Navegando por Autor "Duques, Maria Luiza Ferreira"
Agora exibindo 1 - 2 de 2
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemEducadoras sociais e suas práticas junto à infância em vulnerabilidade social: um olhar sobre o Projeto Monte Pascoal e Sol Nascente(Universidade do Estado da Bahia, 2013) Duques, Maria Luiza Ferreira; Alves , Felipe Francisco Flávio; Francisco Flávio AlvesPensar sobre as práticas educativas desenvolvidas num sistema de Educação Popular e os desdobramentos delas decorrentes para os sujeitos, significa pensar sobre as relações que se estabelecem entre educadores, educandos e os saberes emanados das experiências de ambos. O presente trabalho teve como objetivo conhecer e analisar as práticas educativas de educadoras sociais que atuam junto à infância em vulnerabilidade social no Projeto Monte Pascoal e Sol Nascente na cidade de Guanambi-BA. A partir de um levantamento bibliográfico, construí um quadro teórico de suporte com o intuito de aprofundar os conceitos relevantes ao estudo. Levando-se em conta a natureza do tema, o trabalho foi construído através de pesquisa qualitativa mediante estudo de caso que forneceu subsídios para entrevistar e observar os sujeitos na dinâmica da instituição, tendo uma amostra constituída por quatro educadoras do Projeto, uma coordenadora do Projeto e uma funcionária de serviços gerais. As informações colhidas evidenciaram que, embora as educadoras careçam de iniciativas dos organismos competentes no sentido de garantia de condições de trabalho e de formação, as práticas educativas acontecem e se originam na relação das educadoras entre si e com o contexto social, e esta construção de fazeres e saberes tem como motivação as vivências dos sujeitos. A educação que é passada pelas educadoras está imbuída de um caráter de humanização e libertação social. É com base na junção cuidadosa de um pouco do saber sistematizado com saberes populares que as práticas se desenham no processo educativo desenvolvido pelas educadoras do Projeto. Constatou-se que as atividades voltadas para o lazer, os exercícios corporais, o trabalho com a música, com encenações de histórias, dentre outras que apresentam um caráter lúdico são tomadas como elementos propulsores da prática das educadoras, já que, são nesses momentos que as crianças se libertam de pressões e tensões vividas em outros espaços e se abrem à receber as demais atividades propostas. E no bojo dessas práticas, percebe-se uma proposta interdisciplinar não percebida, mas assumida por elas como meio de se conseguir níveis mais elevados de articulação entre as áreas do saber e entre as experiências partilhadas no trabalho social. Atrelado a isso, está a ação e a experiência, presentes nas práticas pedagógicas das educadoras sociais, que contribuem para a construção cotidiana de suas práticas educativas. Percebe-se que as práticas são impregnadas de sentido e libertação, o que conduz as educadoras a abrirem novos caminhos, vivenciando o processo e não apenas observando o caminhar, isso mostra toda a dimensão humana e ética da natureza do fazer cotidiano das educadoras sociais.
- ItemFormação de educadores de jovens e adultos: um olhar reflexivo para o desenvolvimento e o aperfeiçoamento da prática docente no município de Matina-Bahia(2015-08-20) Duques, Maria Luiza Ferreira; Amorim, Antônio; Aquino, Maria Sacramento; Freitas, Katia Siqueira deA educação de jovens e adultos é um campo de práticas que transcende os limites da escolarização em sentido estrito já que ela abarca processos de formação diversos. No contexto em que nos inserimos, pensar na formação do educador de jovens e adultos requer um olhar atento sobre a prática educativa e a formação inicial e continuada desses educadores, uma vez que não é possível prosseguirmos com o improviso nos processos formativos de jovens e adultos, produto da fragilidade da formação destinada à modalidade. Neste sentido, este estudo teve como objetivo investigar as necessidades formativas dos educadores da EJA do município de Matina, Bahia, a fim de desenvolver ações que contribuam para a melhoria da qualidade dos processos formativos de educadores e educandos. Para referendar o estudo, dialogamos com Freire (1977), (1996), (2001), (2005), (2007); Gadotti (2003); Ireland (2013); Torres (2009); Haddad e Di Pierro (2000); Amorim (2007); Machado (2000), (2001); Moura (1999), (2006); Soares (2006), (2007), (2009); Arroyo (2005), (2001); Charlot (2008); Tardif (2002); Pimenta (1999); Nóvoa (1992); Ventura (2012), dentre outros. A investigação se pautou na abordagem qualitativa com delineamento no estudo de caso. Para coleta e produção de dados, lançamos mão da observação com registro em diário de campo e de entrevista semiestruturada com 08 educadores e 06 gestores da educação municipal que atuam junto à EJA. Para tratamento dos dados, recorremos à análise de conteúdo. O estudo revelou que os educadores, que em sua quase totalidade, possuem Licenciatura em Pedagogia, evidenciaram as carências formativas com foco nas especificidades da EJA durante seus cursos de graduação. Todos os participantes da pesquisa são efetivos no serviço público e possuem uma extensa jornada de trabalho semanal, intensificada pelo fato de que todos os educadores da EJA são, também, professores do ensino regular. Diante das dificuldades de atuação junto à EJA, os educadores revelaram que suas maiores necessidades formativas são necessidades relacionadas à prática docente; aos próprios educadores; à gestão da escola de EJA; ao currículo e à formação continuada, sendo que as necessidades correlatas à formação continuada foram enfatizadas como o maior empecilho para o desenvolvimento do trabalho na EJA. Percebemos que existe uma estreita articulação entre a formação dos educadores, a prática desenvolvida nas classes da EJA e as aprendizagens dos educandos. As necessidades formativas dos educadores implicam práticas ainda pouco articuladas às especificidades da EJA, o que conduz a uma limitação nas aprendizagens dos educandos. Os apontamentos do estudo indicam que incidir os olhares sobre a formação dos educadores, com propostas e ações concatenadas aos preceitos da modalidade, significa melhorar a qualidade da educação ofertada em EJA e, consequentemente, promover a melhoria das condições de escolarização e de vida dos educandos. Para isso, faz-se urgente a instituição de políticas públicas para a EJA, pois, apesar de todas as dificuldades vivenciadas, os educadores, diante de todas as limitações, ainda buscam individualmente ou de forma coletiva, os subsídios possíveis para a formação e para o desenvolvimento das práticas. É preciso, portanto, respeitar o trabalho desses educadores, pois eles se fazem educadores da modalidade e, por suas próprias experiências e práticas, constroem a docência na Educação de Jovens e Adultos.