Navegando por Autor "Farias, Larissa Soares Ornellas"
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- ItemAngústia do professor, afeto que não engana: um estudo em representações sociais(2020-06-11) Silva, Marcos Vinícius Paim da; Ornellas, Maria de Lourdes Soares; Almeida, Carla Verônica Albuquerque; Nascimento, Ivany Pinto; Souza, Elizeu Clementino de; Farias, Larissa Soares Ornellas; Bomfim, Natanael ReisTrata-se de uma pesquisa denominada Angústia do professor, afeto que não engana: um estudo em representações sociais e que tem como objeto a angústia do professor, cujo construto da angústia foi analisado a partir da referência psicanalítica lacaniana. Desta forma, o tema foi consolidado pela seguinte inquietação: quais as representações sociais que o professor tem sobre a angústia na sua práxis pedagógica, e de que maneira esse afeto revela ser uma possibilidade desse professor sujeito perceber os (im)passes implicados e que repercute na educação contemporânea? Assim sendo, a pesquisa que aqui se apresenta tem por objetivo geral apreender as representações sociais sobre a angústia do professor, e de que forma passam a serem objetivadas e ancoradas à práxis pedagógica, no sentido de ressignificar as ações docentes desse sujeito professor. Os objetivos específicos versam: a) capturar os (im)passes que o afeto angústia revela na práxis pedagógica do professor implicados na educação contemporânea; b) identificar os aspectos psicossociais sobre a angústia do professor, e como este afeto pode ressignificar suas ações docentes; c) analisar as representações sociais da angústia do professor, no sentido de alavancar as objetivações e ancoragem que possibilitam o seu ato educativo. O traço metodológico se delineou guiado pela modalidade da pesquisa qualitativa em que foi elencado como lócus uma escola pública da rede federal, o Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Baiano – IFBAIANO (Campus Governador Mangabeira-Ba). Os sujeitos professores do ensino médio de áreas distintas do conhecimento foram em número de 08 e de ambos os sexos, cujas representações sociais apreendidas a partir do objeto investigado geraram análises através da entrevista semiestruturada, desenho e grupo focal. Os dados obtidos frutos da coleta foram analisados sob a perspectiva da análise de discurso de vertente francesa. As representações sociais foram definidas como principal aporte para a escuta do professor acerca da angústia, valendo-se de sistemas socialmente elaborados, bem como dos processos de objetivação e ancoragem. A concepção teórica da pesquisa foi sustentada em: Moscovici (1978; 2003; 2011a; 2011b ;2012); Jodelet (2009; 2001; 1990;1989); Marková (2006; 2017); Alves-Mazzotti (1998 2000; 2002), no campo das representações sociais; Freud (200; 2014;2014); Lacan (2004); Laplanche (1996); Kierkegaard (2010); Miller (2007), no que diz respeito ao construto da angústia; Bauman (2012); Charlot (2013); Nóvoa (1995; 2007); Ornellas (2005; 2013; 2015; 2015), no que concerne à educação atual. A pesquisa revela que a angústia do professor observada na educação contemporânea está ancorada em representações sociais de: desinteresse do aluno, atualização, resiliência, docência compartilhada, indisciplina e desafio em ensinar/aprender.
- ItemAs ações lúdico-formativas da brinquedoteca universitária e suas contribuições para o fazer dos pedagogos monitores egressos da UNEB - Campus I(UNEB, 2024-08-30) Ribeiro, Taís Viana Villa; Farias, Larissa Soares Ornellas; Teixeira, Sirlândia Reis de Oliveira; Conceição, Ana Paula Silva daO surgimento do espaço, denominado de brinquedoteca, principalmente às universitárias, traz uma configuração importante para a sociedade. Assim, esta pesquisa tem como objetivo geral: compreender de que forma a Brinquedoteca Universitária Paulo Freire potencializa a formação dos educadores da Educação Básica, que foram monitores nesse espaço, através de suas ações lúdico-formativas. A metodologia se constitui em ser uma pesquisa qualitativa, descritiva, exploratória, empírica - bibliográfica e documental, amparada na base epistemológica da fenomenologia. Este trabalho traz como instrumento a entrevista, que optou-se por ser semi-estruturada. Para a análise de dados a escolha se deu pela análise do discurso. O lócus norteador foi a Brinquedoteca Universitária Paulo Freire, os sujeitos são pedagogos egressos que atuam na Educação Básica e foram monitores da referida brinquedoteca, onde receberam formações lúdicas durante o período da graduação. Teve como sujeito também um coordenador da brinquedoteca a fim de investigar como se dá o processo destas formações. Para orientar o processo reflexivo da discussão apresentada escolheu-se as contribuições dos estudos de Gilles Brougère (1998), Luckesi (2005), Kishimoto (1998), Moyles (2002), Tardif (2011), Fortuna (2010), Santos (2007), Pimenta (2005), Contreras (2010), dentre outros. Assim, foi possível através desta pesquisa mapear as atividades lúdico-formativas desenvolvidas na brinquedoteca universitária Paulo Freire - UNEB, entender como são desenvolvidas e de que forma impactam o fazer pedagógico dos professores monitores egressos. Logo, é possível concluir que tais formações promovem reflexões, habilidades e conhecimentos acerca das especificidades das infâncias e do brincar, além de possibilitar um olhar sensível e cuidadoso sobre o direito das crianças ao brincar. Percebeu-se ainda que tais ações lúdico-formativas são de suma importância para a constituição da identidade docente bem como para a atuação do professor da educação básica que foi monitor egresso desse espaço.
- ItemAuctoritas inter-rogada: docência (re)inventada(2017-05-05) Cortizo, Telma Lima; Farias, Maria de Lourdes Soares Ornellas; Pereira, Marcelo Ricardo; Macedo, Roberto Sidnei Alves; Farias, Larissa Soares Ornellas; Oliveira, Maria Olivia de MatosA pesquisa doutoral nomeada de Auctoristas inter-rogada: docência (re)inventada é uma pesquisa fundada nos pressupostos teóricos metodológicos e epistemológicos da pisicanálise e educação, na medida em que trabalhou construtos da função paterna, pulsão de vida e morte, sujeito suposto saber e transferência, dentre outros. Tem como objetivo analisar a (des)autorização docente na escola contemporânea, buscando desvelar suas implicações no saber docente. O panorama social descortinado pela globalização, sustentado por um processo de modernização que expandiu de forma mais acelerada desde meados do século XX, repercute em profundas transformações no estar social contemporâneo. O culto a imagem intensificado pelas novas redes de informação e a busca incessante do hedonismo constituiu mudanças significativas nas formas de se relacionar. A modernidade líquida (Bauman, 2011); o processo de desencaixe (Giddens, 1991); o fim das metanarrativas (Lyotard, 2002) e a dessimbolização do mundo (Dufour, 2005) anunciam a inscrição de um cenário, cujos pilares acedem para formas de organizações mais flexíveis, híbridas e autónomas. No rastro da indiferença afirmada por Lipovetsky (2014), em que professor e aluno são tomados cada vez mais como iguais e o desejo de saber se constitui num cenário esvaziado de sentidos, a problemática se inscreve: de que maneira a (des)autorização docente se constitui na escola contemporânea e quais suas implicações no saber docente? O referencial teórico estudado teve como aporte Kojève (2006); Arendt (2011); Foucault (2012, 2016); Freud(1996); Lacan(1975); Pereira (2008); Ornellas(2011); Bauman (2011); Giddens (2011); Nóvoa (1999); Canário (2005); Gatti(2010), dentre outros. Nesse sentido, a abordagem qualitativa apresentou-se como metodologia de pesquisa que possibilitou apreender o entendimento e a interpretação dos atos dos sujeitos implicados. A ênfase foi no Estudo de Caso (YIN, 2005), por ser um estudo complexo de uma instância particular, que permitiu analisar o fenômeno em profundidade. Os dispositivos de coleta de dados utilizados foram: observação, entrevista semiestruturada e conversações. Os sujeitos foram selecionados pelo critério do desejo, perfazendo o total de sete advindos do ensino médio. O locus da pesquisa foi uma escola pública da rede estadual da cidade de Salvador, de porte grande, localizada num bairro central da cidade. Foram construídas unidades de análise, as quais tiveram como suporte a análise do discurso de vertente francesa. Os resultaram revelaram professores implicados e responsáveis com o saber docente, que mesmo sem se dizerem desautorizados ou adoecidos, apresentaram durante a aplicação dos dispositivos de coleta de dados, resquícios de uma autoridade inter-rogada, em grande medida, pelo lugar e posição assumidos cotidianamente diante do (a) aluno (a), acompanhados pelos desafios de um social complexo. O caos escolar expressa-se na indisciplina, na dispersão, na indiferença, no tédio, nos parcos recursos da docência esvaziada de significados e significantes para si e para o (a) aluno (a). Assim, a desvalorização, a solidão, a escuta e a transferência se apresentaram como ausência de reconhecimento da profissão. Portanto, a tese aqui defendida refere a (des)autorização docente na escola contemporânea como percursos constitutivos ambivalentes inscritos em tempos de liquidez tendo como referente a autoridade continuamente inter-rogada. Nesse sentido, postula-se o investimento na palavra e na escuta das singularidades como princípios que permitam emergir a autoria, o reconhecimento, o respeito e a valorização profissional, quiçá, por essa via, a docência possa ser (re)inventada.
- ItemDeixe-me falar! Sofrimento psíquico do professor-sujeito na cena pedagógica contemporânea(2015-12-04) Silva, Daniele Lima da; Ornellas, Maria de Lourdes Soares; Voltolini, Rinaldo; Hetkowski, Tânia Maria; Farias, Larissa Soares OrnellasAs falas que se fazem cor ao tecido deste texto vicejam na metáfora da pintura de uma tela, cujo desafio de captura de sentidos enseja a pesquisa Deixe-me falar! Sofrimento psíquico do professor-sujeito na cena pedagógica contemporânea. Entendendo já como factível o estabelecimento de laços entre o par psicanálise - educação, discuto, nesta escritura, o manejo do sofrimento psíquico do professor contemporâneo e suas repercussões nos campos da subjetividade, formação e desempenho profissional. Assim, este estudo objetiva identificar aspectos relacionáveis ao sofrimento psíquico do professor na contemporaneidade, bem como que discutir seus reflexos no processo de ensinar-aprender. Intento, ainda, observar e descrever as falas que emergem do (entre)lugar do padecimento do professor-sujeito, sobretudo, no que refere ao seu savoir -faire pedagógico. O eixo motriz que sustenta essa investigação é buscar conhecer que lugar e posição teriam as formações sintomáticas do professor-sujeito nos processos de adoecimento e quais as suas implicações no exercício pedagógico de ensinar e aprender. Nesse sentido, a base teórico-epistemológica da pesquisa delineouse dialogando com autores da vertente psicanalítica dentre os quais estão: Freud (1925- 1926); Lacan (1962-1963); Ornellas (2005-2013); Aguiar e Almeida (2011); Roudinesco (2011) e Voltolini (2011), bem como aqueles que basculam os espaços da educação: André (1995); Gatti (2002); Arendt (2003); Candau (1982), dentre outros. A investigação constitui-se enquanto um estudo de caso delineado a partir de uma abordagem qualitativa, visando assegurar o estudo do fenômeno em profundidade. A rota metodológica é trazida enquanto esboço da ação planejada, constando de referenciais fundantes acerca do locus de pesquisa, sujeitos, instrumentos de coleta e estratégias de análise. Os instrumentos de coleta são: observação em sala de professores, entrevista semiestruturada e pintura em tela. Os sujeitos foram selecionados pelo critério do desejo, considerando ainda tempo igual ou superior a 10 anos de docência no ensino fundamental II e assinatura do Termo de Consentimento Livre Esclarecido. O locus da pesquisa é uma escola da rede pública municipal da região metropolitana de Salvador. Para a análise dos dados, buscou-se, a partir dos instrumentos de coleta, a construção de categorias descritivas e interpretativas com vistas a operacionalizar as unidades de análise. Tal procedimento se deu pela adoção da análise do discurso de vertentes francesa e brasileira, considerando o explícito e o implícito no discurso verbal, as hesitações, atos falhos, reticências, silêncios, esquecimentos e repetições. (In)conclui-se que o sofrimento psíquico do professor é um evento multifatorial, complexo, ambivalente e acentuado pela contemporaneidade. Desta forma, as formações sintomáticas dos professores-sujeitos manifestam intrínseca relação com o seu sofrimento psíquico vindo, deste modo, a ocupar o lugar e posição de sinalizadores de adoecimento manifesto com implicações negativas no exercício pedagógico de ensinar e aprender. A pesquisa inscreve, portanto, os seguintes achados: desejo; escuta; ambivalência; angústia; transferência; identificação; afeto e ab-reação. Estes são significantes reveladores que denotam o sofrimento psíquico do professor-sujeito na cena pedagógica contemporânea, haja vista que o (des)encantamento no fazer professoral traduz-se nos discursos onde pulsões de vida e morte assinalam o sujeito da falta e da barra, mas também do desejo e da fala.
- ItemEle não quer nada! Representações sociais de professor sobre o aluno (in)visibilizado em sala de aula(2019-05-24) Barreto, Antonio Geraldo da Silva Sá; Ornellas, Maria de Lourdes Soares; Novaes, Adelina de Oliveira; Farias, Larissa Soares Ornellas; Bomfim, Natanael ReisTrata-se da pesquisa de nome Ele não quer nada! Representações sociais de professor sobre o aluno (in)visibilizado em sala de aula cujo objeto versa sobre o aluno (in)visibilizado em sala de aula. Temática fundada nas inquietações: quais as representações sociais construídas por professores sobre o aluno (in)visibilizado, ainda que presente nas salas de aula? Como se processam as causas e consequências desse fenômeno? De que modo a (in)visibilidade do aluno impacta na relação professor-aluno e, consequentemente, no processo de ensinar e aprender? Nesse sentido, a pesquisa aqui apresentada tem por objetivo geral apreender as representações sociais de professores acerca do aluno (in)visibilizado e sua implicação no processo de ensinar e aprender, e tem como objetivos específicos: identificar as objetivações e ancoragens advindas das representações sociais do professor; analisar de que maneira a relação de (in)visibilidade tecida do professor para o aluno pode interferir na construção do ato educativo; buscar, no processo de formação docente, princípios educativos do processo de ensinar e aprender, pertinentes ao aluno (in)visibilizado. Metodologicamente, o estudo se estrutura enquanto pesquisa qualitativa e elegeu-se por lócus 01 (uma) escola pública da rede estadual no município de Alagoinhas-BA. Tem-se por sujeitos 06 (seis) professores egressos da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), cujas representações sociais sobre o objeto foram analisadas mediante entrevistas, desenhos e rodas de conversa. Os dados colhidos foram, posteriormente, submetidos à análise de discurso de vertente francesa. A escolha das representações sociais, como principal aporte, para escutar o fenômeno da (in)visibilidade de alunos ante o olhar dos professores, deveu-se ao fato de que a Teoria das Representações Sociais, inaugurada por Serge Moscovici relaciona processos cognitivos e práticas sociais, recorrendo aos sistemas de significação socialmente elaborados e aos processos de ancoragem e de objetivação. Desse modo, a base teórica dessa pesquisa sustentou-se em: Moscovici (1978), Jodelet (2001) e Ornellas (2001; 2008; 2010; 2017), no campo das representações sociais; Costa (2008a), Foucault (2009), Merleau-Ponty (2009) e Porto (2006), no que tange ao fenômeno da (in)visibilidade; Charlot (2008), Kupfer (2009) e Ornellas (2001; 2008; 2009; 2017) no que concerne à educação contemporânea. Percorrida a trilha metodológica alicerçada na revisão de literatura e análise dos dados que emergiram nas entrevistas, desenhos e rodas de conversa, os resultados revelam que as representações sociais dos sujeitos da pesquisa sobre o aluno (in)visibilizado ancoram-se em: afeto; conflito; desejo e (des)compromisso. Desse modo, que o investimento libidinal aqui corporeificado evoca o olhar de professores ante ao fenômeno da (in)visibilidade e provoca outros pesquisadores a aprofundarem seus estudos sobre essa temática, posto que toda pesquisa é uma aposta inconclusa, um contínuo advir.
- ItemA escola não-toda: estilo que opera o encontro do desejo de ensinar e aprender(2021-07-26) Costa, Áquila Thalita Sampaio; Ornellas, Maria de Lourdes Soares; Silva, Edilene Maria Antonino da; Merletti, Cristina Keiko Inafuku de; Farias, Larissa Soares OrnellasA presente pesquisa – A escola não-toda: estilo que opera o encontro do desejo de ensinar e aprender – tem como objetivo de estudo: analisar a possibilidade de uma escola nãotoda que fomente o estilo do professor levando em conta o encontro com o desejo de ensinar e aprender. O estudo parte da escuta sobre uma questão que não perpassa à educação: consentir à falta. Ao realizar essa escuta, uma questão se revela: em qual estilo pode operar uma escola não-toda que possibilite espaço para o desejo de ensinar e aprender? Os objetivos da pesquisa foram trabalhados a partir da colaboração dos teóricos: Agambem (2009), Birman (1994), Charlot (2006), Dunker (2016, 2020), Foucault (2014), Freud (1976, 1925, 1932, 1980), Kupfer (2006, 2013, 2010), Lacan (1970-71, 1964, 1969-70, 1972-73, 1981), Lajonquière (1999), Marcos (2014), Miller (2006), Mrech (2001), Ornellas (2017a), Ornellas (2018b), Pereira (2016), Quinet (2000), Soler (2005), Voltolini (2011), Vorcaro (2018). O percurso metodológico está sob o viés do método clínico de análise, por se tratar de um estudo que trabalha a dimensão subjetiva e legitima o conceito psicanalítico de sujeito do inconsciente. Para delimitar a construção teórico-metodológica concernente a esta investigação, investiu-se na aproximação da psicanálise e da educação através da pesquisa de natureza qualitativa. Os dispositivos utilizados foram a entrevista semiestruturada e o desenho, com três professores sujeitos de uma escola da rede pública de ensino do distrito de Maria Quitéria – BA. As narrativas foram transcritas e analisadas a partir da escuta clínica psicanalítica lacaniana, que guiam essa pesquisa, por viabilizar a escuta do entre, dos enunciados, das enunciações, dos ditos, não-ditos e lapsos dos três sujeitos pesquisados. Alguns significantes capturados no discurso desses participantes orientam o caminho singular para a assunção de um estilo que fomente a escola não-toda, dentre eles destaco: interação, conflito, construção, atravessamentos, falta, invenção e ruptura que balizam neste escrito os achados da escola não-toda, a qual não comporta o que pode ser homogêneo e coletivo.
- ItemA escuta do acompanhante terapêutico escolar: giros discursivos no picadeiro(2020-06-22) Santos, Juliana Viveiros Barbosa König dos; Ornellas, Maria de Lourdes Soares; Lerner, Ana Beatriz Coutinho; Dantas, Tânia Regina; Farias, Larissa Soares OrnellasEste estudo fundamenta-se no enlace da psicanálise e educação, a partir da escuta de acompanhantes terapêuticos escolares (ATE) que se mobiliza através das questões: Em que trama “linguageira” o seu fazer discursivo se efetua? Lacan (1992) firma o sujeito como efeito do discurso. Os objetivos da pesquisa foram: Analisar os giros discursivos a partir da escuta de acompanhantes terapêuticos escolares no entre lugares (entre o pedagógico e o terapêutico). Os específicos: Identificar a posição discursiva das acompanhantes terapêuticos escolares situada entre os quatro discursos; Escutar as alternâncias das posições discursivas da práxis de ATEs, movidas entre o discurso pedagógico e o terapêutico; Apreender o estilo discursivo de acompanhantes terapêuticos escolares na inclusão da criança com impasses na estruturação subjetiva. O ATE ao situar-se em direção ao discurso do analista, posiciona-se como semblante do saber no contexto escolar em uma práxis sob o efeito da linguagem. Conforme Fink (1998), a psicanálise é um discurso que faz efeito no mundo, que não conforma uma explicação completa dele, pois “em qualquer práxis e praticamente em qualquer campo, há discursos diferentes ajustados para momentos diferentes, e em contextos históricos, sociais, políticos, econômicos e religiosos diferentes” (FINK, 1998 p. 175). Há uma sustentação que é a linguagem a condição do próprio inconsciente, assim como o inconsciente é condição para a linguagem (LACAN,1992). Desse modo a escuta deste estudo ocorreu por via de duas rotas metodológicas: a) entrevista aberta em vista de atentar-se a fala e as idiossincrasias, bem como a teia de significantes (ORNELLAS, 2011). A qual dirigiu-se para seis sujeitos participantes b) escuta no grupo, a partir de reuniões de supervisão de ATEs, assentadas na orientação psicanalítica, dirigida para 9 participantes. Foi possível escutar o sujeito-ATE e como este opera por via dos giros discursivos em sua práxis. Movimentos permeados por suas singularidades, como efeitos dos discursos presentes no contexto escolar sobre aqueles se dirigem no acompanhamento por via discurso singularizante, o que permeou achados na posição discursiva que se opera entre o terapêutico e o pedagógico (BERLINCK E FRÁGUAS, 2001). A análise do dizer e do dito constitui-se por via da “noção de discurso em Lacan deve ser compreendida sempre como heterogeneidade, entre fala e língua entre significação e valor, entre enunciação e enunciado, entre dizer e dito” (DUNKER, PAULON E MILÁN 2016 p. 147).
- ItemEstilo: capulho de algodão no colo do sujeito-bebê em impasse constitutivo(2020-05-04) Menezes, Eliana de Jesus; Farias, Maria de Lourdes Soares Ornellas; Kupfer, Maria Cristina Machado; Fernandes, Andrea Hortelio; Hetkowski, Tânia Maria; Farias, Larissa Soares OrnellasA presente pesquisa nomeada: Estilo: capulho de algodão no colo do sujeito-bebê em impasse constitutivo tem como objeto de estudo o estilo de professor frente ao sujeito-bebê em impasse constitutivo. Apresenta como objetivo geral investigar de que maneira o professor, com seu estilo, ocupa uma posição de agente primordial para o bebê em impasse constitutivo, com vistas ao advir do sujeito na ambiência da creche. Torna-se recorrente o número cada vez maior da entrada de bebês no universo da creche nos últimos anos. Com isso, ocorre uma travessia precoce do espaço privado da família para o público, o que pode deixar marcas de rompimento do laço familiar no cuidar e educar do bebê. Portanto, nesse contexto de passagem se demarca a presença de bebês com dificuldades no seu encontro com o professor em uma via de sofrimento psíquico. No entanto, o professor com seu estilo e em sua práxis, na ambiência da creche, pode permitir uma continuidade do laço, exercendo a função de agente primordial nessa passagem, de modo que o bebê possa advir como sujeito em constituição. Diante de tal assertiva, ousamos inscrever que a referida tese está assentada na base teórica da Psicanálise e Educação e levantar algumas questões que nortearão a presente pesquisa: De que maneira o professor, com seu estilo, ocupa uma posição de agente primordial para o bebê em impasse constitutivo? O que pode fazer um professor para contribuir com o advir do sujeito na ambiência da creche? Nesta investigação, a abordagem foi qualitativa, com viés de Estudo de Caso, inspirada nos eixos teóricos da metodologia IRDI. O lócus foi em uma Unidade de Educação Infantil de 0 a 3 anos (creche), na cidade de Mossoró, no Estado do Rio Grande do Norte. Os sujeitos foram 02 (duas) professoras entre 5 a 15 anos em exercício docente em creches e 04 (quatro) bebês de 1(um) a 2 (dois) anos de idade em impasse constitutivo no berçário. Os dispositivos de coleta de dados foram: observação, entrevista em profundidade e a roda flutuante. A análise dos dados obtidos foi inspirada na Análise de Discurso de vertente francesa. A pesquisa apontou que o estilo está presente no educar, brincar e olhar das professoras, podendo ser nomeado como brincante, escópico, maternante e regido pelos eixos constitutivos do sujeito, pela via da ambivalência, traduzida na função maternante, no laço transferencial entre a professora e o bebê, na transmissão da lei paterna, demarcando que ao assumir uma posição ambivalente e de falta, a professora, agente primordial, com seu estilo, sua marca pode permitir ao sujeito-bebê, em impasse constitutivo, enredar-se nas tramas do desejo na ambiência da creche.
- ItemFamília recomposta na escola: devorar o modelo, amar a diferença(2016-04-08) Bittelbrunn, Edna; Ornellas, Maria de Lourdes Soares; Batista, Douglas Emiliano; Alcântara, Miriã Alves Ramos de; Farias, Larissa Soares Ornellas; Costa, Lívia Alessandra Fialho daEsta pesquisa doutoral Família recomposta na escola: devorar o modelo, amar a diferença teve como objetivo analisar de que forma a escola apreende os diferenciados arranjos familiares, que se pronunciam através dos alunos que acolhe, com destaque para a especificidade das famílias recompostas. Buscou-se discutir o espaço das famílias nas interlocuções com a escola e analisar as relações e/ou as denegações vividas pelos sujeitos envolvidos. Para tal, elegeu-se um estudo empírico, em escola pública de porte médio, contemplando pais em situação de recomposição (cinco mães e uma madrasta), professores (três homens e duas mulheres da série/ano em que os filhos dessas famílias estavam matriculados) e uma especialista em psicopedagogia. Foram utilizados como instrumentos de coleta de dados, desenhos expressivos e entrevistas e foi realizada a análise qualitativa dos dados, tendo como referência estudos nas áreas de Psicanálise, Educação e Sociologia. A análise objetivou discutir, através de rituais escolares presenciados e construídos pelos sujeitos, como os conceitos de família originam-se e desenvolvem-se no contexto escolar. Os profissionais da educação relataram como escutam as famílias diferenciadas presentes na escola e os familiares apontaram suas experiências de acolhimento (ou não) pela escola. Os resultados obtidos foram alimentados pela literatura da área, a fim de levantar semelhanças e divergências, salientando que a contemporaneidade ainda não contempla um recuo necessário de pesquisas sobre famílias recompostas, em suas aproximações com a escola, que propiciem um conhecimento mais conciso desses objetos complexos. A análise dos instrumentos de coleta de dados nos direciona para um “entrelugar” de família e escola, onde relações cambiantes entre o tradicional e a abertura de diálogo frente a formatos diferenciados de família se apresentam. Há uma postura, por parte dos educadores, de chamamento de uma família nuclear (pai, mãe e filhos), com certo privilégio nos rituais escolares, mas também há a escuta de ruídos para a quebra desse paradigma frente a famílias que não obedecem tal composição (famílias recompostas, monoparentais, homoafetivas, dentre outras). Afina-se tal investigação com a ideia de que a apreensão pela escola do conceito ainda merece maturação, e de como se estruturam e funcionam as diferentes configurações familiares, anunciando-se, então, um tempo de maturação e aprendizagem. Lembrando que as configurações diferenciadas de família já se expressam na escola e no contexto social, de forma majoritária. Averiguou-se, assim, que o mal-estar na escola apresenta várias facetas, uma delas que se insurge pela (não) relação com as famílias nas suas tipologias variantes e seu dinamismo.
- ItemInclusão escolar de crianças com Síndrome de Down: o papel do acompanhante terapêutico(Universidade do Estado da Bahia, 2024-06-17) Álvares, Mariana Freaza; Bittelbrunn, Edna; Ferreira, Janeide Medrado; Farias, Larissa Soares Ornellas; Gonçalves, Andréa Tenório DinizO presente trabalho de conclusão de curso se propõe a investigar as interfaces entre o papel do acompanhante terapêutico e a inclusão escolar de crianças com Síndrome de Down. O acompanhamento terapêutico se configura como uma atuação possível a psicologia em diferentes contextos, e a práxis desse profissional com estudantes que possuem a trissomia do cromossomo 21 deve objetivar contribuir na formação de cidadãos protagonistas na sua trajetória de vida. Nessa produção, a escola considerada inclusiva é aquela na qual todos os indivíduos são vistos e acolhidos nas suas singularidades. Assim, a revisão de literatura aqui desenvolvida registrou a distinção entre inclusão e integração na escola, identificou singularidades que podem ser apresentadas nas crianças com Síndrome de Down e explicitou a função do A.T. no processo de inclusão escolar a partir do diálogo entre diferentes referências do campo da psicologia e educação, bem como experiências da autora enquanto acompanhante terapêutica. Diante disso, concluiu-se que as instituições de ensino que se afastam da lógica da integração e sustentam a inclusão efetiva, propiciam espaços de escuta e pertencimento às crianças com Síndrome de Down.
- ItemInibição no fuxico de aprender(2012-09-25) Fonsêca, Ludmilla Lopes da; Ornellas, Maria de Lourdes Soares; Mrech, Leny Magalhães; Farias, Larissa Soares Ornellas; Alves, Lynn Rosalina GamaO presente estudo nomeado Inibição no Fuxico de Aprender visa contribuir para a educação contemporânea. Uma avaliação dos debates atuais no campo da educação é suficiente para perceber um contíguo de proposições em torno da temática dificuldade de aprendizagem. Na tentativa de explicação destas sucedem-se novas concepções teórico-epistemológicas principalmente nas áreas de educação, psicologia e psicanálise. Diferentemente do utilizado no senso comum neste trabalho o foco terminológico se dá na “inibição no ato de aprender” com vistas à possibilidade de ampliação dos estudos de tal fenômeno, pois o compreendo como aquele que dá possibilidade de entendimento com relação a uma função, não tendo necessariamente, uma implicação patológica o que também o faz transitório. A inibição é a demanda que ocorre, unicamente, na dimensão do eu e se expressa como uma limitação funcional neste caso trato da inibição do saber e tenho como problema avaliar de que maneira o professor lida com os afetos prazerosos/desprazerosos que envolvem a relação com o aluno no processo de inibição no ato de aprender e como objetivo geral analisar os processos constitutivos do aluno com inibição no ato de aprender com vistas a encontrar alternativas que emerjam no aluno o desejo aprendente. A concepção teórica a qual esse estudo se sustenta é a interface psicanálise e educação e os teóricos os quais me apoio são Freud, Lacan, Kupfer, Mrech, Ornellas. Trata-se de uma pesquisa qualitativa e os instrumentos selecionados para coleta foram: observação, entrevista narrativa e narrativa imagética. A análise dos dados foi tratada pela análise do discurso, os sujeitos em número de seis foram selecionados pelo critério do desejo e o locus optou-se por uma escola da rede municipal da cidade de Salvador. Os achados desta pesquisa estão representados pelos extratos: aluno inibido na sala de aula, a presença da família, o manejo docente, a não permanência na sala de aula etc. Expressa-se nas (in)conclusões que para pensar essa inibição faz-se preciso escutar para que o aluno encontre na sala de aula seu lugar para aprender. Diante de tal exposição refiro que a metáfora do fuxico e sua conexão com a inibição no ato de aprender é a minha tentativa de contribuição com a proposta de interface entre Psicanálise e Educação.
- ItemO inusitado (des)espera: amódio na docência contemporânea(2017-03-14) Brandão Neto, Bionor Rebouças; Ornellas, Maria de Lourdes Soares; Pereira, Marcelo Ricardo; Farias, Larissa Soares Ornellas; Santos, Luciano CostaDissertação de Mestrado apresentada no Programa de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade (PPGEduC), da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), que versa sobre a ambivalência afetiva docente. O trabalho discute a ambivalência como marca de nossos tempos, reconhece que os desafios à docência estão postos na realidade e aposta na capacidade do professor de ressignificar o exercício docente com vistas a encontros mais éticos do que técnicos no ato educativo. A proposta aqui abordada manifesta-se contra a ilusão hedônica presente em nossa sociedade. Trata-se de pesquisa qualitativa, de abordagem clínica, nos moldes da análise de práticas profissionais de orientação psicanalítica, na qual se utilizou a conversação como dispositivo de pesquisa-intervenção. Recorreu-se à teoria freudiana das pulsões e ao neologismo lacaniano do amódio, para subsidiar o entendimento de que a ambivalência afetiva é parte constituinte do sujeito e necessária à formação de laço social. O lócus da pesquisa foi um colégio estadual de Salvador e os sujeitos foram 10 professores dessa instituição que se encontravam semanalmente em espaço de livre discurso com base na associação livre, no qual falavam de seus afetos associados ao fazer docente. A análise dos dados visou aspectos inconscientes presentes nos discursos e estratégias singulares de manejo da ambivalência. Foi possível observar que o inusitado desespera, e que parece necessário que cada professor se questione: “O que é que eu estou fazendo aqui?”, em um processo de implicação, inserindo o desejo dos mesmos, e transformando suas queixas (significados) em questões (significantes) a serem respondidas. A pesquisa aponta para a necessidade de uma educação que consinta a falta.
- ItemNarrativa e identidade: um Estudo Histórico da Construção Familiar do Cel. Antônio Ferreira da Silva (Papai Antônio e Mamãe Didi)(2020-11-27) Silva Neto, Antônio Ferreira da; Menezes, Jaci Maria Ferraz de; Gonçalves, Alba Lúcia; Casanave, Carlota Maria Ibertis de Lassalle; Macedo, Cid Ney Ávila; Farias, Larissa Soares OrnellasEste trabalho busca analisar a vida do Coronel Antônio Ferreira da Silva sob um olhar fenomenológico e psicanalítico. Isso foi possível a partir das contribuições da sua filha caçula Maria Hilza Ferreira Falcão (Tia Hilze), ainda viva, de sua nora, minha mãe (Zelinha), dos netos, sobrinhos e amigos mais próximos da família, bem como de pesquisas de campo nos municípios baianos de Ilhéus e Uruçuca, entre outros, além de arquivos públicos municipais e estaduais, como também de dioceses de Salvador e do interior do Estado da Bahia. Descendente de família pobre do interior do Estado e nascido em 1884, com pouca formação escolar, mulato, frequentou a escola até o primeiro grau, tendo casado no civil com Waldetrudes Peixoto, então com 19 anos de idade, branca, com a mesma formação escolar. Tiveram onze filhos, sendo quatro homens e sete mulheres. Antônio Ferreira se tornou um dos maiores fazendeiros e exportadores de cacau da região sul da Bahia. Em 1906, estabeleceu residência no povoado de Água Preta, município de Ilhéus. Em 1944, o Coronel Antônio Ferreira, junto com outros fazendeiros, fundou o município de Uruçuca, confirmado pelo Decreto Estadual n.º 12.978, de 1º de junho 1944, que estabelece a transformação desse distrito em Município. Antônio Ferreira foi também um dos fundadores do Instituto do Cacau da Bahia. Nenhum dos seus onze filhos teve formação de ensino superior. Ao falecer em 1965, no Hospital Português em Salvador, vítima de síncope central, deixa de herança mais de 40 terras, entre fazendas de cacau com alta produtividade do fruto e roças de produções diversas, além de outros imóveis em Salvador e no Rio de Janeiro. Após sua morte, sua família entra em processo de decadência financeira, cujas causas são aqui também analisadas.