "sem moral" e com valores diversos dos antigos. Em acréscimo, o perfil narrativo antuniano em Que farei quando tudo arde? é também analisado nesse estudo destacando-se a sua escrita irônico-grotesca na crítica tecida à moralidade reinante em seu país.