Navegando por Autor "Fagundes, Tereza Cristina Pereira Carvalho"
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- ItemDissidências e (Im)pertinências de gênero no território escolar: memorial cartográfico Lucemberg(2018) Oliveira, Lucemberg Rosa ; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Salvadori, Juliana Cristina; Auad, Daniela; Fagundes, Tereza Cristina Pereira CarvalhoA pesquisa de mestrado intitulada Memorial Cartográfico: dissidências e (Im)pertinências de gênero no espaço escolar, realizada numa escola municipal da rede de Barra do Mendes - BA, toma como centralidade as questões que envolvem o gênero, entre eles as performances, bem como as práticas pedagógicas e formação docente. Teve como objetivo principal compreender como as performances de gênero são apresentadas na escola a partir das reflexões sobre as práticas pedagógicas dos/a colaboradores/a da pesquisa e como objetivos específicos: descrever por meio de observações participantes em quais momentos as performances de gênero são identificadas/silenciadas na escola e cartografar os conceitos- chave relativos às performances de gênero. A pesquisa se ancora no horizonte qualitativo, utilizando o método cartográfico para apontar epistemologicamente e metodologicamente a esta procedimento de construção e análise dos dados, tendo em vista a perspectiva pós-crítica, de questionar os próprios modos de fazer pesquisa, permitindo ao pesquisador se emaranhar por uma gama de procedimentos aos quais outros tipos de pesquisa tradicionais não permitiriam, ela não se prende ao formalismo metodológico, o que nos permite classificá-la como pós-moderna, pós-crítica e pós-estruturalista. A pesquisa cartográfica difere de outros modos de fazer pesquisa. Baseados, sobretudo, no impacto epistemológico conduzido por Deleuze e Guatarri (1995) – propositores desse conceito – no campo da filosofia, acabam por cotejar no que concerne à produção investigativa na área das ciências humanas, em geral, e especialmente no campo da educação. Como dispositivos de construção dos dados, utilizaram-se Ateliês de pesquisa, e observação participante, buscando registrar, problematizar e refletir sobre as práticas e, consequentemente, formar professores/a em exercício para o trato com a temática. Assim o saber é, sobretudo, produto e processo das redes heterogêneas de interações de agregados sociais humanos e não-humanos (condições objetivas e subjetivas da realidade). Como resultado/produto final, foi elaborado pelo coletivo docente o Projeto didático-pedagógico para o trato da diversidade de gênero na sala de aula. Além disso, a pesquisa apontou que ainda há um longo caminho para implementar as discussões sobre gênero na escola, uma vez que as pessoas que foram o corpo dessa instituição ainda buscam maneira de silenciar tais questões e quando estas ultrapassam os limites do que ocasionou a ser “normal”, os (a) estudantes são vistos como objetos. Ainda, foi possível verificar que muitos professores e professoras ainda se sentem, em muitas ocasiões, reféns de práticas pedagógicas, ainda distantes das demandas dos sujeitos da contemporaneidade, embora estes estejam presentes na escola, no cenário da diversidade, esta ainda é regida, por uma estrutura muito hierárquica, que insiste em olhar mais para a normatividade do que para a diversidade, principalmente no que se refere às questões de gênero.
- ItemDo gênero aos gêneros: identidade de gênero feminino nos gêneros textuais predominantes no livro didático de língua portuguesa, Coleção 2015, do CEPLFS(2017-12-15) Freire, Jedinei Lúzia Alves Freitas; Sousa, Denise Dias de Carvalho; Gomes, Antenor Rita; Fagundes, Tereza Cristina Pereira CarvalhoO trabalho ora apresentado objetiva compreender quais representações sobre identidade de gênero estão veiculadas nos gêneros textuais predominantes no livro didático de Língua Portuguesa do Ensino Médio, selecionados pelo PNLD, 2015, em especial a coleção selecionada pelos docentes do Colégio Estadual Prof.ª. Luzia Freitas e Silva, situado na cidade de Campo Formoso-Ba, a fim de analisar como essas representações socioculturais podem empoderar ou fragilizar a imagem do sujeito feminino. Além disso, objetiva-se nessa pesquisa mapear os gêneros textuais que tratam dessa temática, levando em consideração suas estratégias discursivas, e avaliar as representações de identidade de gênero do sujeito feminino apresentadas pelos docentes do referido colégio. As coleções foram investigadas com base no Guia de Livros Didáticos, 2015, Língua Portuguesa do Ensino Médio, responsável pelas resenhas das coleções aprovadas pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). Como abordagem teórica recorremos aos estudos de Beauvoir(2016); Hall (2014); Louro (1997); Fagundes (2005); Moscovici (1961) e Orlandi (1980) entre outros. O estudo é de abordagem qualitativa, uma vez que esta busca entender os fenômenos que envolvem os seres humanos e suas relações sociais estabelecidas em diversos ambientes. O pressuposto epistemológico baseia-se no paradigma interpretativo, tomando-se como método a análise de discurso francesa por essa possibilitar a compreensão da linguagem em seu funcionamento discursivo, rompendo com o pseudo-entendimento da mera expressão e transmissão do pensamento. Como técnicas de coleta de dados, destacaram-se o trabalho de campo e a pesquisa documental. A partir da pesquisa, percebe-se que nas coleções selecionadas pelo PNLD(2015) há predomínio masculino e a abordagem feminina é pontual. Os gêneros predominantes da coleção selecionada pelo CEPLFS mostram o feminino com estereótipos, emotividade, imposição patriarcal, posicionamentos machistas, com discursos passíveis de reflexões, tanto o discurso do enunciador, quanto do discurso pedagógico, uma vez que os gêneros textuais são utilizados para um trabalho com a gramática normativa, ilustração ou para as avaliações externas, sem haver um profundo olhar sobre os sentidos implícitos e ideologias contidas nas entrelinhas dos discursos. A partir da pesquisa, percebeu-se que as representações de identidade de gênero apresentados pelos docentes derivam das representações oriundas da sociedade, visto que foram educados e vivem num espaço androcêntrico. Reflexões e ações interventivas sobre as representações acerca da identidade de gênero, veiculadas pelo livro didático, e a (des) construção de concepções cristalizadas são necessários para uma educação qualitativa.
- ItemDo gênero aos gêneros: identidade de gênero feminino nos gêneros textuais predominantes no livro didático de língua portuguesa, coleção 2015, do CEPLFS(2017-07-24) Freire, Jedinei Luzia Alves Freitas; Sousa, Denise Dias de Carvalho; Gomes, Antenor Rita; Fagundes, Tereza Cristina Pereira CarvalhoO trabalho ora apresentado objetiva compreender quais representações sobre identidade de gênero estão veiculadas nos gêneros textuais predominantes no livro didático de Língua Portuguesa do Ensino Médio, selecionados pelo PNLD, 2015, em especial a coleção selecionada pelos docentes do Colégio Estadual Prof.ª. Luzia Freitas e Silva, situado na cidade de Campo Formoso-Ba, a fim de analisar como essas representações socioculturais podem empoderar ou fragilizar a imagem do sujeito feminino. Além disso, objetiva-se nessa pesquisa mapear os gêneros textuais que tratam dessa temática, levando em consideração suas estratégias discursivas, e avaliar as representações de identidade de gênero do sujeito feminino apresentadas pelos docentes do referido colégio. As coleções foram investigadas com base no Guia de Livros Didáticos, 2015, Língua Portuguesa do Ensino Médio, responsável pelas resenhas das coleções aprovadas pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). Como abordagem teórica recorremos aos estudos de Beauvoir(2016); Hall (2014); Louro (1997); Fagundes (2005); Moscovici (1961) e Orlandi (1980) entre outros. O estudo é de abordagem qualitativa, uma vez que esta busca entender os fenômenos que envolvem os seres humanos e suas relações sociais estabelecidas em diversos ambientes. O pressuposto epistemológico baseia-se no paradigma interpretativo, tomando-se como método a análise de discurso francesa por essa possibilitar a compreensão da linguagem em seu funcionamento discursivo, rompendo com o pseudo-entendimento da mera expressão e transmissão do pensamento. Como técnicas de coleta de dados, destacaram-se o trabalho de campo e a pesquisa documental. A partir da pesquisa, percebe-se que nas coleções selecionadas pelo PNLD(2015) há predomínio masculino e a abordagem feminina é pontual. Os gêneros predominantes da coleção selecionada pelo CEPLFS mostram o feminino com estereótipos, emotividade, imposição patriarcal, posicionamentos machistas, com discursos passíveis de reflexões, tanto o discurso do enunciador, quanto do discurso pedagógico, uma vez que os gêneros textuais são utilizados para um trabalho com a gramática normativa, ilustração ou para as avaliações externas, sem haver um profundo olhar sobre os sentidos implícitos e ideologias contidas nas entrelinhas dos discursos. A partir da pesquisa, percebeu-se que as representações de identidade de gênero apresentados pelos docentes derivam das representações oriundas da sociedade, visto que foram educados e vivem num espaço androcêntrico. Reflexões e ações interventivas sobre as representações acerca da identidade de gênero, veiculadas pelo livro didático, e a (des) construção de concepções cristalizadas são necessários para uma educação qualitativa.
- ItemEducação carcerária: (des)encantos, (des)crenças e os (des)velamentos de leitura no cárcere, entre ditos, silêncios e subentendidos(2007-12-20) Silva, Ana Lúcia Gomes da; Fagundes, Tereza Cristina Pereira Carvalho; Passos, Elizete Silva; Arapiraca, Mary de Andrade; Santos, Cosme Batista dos; Silva, Márcia Rios da; Araújo, Edivalda AlvesEducação carcerária é o tema central desta pesquisa, considerada como ato educativo informal, praticado no cotidiano do cárcere marcado pela intencionalidade em cada habilidade, modos de agir, astúcias e estratégias organizadas, com finalidades próprias e apropriadas, que influenciam e formam outros sujeitos. Objetivamos discutir as práticas educativas que se dão no cotidiano do cárcere e seus efeitos de sentido para os que nele se inserem, além de buscar compreender a tríade presente nas relações de poder: o saber, o discurso e as estratégias do dizer sobre a prisão e seus efeitos. A pesquisa teve como lócus a 16ª Delegacia Circunscricional de Jacobina/BA. O horizonte metodológico adotado foi o etnográfico, tendo como fundantes os estudos da Antropologia, utilizando como instrumentos de construção dos dados entrevistas abertas e/ou aprofundadas, as histórias orais de vida, o memorial, a observação participante, buscando apreender o máximo possível do cotidiano do cárcere e seus efeitos de sentido sobre os sujeitos da pesquisa. Para realizar a análise dos dados, utilizamos a Análise do Discurso (AD). Os resultados apontam a dimensão das (des)crenças, (des)encantos e (des)educação que marcam, de forma contundente, cada ser humano que experiencia o cotidiano do cárcere nos seus movediços caminhos. Por outro lado, os memoriais, relatos e narrativas, vão (des)velando outras nuances e aspectos do ser humano como ser que está em constante formação, em contraponto com os discursos oficiais que nos (des)velam, a partir de outros pontos de vista, o cotidiano do cárcere. As narrativas dos encarcerados desvelaram as práticas reais do cárcere e seu caráter educativo e promotor de (des)crenças, (des)educação, sofisticação das regras de poder, de organização que reproduz a violência, amedronta e os faz mais e mais marginais. Conclusivamente, o trabalho traz a cartografia das práticas educativas no cárcere, seus efeitos sobre os encarcerados e seus familiares, (des)vela (des)crenças, (des)esperanças, sinaliza possibilidades reeducativas e socializadoras dos encarcerados pós-presídio e indica que a educação em espaços de aprendizagem como o cárcere, seria promotora de significativas mudanças, considerando que os seres humanos que vivenciam processos educativos de toda ordem podem (res)significar suas atitudes e transformar suas vidas.
- ItemEducar para sexualidade: dialogando estratégias com professores /as do ensino médio(2018) Linhares, Tatiane Pina Santos; Pinho, Maria José Souza; Paz, Maria Glória da; Fagundes, Tereza Cristina Pereira CarvalhoEste trabalho final de conclusão de curso de mestrado profissional procurou compreender as concepções, opiniões, crenças e atitudes referentes à Educação Sexual (ES) no cotidiano de professores do ensino médio de uma escola pública, no município de Senhor do Bonfim-BA. A investigação sustentou-se no campo das Representações Sociais (RS), possibilitando a articulação com os referenciais de Foucault (1992, 2017). Para atingir o objetivo proposto, no campo empírico, realizou-se uma pesquisa exploratória, com a aplicação de questionário com perguntas abertas e fechadas, utilizando a metodologia de Associação Livre de Palavras (ALP), pautando-se nos pressupostos teóricos metodológicos da pesquisa colaborativa - a qual propõe um equilíbrio entre pesquisa e formação - e nos pressupostos epistemológicos, os quais incorporaram a competência prática e reflexiva do ator em seu contexto natural, com base nos estudos de Ferreira-Ibiapina (2007). Utilizaram-se como instrumento de construção de dados os questionários e as sondagens das necessidades, ponto de partida para o segundo instrumento: os Ciclos de Estudos Reflexivos (CER). Para tratamento desses dados, realizou-se a análise de conteúdo, segundo Bardin (2011), através da triangulação à luz da teoria das relações de poder, em todas as instâncias: classe, gênero, saber e instituições. As informações obtidas nas sondagens das necessidades configuram duas categorias de preconceito: evidente e sutil. Com uma proposição reflexiva nas práticas educativas, realizaram-se os encontros dos ciclos reflexivos, a saber: orientação sexual nas vivências escolar segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN); gênero na prática educativa e o produto da pesquisa. Nesse contexto, a combinação de várias lógicas de ação e de vivências múltiplas das relações sociais levou as colaboradoras à manutenção do preconceito sutil relacionado às questões de orientação sexual e relações de gênero. A manutenção dos preconceitos sutis se deve ao desconhecimento em decorrência da carência desse tema na formação inicial e continuada, e outras questões, tais como: as convenções religiosas. Dessa forma, oportunizou-se a construção de conhecimentos na área, dos quais se infere, conforme análise dos relatos, que os tentáculos dos preconceitos (representações manifestadas nas análises da ALP), mesmo que complexos, podem ser detectados e minimizados. Todavia, para tanto, necessita-se de ações coletivas e práticas sociais inovadoras, que sejam susceptíveis à decodificação da estrutura e da dinâmica do preconceito sexual e suas implicações para a conservação dos mecanismos de subordinação de grupos e sujeitos na sociedade. Considerando tais resultados, construiu-se, colaborativamente, uma proposta de formação docente na temática. Proposta que visa construir e reconstruir conceitos de forma reflexiva, no âmbito escolar, com inserção de uma política de educação continuada para promover a desconstrução dos preconceitos evidentes e sutis sobre sexualidade e gênero.
- ItemHistórias de leitura na terceira idade: memórias individuais e coletivas(Universidade Federal da Bahia, 2005-04-15) Silva , Ana Lúcia Gomes da; Arapiraca, Mary de Andrade; Fagundes, Tereza Cristina Pereira Carvalho; Moura, Ana Célia ClementinoEste trabalho de pesquisa teve como objeto de estudo as histórias de leitura na 3a idade: memórias individuais e coletivas, cuja problemática delineada foi a investigação da formação leitora desses sujeitos, bem como sua relação com a leitura/manifestações textuais, a partir das reminiscências ambiências de leitura/experiência de vida e testemunho oral. A pesquisa teve como “locus” o Centro de Convivência do Idoso–Jacobina/BA. A metodologia adotada foi o tipo etnográfico, tendo como fundante os estudos da Antropologia, utilizando como instrumentos de coleta/análise dos dados, entrevistas abertas e/ou aprofundadas, práticas leitoras, como círculo de leitura e contação de história, utilizando, também, fitas VHS e observação-participante, de forma a apreender o máximo possível das memórias, narrativas e fabulações dos sujeitos-leitores envolvidos em diferentes situações analisadas, na perspectiva “interpretativa” da Análise do Discurso. O resultado do trabalho traz as histórias de leitura da 3a idade jacobinense, suas memórias pessoais, coletivas e oficiais imbricadas, os diferentes efeitos de sentido, bem como, o perfil dos leitores da 3a idade, suas ambiências de leitura e contribuições deste público leitor concreto e singular, para a formação do leitor ativo e includente e seus reflexos na comunidade onde estão inseridos, bem como nas Instituições Escolares/Academias.
- ItemNarrativas de formação das egressas do curso de pedagogia do Parfor (Uneb/Jacobina): memórias de práticas docentes(2022) Reis, Mírian Gomes Lopes. ; Sousa, Denise Dias de Carvalho; Nunes, Marcone Denys dos Reis; Fagundes, Tereza Cristina Pereira CarvalhoEsta pesquisa apresenta as memórias das egressas do curso de Pedagogia do Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR), da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), no município de Jacobina, e suas contribuições para o redimensionamento das práticas docentes. Para tanto, destacam-se como principais objetivos: identificar, por meio de narrativas pessoais das egressas, as memórias de formação do curso de Pedagogia da UNEB/Jacobina, relacionando-as ao redimensionamento das práticas docentes, com vistas a organizar, colaborativamente, um acervo de memórias de formação, utilizando-se de diferentes suportes e modalidades textuais. Os pressupostos teóricos estão pautados nos diálogos agenciados/ movimentos sobre memória, formação em exercício, profissionalização docente, práticas pedagógicas e seus marcadores identitários, educacionais, culturais e sociais, com base nos estudos de Freire (1996, 1998, 2008); Perrenoud (1993, 1996, 2000, 2001); Gatti (2001, 2008, 2010); Nóvoa (1997,1992); Libanio (2001); Gadotti (2011); Ibiapina (2005); Bolivar (2002); Passeggi (2012); Benjamin (1993); Jovchelovitch & Bauer, (2002); Delory (2012); Perrenoud (1993); Bosi (1994); Backer (1984); Halbawachs (2013); Moran (1994, 2009); Santos (2008); Ramos (2021) e Lima (2021). O horizonte metodológico se baseia na abordagem qualitativa, método História Oral (DELGADO, 2006), levando em consideração a concepção fenomenológica, que se ancora na filosofia de fatos, ou seja, descrição direta da experiência tal como ela é (TRIVINOS, 1992). Como instrumentos de construção de dados foram utilizados o aplicativo WhatsApp nas entrevistas narrativas individuais e a plataforma digital Microsoft Google Meet nas discussões em grupo. Os lócus foram a Escola Municipal Professora Beatriz Guerreiro Moreira de Freitas e as escolas municipais de duas cidades circunvizinhas: a Escola Municipal João Bispo Viera, em Serrolândia- BA, e a Unidade Escolar Creche Telma Lopes Ribeiro de Almeida, em Umburanas - BA, tendo como colaboradoras 6 (seis) professoras egressas do curso de Pedagogia e a diretora que faz parte do quadro da escola da sede de Jacobina. Os pressupostos epistemológicos foram de natureza interpretativa. Na primeira etapa, efetivaram-se a Revisão Sistemática e a revisão bibliográfica. Posteriormente, foram realizados as entrevistas narrativas e os grupos de discussão e, por fim, executou-se a proposta de intervenção, de maneira colaborativa, ou seja, a produção e a organização de um acervo de memórias de formação, através da criação de um museu virtual. Os resultados das memórias das egressas do curso de Pedagogia do PARFOR revelaram desafios e possibilidades do Programa para o exercício efetivo e eficaz das práticas pedagógicas, contribuindo, dessa forma, para um olhar reflexivo na formação docente, consequentemente, na rede de ensino da educação básica.
- ItemPedagogia feminista no território escolar: devires cartográficos no enfrentamento da violência sexual infantil(2020) Abreu, Laís Oliveira; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Silva, Zuleide Paiva da; Auad, Daniela; Fagundes, Tereza Cristina Pereira CarvalhoA presente pesquisa surge das inquietações corporificadas acerca da síndrome do silêncio diante do fenômeno da violência sexual infantil e dos altos índices desta prática criminosa no contexto brasileiro. Esta grave problemática perpassa os diversos âmbitos da sociedade e se reproduz no território escolar seja pela omissão ou por discursos e práticas que a naturaliza, mas este espaço tem papel preventivo e repressivo na rede de proteção prevista pelo Estatuto da Criança e do Adolescente-ECA. Ao tomar este tema como objeto de pesquisa e a escola pública da educação básica como locus, nosso objetivo central buscou compreender as principais contribuições da pedagogia feminista para o enfrentamento da violência sexual infantil no território escolar na perspectiva da pesquisa-intervenção. Os objetivos específicos consistiram em: caracterizar o fenômeno da violência sexual infantil e suas principais implicações nas infâncias das crianças; mapear ações pedagógicas, ancoradas na pedagogia feminista, que contribuam para a prevenção da violência sexual infantil no território escolar e construir colaborativamente uma cartografia de afetos, visando contribuir para o enfrentamento da violência sexual infantil no território escolar. A pesquisa de abordagem qualitativa adotou o método cartográfico a partir de Deleuze e Guattari (1995) e Barros e Kastrup (2015), o qual se ancora no paradigma pós-crítico. Os dispositivos de pesquisa utilizados para a construção dos dados foram: observação, diário de campo/pesquisa e Ateliês de Pesquisa. Os sujeitos participantes, num total de nove, foram os/as docentes do turno matutino da escola pesquisada, coordenação pedagógica e direção, cuja participação se deu por livre adesão. Construímos na processualidade da cartografia um total de seis Ateliês de Pesquisa entre julho de 2019 e agosto de 2020, sendo o primeiro deles de caráter exploratório e os dois últimos realizados em ambiente virtual. Os resultados indicam pistas cartográficas dos agenciamentos tecidos pelo coletivo participante na tentativa de enfrentar as linhas duras que rizomatizam o contexto das temáticas que se conectam ao enfrentamento da violência sexual infantil: gênero, sexualidade, educação sexual. As linhas de fuga e suas dobras apontam a educação menor como um devir possível para promover desterritorializações no terreno liso da escola face às políticas públicas locais que não convocam a intersetorialidade para a ação em rede. A pedagogia feminista, mesmo que timidamente reconhecida, emerge nas narrativas que promoveram ação-reflexão-ação acerca das vivências, subjetividades e práticas pedagógicas nas paisagens do território escolar. Os resultados apontam ainda a ausência do viés interseccional nas práticas pedagógicas quanto às categorias de gênero, raça, classe, sexualidade etc, demandando reinvenções. Assim, o coletivo vê na Cartografia de Afetos uma possibilidade de ação concreta no território escolar. Contudo, percebe a necessidade de estudar mais as pedagogias feministas, inserir a discussão do ECA no Projeto Político Pedagógico-PPP da escola para que as práticas refletidas/construídas, a exemplo das palestras, entrevistas, rodas de conversa, caminhada/pedalada possam transbordar numa ação que de fato promova o enfrentamento da violência sexual infantil no território escolar.
- ItemPráticas discursivas docentes sobre as performances de gênero no contexto escolar(2019-09-30) Oliveira, Allisson Esdras Fernandes de; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Salvadori, Juliana Cristina; Fagundes, Tereza Cristina Pereira CarvalhoA pesquisa intitulada: “Práticas discursivas docentes sobre as performances de gênero no contexto escolar” toma como objeto de estudo as Práticas Discursivas de professores e professoras sobre as performances de gênero no contexto escolar. Busca compreender como as implicações socioculturais contribuem para o processo de constituição das performances de gênero. Para tanto, o embasamento teórico advém, principalmente, de uma perspectiva pós-estruturalista, no que se refere aos estudos de gênero em Butler (2010). O objetivo central da pesquisa é analisar como as práticas discursivas dos professores difundem e ou silenciam as performances de gênero no contexto da sala de aula. Optou-se como método a etnografia crítica por este possuir aderência com a proposta investigativa da pesquisa e ser um método fundado no campo da educação. Como lócus da pesquisa apresentamos uma escola pública de ensino Médio, do município de Xique-Xique, no estado da Bahia. Como dispositivos de pesquisa para a construção de dados, foram utilizadas entrevistas abertas, observações participantes com o uso do diário de bordo de modo a apresentar no decorrer das análises, maiores detalhes referentes às práticas discursivas dos professores participantes da pesquisa, num total de 10 docentes, sendo 3 homens e 7 mulheres. Como principais resultados da pesquisa, inferiu-se que a escola de modo geral, como instituição social, ainda reproduz certos discursos considerados arraigados em relação às questões referentes ao gênero e uma distante abordagem do tema durante as aulas. O estudo apontou ainda que segundo o coletivo docente, o Ateliê de Pesquisa contribuiu para a reflexãoação- reflexão das práticas pedagógicas, ao debaterem coletivamente sobre suas próprias narrativas advindas da entrevista , o que possibilitou novas estratégias acerca do trabalho com as performances de gênero no contexto escolar, considerando que as práticas discursivas dos professores e das professoras não dão ainda visibilidade as performances de gênero no contexto escolar, ao não abordarem de maneira frequente e participativa o levantamento de questões sobre o tema. A pesquisa marca ainda processos de transição de rupturas presentes nos discursos dos docentes no que se refere a normatividade de gênero. Outro dado apresentado é que se observou nas aulas e nos Atividades Complementares (AC) que ainda existem discursos preconceituosos no interior da escola, como também silenciamentos na abordagem das temáticas sobre gênero. Visualizou-se também um movimento que propõe mudanças no currículo escolar e a necessidade de formação em exercício, com os professores sobre o tema, tomando a escola como lócus da formação, bem como a importância de projetos didático-pedagógicos que envolvam a comunidade escolar como um todo, para realização de ações de combate ao preconceito e discriminação de gênero.