Navegando por Autor "Carvalho, Cristina dos Santos"
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- ItemA expressão da futuridade verbal em Santo Antônio de Jesus: uma análise variacionista(Universidade do Estado da Bahia, 2012-04-25) Santos, Eduardo Pereira; Lopes, Norma da Silva; Oliveira, Josane Moreira de; Carvalho, Cristina dos SantosEsta pesquisa trata da expressão da futuridade verbal na cidade baiana de Santo Antônio de Jesus pelo enfoque da Teoria da Variação ou Sociolinguística Variacionista, a partir dos trabalhos de William Labov. Identifica as estratégias de futuridade verbal usadas nessa comunidade de fala, as variáveis linguísticas e sociais condicionadoras da seleção dessas formas em corpus sincrônico de língua falada distensa. Aponta o desaparecimento da forma sintética de futuro. Focaliza a relação entre a forma perifrástica de futuro, formada pelo verbo auxiliar ir e outro verbo no infinitivo, e a forma de presente com valor de futuro. Testa variáveis comuns à área, como ‘Ausência/Presença de outro constituinte de valor temporal’, ‘Paralelismo sintático-discursivo’ e ‘Paradigma verbal’, ‘Papel temático do sujeito’ e ‘Tipo semântico do verbo principal’, mas acrescenta a ‘Telicidade’, como aspecto semântico. Nesta variedade do português falado no Brasil, há o espraiamento da forma perifrástica de futuro, que convive em variação estável com a forma de presente, restrita esta a contextos específicos de uso, a saber: na expressão de futuro pelo verbo ir pleno ou outro verbo, inacusativo ou que apresente o traço acional da telicidade; na presença de outro constituinte de valor temporal; em sentenças matriz vinculadas a outra sentença subordinada adverbial condicional; com sujeito de primeira pessoa (argumento externo) com traço [+ agentivo]. Além dessas variáveis linguísticas, a pesquisa aponta a variável ‘Saída/Permanência na comunidade’ como característica social relevante para a seleção das formas de futuridade entre os santo antoniense.
- ItemO apagamento do -R em posição de coda silábica : há influência da fala na escrita discente?(2013-08-01) Ribeiro, Lorena Nascimento de Souza; Carvalho, Cristina dos Santos; Mota, Jacyra Andrade; Lopes, Norma da SilvaDiversos fenômenos de variação linguística presentes na fala, transpostos para as produções escritas de alunos, têm sido colocados indistintamente como erros de cunho ortográfico em muitas salas de aula. Esta realidade motiva o presente estudo, haja vista a necessidade de trabalhos que sirvam de norte para práticas docentes mais situadas no universo multifacetado da nossa língua. Neste trabalho, é apresentado, à luz da Sociolinguística Laboviana, um estudo dos usos dos róticos em 192 produções escritas de alunos de ensino básico (5º e 9º anos do ensino fundamental e 3º ano do ensino médio) das redes pública e privada de ensino na cidade de Salvador. Concebendo a língua como fruto das interações sociais, o estudo aqui realizado pretende verificar o papel dos fatores sociais no fenômeno investigado, sobretudo o papel do grupo social escolar no processo de aquisição da modalidade escrita da língua, por vezes, divergente da modalidade oral do aluno. Ademais visa analisar como os contextos linguísticos favorecedores da variação na fala estão presentes no apagamento do R em posição de coda na escrita desses alunos, observando desta forma como a fala pode influenciar a escrita. Para tanto, foram controladas três variáveis sociais (escolaridade, gênero/sexo e rede de ensino) e oito variáveis linguísticas (gênero textual, extensão do vocábulo, contexto precedente, contexto subsequente, modo de articulação do segmento subsequente, ponto de articulação do segmento subsequente, sonoridade do do segmento subsequente, classe morfológica do vocábulo). Os resultados revelaram que, na escrita, o fenômeno é pouco presente e, à medida que o aluno avança nas séries do ensino básico, a manutenção dos róticos em posição de coda silábica é mais recorrente, evidenciando, deste modo, o papel decisivo da escola como lugar de manutenção do padrão linguístico.
- ItemDiscurso e cultura: diálogos interdisciplinares - Vol 1(2012) Carvalho, Cristina dos Santos; Rocha, Flávia Aninger de Barros; Parcero, Lúcia Maria de Jesus‘Discurso e Cultura: diálogos interdisciplinares’ reúne trabalhos apresentados no IV Seminário Interdisciplinar de Pesquisa e Extensão (SIPE), organizado pelo Campus XIV da Universidade do Estado da Bahia – UNEB. Tais trabalhos se inserem nas áreas de Letras, Educação e Comunicação Social. Em consonância com os princípios da interdisciplinaridade, os temas aqui abordados retratam a investigação acadêmica em diversos pontos do estado da Bahia e do Brasil. Questões teóricas e aplicadas são discutidas com incursões nos diversos campos das representações culturais. Com essas discussões, buscam-se estabelecer conexões que venham a fortalecer a investigação científica. Deste modo, novas possibilidades de estudos se configuram a partir do registro de tais pesquisas, ultrapassando os limites geográficos do evento.
- ItemDiscurso e cultura: diálogos interdisciplinares - Vol 2(2012) Carvalho, Cristina dos Santos; Rocha, Flávia Aninger de Barros; Parcero, Lúcia Maria de Jesus.‘Discurso e Cultura: diálogos interdisciplinares’ reúne trabalhos apresentados no IV Seminário Interdisciplinar de Pesquisa e Extensão (SIPE), organizado pelo Campus XIV da Universidade do Estado da Bahia – UNEB. Tais trabalhos se inserem nas áreas de Letras, Educação e Comunicação Social. Em consonância com os princípios da interdisciplinaridade, os temas aqui abordados retratam a investigação acadêmica em diversos pontos do estado da Bahia e do Brasil. Questões teóricas e aplicadas são discutidas com incursões nos diversos campos das representações culturais. Com essas discussões, buscam-se estabelecer conexões que venham a fortalecer a investigação científica. Deste modo, novas possibilidades de estudos se configuram a partir do registro de tais pesquisas, ultrapassando os limites geográficos do evento.
- ItemO fenômeno de redução da partícula não no português falado na cidade de Salvador(Universidade do Estado da Bahia, 2014) Ferreira, Naiara de Souza; Carvalho, Cristina dos Santos; Lopes, Norma da Silva; Rodrigues , Angélica Terezinha CarmoEste trabalho investiga o fenômeno da redução da partícula negativa não em posição pré verbal, que se realiza na sua forma plena [nãw] ou através das suas variantes reduzidas [‘nũ], [‘nu] e [n’]. Como objetivo geral, pretende-se analisar, quantitativa e qualitativamente, esse fenômeno linguístico variável nas falas culta e popular de Salvador, a partir da atuação de fatores linguísticos e sociais. O aporte teórico é, primeiramente, o da sociolinguística variacionista nos moldes em que é desenvolvida por Labov (1966, 2008 [1972]). Esta pesquisa se fundamenta ainda no funcionalismo, mais especificamente, na abordagem da gramaticalização (HOPPER, 1991; HOPPER; TRAUGOTT, 1993, 2003; MARTELOTTA; VOTRE; CEZÁRIO, 1996, dentre outros). Do ponto de vista da metodologia adotada, seguem-se os pressupostos da sociolinguística variacionista. Os corpora utilizados nesta pesquisa constam de dezoito inquéritos linguísticos integrantes de diferentes bancos de dados: doze do Programa de Estudos do Português Popular de Salvador (PEPP) e seis do Projeto de Estudo da Norma Linguística Urbana Culta no Brasil (NURC). Os resultados quantitativos evidenciaram que: (a) a foma reduzida [‘nũ] é a mais realizada entre as quatro variantes registradas na pesquisa; (b) dentre os fatores considerados, foram selecionados, em ordem de relevância, como estatisticamente significativos para análise do fenômeno da redução do não a escolaridade, a faixa etária, o tipo de estrutura negativa, o ambiente fonético, o sexo/gênero, o tipo de frase, a posição do sujeito da oração em que se encontra o item negativo e o tipo de complemento verbal; (c) pensando-se em uma trajetória de gramaticalização, os itens [‘nũ] e [‘nu] têm se comportado como clíticos e a forma [n’] como afixo nas estruturas negativas; (d) o ambiente com verbo iniciado por vogal e a estrutura de dupla negação constituem os contextos motivadores da gramaticalização do clítico em afixo. Assim, constata-se, empiricamente, que existe um processo de redução da partícula não em posição pré-verbal atuante na negação no português brasileiro (PB) e, mais especificamente, na fala soteropolitana. Tal redução tem sido associada à emergência de padrões negativos alternativos do PB e/ou ao processo de gramaticalização (CAVALCANTE, 2007; CUNHA, 1996
- ItemOu nós vamos, ou a gente vai :a variação do pronome de primeira pessoa do plural na Bahia(2021-08-13) Fonseca, Fernanda Figueira; Lopes, Norma da Silva; Carvalho, Cristina dos Santos; Araújo, Silvana Silva de FariasEste estudo sociolinguístico tem como foco a variação na expressão do pronome de primeira pessoa do plural como preenchimento do sujeito em sete mesorregiões do Estado da Bahia. Para o seu desenvolvimento, foram utilizados os pressupostos teórico-metodológicos da Sociolinguística Variacionista Laboviana, em interface com a Dialetologia (CARDOSO et al., 2014). Tomamos como objetivo investigar os grupos de fatores condicionantes para a escolha das variantes do fenômeno, buscando mapear como como essa variação se apresenta nas Mesorregiões da Bahia. Além disso, comparamos os resultados encontrados com outras análises, Lopes (1993), Omena (1996a, 1996b, 2003), Mendonça (2010), Foeger (2013), Mattos (2014), Vianna e Lopes (2015) sobre o mesmo fenômeno. O corpus alvo de observação são as entrevistas realizadas com 28 informantes, sendo 04 falantes da cidade escolhida de cada uma das mesorregiões baianas, a saber: Centro-Norte baiano (Irecê), Nordeste Baiano (Alagoinhas), Extremo Oeste Baiano (Barreiras), Vale São Franciscano Baiano, (Barra), Centro-Sul Baiano (Vitória da Conquista), Sul Baiano (Ilhéus) e Metropolitana de Salvador (Salvador), que são registradas pelo acervo do Projeto Atlas Linguístico do Brasil, o ALiB. A pesquisa em questão parte do estudo pioneiro de Omena (1996a, 1996b), que indica fatores linguísticos e sociais que condicionam o uso de a gente ao invés de nós. Corroborando as pesquisas de Omena (1996a, 1996b), as análises de Lopes (1993) mostram que fatores linguísticos e socioculturais estão inter-relacionados ao favorecimento do uso de a gente e afirma que essa forma já é implementada no Português Brasileiro. As variáveis controladas nesta pesquisa foram: paralelismo formal, saliência fônica, tempo/modo verbal, sexo, faixa etária e mesorregião. Os resultados gerais denotam que a forma a gente é a preferida pelos falantes das mesorregiões baianas – 71,7%. Verificamos como favorecedores da forma inovadora os seguintes contextos linguísticos e extralinguísticos, respectivamente: a) quanto ao Paralelismo Formal: (i) um antecedente a gente; (ii) o a gente em 1ª referência; b) quanto à Saliência Fônica: (i) quando a diferença entre a 3ª pessoa do singular e a 1ª pessoa do plural da forma verbal se restringe apenas acréscimo de -mos; c) quanto à variável Sexo, as mulheres são as propagadoras da variante; d) quanto à variável Faixa Etária, os jovens são os propulsores do a gente; e) quanto à variável Mesorregiões, são favorecedoras as mesorregiões Metropolitana de Salvador, Centro-Sul Baiano e Centro-Norte Baiano. A investigação da alternância nós e a gente demonstrou que, na variedade oral do português falado nas Mesorregiões baianas, assim como os resultados de diversas pesquisas sobre o fenômeno no português brasileiro, a ocorrência da forma a gente é bastante utilizada no lugar de nós e dá mostras de um crescente uso dessa forma, em sincronias futuras.