Navegando por Autor "Costa, Graça dos Santos"
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- ItemCurrículo e culturas juvenis: um estudo de caso sobre as representações sociais dos estudantes da educação de jovens e adultos no município de Conceição da Feira-BA(2016-12-14) Oliveira, Maria da Conceição Cédro Vilas Bôas de; Costa, Graça dos Santos; Klein, Ana Maria; Leiro, Augusto César Rios; Costa, Patrícia Lessa SantosEsta pesquisa buscou analisar as representações sociais dos estudantes da EJA acerca de currículo e juventude, ressaltando os desafios e possibilidades para a construção de um currículo que atenda a cultura juvenil. A problemática da pesquisa norteou-se pelos seguintes questionamentos: Quais são as representações sociais dos estudantes sobre juventude e currículo? e Quais são os desafios e possibilidades que os jovens revelam para a construção de um currículo que atenda a cultura juvenil? Desenvolvemos a argumentação teórica em três partes: um capítulo dedicado a explicar os imbricamentos da pesquisadora com seu objeto de estudo e apresentar um levantamento sobre as produções acadêmicas sobre a temática em análise. O segundo capítulo faz uma breve discussão sobre os aspectos históricos da Educação de Jovens e Adultos, ressaltando os processos de juvenilização da EJA e suas implicações no currículo escolar. O terceiro capítulo reflete sobre as teorias das representações sociais e o processo de construção de um currículo que atenda a cultura juvenil, destacando o papel do professor e os desafios formativos. Os pressupostos metodológicos que orientaram a pesquisa ora apresentada são de cunho qualitativo, por meio de um estudo de caso realizado em uma escola da Rede Estadual de Ensino do município de Conceição da Feira-Ba, que oferece a Modalidade de Educação de Jovens e Adultos. Como dispositivo de coleta de informações utilizamos questionário, grupo focal e análise documental e como dispositivo de interpretação trabalhamos com a análise de conteúdos sob a luz da Teoria das Representações Sociais. Os resultados revelam representações sociais de juventude como construção sócio-cultural que perpassam por um recorte etário, como uma forma de estar/significar o mundo, como um sinônimo de rebeldia e violência e como a cultura da ostentação. Em relação a currículo, as representações sociais sinalizam que o currículo é um documento normatizador no espaço escolar. Evidenciou-se o reconhecimento das diferenças culturais juvenis no currículo escolar como desafio para a construção de um currículo que atenda a cultura juvenil. Como possibilidade os estudos revelaram a necessidade da escola fomentar no currículo diálogos interculturais para a construção e o reconhecimento das diferentes culturas juvenis.
- ItemDocência na EJA: perspectivas da formação inicial de pedagogos do Campus XV da UNEB, no desenvolvimento do estágio supervisionado, nas séries iniciais do Ensino Fundamental(2016) Carvalho, Camila Costa de; Cavalcante, Jerônimo Jorge; Costa, Graça dos Santos; Eugênio, Benedito GonçalvesNeste texto buscamos apresentar algumas reflexões referentes às perspectivas das discentes do curso de Pedagogia da Universidade do Estado da Bahia - UNEB, Campus XV – Valença/Ba sobre as contribuições do Componente Curricular Educação de Jovens e Adultos para o desenvolvimento do Estágio Supervisionado III, nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental em turmas de EJA. Em torno das possibilidades que envolvem a formação inicial de professor para o trabalho com a Educação de Jovens e Adultos, com vistas aos desafios e perspectivas que lhes foram apresentados à prática docente pelas especificidades do campo de atuação. Na modalidade de EJA, os educandos dispõem de um repertório de saberes bastante diverso e necessidades educativas também distintas, dada a natureza de suas trajetórias de vida e trabalho e faixa etária. Pensar a EJA na educação formal é oportunizar aos sujeitos da aprendizagem, a (re)tomada de muitos direitos negligenciados devido à ausência ou baixa escolaridade, do próprio direito à educação em tempo apropriado de ensino, seja por motivos de acesso ou de permanência na escola. Todavia, a formação inicial necessita fazer uso do tempo/espaço formativo para propiciar aos futuros professores a aquisição da profissionalidade docente. A base metodológica da pesquisa está pautada na abordagem qualitativa do tipo Estudo de Caso que vislumbrou para condições da formação no curso de Pedagogia, do Departamento de Educação Campus XV, da Universidade do Estado da Bahia, em Valença para atuação dos discentes no Estágio Supervionado em turma de EJA. Analisamos os desafios e perspectivas encontrados durante a prática docente, no estágio supervionado, apontando um plano de ação que percebesse, as interfaces entre os conhecimentos científicos e os saberes construídos nas práticas educativas com a EJA, respeitando as diversidades existentes. O referencial teórico e metodológico enriquecido por pesquisadores e teóricos que dialogam com a Formação de Inicial de Professores e especificamente da EJA, com vistas qualificação da Educação Básica. A análise das informações apresenta contribuições apreciáveis sobre as possibilidades de atuação qualitativa dos discentes no estágio supervisionado e da necessidade de vislumbrar a EJA como espaço de atuação imprescindível para o desenvolvimento da profissionalidade do futuro professor. Concluímos este trabalho com a percepção do Estágio Supervisionado em EJA como um espaço propício à construção da profissionalidade docente, no entanto, a sua oferta durante o processo formativo insipiente para a construção de saberes pedagógicos necessários à qualidade educativa da modalidade. Como proposta de ação apresentamos um plano de construção de fórum acadêmico de discussões, visando contribuir para o amadurecimento, no lócus de pesquisa, sobre os conhecimentos científicos adquiridos e os saberes construídos nas práticas educativas com a EJA.
- ItemEducação em direitos humanos e educação de jovens e adultos: representações sociais de professores e alunos sobre a inserção da temática direitos humanos no currículo da EJA(2016-11-24) Santos, Thaíse da Paixão; Costa, Graça dos Santos; Silva, Aida Maria Monteiro; Freitas, Katia Siqueira de; Costa, Patrícia Lessa SantosEste estudo analisou as representações sociais de professores e alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) sobre inserção da Educação em Direitos Humanos (EDH) no currículo, buscando compreender as aproximações/distanciamentos entre as representações e o currículo em EDH na EJA. A motivação emergiu das itinerâncias enquanto alfabetizadora de jovens e adultos da pesquisadora. Partindo dessa inquietação, traçamos a seguinte questão para nortear esta pesquisa: Quais as representações sociais de professores e alunos acerca da inserção da Educação em Direitos Humanos no currículo da Educação de Jovens e Adultos na cidade de Ubaitaba-Bahia? Para referendar o estudo, dialogamos com Arroyo (2002), (2006), (2001; 2011); Capucho (2012); Freire (1982), (1987), (1988), (1992), (2004), (2005), (2011), (2014); Gadotti (2013); Haddad e Di Pierro (2000); Jodelet (1984); Macedo (2011), (2010), (2013); Mazotti (1994); Paiva (2003); Sacristán (2013), Scavino; Candau (2008); Soares (2004), (2000); Silva (2010); Silva; Tavares (2010), (2015); Ventura (2012); Viola (2010) dentre outros. Com uma abordagem qualitativa, a pesquisa utilizou o método do estudo de caso, e as técnicas para coleta de informações foram: análise documental, entrevistas semiestruturadas com duas professoras e grupo focal com 12 alunos. Para tratamento dos dados, recorremos à análise de conteúdo inspirado em Bardin (2006) e Franco (2012). O estudo revelou que a EDH foi inserida no currículo da EJA do município de Ubaitaba-Bahia em disciplinas isoladas, mas é trabalhada de forma aleatória. Já as representações de professores e alunos indicaram o desejo de que a mesma fosse trabalhada de modo transversal ou interdisciplinar. Evidenciamos alguns entraves para que isso ocorra e fizemos algumas recomendações. Assim, espera-se que, através dessas representações sociais, seja possível a sistematização de proposições curriculares para fomentar estratégias pedagógicas que possibilitem trabalhar as violações dos direitos humanos desses sujeitos, pois não temos pretensão de formular inferências irrefutáveis sobre as implicações da inserção da EDH no currículo da EJA, mas com outras propostas de pesquisas.
- ItemEstudantes cotistas em curso de alto prestígio social da Universidade Do Estado Da Bahia: Percepções, enfrentamentos e superações(2016-10-11) Santana, Vandeilton Trindade; Queiroz, Delcele Mascarenhas; Santos, Dyane Brito Reis; Costa, Graça dos Santos; Messeder, Marcos Luciano LopesEste trabalho buscou analisar o trajeto de estudantes cotistas em cursos de alto prestígio social da Universidade do Estado da Bahia. Procurou compreender como se deu o trajeto desses estudantes, quais caminhos percorreram para chegar à universidade, buscando identificar os aspectos e as estratégias que favoreceram e/ ou dificultaram o acesso desses estudantes aos cursos escolhidos. Para os procedimentos de pesquisa, tomei como base o aporte metodológico da pesquisa qualitativa, utilizando a entrevista semi-estruturada para conhecer e analisar o trajeto desses estudantes desde a escolarização, na educação básica, até acessar o ensino superior. A investigação revelou que o trajeto feito pelos estudantes cotistas foi marcado por inúmeras histórias de dificuldades, frente às quais a política de ações afirmativas emergiu como medida que proporcionou oportunidade de superação. Assim, o que evidenciou a pesquisa é que a Política de Ação Afirmativa além de permitir, objetivamente, o acesso desses estudantes à universidade, potencializou as táticas criadas para subverter as dificuldades, permitindo vencer o medo, o preconceito e, consequentemente, a exclusão, que possivelmente decorreria do processo seletivo convencional. Desse modo, a pesquisa poderá contribuir para o avanço do debate em torno da temática e para a análise da pertinência da Política de Ação Afirmativa.
- ItemA formação docente e o fenômeno da juvenilização da educação de jovens e adultos: desafios formativos(2017-08-31) Macedo, Núbia Sueli Silva; Costa, Graça dos Santos; Santos, José Jackson Reis dos; Ferreira, Maria Conceição Alves; Freitas, Katia Siqueira deInscrevendo-se no campo da formação docente e discutindo o fenômeno da juvenilização na Educação de Jovens e Adultos, a presente pesquisa intitulada “A Formação Docente e o Fenômeno da Juvenilização na Educação de Jovens e Adultos: desafios formativos”, tem como questão central: Quais os desafios formativos dos professores da Educação de Jovens e Adultos para atender ao fenômeno de juvenilização? Com base na referida questão, são objetivos do estudo: a) analisar os desafios formativos dos professores para o trabalho junto aos jovens que frequentam a Educação de Jovens e Adultos; b) construir proposta formativa que considerasse as especificidades da juventude na EJA. De natureza qualitativa, a pesquisa foi desenvolvida na cidade de Vitória da Conquista, Bahia, em uma escola da rede municipal de ensino, no período de 2016/2017, por meio de um estudo exploratório, de enfoque colaborativo, utilizando-se de levantamento bibliográfico, estudo do contexto da escola e escuta dos docentes da EJA. A organização e a análise dos dados foram sistematizadas, tomando como referência o significado de tema e subtema em Paulo Freire. A argumentação teórica está organizada em três etapas: na primeira, buscou-se compreender o processo histórico da Educação de Jovens e Adultos no Brasil, evidenciando a juvenilização como fenômeno que emerge na contemporaneidade; a segunda etapa focaliza a formação docente e os desafios formativos dos professores da Educação de Jovens e Adultos junto a juventude. A terceira etapa apresenta uma proposta formativa, com enfoque colaborativo, no sentido de contribuir com a formação dos professores para atender tal fenômeno. Os resultados sistematizados revelaram a necessidade de pensar uma formação-investigação colaborativa que atendesse aos desafios atuais da Educação de Jovens e Adultos, o que significa sair da cultura do isolamento e criar oportunidades de reflexão individual e coletiva sobre a prática pedagógica. Implicaria ainda vencer novos/velhos e complexos desafios: a) entender a escola como espaço formativo de excelência, lócu privilegiado de troca de experiências, de estudo sistemático da prática, construção de estratégias didáticas que atendam às especificidades dos alunos e alunas, de estudo do contexto específico e contexto mais amplo; b) pensar as condições de trabalho nos espaços formativos de AC, garantindo o tempo para dedicação aos estudos, além de buscar coletivamente políticas de permanência dos docentes na modalidade da EJA. Conclui-se assim, que a formação-investigação colaborativa proposta neste trabalho torna-se uma oportunidade de desenvolvimento profissional potente para contextualizar o estudo biográfico da trajetória formativa individual dos professores (autobiografias) e a compreensão das diferentes biografias formativas do outro (heterobiografia). Certamente, este trabalho deixa vários desafios, entre estes, materializar uma proposta formativa que favoreça a compreensão do fenômeno da juvenilização na EJA, tendo como referência uma perspectiva de trabalho colaborativo.
- ItemA história e cultura afro-brasileira no currículo da EJA: sentidos e significados atribuídos por docentes de uma escola da rede estadual de Salvador - BA(2018-04-11) Santos, Ubiraci Carlúcio dos; Costa, Patrícia Lessa Santos; Santos, Carla Liane Nascimento dos; Costa, Graça dos Santos; Santos, Hélio de SouzaO presente estudo teve como objetivo analisar os sentidos e significados atribuídos por Docentes de uma Escola da Rede Estadual de Salvador - BA, localizada no bairro de Águas Claras no munícipio de Salvador, acerca da inserção da história e cultura afro-brasileira no currículo integrado escolar. Para tanto, partimos de alguns questionamentos: Quais são as percepções de professores acerca da inserção da história e cultura afro-brasileira no currículo escolar materializado cotidianamente na EJA? De que modo estas percepções favorecem (ou não) a produção de um currículo racialmente comprometido? Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, por meio do estudo de caso de cunho colaborativo. Foram utilizadas as técnicas da análise documental e as oficinas formativas e investigativas. Este estudo possui grande relevância social, pois está pautado sobre a Lei 10.639/03, que regulamenta o ensino em todos os estabelecimentos da rede pública e privada de educação do Estado brasileiro, incluindo no seu currículo escolar a História e Cultura Afro-Brasileira e Africanas. Os resultados sinalizam que estamos bem amparados sob o ponto de vista da legislação sobre educação para relações étnico-raciais. As oficinas formativas e investigativas atingiram o seu propósito inicial, que era investigar quais eram as percepções de professores acerca da inserção da história e cultura afro-brasileira no currículo escolar, materializado cotidianamente na EJA. Notou-se uma preocupação latente por parte dos docentes para com a questão racial no seu fazer pedagógico na EJA, mesmo que de forma ainda artesanal, ou seja, sem grandes acessos aos teóricos ou uma melhor formação. Fica evidente nos discursos que os mesmos trazem saberes e experiências, que de certa forma colaboram para que, de maneira germinativa, a diversidade venha sendo contemplada de forma individual pelos docentes. É necessário que a escola trabalhe projetos anuais, transversais, transdisciplinares, interdisciplinares e invista na formação dos professores, para que os resultados pretendidos com a implementação da lei 10.639/03 sejam atingidos.
- ItemItinerâncias na formação continuada de professores do PROEJA FIC: um espaço de proposições(2015-11-30) Silva, Neyla Reis dos Santos; Conceição, Ana Paula Silva da; Santos, José Jackson Reis dos; Costa, Graça dos Santos; Oliveira, Rosemary Lapa deEste trabalho é resultado dos estudos realizados ao longo de um processo investigativo, de natureza qualitativa, acerca da formação continuada docente realizada em um curso de aperfeiçoamento para os docentes, técnicos e gestores dos cursos Proeja FIC que ocorrem no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano Campus Catu (IF Baiano Campus Catu) em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Catu (Smec Catu), através da Escola Municipal Professor Jecelino José Nogueira. Sua questão principal concentra-se em compreender como um curso de aperfeiçoamento realizado junto aos docentes, técnicos e gestores contribuiu na melhoria das práticas pedagógicas para os alunos do Proeja FIC tendo em vista a necessidade da integração curricular. Para cumprir tal intento, utilizou-se a pesquisa colaborativa como prática da busca de informações, utilizando como instrumentos os questionários, grupo focal e observação participante. Os objetivos da pesquisa foram: compreender os sentidos e significados atribuídos à formação continuada realizada no Curso de Aperfeiçoamento, a partir das falas, das vivências e das reflexões dos docentes e técnicos envolvidos; verificar como a formação contribuiu para a mudança ou permanência na compreensão sobre os alunos do Proeja FIC, suas especificidades e a repercussão disto nas práticas pedagógicas; perceber como a questão da integração curricular foi compreendida pelos docentes e técnicos em formação, bem como o impacto destas reflexões para a mudança ou permanência das práticas pedagógicas realizadas nos cursos Proeja FIC; sistematizar princípios, ideias ou propostas de ações de formação continuada, que favoreçam um repensar continuo sobre a prática pedagógica junto aos sujeitos do Proeja FIC. Foi utilizado como referencial teórico acerca da formação continuada de docentes o conceito de saberes docentes (Freire, 1996; Tardif, 2010) e a perspectiva do professor como crítico (Nóvoa, 2002; Pimenta e Ghedin, 2010), dialogando com outros autores. A investigação indicou duas unidades de análise que ensejam em resposta a nossa questão: ser docente enquanto sujeito do Proeja e a compreensão sobre o currículo integrado como elemento organizador do conhecimento. Ao concluir, apontam-se elementos importantes para a construção de uma proposta de formação continuada que não se encerra em si mesma, mas que permita repensar as ações através da reflexão sobre a prática, as quais apontam os seguintes princípios: leitura compartilhada, dialogicidade como prática de formação, coletividade e cooperação, compromisso sociopolítico com os educandos do Proeja, o currículo integrado como opção teórico-metodológica da organização das ações didático-pedagógicas, além de elementos importantes como espaço e tempo para a formação.
- ItemA Lei n°10.639/03 e as questões étnico-raciais no currículo do centro territorial de educação profissional do sertão produtivo – Caetité/BA: um estudo no curso técnico em secretariado – PROEJA(2016-12-02) Pimentel, Celeste Aparecida; Pereira, Antônio; Laffin, Maria Hermínia Lage Fernandes; Costa, Graça dos Santos; Santos, Hélio de Souza; Aquino, Maria SacramentoEsta dissertação apresentada ao Mestrado Profissional em Educação de Jovens e Adultos (MPEJA) da Universidade Estadual do Estado da Bahia – UNEB insere-se no campo do currículo e das questões étnico-raciais. Objetiva compreender a institucionalidade da Lei nº 10.639/03 no currículo do CETEP, analisando de que modo professores/as e estudantes percebem o desenvolvimento da temática das relações étnico-raciais afro-brasileira, a construção da identidade do negro e o racismo no espaço escolar. Partindo-se desta problemática, procurou-se aprofundar elementos teóricos voltados aos estudos das relações étnico-raciais; analisando e sistematizando documentos da legislação brasileira e organizativos do CETEP relativo às relações étnico-raciais e PROEJA; e investigar as dimensões presentes ou não no contexto de documentos organizativos do CETEP e nos discursos de professores/as e estudantes identificando os conteúdos e as abordagens acerca das questões étnico-raciais do povo afro-brasileiro no contexto do curso técnico em Secretariado do PROEJA- CETEP – Sertão Produtivo. Dessa forma, a pesquisa centra-se em analisar como vem se constituindo no currículo praticado do CETEP – Sertão Produtivo, curso Técnico em Secretariado - PROEJA o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em cumprimento a Lei nº 10.639/03? Como são trabalhadas, pedagogicamente, as questões de identidade do povo negro e de racismo nessa escola? Como os estudantes e professores/as percebem o cumprimento dessa Lei, na construção da identidade do negro e do racismo na escola? A pesquisa traz como suporte teórico Munanga (1994), Hélio Santos (2001), (Freire 1982, 1993, 1999) Valente (1995), Tonet (2005), Laffin (2012) Sacristán (2000) e Garcia (2007). Quanto à metodologia é do tipo estudo de caso, baseado Ludke e André (2012), Oliveira (2002), Bogdan e Biklen (1994), Franco (2005) Yin (2001) e Trivinõs (1987), dentre outros. Contou com a participação de 14 estudantes devidamente matriculados no curso técnico em secretariado modulo III e 08 professores/as que atuam na referida turma, sendo que houve a participação de 43 professores/as durante a Jornada Pedagógica em que intervimos nesses momentos com a temática étnico-racial, mesmo a pesquisa focalizando apenas os 08 professores/as do curso técnico em secretariado, optamos em aplicar um questionário com os 43 docentes, com o objetivo de entender suas percepções da Lei nº 10.639/03 de maneira que nos dessem subsídios para melhor compreender a nossa amostra. Aplicamos como técnica a analise de conteúdo do currículo da escola, a observação das aulas dos docentes, o questionário com os professores, o grupo focal com os estudantes e uma intervenção formativa com os docentes e estudantes previamente planejada. Os dados coletados foram analisados por meio da Análise dos Conteúdos Bardin (2004). Os resultados gerais foram: que a Lei nº 10.639/03 não é observada no currículo escrito do CETEP, pois não encontramos a concretização dos Art. 26 alínea A e Art. 79 alínea A e B da citada Lei, como consequência o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana fica aquém do necessário. Em relação ao currículo praticado, a observação da práxis pedagógica nos permite afirmar que existe uma priorização dos conteúdos do núcleo comum e específicos e uma invisibilidade aos conteúdos referentes às questões étnico-raciais. Concluímos que existe uma complexidade para adequar a Lei nº 10.639/03 ao currículo praticado no CETEP – do Sertão Produtivo.
- ItemTecendo saberes e fazeres no currículo da educação de jovens e adultos: um estudo sobre representações sociais de profissionais da educação de uma escola polo da cidade de Feira de Santana – Bahia(2016-12-15) Tanure, Ana Célia Dantas; Costa, Graça dos Santos; Oliveira, Ivanilde Apoluceno de; Conceição, Ana Paula Silva da; Santos, José Jackson dosA pesquisa, ora apresentada, teve por objetivo geral analisar as representações sociais dos professores, coordenadores e técnico da EJA sobre o currículo da EJA da Política de Educação de Jovens e Adultos da Bahia – Aprendizagem ao longo da vida, como política curricular de garantia de escolarização, para identificar as tensões, distanciamentos/aproximações entre as representações sociais desses sujeitos sobre o currículo e política da EJA. Esse currículo foi implantado, a partir de 2009, em todas as escolas que ofertam EJA na Rede Estadual de Ensino da Bahia. A problemática dessa pesquisa se ancora nas seguintes questões: Quais as representações sociais, saberes e fazeres são construídos pelos professores, coordenadores e técnico sobre o currículo da EJA da Política de Educação de Jovens e Adultos da Bahia – Aprendizagem ao longo da vida? Quais são as tensões, aproximações/distanciamentos entre as representações sociais desses sujeitos sobre o currículo e a política da Educação de Jovens e Adultos da Bahia? Desenvolvemos a argumentação teórica em duas partes: a primeira voltada a compreender o processo histórico das políticas curriculares voltadas à EJA, evidenciando as políticas curriculares vigentes na Bahia; na segunda parte, fazemos uma breve revisão histórica no campo do currículo e destacando as teorias curriculares, tecemos uma interlocução entre as representações sociais, a formação de professores e o currículo. Essa pesquisa compreende uma pesquisa de campo de natureza qualitativa por meio de um Estudo de Caso, ancorado na Teoria das Representações Sociais. Os sujeitos que participaram desse estudo são professores da EJA e Coordenador Pedagógico de uma escola polo em Feira de Santana - BA, Coordenadora da SEC atuante em 2009 e Técnica do NRE19 responsável pela EJA. Para levantamento de informações, utilizamos como dispositivos a Entrevista semiestruturada, Oficinas FormativasInvestigativas e Análise Documental. Para análise das informações, utilizamos a Análise de Conteúdo. Como resultados desse estudo, constatamos que apesar dessa política curricular ter sido construída coletivamente com apoio dos movimentos populares ligados à EJA e apresentar princípios e diretrizes voltados a atender as especificidades dos jovens e adultos, os professores, como profissionais construtores de currículo, representam a mesma, como distante do currículo realizado e desejado, difícil de ser posta em prática, embora eles coadunem com seus princípios. Os resultados apontam ainda a necessidade de formação em serviço e garantia de espaço de estudo e planejamento na EJA como possibilidades de mudança.
- ItemTessitura do conhecimento no currículo da Educação de Jovens e Adultos do Campo(2016-08-19) Soares, Ana Marta Gonçalves; Costa, Patrícia Lessa Santos; Santos, Carla Liane Nascimento dos; Santos, José Jackson Reis dos; Costa, Graça dos SantosEsta dissertação, intitulada “Tessitura do conhecimento no currículo da Educação de Jovens e Adultos do campo”, apresenta o desafio de pensar coletivamente um currículo que possibilite o diálogo entre as experiências vividas pelos estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) do campo, os saberes anteriormente construídos e os conteúdos escolares, para que assim os processos de aprendizagem se efetivem. A pesquisa, de natureza interventiva, foi realizada na Escola Municipal da Amizade, situada na comunidade de Tanquinho, no Distrito de Humildes em Feira de Santana, BA. A pesquisa tem como foco o currículo da escola e a formação de jovens e adultos do campo. Para tal, estabelecemos como objetivo geral compreender como o currículo da escola pode contribuir para a formação de jovens e adultos do campo, e em termos mais específicos, essa investigação procurou: (1) discutir o conceito de campo e rural dentro da perspectiva educacional; (2) contextualizar o percurso da EJA e da Educação do Campo; (3) analisar o trabalho da escola em sua relação com o contexto de vida dos jovens e adultos das comunidades rurais em uma perspectiva curricular; e (4) propor a construção de uma Proposta Curricular da EJA da escola. A escolha metodológica pelos pressupostos da Pesquisa-ação (BARBIER, 2002), justificou-se pela implicação da pesquisadora com a EJA da escola, e por já ter sido desenvolvido um processo de intervenção, um primeiro ciclo de Pesquisa-ação, que sinalizou para a perspectiva de continuidade com novas questões a serem respondidas, o que tornou possível desenvolver um trabalho construído com seus sujeitos por meio de ciclos de ação e reflexão. O grupo de participantes foi constituído por oito professoras que possuem diferentes funções na escola, regência e gestão. Os procedimentos realizados, ao longo da pesquisa, incluíram entrevista semiestruturada; observação participante e encontros formativos e de socialização. Para sistematizar e analisar dados produzidos foi utilizada técnica da análise de conteúdo (BARDIN, 1979). A pesquisa revelou que é necessário atentar para a complexidade dos sujeitos da EJA na diversidade de ser e estar no mundo, da vida cotidiana, das aprendizagens que nela ocorrem e, sobretudo, superar as práticas escolares distantes dos perfis socioeconômico-culturais quanto às possibilidades e necessidades reais, apresentando a necessidade da formação continuada do professor como fundamental nesse processo. Os resultados e conclusões indicam um grupo mobilizado para refletir sobre um cotidiano escolar que precisa ser compreendido como espaço de produção, de transformação e de mobilização de saberes, considerando a idade e as vivências socioambientais dos jovens e adultos do campo. O processo de intervenção resultou no processo de elaboração da Proposta Curricular da EJA da escola, a qual tem como desafio ser materializada no dia a dia da escola como prática, superando o formalismo de um mero documento.