Navegando por Autor "Cruz , Elizeu Pinheiro da"
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- ItemColetividade e habitabilidade mais que humana em um jogo didático de tabuleiro sobre mineração: uma proposição cosmopolítica no ensino médio(Universidade do Estado da Bahia, 0022-08-08) Lima , Janaina Cardoso de Araújo; Cruz , Elizeu Pinheiro da; Dambrós, Cristiane; Costa , Glauber Barros Alves; Sovierzoski, Hilda HelenaNeste trabalho, aventamos uma nova experiência no ambiente escolar, uma proposição cosmopolítica curricular como dispositivo de ensino que faz aparecer coletividade e habitabilidade mais que humana nas aulas de Geografia. Para isso, partimos da proposta filosófica de Isabelle Stengers (2015; 2018) e das formulações da antropóloga Anna Tsing (2019). Nesse sentido, tomamos como ponto de partida a seguinte pergunta de pesquisa: como contribuir para que o ensino da Geografia no Ensino Médio promova experiências interativas como dispositivos de cosmopolíticas curriculares capazes de fazer aparecer práticas e estudos sobre coletividade e habitabilidade mais que humana? Assim, objetivamos discutir sugestões para que o ensino de Geografia promova experiências interativas como dispositivos de cosmopolíticas curriculares capazes de fazer aparecer práticas de coletividade e de habitabilidade mais que humana. Objetivamos, ainda: analisar a viabilidade de interação entre os conteúdos da disciplina de Geografia física e humana como possibilidade de experienciar as inter-relações no espaço; apreciamos a prática coletiva da habitabilidade mais que humana no ensino da geografia; formulamos como metodologia interativa pode contribuir para que o ensino de Geografia se integre ao contexto do currículo como um movimento de cosmopolítica e de ecologia de prática; e propomos um jogo dinâmico para agenciar o conhecimento de modo mais integrado e que favoreça a prática reflexiva das habitabilidades mais que humanas no ensino de Geografia. A metodologia pauta-se na abordagem interativa, organizada a partir do olhar para o campo empírico, experiência docente e vivências coletivas. Como ancoragem analítica para escrita da dissertação e elaboração do produto técnico tecnológico, recorremos aos conceitos de cosmopolítica e habitabilidade mais que humana. Tal investimento permitiu a elaboração e aplicação de uma oficina com alunos da 3ª série do Ensino Médio com estudos sobre mineração na perspectiva cosmopolítica e da habitabilidade mais que humana com a elaboração de um jogo didático através da metodologia interativa como possibilidade interativa da aprendizagem. A concretude da proposta foi satisfatória, pois os alunos conseguiram, de modo coletivo, se envolver nos estudos e na elaboração do jogo didático. A metodologia interativa firmou-se como um dispositivo que possibilita professores e professoras, alunos e alunas refletirem sobre mineração e outros conteúdos a partir da cosmopolítica e da habitabilidade mais que humana, através das leituras, estabelecimento de conceitos e resolução de situações-problemas, de modo a conhecer o espectro do outro que pode ser humano ou outros significantes.
- Item“Essa ciranda é de todas nós”: A formação continuada em educação ambiental na prática de coordenadoras pedagógicas no município de Guanambi-BA.(Universidade do Estado da Bahia, 2023-12-18) Mendes, Cleidiane Nogueira Prates; Crusoé, Nilma Margarida de Castro; Silva , Maria de Fátima Gomes da; Cruz , Elizeu Pinheiro daEste trabalho de pesquisa se insere no âmbito das discussões sobre a importância da formação para os (as) profissionais que atuam na educação básica, teve por objetivo geral: Analisar as contribuições da formação continuada em Educação Ambiental na prática de coordenadores pedagógicos (as) que atuam na rede municipal de ensino de Guanambi/BA com a formação continuada de professores (as). Especificamente, objetivou-se: Discutir sobre a educação ambiental numa perspectiva crítica, a partir dos apontamentos da Política Nacional e das Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Ambiental, explicitando o lugar que ela ocupa no currículo da educação básica e a sua relevância na formação dos sujeitos; desenvolver uma proposta de formação continuada em educação ambiental com coordenadores (as) pedagógicos (as) da rede municipal de ensino de Guanambi-BA e refletir sobre a importância dessa formação na prática da coordenação pedagógica do referido município. Optou-se metodologicamente pela pesquisa-ação e pela análise de conteúdo dos dados produzidos pelas 07 (sete) coordenadoras pedagógicas que participaram da formação continuada em educação ambiental. Essa formação junto ao Caderno Pedagógico, intitulado: “Ciranda das práticas formativas em educação ambiental”, constituíram o Produto Educacional (PE), fruto dessa dissertação. A partir disso, evidenciou-se que o papel da formação continuada em educação ambiental na prática da coordenação pedagógica é propiciar diálogos e reflexões acerca dessa temática, para que os sujeitos que atuam na escola possam compreender as relações ecológicas, sociais, culturais, históricas, políticas e econômicas que atravessam as práticas de educação ambiental e tencionam a transformação social. Desse modo, concluímos que a formação continuada desenvolvida no âmbito da coordenação pedagógica foi um caminho significativo, na construção e ressignificação de saberes. A partir da ação-reflexão-ação do fazer pedagógico, das relações dialógicas construídas na pesquisa-ação com as coordenadoras pedagógicas, o processo formativo contribuiu para o diálogo sobre a educação ambiental, e, além disso, a “Ciranda de diálogos” desenvolvida durante a formação trouxe possibilidades teórico-metodológicas para a construção de práticas formativas que irão subsidiar o trabalho da coordenação pedagógica com a educação ambiental numa perspectiva crítica.
- ItemSaberes e tradições: um guia para provocar as reflexões sobre permacultura no semiárido baiano(2022-10-31) Santos, Ailton Pinheiro; Cruz , Elizeu Pinheiro daEncontrar o equilíbrio nem sempre é tarefa fácil. Ainda mais quando falamos em agroecologia e sustentabilidade. Nesse sentido, buscar referências e práticas que possam nos dar alguma orientação sobre como desenvolver hábitos ecológicos têm sido uma rotina em minha vida nos últimos anos. Foi assim que encontrei o termo Permacultura pela primeira vez. Desde então, novas aprendizagens e velhas lembranças se encontram em busca do equilíbrio. Em tempos de crises sociais e ambientais é comum falarmos sobre o fim da civilização, da humanidade ou do próprio mundo. Seria o apocalipse como resultado de toda a destruição sistemática de ecossistemas e reservas naturais ao longo de séculos de industrialização desenvolvimentista. Criamos um modelo de sociedade que não busca a permanência, apenas retornos imediatos para investimentos financeiros. Cientificamente, é improvável que ocorra um apocalipse nos moldes bíblicos. Contudo, há evidências suficientes para induzir que as próximas décadas serão tempos de escassez e de aumento potencial da desigualdade. Diante dos fatos preocupantes sempre surge a pergunta: como evitar catástrofes? Observando os ecossistemas, é possível dizer que, antes de qualquer coisa, é preciso criar condições que garantam permanência. Seria o equilíbrio das partes até que o todo se transforme num ciclo fechado em si. Sem pontas, sem fim, apenas reinícios. É assim que a permacultura entende a natureza. Porém, não é isso que se constata na sociedade humana. Criamos uma escala de crescimento produtivo linear, em linha, da qual as reservas naturais não são capazes de acompanhar. Criaram a ideia de que é possível manter o crescimento socioeconômico infinito em um mundo finito. Alguns ignoram, mas nesta linha reta do progresso existe um abismo. Um olhar atento aos sinais no caminho e conseguimos percebê-lo à frente. Então, talvez seja a hora de cultivar outro projeto. Cultivá-lo até se tornar cultura. Uma cultura que seja permanente no tempo e no espaço. Uma permacultura do bem viver. Este guia é resultado da pesquisa de mestrado intitulada: Permacultura, estudos multiespécies e ensino no semiárido, realizada no Programa de Pós-Graduação em Ensino, Linguagem e Sociedade (PPGSS) da Universidade Estadual da Bahia (UNEB), campus VI. Trata-se de um material didático organizado em 12 capítulos com reflexões propositivas partindo dos princípios da Permacultura. Convido você a adentrar os labirintos deste guia que propõe-se a incentivar o reconhecimento e a valorização de saberes ancestrais sobre técnicas agrícolas e habitacionais, bem como a dialogar com conhecimentos vindos da universidade no que se refere a propostas sustentáveis de produção agroecológica.