Navegando por Autor "Dourado, Gerlane Lima Silva"
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- ItemExtensão universitária como prática de liberdade na formação de professores/as para/com as diversidades(2020) Dourado, Gerlane Lima Silva; Salvadori, Juliana Cristina; Silva, Ana Lucia Gomes da; Velloso, Tatiana RibeiroPor meio desta pesquisa objetiva-se compreender as concepções e o papel da extensão universitária na formação inicial de professores na e para as diversidades, nos cursos de licenciatura da UNEB DCH IV. Para tanto, mapeia-se as ações extensionistas desenvolvidas no lócus durante o período de 2013 a 2018, traçando-se um levantamento dos Territórios alcançados com essas ações e analisando-se as concepções de extensão presentes na comunidade acadêmica. Apontam-se, ainda, indicativos para subsidiar a curricularização da extensão através dos seguintes documentos: Meta/Estratégias 7.12 do Plano Nacional de Educação (PNE), Lei nº 13.005/2014, que determina que no mínimo 10% do total de créditos curriculares exigidos para a graduação devam ser integralizados com ações extensionistas; Regimento Geral da UNEB, aprovada pela Resolução CONSU nº 864/2011 (BAHIA, 2012); Parecer CNE/CES nº 608/2018, que dispõe sobre as diretrizes para a política de extensão da educação superior brasileira; Resolução CONSEPE UNEB nº 2.018/2019, que regulamenta as ações de curricularização da extensão. Trata-se de uma pesquisa aplicada, alicerçada no Materialismo Histórico Dialético e na Teoria Crítica, ancorada pelo método pesquisa-ação, de abordagem qualitativa e com finalidade intervencionista. Os dispositivos de produção de informações utilizados foram estes: levantamento bibliográfico e documental, Círculos de Cultura e Diário de pesquisa e, como dispositivo de tratamento das informações, Análise Temática de Conteúdo. Constatou-se nos resultados a prevalência da concepção difusionista e assistencialista da extensão, segundo a qual a universidade realiza eventos para a divulgação do conhecimento produzido ou desenvolve ações que propõem estender o seu conhecimento à sociedade, sem haver o trânsito de mão dupla nas proposições. Nesse cenário, as características marcantes são de uma extensão endógena, desenvolvida com vistas à formação acadêmica e poucas ações de natureza exógena, com pouca ou nenhuma participação da comunidade não universitária. Apesar das diferenças e equívocos em relação às concepções e abordagens extensionistas, conclui-se que há contribuições significativas na formação inicial de professores e professoras, uma vez que a extensão potencializa a prática docente através do contato com comunidades escolares e educativas; promove o princípio e o processo de aprendizagem dos licenciandos e das licenciandas a partir de contextos reais; amplia o desenvolvimento de metodologias; possibilita a formação crítica e reflexiva para uma formação na práxis; qualifica para o intercâmbio com a sociedade intersetorial; promove a formação das áreas temáticas que não são contempladas nos currículos; e contribui para a retroalimentação do ensino e da pesquisa. Assim, sinaliza-se para a necessidade de ruptura de matrizes curriculares e planos de cursos inflexíveis e maior espaço para epistemologias atentas aos saberes pautados nas experiências; para a necessidade de ajustar os objetivos acadêmicos às demandas locais/territoriais, diagnosticadas a partir de levantamento e leitura dos territórios das acadêmicas e dos acadêmicos; para a necessidade de maior participação acadêmica discente e popular por meio de arranjos didático-metodológicos fundados na pesquisa-ação e em dispositivos como o Círculo de Cultura, de modo a garantir a interação dialógica e a reafirmação da identidade institucional como universidade popular e inclusiva e para a implementação de uma política institucional de auto avaliação que alimente a reorganização curricular e o desenvolvimento de políticas acadêmicas.