Navegando por Autor "Castro, Cláudio Luiz Santos de"
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- ItemA olaria no distrito de Maragogipinho, Aratuípe/BA: lugar do saber-fazer ceramista(Programa de Pós-Graduação em Estudos Territoriais (PROET), 2024-08-26) Castro, Cláudio Luiz Santos de; Coelho Neto, Agripino Souza ; Portugal, Jussara Fraga; Junior, Eduardo José Marandola; Castro, Janio Roque Barros deEsta dissertação explora a olaria como lugar de importância histórica, identitária e de ensino e aprendizagem transgeracionais no processo do saber-fazer ceramista de Maragogipinho/Aratuípe no Recôncavo Baiano. Ancorado nos estudos de Claval (2007) e Rosendahl (2014) sobre as dimensões da Geografia Cultural; Mota (2011), ao abordar cultura popular; Santos (1978, 2020), Certeau (2014) analisando o saber-fazer aliado as perspectivas culturais e geracionais, Serpa (2019) e Tuan (2013) com o conceito de lugar, esta pesquisa buscou compreender a olaria como lugar de ensino e aprendizagem e fazeres transgeracionais vinculados à arte com a cerâmica. Desse modo, a questão que mobilizou a pesquisa foi: como a olaria no distrito de Maragogipinho/Aratuípe, no Recôncavo Baiano, se constitui lugar de ensino e aprendizagem de saberes e práticas tradicionais ceramistas? A metodologia aplicada foi o estudo de caso com o uso da técnica da entrevista narrativa. A pesquisa de campo ocorreu em três etapas, a saber: a primeira em novembro de 2022, a segunda março de 2023 e a terceira em maio de 2024. Os oito colaboradores, Antônio Dativo, Davi Conceição, Elísio Nazaré, Manoel Bonfim, Sivaldo Duarte, Albino Souza, aprendizes como David Ésli e Jadison Nunes, por meio das memórias evocadas, narraram sobre o ofício, as situações experienciadas e os modos como aprenderam e ensinam a arte ceramista, as relações sociais construídas na comunidade e a importância da olaria para a população local. Assim, percebe-se a atribuição afetiva aos lugares de trabalho, resguardando um itinerário ininterrupto de construção, reconstrução, significados e ressignificações do espaço geográfico, o qual se revela como lugar. A pesquisa torna-se assim significativa para compreender a dinâmica da área estudada em referência aos saberes e fazeres dos oleiros e seus aprendizes que, ao longo do tempo, realizam essa atividade nas olarias de Maragogipinho. A olaria mostrou-se como um lugar que é de trabalhar, ensinar, aprender, amar, enfim, viver, tornando Maragogipinho ambiente de uma produção que vai muito além de peças de artesanato em argila, mas na qual se constroem relações de amizade, aprendizagem e dor. No lugar (olaria) estão presentes referências identitárias, culturais e geracionais do povo de uma porção geográfica do Recôncavo Baiano.