Navegando por Autor "Farias, Ediênio Vieira"
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- ItemGestão educacional compartilhada das políticas públicas de educação de jovens e adultos: um estudo de caso da rede municipal de Bom Jesus da Lapa-BA(2015-11-30) Farias, Ediênio Vieira; Costa, Patrícia Lessa Santos; Amorim, Antônio; Laniado, Ruth Nadia; Machado, Célia TanajuraAo considerar a contextualização do processo histórico, dos resultados e dos desafios em torno da Educação de Jovens e Adultos (EJA), percebe-se ainda a falta de prioridade na agenda pública de gestão educacional no que concerne a essa modalidade de ensino. É perceptível o quanto a EJA se desenrolou pelo plano secundário dos aspectos das políticas assistencialistas e reguladoras. As causas dessa exclusão estão atreladas aos diversos fatores desencontrados da política educacional brasileira. Um dos fatores que contribui para essa situação é a carência de mecanismos estratégicos de gestão pelos atores institucionais dos sistemas de ensino. Assim, cada vez mais, o exercício da gestão educacional participativa e compartilhada torna-se alvo de discussão para desencadear uma prática social capaz de qualificar o ensino da EJA. Partindo da inquietação ‘como constituir uma gestão compartilhada das políticas de EJA na esfera pública municipal de Bom Jesus da Lapa?’, essa investigação teve como objetivo central compreender o processo de gestão educacional compartilhada das políticas de Educação de Jovens e Adultos (EJA) da rede municipal de ensino de Bom Jesus da Lapa – BA. Nesse sentido, o objeto de estudo se construiu em torno da gestão compartilhada das políticas de EJA, sob elementos da teoria crítica em Ciências Sociais. Elementos estes que se delimitaram pela tipologia da ação social habermasiana, levando a distinguir ação proposital-racional da ação comunicativa pelos elementos e retratos da gestão educacional em EJA no país. A relação entre gestor institucional e ator social, no âmbito da esfera municipal, deve se intertextualizar com o contexto histórico, filosófico e social da educação brasileira, considerando, em especial, a trajetória gestionária das políticas públicas desenvolvidas no campo da EJA. A investigação é um estudo de caso, sob a abordagem qualitativa, orientado à coleta de informações por meio de entrevistas semiestruturadas com atores institucionais (gestores e coordenadores) e atores sociais (membros do CME, representantes da Universidade Estadual da Bahia; jovem e/ou adulto inserido em pastorais ou grupos da igreja; jovem e/ou adulto inserido em associação comunitária; jovem e/ou adulto inserido em sindicato ou associação de classe; jovem e/ou adulto inserido em movimentos sociais e assentamentos). O estudo de caso compreendeu também as técnicas de análise documental no Plano Municipal de Educação (PME) 2015 – 2025 e na Proposta Curricular para EJA de Bom Jesus da Lapa. O contato com essa complexidade de informações apontou caminhos para a superação de problemas técnicos e operacionais na gestão de EJA, condicionando o município em questão a construir diretrizes e referências a fim de gerar um plano de articulação conjunta entre gestores da educação municipal e atores da sociedade civil. Espera-se que a proposição dessas diretrizes fomente a cooperação entre gestores e atores sociais na esfera pública, sendo capaz de fortalecer relações sociais e o desenvolvimento das políticas educacionais de EJA para a governança local.
- ItemRepresentações sociais da constituição de professor-sujeito frente aos (a)muros da educação contemporânea(Universidade do Estado da Bahia, 2023-12-15) Farias, Ediênio Vieira; Ornellas, Maria de Lourdes Soares; Novaes, Adelina de Oliveira; Santos, Carla Liane Nascimento dos; Silva, Marcos Vinicius Paim da; Bonfim, Maria Núbia Barbosa; Almeida, Suzzana Alice LimaA presente pesquisa se constitui em torno da relação entre a Educação e a abordagem processual da Teoria das Representações Sociais (TRS) que inscreve aderência acerca da constituição de professor-sujeito frente aos (a)muros da educação contemporânea. Esses (a)muros, construto lacaniano, referem-se ao ato de castração do sujeito (ou de negação desse processo), ao tempo, que manifesta a ideia de sujeito do desejo, sujeito faltante ou do inconsciente. Nessa busca, torna-se necessário enlaçar essa noção de sujeito ao processo de subjetivação dos professores bacharéis que lecionam na Educação Profissional do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano (IF Baiano). Assim posto, o objetivo geral da pesquisa é apreender as representações sociais da constituição de professor-sujeito frente aos (a)muros da educação contemporânea com vistas a uma práxis pedagógica referenciada. Para tanto, a investigação se sustenta na abordagem qualitativa em Educação, enlaçada ao desenho epistemológico e teórico-metodológico da pesquisa em representações sociais. No lócus em questão, foram selecionados 05 (cinco) professores(as) Engenheiros(as) Agrônomos(as) (não-licenciados) que lecionam componentes curriculares do eixo técnico e tecnológico da Educação Profissional. Enquanto dispositivo de colheita, foram utilizados a entrevista individual semiestruturada, o encontro dialogal e a fita moëbiana, a qual emerge para metaforizar a constituição de professor-sujeito frente ao campo interpretativo de uma pesquisa educacional. A análise das formações discursivas ocorre pela Análise de Discurso (AD), a fim de escutar o dito, não dito e o interdito dos sujeitos, fazendo ilações com as confluências teóricas entre o discurso psicanalítico lacaniano e o discurso filosófico foucaultiano, principalmente no que diz respeito (respectivamente) ao movimento da identificação e subjetivação do sujeito psicossocial. Por ancoragem e objetivação, apreende-se que a ‘constituição de professor-sujeito’ é uma cadeia significante que evidencia princípios de inquietação e escuta de si e do outro frente aos (a)muros da educação. Nesses termos, a pesquisa doutoral aponta que o ‘constituir-se’ na docência se reapresenta por outros verbos reflexivos: afetar-se, ¬ perceber-se, reconhecer-se, cuidar-se, formar-se, transformar-se, escutar-se, permitir-se, recriar-se e orientar-se. Essa reflexividade situa a posição e lugar do professor-sujeito no ato de ensinar e aprender, elevando o processo de subjetivação do sujeito ao nível do enlaçamento entre o singular e o social nos espaços de representação, o que (re)cria o sentido dos processos subjetivos e formativos de professor-sujeito na educação contemporânea.