Navegando por Autor "Cruz, Maria de Fátima Berenice da"
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- ItemA recepção do texto literário na sala de aula: os letramentos semióticos.(Universidade do Estado da Bahia, 2019-07-12) Gomes, Jussara Figueiredo; Pereira, Áurea da Silva; Cruz, Maria de Fátima Berenice da; Rosa, Marise Marçalina de Castro Silva; Peixoto, Ana Cristina SantosO presente trabalho intitulado A recepção do texto literário na sala de aula: os letramentos semióticos discorre sobre o letramento semiótico em uma turma de séries multisseriadas (4º e 5º anos) de uma escola da rede municipal de Inhambupe – Bahia. A pesquisa fundamenta-se na teoria semiótica da linha americana e nos estudos sobre literatura e letramento semiótico na sala de aula. A base teórica se estabelece nos estudos de Peirce (2008), Santaella (2012), Santaella; Nöth (2001), Pignatari (2004), Rojo (2012), Cruz (2012), Ferrara (2007), Pereira (2018), Catto (2013), Derrida (2001), Deleuze & Guattari (1995), Foucault (1996), entre outros teóricos e tem como objetivo analisar as estratégias utilizadas pelos estudantes para visualização, criação e interpretação de imagens a partir da teoria semiótica no texto literário. E como objetivos específicos têm-se: discutir o texto literário na perspectiva dos estudos semióticos; compreender o processo de letramento semiótico em estudantes do 4º e 5º anos; analisar o texto literário a partir das imagens criadas pelos estudantes. A pesquisa é de base qualitativa, e fiz um estudo de caso etnográfico na turma do 4º e 5º anos, de classe multisseriada. Inicialmente, no processo de coleta dados, realizei três oficinas literárias usando como suporte os contos O sabor das nuvens, Jaú dos bois e O sorriso da estrela do escritor Aleilton Fonseca. Em relação as estratégias utilizadas para visualização, criação e interpretação de imagens, constatamos que os estudantes utilizaram a leitura interpretativa e selecionaram cenas dos textos verbais para a construção dos textos não verbais e a partir da imaginação eles materializaram os signos captados pela imagem visível. Assim, por meio da análise foi possível compreender que a recepção dada ao texto proporcionou uma leitura deleite e conduziu a produção dos textos não verbais de forma prazerosa. Compreendemos através das discussões e reflexões dos trabalhos desenvolvidos em sala de aula que a leitura semiótica dos textos ocorreu a partir das ações comunicativas do leitor influenciadas pelas vivências socioculturais, o que nos possibilitou compreender os letramentos semióticos na sala de aula. Ao discutir o texto literário na perspectiva dos estudos semióticos refletimos que os processos de comunicação do leitor possibilitaram um diálogo com os letramentos a partir das leituras dos textos verbais e nãos verbais nos espaços de convivência desses sujeitos, o que promoveu os letramentos semióticos na sala de aula. Constatamos que as ações do autor e leitor de imagens nos trabalhos desenvolvidos com textos na sala de aula foram regadas de vivências sociais que deixaram marcas culturais em suas produções. As reflexões teóricas no campo da literatura, letramento e da semiótica nos ajudaram a compreender o importante papel da escola para o trabalho e constituição dos letramentos na sala de aula.
- ItemCadernos Negros (Contos): fortalecendo negras raízes?(Universidade do Estado da Bahia, 2014-05-08) Oliveira, Bárbara Maria de Jesus de; Oliveira, Maria Anória de Jesus de; Duarte, Eduardo de Assis; Cruz, Maria de Fátima Berenice daOs Cadernos Negros mantêm, desde 1978, publicações ininterruptas anuais, autofinanciadas pelos próprios escritores, os quais são responsáveis, também, pela divulgação dos mesmos. Tais textos trazem à cena as questões sociais e existenciais que afligem os personagens negros. Abrangem-se, portanto, temáticas diversas, a exemplo da relação entre gêneros, as religiosidades de matrizes africanas, a resistência negra, o racismo e suas consequências na escola, no mercado de trabalho e no ambiente familiar. Trata-se de produções que visam à afirmação identitária negra, conforme anunciado nas apresentações publicadas anualmente, desde o Caderno nº 1 (1978) ao atual (nº 36). A questão que se insurge é: até onde prevalece, de fato, a anunciada afirmação? Para responder a essa questão analisaremos seis contos ao todo, da autoria de Cuti, Cristiane Sobral e Elizandra Souza, cujos textos correspondem aos Cadernos nº 24, 30, 32 e 34, respectivamente. Partindo da pesquisa bibliográfica, nos pautaremos nos estudos de Zilá Bernd (1988, 1992, 2011), David Brookshaw (1983), Florentina Souza (2008), Cuti (2010), Nilma Lino Gomes (2008), Stuart Hall (2003) e Homi Bhabha (2005), Neuza Santos Souza (1983), entre outros. Esperamos, por meio da presente pesquisa, ampliar as reflexões a respeito dessa literatura, ao contribuir para visibilizá-la mais, visto que se trata de produções marginalizadas nos espaços acadêmicos e pouco conhecidas na Educação Básica. O resultado do nosso estudo poderá, também, favorecer a implementação da História e Cultura Afro-Brasileira (Lei 10.639/03), se levarmos em conta a relevância dos referidos Cadernos para o espaço escolar, como um dos suportes literários para a atuação docente nas instituições públicas e privadas.
- ItemLeitura literária na escola: desafios e perspectivas em um leitor(2012-08) Cruz, Maria de Fátima Berenice daEsta obra discorre sobre a utilização do texto literário na sala de aula e questiona o modo de apropriação da leitura literária, visando a criação de propostas didático-metodológicas para formação do sujeito leitor em língua portuguesa. O texto defende a inserção da leitura literária no processo de escolarização, salientando que esta pode ser uma alternativa viável para o ensino e aprendizagem de textos literários por crianças, jovens e adultos.
- ItemRecordar é preci[o]so: Memórias da cultura afro-brasileira no PROESP/LETRAS no Pólo de Alagoinhas-Ba(Universidade do Estado da Bahia, ) Reis, Iramayre Cássia Ribeiro; Cruz, Maria de Fátima Berenice da; Paes , Maria Neuma Mascarenhas; Cruz, Antonio Roberto Seixas daEste trabalho considera a importância do docente como agente fundamental do processo de (re)construção da identidade étnico-racial nos espaços escolares e traz reflexões que estão pautadas no acesso à literatura e na participação de eventos afins a esta temática. Nesta direção e a partir de tais reflexões, os questionamentos que guiam esta investigação são os seguintes: “Como essa formação preparou as professoras egressas do Curso de Letras do PROESP/Letras - Alagoinhas para lidar com o dispositivo legal, Lei Nº 10.639/2003, que altera a LDBEN?” e “Como estas professoras lidam com os saberes teóricos-científicos para a construção de um currículo que contemplem a temática das relações étnico-raciais e a história e a cultura afro-brasileira em suas práticas pedagógicas?”. Assim, o objetivo geral da pesquisa é investigar de que forma as professoras egressas do Curso de Letras do PROESP/Letras - Alagoinhas lidam com os conhecimentos teórico-científicos construídos sobre a Cultura Afro-Brasileira a partir da presença/ausência nas práticas pedagógicas e, caminhando na direção de alcançar este objetivo, os específicos implicam em: discutir o lugar da educação escolar nos movimentos sociais negros e, em especial, no VIII Encontro de Negros do Norte-Nordeste; refletir sobre os dispositivos legais que tratam sobre a educação das relações étnico-raciais numa perspectiva de política curricular; caracterizar o PROESP/Letras oferecido pela UNEB e a disciplina Cultura Afro-Brasileira e, por fim, identificar os saberes mobilizados/trabalhados pelas professoras egressas do PROESP/Letras relacionados à Cultura Afro-Brasileira no contexto de suas práticas pedagógicas. Do ponto de vista do caminhar metodológico, a natureza social deste trabalho segue os propostos da pesquisa de abordagem qualitativa e faz uso da entrevista semi estruturada, do diário de campo e do procedimento de análise documental qualitativa. Assim, a construção das veias argumentativas desta investigação deu-se em consonância com as produções discursivas que tratam das relações étnico-racias e da formação de professores e práticas pedagógicas com relações étnico-raciais na escola na perspectiva da Lei Nº 10.639/03. Desse modo, o trabalho, primeiro, empreende uma discussão em torno dos seus caminhos metodológicos e discursivos. Em seguida, estabelece uma relação, de forma panorâmica, entre os movimentos negros e a educação escolar dando destaque ao protagonismo destes movimentos na luta antirracista e em prol do reconhecimento da diversidade étnico-racial no espaço escolar. No terceiro momento, trata de dispositivos legais após a Lei Nº 10.639/2003 enquanto instrumentos para uma nova política curricular dando destaque para as DCN’s para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, o Parecer CNE/CP 003/2004 e o Plano Nacional de Implementação destas Diretrizes. Por fim, procura estabelecer uma relação entre a formação docente e as práticas pedagógicas enquanto espaços para a descolonização do ensino na perspectiva desta relação promover novos caminhos para a educação das relações étnico-raciais construindo subjetividades mais democráticas. Neste caminhar, a pesquisa conclui que a Lei Nº 10.639/2003 só será eficaz na medida em que se introduzam mudanças significativas nos processos de formação inicial e continuada de docentes uma vez que estes constituem o caminho pelo qual os propósitos da Lei serão efetivados, sendo seu papel preponderante para que se problematize como o preconceito e a discriminação são construções históricas, culturais e sociais que são (re)produzidos ao longo dos tempos.
- ItemSaberes (auto) biográficos de uma professora alfabetizadora: entre a teoria e a prática no processo de alfabetização(Universidade do Estado da Bahia, ) Melo, Lourdes Cavalcante Couto de; Pereira, Áurea da Silva; Cruz, Maria de Fátima Berenice da; Rosa, Marise Marçalina de CastroA pesquisa analisa os saberes docentes de uma professora alfabetizadora de crianças de anos iniciais, que atua no Riacho da Guia, em Alagoinhas, no Estado da Bahia. Trata-se de uma pesquisa de caráter qualitativo, pautada no método (auto)biográfico e usa, como técnica de coleta de dados, a entrevista narrativa. Nessa perspectiva, o estudo realizado com a professora permitiu elaborar questões significativas a partir dos depoimentos da professora acerca das suas concepções de alfabetização no momento em que traz imagens de si e da docência em meio a precariedade de recursos, do modo como realizava as atividades de leitura e escrita, tendo em vista o contexto escolar e o conhecimento prévio do aluno. Vislumbramos problematizar como as concepções de alfabetização de uma professora de crianças dos anos iniciais podem ser percebidas por meio das narrativas de sua trajetória docente. Este estudo centra-se na possibilidade de teorizarmos sobre os saberes da docência elaborados por essa professora, que vão se constituindo como práticas pedagógicas legítimas a parir da experiência cotidiana em sala com os seus alunos. Esta discussão nos oportuniza pensar a profissão docente, em especial, a de professores alfabetizadores, e seus aspectos empíricos e epistemológicos de formação como um processo contínuo, imbuído de valores e de ideais importantes para a formação humana, contribuindo com a práxis docente. O estudo evidencia que o fazer pedagógico da professora, sujeito desta pesquisa, perpassa pelas memórias do seu tempo na academia, mas principalmente pelas vivências com os alunos, atravessadas pela afetividade e pelo respeito ao conhecimento do outro. Assim sendo, a professora contribui com a alfabetização e o letramento da referida comunidade; além disso, mostra os desafios de alfabetizar e, ao mesmo tempo, revela como os saberes docentes são construídos naquele contexto, (re)criando estratégias didáticas, com os recursos disponíveis na escola, para o desenvolvimento das atividades de ensino e aprendizagem de crianças.
- ItemViva o povo brasileiro: memória, identidade e relações étnico raciais(Universidade do Estado da Bahia, ) Santana, Adilton da Cruz; Oliveira, Maria Anória de Jesus; Oliveira, Luiz Henrique S. de; Cruz, Maria de Fátima Berenice daEsta dissertação propõe uma reflexão sobre os processos de negação e afirmação identitária, a partir de ações da memória, empreendidos pelos personagens Amleto Ferreira e Maria da Fé no livro Viva o povo brasileiro, de João Ubaldo Ribeiro, discutindo-se os conflitos e tensões do negro no romance ubaldiano. Busca-se responder no estudo à seguinte questão: de que forma se pode utilizar a análise e percepção do corpus literário e seus efeitos na sociedade como instrumentos discursivos úteis para evidenciar e problematizar o estudo das relações étnico-raciais na literatura brasileira? Entre os objetivos, busca-se analisar a representação da identidade negra brasileira compreendida entre os mecanismos de negação e afirmação identitária dos personagens, identificar as temáticas principais e refletir sobre as distintas representações identitárias na obra, além de problematizar o conceito de identidade. A partir da pesquisa bibliográfica, efetiva-se a revisão crítica sobre a obra em questão, especificamente nos discursos evocados dos referidos personagens e as relações entre a negação e afirmação da identidade negra, a fim de compreender a desconstrução das barreiras das relações étnico-raciais bem como seu impacto nos dias atuais no Brasil. Teoricamente, a análise se fundamenta em estudiosos no campo da crítica cultural, ciências sociais e literatura, a exemplo de Stuart Hall (2011), Homi Bhabha (1998), Frantz Fanon (2008), Achille Mbembe (2018), Kabengele Munanga (1999), Maria de Fátima Berenice da Cruz (2016), Maurice Halbwachs (1990), Edward Telles (2012), Antônio Cândido (2000), Rita Olivieri Godet (2014), Luiz Henrique S. de Oliveira (2014), dentre outros. Entre os achados, verifica se a necessidade de tornar pauta nos espaços intra e extra-acadêmicos a temática sobre a identidade negra no país a fim de enfrentar o racismo, a discriminação, o preconceito e a desigualdade racial, que representam enorme desafio a ser vencido pelas populações negras, cujo espaço é constantemente ameaçado pela resistente visão hegemônica branca que ainda se nega a reconhecer os problemas relativos às relações étnico-raciais.