Navegando por Autor "Carvalho, Débora Hévila dos Santos"

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    A construção identitária do poeta contemporâneo: uma prática educativa a partir de discursos digitais de Pedro Gabriel
    (Universidade do Estado da Bahia, 2024-03-01) Carvalho, Débora Hévila dos Santos; Silva, Sidnay Fernandes dos Santos; Cunha, Zoraide Portela da Silva; Carvalho, Maria de Lourdes Guimarães de
    A presente pesquisa tem como objeto o discurso poético de Pedro Antonio Gabriel Anhorn materializado em seu perfil no Instagram @eumechamoantônio. Suas obras são poemas construídos por meio da interação entre imagem e palavra, ambas desenhadas em guardanapos e postadas em redes sociais. O objetivo geral da pesquisa é analisar como a identidade autoral de Pedro Gabriel é construída a partir de textos digitais publicados em sua rede social (Instagram), que se desdobra nos seguintes objetivos específicos: i) compreender as características presentes no discurso digital da rede social do poeta e como o digital participa na significação da sua autoralidade e de suas obras; ii) analisar poemas de Pedro Gabriel do ponto de vista linguístico-discursivo, considerando os suportes de materialização como produtores de significação em uma dada conjuntura histórico-social e; iii) apresentar um manual didático, direcionado para professores do Ensino Médio. A proposta deste manual (produto educacional) é apresentar orientações de como utilizar os poemas de Pedro Gabriel em sala de aula, tendo em vista como sua produção artística pode contribuir no ensino de língua portuguesa que pretende ser educativo-crítico. Esta pesquisa é qualitativa, fundamentada na metodologia da Análise de Discurso (AD) de linha francesa. Por meio dessa metodologia, os trajetos de estudo caracterizam-se por um constante “ir e vir” entre teoria e análise, no qual prevalece a relação descrição e interpretação, por meio de uma pesquisa bibliográfica e interpretação dos dados coletados (análise discursiva). Dentre os principais conceitos e teóricos em diálogo na pesquisa destaca-se: Marie-Anne Paveau (2021) e Pierre Lévy (2010) (2011) para a discussão, respectivamente, sobre discurso digital e cibercultura, Paulo Freire (2015) para a reflexão sobre práticas educativas críticas, Foucault (2001) e Maingueneau (2010), para a fundamentação e diálogo entre as discussões sobre identidade autoral. O corpus de análise foram as publicações (poemas, desenhos, textos, imagens, vídeos e fotografias) do perfil @eumechamoantonio no Instagram no período de sete meses, de janeiro a julho de 2022. Portanto, conclui-se que a autoralidade e a imagem de autor de Pedro Gabriel é construída a partir do que terceiros falam dele (críticos) e do que ele fala e mostra sobre si mesmo, bem como a forma que suas obras dialogam com essa imagem construída. Dentre os pontos da sua autoralidade, pode-se destacar como principais a de um autor que preza por uma literatura próxima do leitor de forma prazerosa e a de poeta experimentalista, que desenvolve várias formas de explorar a subjetividade e as sensações da poesia.
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    Mediação no ensino de poesia: uma prática educativa a partir de discursos digitais de Pedro Gabriel
    (UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA, 2024-03-01) Carvalho, Débora Hévila dos Santos; Silva, Sidnay Fernandes dos Santos
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    O discurso poético de Pedro Gabriel: novos sentidos, gêneros e materialidades
    (Universidade do Estado da Bahia, 2020-03-27) Carvalho, Débora Hévila dos Santos; Silva, Sidnay Fernandes dos Santos; Brito, Rogério Soares; Marques, Zélia Malheiro
    No presente trabalho, analisamos como o gênero poema sofre modificações quando (re)contextualizado em um ambiente novo de circulação: redes sociais. Como objeto de estudo, elegemos textos produzidos por Pedro Gabriel, poeta contemporâneo que se notabilizou por escrever poemas em guardanapos e os publicar nas redes Tumblr, Facebook e Instagram. A pesquisa é qualitativa e fundamentada na metodologia da Análise de Discurso (AD), cujos trajetos de estudo caracterizam-se por um constante “ir e vir” entre teoria e análise, com prevalência do batimento entre descrição e interpretação. Como recorte de pesquisa, selecionamos poemas da autoria de Pedro Gabriel publicados na sua página do Facebook no período de seis meses, com intervalo de dois anos: novembro a dezembro de 2012; novembro a dezembro de 2014; e agosto a setembro de 2016. Na perspectiva de comprovar possíveis características que se exigem do gênero poético quando este circula na Web, investigamos não só fatores composicionais, estilísticos e temáticos, mas também as especificidades de materialidades verbo-visuais presentes nos poemas de Pedro Gabriel. Em um segundo momento, analisamos como o ethos do poeta é construído em textos dados a circular nas páginas do Facebook e do Instagram “Eu me chamo Antônio” e em livros de sua autoria. Dialogamos com teóricos como Mikhail Bakhtin (2003) e Dominique Maingueneau (2016) sobre gêneros do discurso e sujeito discursivo; com Hugo Mari (2008), José Fiorin (2003) e Antônio Sandmann (2005) sobre questões estilísticas e semânticas; e com Sandra Jesus (2013), Juliana Podian (2011) e Glauco Mattoso (1982) acerca de estilos poéticos. Após o diálogo entre teoria e análise, notamos como o suporte das produções de “Eu me chamo Antônio” influencia no processo de significação das poesias, pois, sendo as redes sociais um ambiente que exige dinamismo e rapidez, é necessário estratégias para conquistar a atenção dos internautas, por isso resulta-se em um estilo que apresenta um poema curto e rápido em contraste com um pluralismo de ideias que, consequentemente, demanda mais tempo para compreensão e interpretação. Quanto ao conteúdo temático, observamos a forte presença de reflexões sobre si mesmo (sujeito discursivo), o outro e o contexto que o cerca. No que se refere à construção composicional, percebemos que os poemas de Pedro Gabriel são pertencentes à categoria de poesia visual e apresentam a influência de poemas concretos e poemas marginais, além da presença de poemas em prosa. Quanto ao ethos do poeta, este se constroi em torno de sentimentos e pensamentos que se parecem individuais, mas são universais; o personagem Antônio não é só a “voz” de Pedro Gabriel, mas é também o “porta voz” de seus leitores, que acompanham seu trabalho e participam ativamente na constituição de sentidos de suaspoesias.