Navegando por Autor "Carmo, Marcela Sousa do"
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemA violência como agente transformador do espaço público: o caso das praças 2 de julho, piedade e irmã dulce(Universidade do Estado da Bahia, 2019-09-18) Carmo, Marcela Sousa do; Silva, Liliane Ferreira Mariano da; Moreira, Ana Patrícia Lima; Muniz, Ricardo RigaudA violência e a criminalidade são crescentes nas cidades, principalmente nas metrópoles, e são agentes que desencadeiam a ruptura dos laços sociais, e provocam a destruição dos vínculos de sociabilidade. As pessoas frequentam menos as ruas, fazem uso de grades, muros e sistemas de vigilância e evitam as praças e os parques. Esse trabalho tem como objetivo analisar as transformações provocadas pelo medo da violência e da criminalidade, esboçando-se na Praça Dois de Julho (localizada no Campo Grande), na Praça Nossa Senhora da Piedade (localizada no Centro Histórico) e na Praça Irmã Dulce (localizada no Largo de Roma). A metodologia aplicada é o de estudo de caso, inicialmente pesquisando sobre o espaço público e a violência, e como isso influencia na configuração das praças na cidade do Salvador. A escolha dessas Praças justifica-se em virtude de todas terem gradil em sua poligonal e por estarem inseridas em localidades de classe social distinta. A Praça 2 de Julho está inserida em uma localidade de renda alta, a Praça da piedade está no centro da cidade, enquanto a Praça Irmã Dulce está em uma localidade de população de classe média. A Praça da Piedade e a do Campo Grande estão situadas em bairros tradicionais que desde suas respectivas implantações foram frequentadas pela população privilegiada e foi palco de eventos e encontros sociais, entretanto observam-se mudanças radicais ao longo das ultimas décadas. Conclui-se que a “cidade do medo” é uma consequência percebida nas praças, apresentando modificações em sua arquitetura com a utilização de artifícios de proteção. No entanto, uma vez que o sistema de segregação espacial utiliza como estratégia para fugir das inseguranças, ele gera para os usuários uma segurança relativa. O aumento da violência gera cada vez mais insegurança e maior segregação dos territórios reconfigurando o seu espaço.